8 x 3 = 32. E ouse discordar, pra ver o que acontece...
E aí galerinha desocupada, como vão vocês?
Enfim, depois de muito tempo, as recomendações de filmes atuais está de volta! Pelo menos neste final de semana, mas vou me esforçar para trazer os bons filmes que estão chegando às nossas telonas mais frequentemente!
Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer do fundo do meu pequeno e singelo coração pelos mais de 10.000 acessos que atingimos aqui no nosso blog! Muito obrigado galera, vocês não são os melhores, mas são excelentes! Poderiam ser melhores se comentassem, mas como isso cabe a vocês e eu tenho certeza que ninguém quer ficar lendo mi-mi-mi em um post de recomendação, então vamos ao que interessa!
O filme desta semana é Looper - Assassinos do Futuro, estrelado por Joseph Gordon-Levitt (o policial John Blake, de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge) e Bruce Willis (que dispensa comentários), com roteiro e direção originais de Rian Johnson.
No futuro conturbado e caótico de Looper ainda não existem viagens no tempo. Porém, daqui a 30 anos, elas existirão, e darão início a um novo ramo de assassinos de aluguel: os loopers. Os mafiosos do futuro enviam ao passado aqueles que pisaram na bola com suas gangues e os loopers tem como tarefa assassina-los e se livrar do cadáver. Bem legal né? Mas isso perde a graça quando os empregadores desses loopers pretendem dispensa-los de seus serviços, ato que nesse mundo é chamado de "fechar o loop". O que é isso? Bem simples: os mafiosos do futuro enviam ao passado ninguém menos que você mesmo de 30 anos no futuro. Feito o serviço, o looper que "fechou seu loop" ganha uma farta remuneração, para que possar viver feliz (ou não) pelos próximos 30 anos que lhes restam. Joe (Joseph Gordon-Levitt), nosso protagonista, é um looper vida-boa bastante admirado em seu meio de trabalho, que costuma fazer seu trabalho e depois se divertir pelo resto do dia como se não houvesse amanhã. Tudo isso muda quando seu próximo alvo é ninguém menos que ele mesmo de 30 anos no futuro (Bruce Willis).
Ainda que não seja seu principal atrativo, o visual de Looper merece um destaque especial. A estética futurista é incrivelmente bem contextualizada, o que significa que nada (ou pelo menos pouca coisa) está ali a toa. Diferente de muitos filmes que tem como pano de fundo uma nação do futuro, Looper prima por mostrar a extrema desigualdade social, que, convenhamos, é algo iminente se olharmos para o mundo ao nosso redor. Em muitos momentos do filme você verá muita gente pobre nas ruas, lutando para sobreviver a qualquer custo, enquanto os mafiosos, dançarinas, burgueses e loopers passeiam por aí com seus carros esquisitos e suas motos à jato, se dirigindo a grandes boates e festanças, que parecem acontecer todos os dias, independente do que esteja acontecendo mundo afora. As armas usadas pelos loopers lembram muito o estilo de arte cyberpunk, que, pra quem não conhece, tem como característica principal o design futurista. O armamento dos loopers parecem versões "cyberpunk-zadas" de armas antigas, como bacamartes e revolveres saídos de um bar de faroeste são os exemplos mais frequentes que você notará em Looper. Outro ponto que chama bastante atenção é o trabalho de maquiagem (tanto tradicional quanto digital) para deixar o ator Joseph Gordon-Levitt o mais parecido possível com seu eu do futuro, Bruce Willis. É impossível deixar de nota a semelhança entre os dois. E o próprio filme, em seu desenrolar, faz com que a semelhança se justifique ainda mais. Depois de assistir Looper, você provavelmente vai passar a acreditar que, daqui a 30 anos, Joseph Gordon-Levitt será um brucutu careca, assim como este que vos escreve.
Agora sim, o principal suprassumo de Looper: o roteiro! Podemos dizer que a trama central de Looper é um loop perfeito. Por que? Eu explico: trata-se de uma estória literalmente redonda (por isso o trocadilho com loop), tendo como mote principal as viagens no tempo. Depois de De Volta para o Futuro, quem é que não gosta de viagens no tempo? E falando neste clássico do cinema, o elemento "viagem no tempo" de Looper é tão bem feito (se não mais) quanto aquele presente em De Volta para o Futuro, que também podemos classificar como um filme literalmente redondo. Mas nem só de viagens no tempo vive um looper, há também o contexto no qual ele está inserido, neste caso, o clássico "futuro não tão distante". Como eu disse antes, a trama do filme consegue se aplicar muito bem no pano de fundo futurista, principalmente no que diz respeito a tornar esse futuro não só crível para quem assiste, mas também um futuro possível. Não sei vocês, mas eu não acho difícil imaginar um futuro onde os criminosos tomam conta das cidades e as pessoas de bem estão morando nas ruas e lutando por comida. O ritmo do filme também é bastante equilibrado, ora pendendo para uma ótima ficção científica, ora enchendo a tela do cinema de balas e fazendo chover sangue (literalmente) nos espectadores. E algumas poucas cenas, o filme fica um pouco arrastado, meio que sem deixar claro que rumo irá seguir nos próximos minutos, mas isso logo se ajeita, e em pouco tempo, você estará segurando os braços da cadeira do cinema novamente. Se pudermos fazer uma comparação em relação a pegada do filme, A Origem (de Christopher Nolan) seria o melhor exemplo. Talvez o único defeito que salta aos olhos que você verá no roteiro de Looper será um romance repentino. Sem mais. Você notará quando ele aparecer. Bem que eu queria poder me aprofundar bem mais sobre este filme, mas como a soma de todo o meu profissionalismo jornalístico resulta em aproximadamente -2, eu não consigo explorar mais a fundo as nuances do filme sem encher este post de spoilers, o que eu acredito que vocês, caros desocupados, não iriam querer, não é?
Se o visual merece um destaque especial e o roteiro é a cereja do bolo de Looper, como eu posso classificar as atuações? Bem, não sei que titulozinho dar a elas, mas só digo que elas são muito boas. Talvez não em um nível comparável com um drama ou talvez até mesmo outros filmes de ficção científica, mas em hora alguma os atores deixam a peteca cair. A harmonia que Gordon-Levitt e Willis compartilham em um mesmo personagem é incrível. Em certas horas, você consegue notar que Levitt poderia ser como Bruce Willis no futuro, ou que Willis poderia ter sido como Gordon-Levitt no passado. Claro, estou falando dos personagens interpretados pelos dois atores, que na verdade são um só. Chega a ser incrível como duas versões da mesma pessoa podem ser tão diferentes, mais ainda assim tão semelhantes. O personagem Joe, seja o garotão bon vivant ou coroa brucutu, consegue cativar bem o espectador, mesmo que nenhum dos dois sejam o pináculo do ser humano amável. Muito pelo contrário, o jovem Joe é um tremendo babaca, egoísta e egocêntrico, enquanto sua contraparte mais velha acabou amolecendo com o tempo, mas ainda pode ser bastante casca-grossa quando necessário, e isso, meus amigos, vocês com certeza vão querer testemunhar nos cinemas. Afinal, estamos falando de ninguém menos que John McClane, "O" Duro de Matar em pessoa! Yippee Ki Yay, Motherfucker!
A trilha sonora casa bem com o filme, principalmente em algumas cenas-chave chave da trama, seja com um ritmo mais frenético ou até mesmo com uma singela canção de ninar. Em suas respectivas essências, as musicas traduzem muito dos personagens do filme, quase como se cada uma servisse como um tema de cada um deles. Outro ponto que merece destaque é o barulho ALTAMENTE ENSURDECEDOR das armas. Não sei se foi ter ficado mais perto da dela do cinema do que eu geralmente costumo ficar, mas acho que qualquer dia desses eu vou ter que voltar na cabine pra pegar meus tímpanos de volta. Eles caíram dos meus ouvidos ao primeiro tiro de revólver.... Algo me diz que eu vou ter que comprar tímpanos novos. E que isto sirva de aviso para vocês, queridos desocupados. Quando sentirem que vem vindo um tiro na hora do filme, tampem os ouvidos de leve!
Enfim, acho que já falei o bastante, não é? Tá na hora daquela velha e boa nota!
Aí está -> 9,0/10
Estrogonoficamente recomendado! Já faz algum tempo que não vemos um filme de ficção científica de respeito. Para mim, desde Prometheus (que eu particularmente gostei, e até recomendei aqui), e para outros, desde A Origem, ou qualquer outro bom filme do gênero que tenha saído há não muito tempo tempo.
Portanto, se você procura um bom filme para assistir com os amigos ou com sua amada neste final de semana, Looper será sua melhor escolha!
Por Breno Barbosa
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