De volta à estaca zero. Mais uma vez.
Fala aí galerinha desocupada, tudo em ordem na vida de vocês?
Pois é galerinha, pra quem não estava por dentro das novidades, a adaptação da série épica de livros A Torre Negra (escrita por Stephen King), que seria encabeçada pelo diretor Ron Howard e produzida por sua produtora própria, a Imagine Entertainment, havia sido cancelada pelo primeiro estúdio que resolveu dar uma chance à bagaça, a Universal, mais ou menos na metade do ano passado. Totalmente órfã de um estúdio, a adaptação ficou no ostracismo por um tempo, até que a Warner Bros. decidiu dar uma chance para Ron Howard e sua ideia. Foi sob a batuta da Warner que o ator Javier Bardem, marcado para viver o protagonista da série, Roland Deschain, pulou fora do projeto e foi substituído por Russell Crowe.
Hoje, segundo a revista gringa Variety, a Warner Bros. decidiu cancelar a produção da adaptação de A Torre Negra. Os motivos da decisão não foram revelados, tanto por parte da Imagine quanto da Warner Bros.. O projeto pode bater na porta de outros estúdios, mas a dupla rejeição pode destroçar de vez os planos da adaptação.
É uma grande pena a adaptação de A Torre Negra ter sido rejeitada mais uma vez. Mas não podemos culpar totalmente os estúdios, já que tudo o que eles estão fazendo é se prevenir. Apostar todas as fichas e investir uma grana preta na adaptação para o cinema de um livro que não tem um apelo infanto-juvenil como Harry Potter, ou até mesmo a popularidade de outros títulos nada mais é que um tiro no escuro. Ron Howard pretendia adaptar os livros por meio de uma trilogia de filmes e mais ou menos duas temporadas de uma série para TV, o que, convenhamos, é outro baita tiro no escuro.
A melhor opção, em minha singela opinião fecal, seria tentar levar toda a adaptação dos livros para a TV, em forma de seriado, como foi feito com As Crônicas de Gelo e Fogo (A Song of Fire and Ice, no original), mais conhecida como Game of Thrones, da HBO. A série de livros de George R. R. Martin é bem longa e cheia de detalhes que se perderiam em um filme. Já em um seriado de televisão, as nuances dos livros poderiam ser exploradas com mais calma, e, caso a adaptação não fosse rentável, um provável cancelamento seria a opção menos "dolorosa" para os fãs. A Torre Negra se assimila à obra de George R. R. Martin no que tange a complexidade, e as pequenas nuances dos personagens e da trama seriam melhor retratadas na TV, com mais calma. Sem contar que, diferente de Game of Thrones, a maior parte dos cenários e das características visuais de A Torre Negra são bem mais fáceis de retratar, já que a trama dos livros se passa muitas vezes em pequenas cidades e campos vastamente áridos. O que realmente encanta na obra de Stephen King são os personagens e seus relacionamento uns com os outros, ou seja, uma simples questão de uma boa seleção de atores.
Se você tem curiosidade pelo mundo fantástico e aterrorizante da Torre Negra de Stephen King, pode dar uma olhada na "resenha" do primeiro livro (escrita por mim) feita aqui no blog, clicando aqui.
Mas se você não tem paciência par ler infinitas páginas sem figurinhas, pode rumar para as HQs que adaptam a trama dos livros, feitas pela editora Marvel, e lançadas aqui no Brasil pela querida Panini. Cada volume, ao ter sua publicação terminada, é transformado em um belíssimo encadernado, com direito a conteúdo extra e tudo mais. Claro, também pelas mãos da Panini. As tais revistas podem ser achadas facilmente em grandes livrarias, por um preço não tão amigável, mas que vale o investimento.
Por Breno Barbosa, via Omelete
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