"Uma dádiva dos ninjas"
Alô galera desocupada, como estão vocês todos? Eu? Eu tô meio pra baixo... Sacomé, férias chegando ao seu dia definitivo e assim terei menos tempo pra vocês. Ó vida, por que fazes isto comigo?
Enfim, com monólogos a parte, hoje é dia de trazer ação ninja-cyborg para fazer vossos olhos brilharem e vossos ouvidos se deleitarem. É nada mais nada menos que Hagane (Não me perguntem se é Rágane ou Raganê, meu conhecimento da língua japonesa tem valor da multiplicação de zero por ele mesmo)
Produtora: CAProdution( hoje RED entertainment)
Distribuidora: Hudson Soft
Gênero: Ação e plataforma
Lançado no ano de 1994, Hagane não fez muito alarde e, como um ninja, se manteve nas sombras, buscando quem o buscasse. E eis que eu busquei. No começo estranhei o cyborg-ninja com o qual me deparei, mas bastaram apenas alguns minutos pra saber que eu gostei do jogo.
Como todo ninja legal, Hagane tem uma história apropriada. Tudo começa com uma antiga disputa entre dois clãs: Fuma e Koma. Ambos viviam nas trevas da sociedade e tornando-se cada vez mais efetivos nas artes secretas do ninjutsu e da magia negra. O clã Fuma é o responsável pela proteção do Santo Graal. Já o clã Koma queria o Graal para usar seu poder destrutivo, para... destruir o mundo. Sério, nunca entendi por que alguém quer destruir o mundo. É tão mais legal conquista-lo...
De volta à historinha, após o sucesso de roubar o Graal e destruir quase completamente o clã Fuma, o clã Koma estava na metade do caminho para a destruição mundial. Porém, eles derrotaram o clã Fuma quase completamente. Então Hagane, o ultimo guerreiro que ainda estava vivo, teve seu cérebro alojado num corpo de cyborg, e assim partiu em busca do Graal para impedir o clã Koma.
Hagane conta com cinco estágios, cada qual dividido em quatro partes, que variam em termos de tamanho. Alguns são longos e em outros temos apenas um subchefe. Hagane, como todo ninja, conta com um arsenal: A katana, as kunais, a corrente e os explosivos. Cada qual com sua utilidade. Em geral, a katana é melhor, mas as kunais têm maior alcance, e por aí vai. Mas não para por aí. Ele também possui os mortais-ninja, que o fazem evitar dano de qualquer coisa e ainda desferir um ninjutsu altamente poderoso. Hagane ainda possui a capacidade de dar saltos mortais no ar, que permitem que o shinobi alcance locais mais longínquos e pendure-se nos tetos. E, por fim, mas não menos importante, temos o especial destruidor de mundos, que todo ninja tem que ter.
Apesar de não ser um jogo extremamente bonito, ele cumpre seu papel muito bem, com cenários variando de cidades, florestas e cavernas. A cena de abertura também é bem legal. O design dos chefes é bem interessante e um tanto quanto exótico para nós ocidentais, uma vez que este game bebe muito da fonte da cultura japonesa.
A trilha sonora do jogo possui sons característicos da cultura nipônica, misturados ao clima futurista do jogo. Estranho? Sim. Ruim? Não! A trilha sonora se mantem notável durante o jogo, sem sumir por causa dos efeitos da fase.
Como todo ser humano (e máquina), Hagane possui uma vida útil. De início, ele pode tomar apenas 3 golpes antes de morrer. Porém, esse número pode ser aumentado para 5 de acordo com os inimigos que, ao serem derrotados, deixam algum item para trás.
O jogo é bem difícil, e vai tomar um tempo até que jogador se acostume com os controles e os padrões dos chefes. (In)felizmente, o jogo possui continues infinitos, que nesse caso é uma faca de dois gumes, já que mantém os jogadores ruins de habilidades motoras (como eu) jogando e afasta aqueles mais "hardcores". Até que o jogo seja finalizado, pois, após os créditos, o jogo reinicia no modo Hard e aí sim a galerinha hardcore vai aproveitar.
Recomendo este jogo pra quem puder jogá-lo. Seu cartucho é raro no ocidente devido a distribuição, mas pra isso que serve a internet, não é?
Nota: 8,5/10
o jogo parece ser bem interessante mesmo. Ele possui algum esquema de "save", password ou coisa parecida?
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