É ferro na boneca!
Fala aí galerinha desocupada que eu amo tanto (nem tanto), tudo "sussa"?
Pois é galerinha, como os domingos costuma ser um dia bastante chato no que diz respeito à novidades, pra não deixar o dia passar em branco, hoje vos trago mais uma HQ supimpa! Provavelmente uma das (senão "a") mais supimpas que eu já falei aqui. Sim meus caros amigos, como você já viu pelo banner deste post, hoje venho falar da clássica HQ Batman: O Cavaleiro das Trevas!
E pode aguardar por mais posts relacionados ao homem-moguerço ainda nessa semana, já que O Cavaleiro das Trevas Ressurge já está batendo na porta (estreia oficialmente nesta sexta-feira). E, como de costume, na sexta (mais atrasado que a Globo na transmissão do UFC) teremos uma linda resenha sobre Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge!
Na trama, distribuída em 4 edições,somos apresentado a um Bruce Wayne bastante velho, já com seus 55 anos de idade, aposentado há 10 anos de sua ferrenha luta contra o crime sob o capuz do Batman, devido à idade avançada e a perca de seu segundo Robin, Jason Todd. Gotham City está tomada pelo medo e pelo caos, sob o domínio de uma gangue criminosa chamada Os Mutantes (não, não são os X-men). Mais uma vez possuído pelo espírito do morcego, o velho Wayne resolve trajar seu manto negro, e livrar Gotham das mãos dos criminosos. Definitivamente.
Ao abrir a revista pela primeira vez, você com certeza vai olhar torto para o traço de Frank Miller. Em alguns momentos você vai ficar minutos olhando para um mesmo quadro tentando adivinhar o que diabos aquele traste desenhou ali. Vai demorar um pouco pra você se acostumar com o estilo do cara, mas, quando você finalmente engoli-lo com o passar das edições, vai perceber que Frank Miller era o cara certo para o trabalho. O traço caricato e estranho de Miller traduz muito bem a sujeira da Gotham City a qual somos apresentados. Não só da cidade em si, mas também daqueles que nela habitam. O enquadramento de Miller também não cai muito bem aos olhos no começo, mas, assim como seu traço, mas se mostrando necessário e bem-vindo à trama da HQ. Em suma, o traço de Frank Miller para o Cavaleiro das Trevas é feio, mas necessário. Assim como o Batman é o herói que Gotham City necessita (olha só que desfecho! Tenho que escrever um livro!).
Só a ideia que Frank Miller teve de conceber uma revista como O Cavaleiro das Trevas já é algo genial. A volta de um herói em uma era de decadência é algo que, até então (lembrando que esta HQ foi lançada em 1986), nunca tínhamos visto antes. Pelo menos não com um herói simbólico como Batman. E não com um herói simbólico como o Batman com 55 ANOS DE IDADE. Sabe aquela hora em que você já está de saco cheio de tudo e resolve chutar a bunda da realidade e jogar tudo pro alto? É o que acontece com o homem-morcego nessa HQ. Chega deixar bandidos desacordados ou leva-los para a prisão. Aqui o homem-morcego bate pra aleijar, sem dó nem piedade. Em poucas palavras, Batman se virou para o crime e disse "Hoje não galera", e desceu o sopapo em todo mundo. Outro elemento interessante que permeia a HQ é a presença constante da mídia, principalmente da televisão. Ao mesmo tempo que vemos o herói encapuzado em ação, vemos também críticas ferrenhas dirigidas ao homem-morcego, feitas tanto pelos apresentadores de TV e especialistas em medicina, como pelos próprios cidadãos de Gotham, já que, pelos 10 anos de ausência do Batman, muitos deles acreditam que o mesmo seja apenas uma lenda urbana. E o homem-morcego reaparece para mostra-los que tudo isso é apenas um ledo engano.
Ao mesmo tempo que O Cavaleiro da Trevas nos reapresenta à personagens bastante icônicos da mitologia do Batman, a revista também nos traz uma seleção de novos rostinhos bem interessantes. Mesmo que todos já estejamos carecas de saber a origem do homem-morcego e sua vida trágica como Bruce Wayne, a HQ faz questão de nos apresentar um Bruce ao mesmo tempo familiar e desconhecido. Ao mesmo tempo que você pensa "Puts, eu já vi esse cara antes", você vê que o Bruce de O Cavaleiro das Trevas é uma nova pessoa, assim como seu alter-ego, que literalmente renasceram na trama da HQ. Obviamente, o cavaleiro das trevas de Gotham City não poderia voltar à ação sozinho. Também somos apresentados a um novo Robin. Uma nova Robin, pra dizer a verdade. Carrie Kelley é quem está trajando o manto do garoto-prodígio desta vez, e ela acaba se mostrando uma Robin tão eficiente e interessante quanto seus antecessores. A mídia também pode ser considerada uma personagem em Cavaleiro das Trevas, já que vemos os apresentadores de TV quase mais vezes do que vemos o próprio Batman, que leva o nome da revista. Você verá que até mesmo os próprios cidadãos de Gotham tem suas próprias histórias pra contar na HQ, isso dá uma nova dimensão para a trama, mostrando que estamos vendo aqueles acontecimentos por diferentes pontos de vista, ajudando a criar, obviamente, o seu próprio ponto de vista sobre a tal situação.
Enfim, acho que já falei demais né galera? Vamos logo pra essa nota que é melhor!
Aí está! -> 10/10
Pensei muito na nota que daria para esta HQ, e acho que não poderia ser outra senão 10! Claro que existem defeitos, e outras pessoas vão encontra-los com certeza (e critica-los também), mas a grandiosidade da revista se sobressai. E não estou dando essa nota pelo simples fato de ser "um clássico dos quadrinhos" e mimimi. Eu poderia até usar isso como justificativa, mas quando você ler a HQ, vai ver que ela não ganhou esse título a toa. Digo isso porque foi o que aconteceu comigo.
Portanto, se você está afim de começar a ler as estórias do homem-morcego, ou simplesmente está atrás de uma boa estória do seu personagem favorito pra ler antes de O Cavaleiro das Trevas Ressurge, O Cavaleiro das Trevas é sua pedida!
E pra você que não se convenceu com esta resenha, ou que gostou e quer saber mais sobre a HQ, recomendo-vos o Elo Perdido 11 do Jurassicast, um podcast que tem como temática filmes antigos, mas que resolveu dar pé na bunda da realidade e falar sobre esta HQ. O cast ainda conta com um áudio-drama baseado na revista, com a presença de ninguém menos que Márcio Seixas, o Batman em pessoa! O link para o podcast em questão está bem aqui. Vão lá e deliciem-se com o programa!
Por Breno Barbosa
Na trama, distribuída em 4 edições,somos apresentado a um Bruce Wayne bastante velho, já com seus 55 anos de idade, aposentado há 10 anos de sua ferrenha luta contra o crime sob o capuz do Batman, devido à idade avançada e a perca de seu segundo Robin, Jason Todd. Gotham City está tomada pelo medo e pelo caos, sob o domínio de uma gangue criminosa chamada Os Mutantes (não, não são os X-men). Mais uma vez possuído pelo espírito do morcego, o velho Wayne resolve trajar seu manto negro, e livrar Gotham das mãos dos criminosos. Definitivamente.
Ao abrir a revista pela primeira vez, você com certeza vai olhar torto para o traço de Frank Miller. Em alguns momentos você vai ficar minutos olhando para um mesmo quadro tentando adivinhar o que diabos aquele traste desenhou ali. Vai demorar um pouco pra você se acostumar com o estilo do cara, mas, quando você finalmente engoli-lo com o passar das edições, vai perceber que Frank Miller era o cara certo para o trabalho. O traço caricato e estranho de Miller traduz muito bem a sujeira da Gotham City a qual somos apresentados. Não só da cidade em si, mas também daqueles que nela habitam. O enquadramento de Miller também não cai muito bem aos olhos no começo, mas, assim como seu traço, mas se mostrando necessário e bem-vindo à trama da HQ. Em suma, o traço de Frank Miller para o Cavaleiro das Trevas é feio, mas necessário. Assim como o Batman é o herói que Gotham City necessita (olha só que desfecho! Tenho que escrever um livro!).
Só a ideia que Frank Miller teve de conceber uma revista como O Cavaleiro das Trevas já é algo genial. A volta de um herói em uma era de decadência é algo que, até então (lembrando que esta HQ foi lançada em 1986), nunca tínhamos visto antes. Pelo menos não com um herói simbólico como Batman. E não com um herói simbólico como o Batman com 55 ANOS DE IDADE. Sabe aquela hora em que você já está de saco cheio de tudo e resolve chutar a bunda da realidade e jogar tudo pro alto? É o que acontece com o homem-morcego nessa HQ. Chega deixar bandidos desacordados ou leva-los para a prisão. Aqui o homem-morcego bate pra aleijar, sem dó nem piedade. Em poucas palavras, Batman se virou para o crime e disse "Hoje não galera", e desceu o sopapo em todo mundo. Outro elemento interessante que permeia a HQ é a presença constante da mídia, principalmente da televisão. Ao mesmo tempo que vemos o herói encapuzado em ação, vemos também críticas ferrenhas dirigidas ao homem-morcego, feitas tanto pelos apresentadores de TV e especialistas em medicina, como pelos próprios cidadãos de Gotham, já que, pelos 10 anos de ausência do Batman, muitos deles acreditam que o mesmo seja apenas uma lenda urbana. E o homem-morcego reaparece para mostra-los que tudo isso é apenas um ledo engano.
Ao mesmo tempo que O Cavaleiro da Trevas nos reapresenta à personagens bastante icônicos da mitologia do Batman, a revista também nos traz uma seleção de novos rostinhos bem interessantes. Mesmo que todos já estejamos carecas de saber a origem do homem-morcego e sua vida trágica como Bruce Wayne, a HQ faz questão de nos apresentar um Bruce ao mesmo tempo familiar e desconhecido. Ao mesmo tempo que você pensa "Puts, eu já vi esse cara antes", você vê que o Bruce de O Cavaleiro das Trevas é uma nova pessoa, assim como seu alter-ego, que literalmente renasceram na trama da HQ. Obviamente, o cavaleiro das trevas de Gotham City não poderia voltar à ação sozinho. Também somos apresentados a um novo Robin. Uma nova Robin, pra dizer a verdade. Carrie Kelley é quem está trajando o manto do garoto-prodígio desta vez, e ela acaba se mostrando uma Robin tão eficiente e interessante quanto seus antecessores. A mídia também pode ser considerada uma personagem em Cavaleiro das Trevas, já que vemos os apresentadores de TV quase mais vezes do que vemos o próprio Batman, que leva o nome da revista. Você verá que até mesmo os próprios cidadãos de Gotham tem suas próprias histórias pra contar na HQ, isso dá uma nova dimensão para a trama, mostrando que estamos vendo aqueles acontecimentos por diferentes pontos de vista, ajudando a criar, obviamente, o seu próprio ponto de vista sobre a tal situação.
Enfim, acho que já falei demais né galera? Vamos logo pra essa nota que é melhor!
Aí está! -> 10/10
Pensei muito na nota que daria para esta HQ, e acho que não poderia ser outra senão 10! Claro que existem defeitos, e outras pessoas vão encontra-los com certeza (e critica-los também), mas a grandiosidade da revista se sobressai. E não estou dando essa nota pelo simples fato de ser "um clássico dos quadrinhos" e mimimi. Eu poderia até usar isso como justificativa, mas quando você ler a HQ, vai ver que ela não ganhou esse título a toa. Digo isso porque foi o que aconteceu comigo.
Portanto, se você está afim de começar a ler as estórias do homem-morcego, ou simplesmente está atrás de uma boa estória do seu personagem favorito pra ler antes de O Cavaleiro das Trevas Ressurge, O Cavaleiro das Trevas é sua pedida!
E pra você que não se convenceu com esta resenha, ou que gostou e quer saber mais sobre a HQ, recomendo-vos o Elo Perdido 11 do Jurassicast, um podcast que tem como temática filmes antigos, mas que resolveu dar pé na bunda da realidade e falar sobre esta HQ. O cast ainda conta com um áudio-drama baseado na revista, com a presença de ninguém menos que Márcio Seixas, o Batman em pessoa! O link para o podcast em questão está bem aqui. Vão lá e deliciem-se com o programa!
Por Breno Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário