"To my side, my noble Einherjar!"
E aí galerinha desocupada, como vai esse domingo chato?
Pois é galerinha, hoje vos trago mais uma recomendação bacana. Dessa vez, um clássico RPG do PS1. Sim meus amigos, estou falando de Valkyrie Profile!
Desenvolvido pela tri-Ace e publicado pela Enix (atual Square Enix), Valkyrie Profile é um game que mescla a complexidade do RPG com a simplicidade do gênero Plataforma, unidos à alta tecnologia que o PlayStation 1 oferecia em 1999. O game também possui uma versão para PSP, chamada Valkyrie Profile: Lenneth, que preserva todos as principais características do jogo, portanto, se você tem um PSP e tem receio de adquirir a versão por causa de mudanças, pode ficar tranquilo.
Na trama, você entra nas botas da valquíria Lenneth, que recebeu do Pai de Todos, Odin, a missão de recrutar um exército de almas humanas para servir os deuses na Batalha do Fim do Mundo, a Ragnarök. Mas nem tudo são flores. Você tem um prazo de 124 dias (chamados de "períodos" no jogo), divididos em 8 Capítulos, para realizar sua contenda. A cada capítulo, você deverá enviar até dois bravos guerreiros para Valhalla, cada um com as habilidades encomendadas pela "secretária" de Odin, Freya, e será recompensado de acordo com o cumprimento das metas impostas. Bem simples, não é? Não se deixe enganar, essa trama simples guarda mais segredos do que imaginamos.
Diferente de muitos RPGs do PS1, Valkyrie não envelheceu muito graficamente, mesmo depois de 13 anos. Por optar por um estilo 2D, algo que lembra um desenho animado, o visual do jogo mantém-se excelente até hoje. Excelente e único, diga-se de passagem. O estilo gráfico de Valkyrie Profile é inconfundível e único. Você pode até encontrar jogos parecidos, mas eu aposto uma moeda que nenhum deles é tão marcante visualmente quanto Valkyrie Profile. Sabe aquela técnica da Gastronomia (e também da Publicidade) de ganhar o consumidor pelos olhos? Aqui em Valkyrie é paixão à primeira vista, ainda mais se você for um daqueles saudosistas que, assim como eu, adoram uns gráficos pixelados. A parte artística do jogo também é impecável, e é impossível não falar dela, já que o jogo é regado por belíssimos desenhos dos personagens mais importantes. Personagens estes que são igualmente únicos, tanto no visual quanto em sua construção. Depois de jogar vai ser difícil esquecer dos escudos flutuantes da protagonista Lenneth, ou da lâmina exageradamente grande (ui) do brutamontes Arngrim.
A jogabilidade de Valkyrie é basicamente simples: você é livre para voar para onde quiser no mapa de Midgard, podendo adentrar em cidades na forma "mortal" de Lenneth para conversar com os cidadãos, ou explorar cavernas trajando a armadura e a espada na forma de combata da Deusa da Morte. Quando não souber para onde ir, basta usar a intuição da Dama da Batalha (disponível no botão Start do seu controle) para lhe indicar a próxima aventura. Mas lembre-se que o tempo é o seu maior inimigo. Cada cidade/calabouço lhe toma uma certa quantidade de "períodos" (1 para cidades e 2 para calabouços), portanto, é preciso premeditar cada passo que irá tomar no período seguinte. Se você está preocupado em quando e onde irá treinar sua equipe, pode ficar calmo, pois haverão capítulos em que você estará livre para se aventurar por Midgard ao seu bel prazer. Outra característica única de Valkyrie Profile é seu sistema de combate. Os quatro botões "faciais" do controle (quadrado, triângulo, xis e círculo) correspondem aos 4 guerreiros da sua equipe, e ao pressionar de cada botão um ou mais ataques são desferidos (dependendo da arma que o personagem carrega). Parece bem simples não é? Mas não é. Pelo menos não como aparenta ser. Não basta só sair esmagando os botões aleatoriamente para destruir seus inimigos. Nada disso. Ao decorrer do jogo você vai perceber que é preciso mais do que porra-louquice para vencer seus adversários. É preciso também estratégia, saber a hora e ordem certa em que cada personagem deve atacar. E, quando você já tiver dominado o sistema de combate de Valkyrie Profile, o jogo se tornará mais lindo do que já é. Palavras de quem passou por essa experiência.
Ah, e vale salientar também que o game inteiro (sim, inteiro) muda de acordo com a dificuldade escolhida. Certos equipamentos, cenários e até personagens só podem ser vistos em certas dificuldades do jogo: No modo Easy (fácil), você terá acesso mínimo aos diferentes cenários do jogo e encontrará apenas uma pequena parte da gama de personagens que o jogo oferece; No modo Normal os privilégios são maiores. Grande parte dos personagens estará disponível para o recrutamento (em diferentes níveis, dependendo do quão longe você está na trama do jogo) e 90% dos cenários está acessível; No modo Hard (difícil) é onde o jogo mostra suas verdadeiras cores. Todos os personagens (vale salientar que todos eles são recrutados no nível 1), equipamentos e calabouços estarão disponíveis, sem contar a experiência ganha ao derrotar monstros, que aumenta consideravelmente. O jogo também possui 3 finais diferentes, e cada um requer que você tenha realizado diferentes feitos. Os 3 finais estão disponíveis em todas as dificuldades (mas é melhor não se arriscar no modo Easy, pela escassez de personagens. Alguns deles são necessários para destravar certos finais), e cada um deles, A, B e C, acontece em um período diferente da trama, ou seja, se você conseguir o final C, por exemplo, significa que você viu apenas um terço da estória do jogo. Recomendo àqueles que querem o final verdadeiro (o final A), ou até mesmo aqueles que querem ver os todos os 3 finais, que procurem por dicas em revistas (antigas, é claro) ou na própria internet, já que alguns deles requerem que você realize feitos predeterminados, como recrutar um certo personagem em um capítulo predefinido para ele, por exemplo. Para aqueles que se recusam a apelar para o famoso "detonado", não se tratam de truques e/ou macetes para terminar o jogo com mais facilidade, mas sim de uma lista de afazeres que você precisa cumprir para conseguir o final que deseja.
A premissa do jogo é de fato bem simples, mas a verdadeira graça de Valkyrie Profile está no recrutamento dos Einherjar, os soldados celestiais. Cada personagem, repito, cada personagem possui uma história para contar. Algumas são interessantes e tocantes, outras são chatas e sem graça, algumas até são interligadas com outras, mas cada personagem possui uma história, um ideal, um sonho ou uma ambição. E uma morte também, afinal, você controla a Mensageira da Morte, ou seja, apenas os mortos podem vir com você. Isso ajuda a criar algo que nem todos os jogos conseguem criar: o vínculo entre o jogador e o(s) personagem(s). Todos nós temos aquele jogo em que nos importamos com o personagem, ainda que saibamos que ele seja só uma animação feita com linhas e mais linhas de códigos de programação, mas mesmo assim ele é alguém que vai lhe proporcionar uma experiência boa ou ruim durante um curto período de tempo, e que mais tarde você irá lembrar dele mais ou menos do mesmo modo como uma criança lembra de um brinquedo. Valkyrie Profile não faz isso perfeitamente, mas também não peca em tal contenda. Nem que seja pra lembrar daquele maldito arqueiro que mal consegue acertar uma flecha quando você quer, ou daquele chefe de fase que fica curando o HP sempre que você está perto de mata-lo, você vai lembrar do personagens de Valkyrie Profile. Talvez pelo resto de sua vida, ou só até amanhã, mas com certeza você vai lembrar deles.
Sonoramente, Valkyrie Profile é simplesmente incrível e igualmente marcante. Ainda que algumas partes do jogo sejam bastante monótonas, a musica não vai de deixar dormir de jeito nenhum, e, de quebra, vai ficar colada na sua cabeça feito chiclete por um bom tempo. Até existem alguns temas mais calmos, mas, em sua maioria, as faixas de Valkyrie Profile são alucinantemente frenéticas (ou freneticamente alucinantes, como preferir), e vão te deixar sempre no clima da batalha. Ainda que você esteja só passeando pelos céus de Midgard. A dublagem também é espetacular. Alguns trechos e diálogos podem lhe fazer pensar que os dubladores são um bando de retardados, mas aposto outra moeda como você não vai parar de repetir frases como "Finishing Strike, Final Blast!" o dia todo, sem perceber que está fazendo.
Acho que já falei muito né? Pois é, vamos logo ao que interessa, a nota! -> 9,9/10
Por que não um 10? Por causa da monotonia. Sim, as vezes você vai ficar vagando sem rumo, pulando "períodos" para começar um novo capítulo e ter novas aventuras para enfrentar. É claro, a monotonia vai diminuindo de acordo com a dificuldade escolhida, ou seja, quanto mais difícil, mais emocionante será sua contenda. Vale salientar que essa nota (9,9) é uma nota especificamente para este post. Para mim, Breno Barbosa, esse jogo tem nota 11/10, e uma posição bem alta no meu Top 10 pessoal!
"Entonce", se você ainda não jogou Valkyrie Profile, faça um esforço para conseguir o jogo (de preferência por meios lícitos e dentro da lei), e aventure-se por este fantástico mundo nórdico, seja no PS1 ou no PSP!
Por Breno Barbosa
Pois é galerinha, hoje vos trago mais uma recomendação bacana. Dessa vez, um clássico RPG do PS1. Sim meus amigos, estou falando de Valkyrie Profile!
Desenvolvido pela tri-Ace e publicado pela Enix (atual Square Enix), Valkyrie Profile é um game que mescla a complexidade do RPG com a simplicidade do gênero Plataforma, unidos à alta tecnologia que o PlayStation 1 oferecia em 1999. O game também possui uma versão para PSP, chamada Valkyrie Profile: Lenneth, que preserva todos as principais características do jogo, portanto, se você tem um PSP e tem receio de adquirir a versão por causa de mudanças, pode ficar tranquilo.
Na trama, você entra nas botas da valquíria Lenneth, que recebeu do Pai de Todos, Odin, a missão de recrutar um exército de almas humanas para servir os deuses na Batalha do Fim do Mundo, a Ragnarök. Mas nem tudo são flores. Você tem um prazo de 124 dias (chamados de "períodos" no jogo), divididos em 8 Capítulos, para realizar sua contenda. A cada capítulo, você deverá enviar até dois bravos guerreiros para Valhalla, cada um com as habilidades encomendadas pela "secretária" de Odin, Freya, e será recompensado de acordo com o cumprimento das metas impostas. Bem simples, não é? Não se deixe enganar, essa trama simples guarda mais segredos do que imaginamos.
Diferente de muitos RPGs do PS1, Valkyrie não envelheceu muito graficamente, mesmo depois de 13 anos. Por optar por um estilo 2D, algo que lembra um desenho animado, o visual do jogo mantém-se excelente até hoje. Excelente e único, diga-se de passagem. O estilo gráfico de Valkyrie Profile é inconfundível e único. Você pode até encontrar jogos parecidos, mas eu aposto uma moeda que nenhum deles é tão marcante visualmente quanto Valkyrie Profile. Sabe aquela técnica da Gastronomia (e também da Publicidade) de ganhar o consumidor pelos olhos? Aqui em Valkyrie é paixão à primeira vista, ainda mais se você for um daqueles saudosistas que, assim como eu, adoram uns gráficos pixelados. A parte artística do jogo também é impecável, e é impossível não falar dela, já que o jogo é regado por belíssimos desenhos dos personagens mais importantes. Personagens estes que são igualmente únicos, tanto no visual quanto em sua construção. Depois de jogar vai ser difícil esquecer dos escudos flutuantes da protagonista Lenneth, ou da lâmina exageradamente grande (ui) do brutamontes Arngrim.
A jogabilidade de Valkyrie é basicamente simples: você é livre para voar para onde quiser no mapa de Midgard, podendo adentrar em cidades na forma "mortal" de Lenneth para conversar com os cidadãos, ou explorar cavernas trajando a armadura e a espada na forma de combata da Deusa da Morte. Quando não souber para onde ir, basta usar a intuição da Dama da Batalha (disponível no botão Start do seu controle) para lhe indicar a próxima aventura. Mas lembre-se que o tempo é o seu maior inimigo. Cada cidade/calabouço lhe toma uma certa quantidade de "períodos" (1 para cidades e 2 para calabouços), portanto, é preciso premeditar cada passo que irá tomar no período seguinte. Se você está preocupado em quando e onde irá treinar sua equipe, pode ficar calmo, pois haverão capítulos em que você estará livre para se aventurar por Midgard ao seu bel prazer. Outra característica única de Valkyrie Profile é seu sistema de combate. Os quatro botões "faciais" do controle (quadrado, triângulo, xis e círculo) correspondem aos 4 guerreiros da sua equipe, e ao pressionar de cada botão um ou mais ataques são desferidos (dependendo da arma que o personagem carrega). Parece bem simples não é? Mas não é. Pelo menos não como aparenta ser. Não basta só sair esmagando os botões aleatoriamente para destruir seus inimigos. Nada disso. Ao decorrer do jogo você vai perceber que é preciso mais do que porra-louquice para vencer seus adversários. É preciso também estratégia, saber a hora e ordem certa em que cada personagem deve atacar. E, quando você já tiver dominado o sistema de combate de Valkyrie Profile, o jogo se tornará mais lindo do que já é. Palavras de quem passou por essa experiência.
Ah, e vale salientar também que o game inteiro (sim, inteiro) muda de acordo com a dificuldade escolhida. Certos equipamentos, cenários e até personagens só podem ser vistos em certas dificuldades do jogo: No modo Easy (fácil), você terá acesso mínimo aos diferentes cenários do jogo e encontrará apenas uma pequena parte da gama de personagens que o jogo oferece; No modo Normal os privilégios são maiores. Grande parte dos personagens estará disponível para o recrutamento (em diferentes níveis, dependendo do quão longe você está na trama do jogo) e 90% dos cenários está acessível; No modo Hard (difícil) é onde o jogo mostra suas verdadeiras cores. Todos os personagens (vale salientar que todos eles são recrutados no nível 1), equipamentos e calabouços estarão disponíveis, sem contar a experiência ganha ao derrotar monstros, que aumenta consideravelmente. O jogo também possui 3 finais diferentes, e cada um requer que você tenha realizado diferentes feitos. Os 3 finais estão disponíveis em todas as dificuldades (mas é melhor não se arriscar no modo Easy, pela escassez de personagens. Alguns deles são necessários para destravar certos finais), e cada um deles, A, B e C, acontece em um período diferente da trama, ou seja, se você conseguir o final C, por exemplo, significa que você viu apenas um terço da estória do jogo. Recomendo àqueles que querem o final verdadeiro (o final A), ou até mesmo aqueles que querem ver os todos os 3 finais, que procurem por dicas em revistas (antigas, é claro) ou na própria internet, já que alguns deles requerem que você realize feitos predeterminados, como recrutar um certo personagem em um capítulo predefinido para ele, por exemplo. Para aqueles que se recusam a apelar para o famoso "detonado", não se tratam de truques e/ou macetes para terminar o jogo com mais facilidade, mas sim de uma lista de afazeres que você precisa cumprir para conseguir o final que deseja.
A premissa do jogo é de fato bem simples, mas a verdadeira graça de Valkyrie Profile está no recrutamento dos Einherjar, os soldados celestiais. Cada personagem, repito, cada personagem possui uma história para contar. Algumas são interessantes e tocantes, outras são chatas e sem graça, algumas até são interligadas com outras, mas cada personagem possui uma história, um ideal, um sonho ou uma ambição. E uma morte também, afinal, você controla a Mensageira da Morte, ou seja, apenas os mortos podem vir com você. Isso ajuda a criar algo que nem todos os jogos conseguem criar: o vínculo entre o jogador e o(s) personagem(s). Todos nós temos aquele jogo em que nos importamos com o personagem, ainda que saibamos que ele seja só uma animação feita com linhas e mais linhas de códigos de programação, mas mesmo assim ele é alguém que vai lhe proporcionar uma experiência boa ou ruim durante um curto período de tempo, e que mais tarde você irá lembrar dele mais ou menos do mesmo modo como uma criança lembra de um brinquedo. Valkyrie Profile não faz isso perfeitamente, mas também não peca em tal contenda. Nem que seja pra lembrar daquele maldito arqueiro que mal consegue acertar uma flecha quando você quer, ou daquele chefe de fase que fica curando o HP sempre que você está perto de mata-lo, você vai lembrar do personagens de Valkyrie Profile. Talvez pelo resto de sua vida, ou só até amanhã, mas com certeza você vai lembrar deles.
Sonoramente, Valkyrie Profile é simplesmente incrível e igualmente marcante. Ainda que algumas partes do jogo sejam bastante monótonas, a musica não vai de deixar dormir de jeito nenhum, e, de quebra, vai ficar colada na sua cabeça feito chiclete por um bom tempo. Até existem alguns temas mais calmos, mas, em sua maioria, as faixas de Valkyrie Profile são alucinantemente frenéticas (ou freneticamente alucinantes, como preferir), e vão te deixar sempre no clima da batalha. Ainda que você esteja só passeando pelos céus de Midgard. A dublagem também é espetacular. Alguns trechos e diálogos podem lhe fazer pensar que os dubladores são um bando de retardados, mas aposto outra moeda como você não vai parar de repetir frases como "Finishing Strike, Final Blast!" o dia todo, sem perceber que está fazendo.
Acho que já falei muito né? Pois é, vamos logo ao que interessa, a nota! -> 9,9/10
Por que não um 10? Por causa da monotonia. Sim, as vezes você vai ficar vagando sem rumo, pulando "períodos" para começar um novo capítulo e ter novas aventuras para enfrentar. É claro, a monotonia vai diminuindo de acordo com a dificuldade escolhida, ou seja, quanto mais difícil, mais emocionante será sua contenda. Vale salientar que essa nota (9,9) é uma nota especificamente para este post. Para mim, Breno Barbosa, esse jogo tem nota 11/10, e uma posição bem alta no meu Top 10 pessoal!
"Entonce", se você ainda não jogou Valkyrie Profile, faça um esforço para conseguir o jogo (de preferência por meios lícitos e dentro da lei), e aventure-se por este fantástico mundo nórdico, seja no PS1 ou no PSP!
Por Breno Barbosa
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