Diferente de muita gente por aí, eu gostei. E não, não fui pago pra isso.
Fala galerinha que não patavinas nenhuma da vida e fica acessando esse blog, tudo ok?
Pois é galerinha, como de costume, sexta é dia de filme novo! "Por que não na quinta? Por que você não pega na pré-estreia?" você pergunta. Porque não quero e não posso eu respondo, portanto, contente-se com isso! A não ser que algum estúdio/produtora resolva carinhosamente nos convidar para uma seção de imprensa. Aí sim ia ser legal...
Mas enfim, hoje venho falar da nova animação da Pixar (estúdio responsável por Os Incríveis, Up e muitas outras pérolas das animações), Valente (Brave, no original)!
Na trama, somos apresentados à uma Escócia mítica, onde vive Merida, uma jovem princesa rebelde (e ruiva), e sua família, que é conhecida por bravos feitos em tempos passados. Sua mãe, a rainha Elinor, tem como objetivo principal doutrinar Merida para que a mesma seja a futura rainha do reino. Porém, tudo o que a jovem deseja é viver suas aventuras em total liberdade, e para isso, resolve apelar para uma feiticeira que habita secretamente os arredores de seu reino. Merida encomenda à bruxa um feitiço que mude seu destino. E logo, seu desejo se torna realidade...
Visualmente, Brave é um filme impecável. Como de costume, já que a Pixar não é de vacilar na estética de seus filmes. Assim como cada um de seus filmes anteriores, a Pixar fez questão de dar um visual único à Brave, tornando-o totalmente diferente de tudo o que o estúdio já fez antes. Os cenários mostrados no filme parecem ser bem genéricos e pouco explorados (talvez até pela curta duração do filme, 1 hora e 40 minutos), mas são igualmente belos. O design dos personagens também é único, dando uma personalidade impar à cada um deles. E não tem como não prestar atenção nos cabelos longos, bagunçados, esvoaçantes e ruivos da protagonista, que traduzem perfeitamente sua personalidade forte e única (diferente de muitas menininhas que vemos hoje em dia), além de serem muito bem animados, diga-se de passagem. Em suma, não há do que reclamar da estética de Valente. Pelo menos pra mim...
O roteiro de Valente parece ter sido escrito com a senhora Disney segurando na mão dos roteiristas do filme. Quem já é acostumado com as clássicas animações do estúdio (e convenhamos: quem não é né?!) vai notar uma enorme semelhança com as fábulas animadas da Disney em seus tempos áureos. Se isso é ruim? Aí depende de você. Eu não me incomodei nem um pouco. A Disney deve ter visto que sua subsidiária pisou na bola em seu último filme (Carros 2) e resolveu dar uma forcinha. A trama desenrola suave, em um ritmo equilibrado, nem apressado e nem devagar, e consegue cumprir as missões de um filme da Pixar: Empolgar, emocionar, ensinar lições, emocionar mais um pouquinho e empolgar de novo. Pelo menos pra mim né...
Os personagens que permeiam o filme não conseguem fugir de um esterótipo comum (acho que isso é redundância. Esterótipo comum...), mas, convenhamos mais uma vez: poucos filmes conseguem. Principalmente as animações. E isso faz deles ruins? Nem sempre, e Brave consegue entrar pra essa lista. Ainda que você já tenha visto personagens parecidos em algum lugar, aqui em Valente eles vão te cativar mais uma vez, e te levar pra uma aventura que você talvez já tenha vivido em outro lugar, mas vai gostar de viver de novo. Transformers repete a mesma coisa à 3 filmes seguidos - 4, se duvidar - e pouca gente reclama. Por que reclamar aqui? Ah, se você prestar bastante atenção, verá uma bela homenagem da Pixar ao eterno Steve Jobs, que, pra quem não sabe, teve uma participação primordial na história do estúdio.
Sonoramente, o filme também não fica pra trás. Por causa da ausência de seções legendadas não só aqui, mas creio que em todo o Brasil (o que é uma prática deplorável), infelizmente não posso avaliar a dublagem original. Porém, a dublagem brasileira não vacila nem um pouco, e te faz esquecer aquele ódio de não estar assistindo com o áudio original. Valeu por mais uma direção supimpa, Guilherme Briggs! Lembra que eu falei que Valente tem muitas similaridades com as antigas animações da própria Disney? Isso também vale para a trilha sonora do filme. Pode ir se preparando para as clássicas canções que rolam no decorrer do filmes do estúdio de animação mais clássico que se tem notícia. Se isso incomoda? Um pouquinho. Se você é um ser desprovido de coração, vai incomodar muito. Mas se você não tem coração, você não vai querer assistir uma animação, certo?
Enfim, acho que já me prolonguei demais né? Vamos para a nota! -> 9,0/10
0,5 pontinhos a mais só por causa da dublagem!
Vi muita gente falando por aí que Brave não é uma animação ao nível da Pixar, que decepcionou quem estava aguardando uma obra-prima, e até que foi o pior filme do estúdio (essa eu achei um absurdo). Convenhamos galera: se você acha que TODOS os filmes de um diretor/estúdio/produtora/qualquer-outra-coisa vão ter EXATAMENTE o mesmo padrão de qualidade, pode pegar seu passaporte de saída desta realidade. Isso nunca vai acontecer. E para aqueles que vão ao cinema querendo ver uma animação "do padrão Pixar de qualidade", "um Toy Story 3 da vida", pode continuar vivendo em seu mundinho de fantasia. Pare de esperar sempre a mesma coisa dos estúdios. Agora, se você quer ver uma excelente animação, sem essa de "padrão que a Pixar nos acostumou" e blá-blá-blá, Valente será sua melhor escolha.
Então, se você está aí, sem ter o que fazer no final de semana, perdendo tempo nos joguinhos do Facebook, levante este traseiro da cadeira e vá ao cinema mais próximo curtir Valente!
Por Breno Barbosa
Se é fã então pode assistir sem medo.O filme é bom no maior estilo Pixar
ResponderExcluirGostei da resenha! Ainda estou com dúvida se vou com minha esposa assistir ou não, decidiremos em breve, sou fanzasso ta Pixar!
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