sexta-feira, 15 de junho de 2012

Se não viu, veja! - Prometheus (2012)


Coisas grandes têm começos pequenos. Essa frase não se aplica a este filme.


Fala galerinha desocupada, tudo em paz?

Sim, eu também assisto filmes novos, e hoje venho aqui pra falar de mais um. O que temos pra hoje? Acho que tanto o banner quanto o título da postagem já entregaram. A não ser que você tenha se recusado a vê-los, hoje venho aqui pra falar de Prometheus!

"Prometheus tem que cumprir né?" - Você pergunta (essa piada já tá velha)
"Sim sim. Prometheus prometeu muito. E cumpriu!" - Eu respondo

Na trama, o casal de estudiosos (pra não dizer que eu não sei o que eles são) Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway, depois de muitos anos de pesquisa, descobrem um padrão em diversas obras de artesanato de civilizações antigas que habitaram nosso planeta, que poderia ter algo a ver com aqueles que nos criaram, em um sistema solar distante. Após convencer a gigante Corporação Weyland, liderada pelo grande magnata Peter Weyland (Guy Pearce), a organizar uma excursão espacial para o tal sistema, a equipe composta pelo androide David (Michael Fassbender), o capitão Janek (Idris Elba), a comandante Meredith Vickers (Charlize Teron) e outros diversos tripulantes (não, eu não vou citar todos. Senão não termino isso nunca!) desembarcam no planeta cujo a teoria da Dra. Shaw apontara, e lá eles passam por poucas e boas numa aventura do barulho. Ah, e pra quem não sabe, Prometheus se passa no mesmo universo que o filme Alien: O Oitavo Passageiro, e funciona como um prequel ("prequência", que antecede) para o mesmo. E não, você não precisa assistir Alien antes de ver Prometheus. Mas devia.


Não tem como falar deste filme sem começar pelo visual. Os efeitos especiais de Prometheus são espetaculares! E não estou exagerando, o filme é realmente muito bonito graficamente. Se você acabou de assistir Os Vingadores e já foi achando que o Oscar de Efeitos Especiais já estava no papo, pense outra vez, porque Prometheus já chegou na voadora! Isso sem falar na maquiagem do filme, que também não fica pra trás. Grande parte das criaturas que você verá aqui (e isso não é spoiler algum, se você já viu algo sobre o filme) são obras vindas das mãos de maquiadores, por incrível que pareça. Atente para a maquiagem que o ator Guy Pearce usa no filme. É de cair o queixo, pra não usar de termos mais vulgares. E se você já assistiu Alien, vai notar várias referências (algumas bem escancaradas e outras bem discretas) ao filme aqui em Prometheus, o que aumenta a imersão no universo dos dois filmes.


Quando se trata de Ridley Scott dirigindo Ficção Científica, não se pode esperar uma trama menos que excelente. E Prometheus não foge a regra. Se você gosta do gênero, vai se encantar com as teorias que o filme apresenta, e vai discuti-las com seus amigos por um bom tempo. Se você não gosta, é uma boa oportunidade para começar a gostar, já que Prometheus não é complicado de se entender, diferente de outros filmes do gênero. Em contrapartida, assim como em seus títulos anteriores de Ficção Científica, Ridley Scott acaba deixando diversas pontas soltas e casos mal resolvidos em seu roteiro. A Terra do ano de 2083, a época onde o filme acontece, não é retratada em momento algum do filme, que tem seu foco voltado somente para a descoberta do Sistema Solar desconhecido. Em certas horas, o filme não consegue se desprender de seu título de origem, Alien, e começa a jogar referências e mais referências ao antigo filme, deixando aqueles que não tiveram a oportunidade de assisti-lo um tanto quanto confusos.

No que tange à atuações, Prometheus não dá um show, mas também não deixa nada a desejar. Os personagens são bem definidos, e cada um tem um arquétipo (personalidade predefinida) que colabora para deixar o filme mais intenso e cheio e intrigas. Como em qualquer outro ambiente da vida real, os tripulantes da nave Prometheus não se dão tão bem uns com os outros, o que cria todo um novo núcleo, totalmente à parte e ao mesmo tempo totalmente incluso no núcleo principal da trama. Mais uma vez, o destaque vai para Michael Fassbender, que interpreta o astuto androide David, que acaba roubando a cena no filme, com seus diálogos ácidos, irônicos e sarcásticos, beirando um humor negro. Noomi Rapace, a doutora Elizabeth Shaw, não parece ser uma personagem tão interessante no começo do filme, mas, à medida que a trama vai se desenrolando, a personagem vai tomando um rumo inesperado, ao mesmo tempo que tem seus valores e seu caráter alterados, se comparados com os do início do filme.


Por fim, a trilha sonora também é esplêndida. Se pudesse ser definida em uma palavra, esta palavra seria "tensão". A toda hora, mesmo nos momentos mais calmos, a musica de Prometheus te deixa tenso, com as mãos segurando os braços da cadeira do cinema. Afinal, você não sabe o que está por vir. Ainda que o que esteja por vir não seja um susto ou uma surpresa, mas ainda assim, você vai estar sempre focado no que Prometheus está para lhe mostrar. Apesar de a trilha sonora ser ótima, não espere por um tema que vai grudar na cabeça da primeira vez que assistir. Mas depois de escutar novamente a trilha no cinema (ou até mesmo no YouTube), você vai demorar pra esquece-la, pode ter certeza.

Pronto, acho que é só... Agora, a nota -> 9,0/10

Apesar das falhas de roteiro, Prometheus marca a volta do diretor Ridley Scott (Diretor de clássicos da Ficção Científica, como Alien e Blade Runner) às telonas, assim como marca também o retorno (triunfal) do gênero Ficção Científica. Vale a pena cada centavo do ingresso. Portanto, se não viu, prometa que vai ver! (Ha! Sacaram, sacaram?)

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