Sim, ele havia "morrido". E não, este não é o Lanterna Verde gay.
Fala aí galerinha que não faz coisíssima nenhuma da vida, tudo beleza?
Pois é galerinha, já tem um tempo que eu não indico algo "supimpa" aqui pra vocês não é? Mas não se preocupem, hoje este jejum de posts será quebrado! E hoje, neste domingo chato e monótono, nada mais justo que uma boa HQ pra ler antes de começar a semana de trabalho mais uma vez, não é? Como você já deve ter visto no banner do post, hoje vos trago a minissérie Lanterna Verde: Renascimento (Green Lanter: Rebirth, no original)!
A minissérie, escrita por Geoff Johns e desenhada por Ethan Van Sciver, foi dividida em terras internacionais em 6 edições separadas, recebeu um encadernado supimpa pela querida editora Panini em 2007, que eu sinceramente não se ainda está a venda, mas, se ao final deste post, você se interessar pela revista, pode ser que você ache-a em alguma loja especializada em quadrinhos, já que a HQ não é assim tão antiga.
A arte de Ethan Van Sciver não incomoda àqueles que não são detalhistas e/ou entendem um pouco sobre desenho (como eu, modéstia a parte), mas para aqueles que já são chegados a um rabisco, o artista faz um trabalho um tanto quanto meia-boca. É difícil comparar o traço de Van Sciver à outros desenhistas da DC Comics, já que a mesma impõe um estilo "único" à seus artistas, principalmente aqueles que cuidam de suas revistas mensais. Mas isso não é algo ruim, já que se trata de uma tentativa de manter a qualidade de arte da editora, mas, por outro lado, a diversidade fica para trás, se comparada com a rival Marvel. Como eu disse antes, só aqueles que param e dão uma boa olhada no desenho da página, no enquadramento e nas cores vão notar alguns errinhos de anatomia e algumas formas "estranhas" nos personagens, como algumas caixas torácicas maiores que o normal e algumas opções esquisitas no que diz respeito a ilustrar o roteiro (muito bem escrito, diga-se de passagem) de Geoff Johns. Um exemplo bem frequente na HQ é o modo como o homem-morcego, sim, o Batman, é representado na revista, sempre como uma sombra, mostrando apenas os olhos, ou em meia-luz, com metade do corpo coberto pelas trevas, o que é bem desnecessários, já que o personagem não precisa disso para ser misterioso ou sombrio. O enquadramento não é dinâmico, mas também não é uma sequência de desenhos parados dentro de quadrinhos retos. Cada edição tem no mínimo uma splash page (desenhos que representam cenas em uma ou duas páginas inteiras), talvez uma tentativa de Van Sciver de tornar a HQ mais épica e impactante, mas este é outro detalhe que não faria falta, e poderia ser deixado de fora. Em suma, a arte de Ethan Van Sciver não fede, mas também não é super perfumada. Digamos que tem um cheirinho de desodorante...
O roteiro escrito por Geoff Johns não só agrada como diverte, tornando uma leitura que seria curta e sem graça em uma ótima aventura do Lanterna. Isso sem contar o retorno triunfal do(s) personagem(s), que faz a HQ valer a pena. Ainda que a revista traga uma ótima aventura, ela também requer muito conhecimento anterior por parte do leitor, o que acaba tornando a HQ um tanto quanto confusa para aqueles que estão entrando pela primeira vez no universo do Lanterna (como eu). Ainda assim, Geoff Johns consegue fazer um bom trabalho explicando os principais detalhes e acontecimentos das sagas anteriores, tornando a essência da estória mais legível para os aventureiros de primeira viagem. No começo, a estória da HQ pode parecer um tanto arrastada e confusa, mas, ao decorrer das 6 edições, Johns vai nos revelando o caminho da trama, relembrando os acontecimentos passados para os mais experientes e esclarecendo os motivos daqueles dos acontecimentos que estão se desenrolando na estória para os mais novos. Em poucas palavras, Renascimento não é lá uma boa estória para adentrar de cabeça no universo do Lanterna, mas serve muito bem para deixar o leitor por dentro da grande bagunça que se chama Universo dos Quadrinhos. Principalmente os das grandes editoras...
Renascimento não traz apenas Hal Jordan e Kyle Rayner como protagonistas da trama. Não não, não existem apenas dois Lanternas Verdes na Terra da DC Comics, existem quatro (cinco, se contarmos Alan Scott, mas ele é um caso a parte). John Stewart (aquele do desenho da Liga da Justiça) e Guy Gardner também tem papéis de destaque na trama da HQ, e sevem como suporte para Kyle e Hal, que são os personagens centrais da revista. Ainda que Kyle e Jordan sejam os protagonistas, todos sabemos (e se você não sabe, agora saberá) que as estórias do Lanterna Verde nunca se trataram (e, se papai do céu permitir, nunca se tratarão) de um Lanterna só. Nada disso, existe toda uma tropa de Lanternas Verdes espalhada pelo Universo, e as estórias sempre abordavam a ação em equipe dessa tropa intergalática. Aqui em Lanterna Verde: Renascimento não é diferente. Mesmo os personagens de suporte tem uma participação importante na HQ, mostrando o trabalho em equipe dos Lanternas Verdes da Terra, que nem sempre foram amiguinhos uns dos outros, unidos contra uma ameça em comum. A Liga da Justiça também tem uma participação na trama, mas apenas como "buchas de canhão" para as cenas de ação da revista. O destaque do super-grupo se reserva à Oliver Queen, o Arqueiro Verde, que, pra quem não sabe, é um grande amigo do Lanterna Hal Jordan.
Sonoramente-- Não não, brincadeira! Agora é hora da nota!
Vamos lá -> 8,5/10.0
1,5 ponto a mais por causa do desfecho totalmente épico da HQ. Renascimento pode não ser uma boa introdução ao Universo DC para leitores de primeira viagem, mas é uma ótima revista do herói, e uma excelente aventura para qualquer tipo de leitor. Totalmente recomendada! Por isso, se você ainda não viu o retorno triunfal do guardião esmeralda, recarregue seu anel (ui!) e leia esta HQ!
Por Breno Barbosa
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