O príncipe que não era príncipe. Ou algo assim.
Fala aí galerinha desocupada, tudo beleza com vocês?
Pois é galera, como de costume, todo domingo chato é dia de recomendação! E essa semana, eu vos trago mais um game supimpa. Dessa vez, nos aventuraremos nos desertos escaldantes da Pérsia, em Prince of Persia!
Prince of Persia foi lançado em 2008 para PC, Xbox 360 e PS3, pela querida Ubisoft. O game foi uma tentativa de reviver a franquia para os consoles de nova geração, logo após o sucesso da estreia de Assassin's Creed, em 2007. Tanto é que a trama clássica da franquia foi totalmente esquecida, fazendo com que Prince of Persia seja um jogo totalmente a parte, com uma nova estória, novas mecânicas e novo visual.
Na trama, o jovem Príncipe (que aqui não parece tão "majestoso" quanto em seus outros games) está retornando de um saque em uma ruína antiga, quando se perde em uma tempestade de areia e é encontrado por Elika, a princesa de um reino que caiu em desgraça, que está sendo perseguida por soldados misteriosos. Após fugirem dos soldados, Elika convence o Príncipe a lhe ajudar em sua missão, que é livrar seu lar das forças malignas que o atacaram, espalhadas pelos quatro cantos do reino.
O visual do "novo" Prince of Persia é seu principal atrativo. Os cenários do game estão entre os mais bonitos que já vi em minha breve e curta vida de gamer. E não estou sendo modesto, os cenários de Prince of Persia são vastamente belos e bem imaginados, e ainda deixa muitos cenários de games da atualidade no chinelo. As animações dos personagens também são de primeira, seguindo o bom exemplo do primeiro Assassin's Creed, que também contava com animações bem trabalhadas e um sistema de combate sólido. Tudo isso sob o comando de um belíssimo cel shading. Pra quem não sabe do que diabos eu estou falando, cel shading são aqueles "traços de lápis" que contornam os personagens, que, se você já tem um histórico gamer, já deve ter visto em outros jogos por aí. É difícil de imaginar um game cuja a proposta é uma ação banhada de realismo (na ação, é claro) e regada com um pouco de fantasia como Prince of Persia (pelo menos até os jogos para PS2 da franquia) mudar tão drasticamente para um estilo mais pueril e fantástico, mas, para a alegria de todos, a tal opção funciona muito bem. Ainda que vastos e bonitos, os cenários do jogo não são 100% exploráveis, o que é uma pena para um game tão bonito como Prince of Persia. Mais ou menos 65% ou 70% do cenário pode ser explorado livremente pelo jogador, o que é uma quantia bem agradável, se comparada a outros jogos que oferecem muito mais liberam pouco.
A jogabilidade é bastante simples e funcional. As ações do Príncipe são bem divididas entre os botões do controle (ou do teclado, se você estiver jogando no PC), e cada botão corresponde a um comando específico, como por exemplo, um botão é unicamente dedicado para a espada, enquanto o outro serve para usar a garra que o Príncipe carrega em sua outra mão e outro serve para as acrobacias. Em poucas palavras, a jogabilidade do jogo é basicamente voltada para um público mais "casual", que não está muito acostumado com games ou que está querendo começar sua jornada gamer nesta nova geração, o que é uma ideia bem legal, se pensarmos por esse lado. Já os jogadores mais experientes não vão ter do que reclamar dos controles do game, mas irão criticar bastante a dificuldade do jogo. O "novo" Prince of Persia é um jogo extremamente fácil. Tão fácil que o jogo não lhe priva do direito de receber um "Game Over" enorme em sua tela. Não é nenhuma mentira, Prince of Persia simplesmente não lhe deixa morrer, seja por dano causado pelos adversários ou seja por uma queda acidental do alto de uma construção. Sua companheira Elika não vai lhe deixar na mão. Literalmente. O sistema de combate do game também é bastante diferente do que estávamos acostumados nos jogos anteriores do Príncipe, deixando o "esmagamento de botões" de lado e primando pela realização de combos em parceria com a princesa Elika, de um jeito devagar (as vezes até arrastado) e paciente. As vezes, você é recompensado com um quick time event (evento rápido, onde você precisa realizar certas ações ordenadas pelo jogo) seguidas de uma bela animação. Mas, depois de um tempo, você acaba cansando delas, já que são sempre as mesmas.
A trama do jogo é bastante simples, mas também é bastante cativante em alguns pontos. O novo príncipe é mais ativo na estória, e sua personalidade engraçada e canastrona fazem toda a jornada novelística em busca de restaurar o antigo reino valer a pena. O que não podia ser diferente, já que temos Nolan North, o "arroz de dublagem" dos games, emprestando sua voz para o Príncipe. Pra quem não sabe, North também é o dublador do Pinguim de Batman Arkham City e do aventureiro Nathan Drake, da franquia Uncharted. O jogo funciona mais ou menos como uma balança desequilibrada no que diz respeito a seu roteiro. Uma hora empolga, outra hora perde o ritmo, e acaba se transformando em uma experiência entediante. Em algumas horas você vai querer passar do ponto onde está o mais rápido possível, na esperança de que a próxima "fase" seja melhor. Mas, ao contrário do que eu fiz parecer, isso não afeta muita coisa da experiência do jogo. Como dito antes, as piadinhas lançadas pelo Príncipe de Nolan North (que parece ter criado um roteiro a parte, especificamente para o personagem) salvam o dia, e fazem a vontade de tocar o jogo pra frente reaparecer a cada diálogo entre o Príncipe persa e a princesa Elika.
Não pretendo me prolongar muito no que diz respeito a trilha sonora do game. Em minha humilde opinião fecal, não há nada que mereça destaque no que diz respeito a parte sonora do jogo, a não pela dublagem, que excelentemente bem feita e bastante cativante. Fora isso, o que você terá em Prince of Persia será o sempre agradável "feijão com arroz", que está longe de ser ruim, mas também não está perto de sair do básico.
Enfim, vamos para a nota! -> 8,0/10
A combinação de gráficos exuberantes e dificuldade mínima até dá certo, mas ainda precisa de alguns reparos aqui e acolá. No mais, Prince of Persia marca o que seria um bom começo para uma nova roupagem da franquia para os consoles de nova geração, mas parece que a Ubisoft não quis se arriscar por esse caminho. Mas isso não afeta a qualidade do jogo, portanto, se você ainda não jogou o "novo" Prince of Persia, dê seus pulos e arranje um meio (dentro da lei, é claro) de joga-lo!
Por Breno Barbosa
Pois é galera, como de costume, todo domingo chato é dia de recomendação! E essa semana, eu vos trago mais um game supimpa. Dessa vez, nos aventuraremos nos desertos escaldantes da Pérsia, em Prince of Persia!
Prince of Persia foi lançado em 2008 para PC, Xbox 360 e PS3, pela querida Ubisoft. O game foi uma tentativa de reviver a franquia para os consoles de nova geração, logo após o sucesso da estreia de Assassin's Creed, em 2007. Tanto é que a trama clássica da franquia foi totalmente esquecida, fazendo com que Prince of Persia seja um jogo totalmente a parte, com uma nova estória, novas mecânicas e novo visual.
Na trama, o jovem Príncipe (que aqui não parece tão "majestoso" quanto em seus outros games) está retornando de um saque em uma ruína antiga, quando se perde em uma tempestade de areia e é encontrado por Elika, a princesa de um reino que caiu em desgraça, que está sendo perseguida por soldados misteriosos. Após fugirem dos soldados, Elika convence o Príncipe a lhe ajudar em sua missão, que é livrar seu lar das forças malignas que o atacaram, espalhadas pelos quatro cantos do reino.
O visual do "novo" Prince of Persia é seu principal atrativo. Os cenários do game estão entre os mais bonitos que já vi em minha breve e curta vida de gamer. E não estou sendo modesto, os cenários de Prince of Persia são vastamente belos e bem imaginados, e ainda deixa muitos cenários de games da atualidade no chinelo. As animações dos personagens também são de primeira, seguindo o bom exemplo do primeiro Assassin's Creed, que também contava com animações bem trabalhadas e um sistema de combate sólido. Tudo isso sob o comando de um belíssimo cel shading. Pra quem não sabe do que diabos eu estou falando, cel shading são aqueles "traços de lápis" que contornam os personagens, que, se você já tem um histórico gamer, já deve ter visto em outros jogos por aí. É difícil de imaginar um game cuja a proposta é uma ação banhada de realismo (na ação, é claro) e regada com um pouco de fantasia como Prince of Persia (pelo menos até os jogos para PS2 da franquia) mudar tão drasticamente para um estilo mais pueril e fantástico, mas, para a alegria de todos, a tal opção funciona muito bem. Ainda que vastos e bonitos, os cenários do jogo não são 100% exploráveis, o que é uma pena para um game tão bonito como Prince of Persia. Mais ou menos 65% ou 70% do cenário pode ser explorado livremente pelo jogador, o que é uma quantia bem agradável, se comparada a outros jogos que oferecem muito mais liberam pouco.
A jogabilidade é bastante simples e funcional. As ações do Príncipe são bem divididas entre os botões do controle (ou do teclado, se você estiver jogando no PC), e cada botão corresponde a um comando específico, como por exemplo, um botão é unicamente dedicado para a espada, enquanto o outro serve para usar a garra que o Príncipe carrega em sua outra mão e outro serve para as acrobacias. Em poucas palavras, a jogabilidade do jogo é basicamente voltada para um público mais "casual", que não está muito acostumado com games ou que está querendo começar sua jornada gamer nesta nova geração, o que é uma ideia bem legal, se pensarmos por esse lado. Já os jogadores mais experientes não vão ter do que reclamar dos controles do game, mas irão criticar bastante a dificuldade do jogo. O "novo" Prince of Persia é um jogo extremamente fácil. Tão fácil que o jogo não lhe priva do direito de receber um "Game Over" enorme em sua tela. Não é nenhuma mentira, Prince of Persia simplesmente não lhe deixa morrer, seja por dano causado pelos adversários ou seja por uma queda acidental do alto de uma construção. Sua companheira Elika não vai lhe deixar na mão. Literalmente. O sistema de combate do game também é bastante diferente do que estávamos acostumados nos jogos anteriores do Príncipe, deixando o "esmagamento de botões" de lado e primando pela realização de combos em parceria com a princesa Elika, de um jeito devagar (as vezes até arrastado) e paciente. As vezes, você é recompensado com um quick time event (evento rápido, onde você precisa realizar certas ações ordenadas pelo jogo) seguidas de uma bela animação. Mas, depois de um tempo, você acaba cansando delas, já que são sempre as mesmas.
A trama do jogo é bastante simples, mas também é bastante cativante em alguns pontos. O novo príncipe é mais ativo na estória, e sua personalidade engraçada e canastrona fazem toda a jornada novelística em busca de restaurar o antigo reino valer a pena. O que não podia ser diferente, já que temos Nolan North, o "arroz de dublagem" dos games, emprestando sua voz para o Príncipe. Pra quem não sabe, North também é o dublador do Pinguim de Batman Arkham City e do aventureiro Nathan Drake, da franquia Uncharted. O jogo funciona mais ou menos como uma balança desequilibrada no que diz respeito a seu roteiro. Uma hora empolga, outra hora perde o ritmo, e acaba se transformando em uma experiência entediante. Em algumas horas você vai querer passar do ponto onde está o mais rápido possível, na esperança de que a próxima "fase" seja melhor. Mas, ao contrário do que eu fiz parecer, isso não afeta muita coisa da experiência do jogo. Como dito antes, as piadinhas lançadas pelo Príncipe de Nolan North (que parece ter criado um roteiro a parte, especificamente para o personagem) salvam o dia, e fazem a vontade de tocar o jogo pra frente reaparecer a cada diálogo entre o Príncipe persa e a princesa Elika.
Não pretendo me prolongar muito no que diz respeito a trilha sonora do game. Em minha humilde opinião fecal, não há nada que mereça destaque no que diz respeito a parte sonora do jogo, a não pela dublagem, que excelentemente bem feita e bastante cativante. Fora isso, o que você terá em Prince of Persia será o sempre agradável "feijão com arroz", que está longe de ser ruim, mas também não está perto de sair do básico.
Enfim, vamos para a nota! -> 8,0/10
A combinação de gráficos exuberantes e dificuldade mínima até dá certo, mas ainda precisa de alguns reparos aqui e acolá. No mais, Prince of Persia marca o que seria um bom começo para uma nova roupagem da franquia para os consoles de nova geração, mas parece que a Ubisoft não quis se arriscar por esse caminho. Mas isso não afeta a qualidade do jogo, portanto, se você ainda não jogou o "novo" Prince of Persia, dê seus pulos e arranje um meio (dentro da lei, é claro) de joga-lo!
Por Breno Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário