sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Se não jogou, jogue! - Thunder Force III (Mega Drive)



                                            A palavra de hoje é: Frustrafun



Produtora: Technosoft
Distribuidora: Technosoft
Ano: 1990
Gênero: Shmup/ Navinha

O universo ainda não está a salvo do Império ORN. ORN instalou dispositivos de camuflagem nos cinco maiores planetas no território espacial que envolve seu quartel-general, dificultando que a Federação Galáctica encontre e ataque sua base. Para piorar, ORN construiu um sistema de defesa remoto conhecido como Cerberus, capaz de neutralizar grandes naves e até frotas inteiras. Sabendo disso, a Federação Galáctica, criou a FIRE-LEO 03 Styx, uma nave pequena o suficiente para não ser detectada por Cerberus, e ainda assim, ter o poder de fogo de um cruzador espacial. Cabe a Styx e seu piloto destruírem os cinco dispositivos Cerberus e infiltrar-se na base e destruir o bio-computador conhecido por Cha Os.

Ó toda poderosa geração 16-Bit, agradeço-lhe pelos poderosos jogos de navinha que me apresentaste! Thunder Force é uma franquia originária da Technosoft, uma softhouse não muito conhecida. Thunder Force pode ser dita como a franquia que deu reconhecimento a empresa. É um dos grandes nomes de jogos de nave do 16-bit, junto com Gradius, R-type, Gaiares, Darius, Strike Gunner, Sonic Wings e por aí vai. Pensando bem, tivemos muitos jogos ótimos de nave.


Bem, a concorrência era grande, e pra sobreviver nesse mundo cão, Thunder Force III teria que ser, no mínimo, muito bom. Para isso, ele teria que ter alguns pontos em comum com os jogos de nave padrão. O primeiro desses pontos é a movimentação. No espaço sideral em guerra, provavelmente vamos precisar ser rápidos e precisos em nossos movimentos, pois normalmente seremos atingidos por meteoros, atacados por naves inimigas, e, o pior de tudo, conseguir desviar de tudo isso e bater no cenário...e morrer...perdendo todos os Power-ups. Esse, meus amigos, é o chamado (por mim) frustrafun (ou diverstração, se vocês preferirem). Que diabos é isso? É uma forma de explicar o sentimento do momento em que estamos no ápice da ação frenética em um jogo e, num passe de mágica, somos derrotados de uma forma que não esperávamos. Thunder Force III tem bastante disso. Quantas vezes eu perdi todos os meus Power-ups, por causa da maldita bala que eu não vi.

Na verdade, eu experimentei isso nos primeiros minutos de jogo. Estava eu calmamente pilotando minha nave novinha em folha, quando de repente, o chão sobe e me esmaga. Noutro momento, já mais avançado na jogatina, um lindo pilar de fogo resolveu surgir sob minha inocente nave (que já deveria ser a vigésima que eu usava devido a “problemas”) e mais uma vez eu provei o gostinho de explodir...e morrer...perdendo tudo. Bem, no primeiro momento eu tive a raiva que temos quando batemos o mindinho num móvel. Mas ao pensar bem (pensar faz bem galera, fica a dica) percebi que morri por causa do design das fases, que além de simplesmente jogarem os inimigos contra você, joga o cenário contra você também. É interessante a ação de um fator externo como mais uma forma de prejudicar. E o melhor de tudo é que, das oito fases, apenas uma não tem isso, ou seja, é bem caprichado.


Os cenários são bonitos, passando de cavernas e vulcões até o fundo do mar (* Breno - vai saber como diabos uma nave vai parar nesses lugares... *). A fase do vulcão por sinal é uma das mais interessantes do jogo, pois conta com um efeito no cenário que simula a queima. Já a fase da selva simula algo mais denso, dando a impressão de estarmos passando dentro de algo muito fechado, apertado. E essas fases ficam ainda melhores, com o efeito Parallax presente nelas. Para os que não lembram (ou não sabem), eu já falei sobre ele nesse post. É um efeito que permite diversas camadas do cenário moverem-se em diferentes velocidades, para dar sensação de profundidade. É meio o que acontece na vida real, basta andar de ônibus (de carro é a mesma coisa) pra notar.

As músicas são bonitas, empolgantes e atendem bem a demanda de causar animação em quem joga, quase sempre sendo músicas frenéticas. Infelizmente, nem tudo são flores, e suas músicas acabam sendo afetadas pela fraqueza do Mega Drive em termos sonoros.

Contamos com um total de 5 armas diferentes, sendo que duas delas são padrão e podem ser melhoradas. Cada qual possui sua vantagem: A mais normal serve basicamente pra dar muitos tiros em alta velocidade; O laser serve para atacar inimigos que atacam pelas costas; A onda de choque acerta praticamente qualquer coisa em seu caminho; Os mísseis atacam verticalmente; E a bala perseguidora... é azul... e persegue. Então, você não acha esse poder de fogo é o suficiente? Quer mais? Temos as CLAWs pra isso. São partes extras que aumentam seu poder de fogo em 100%, além de girar em torno da nave, podendo te proteger de alguns tiros. Sim , "podendo". Muitos tiros perfuram essa defesa, mas para isso existe o Escudo, que te permite apanhar um pouco evitando a perda de energia tão facilmente. Porém, escudos são raros e normalmente aparecem em lugares... "incômodos".

Os chefes são bem legais de se ver, porém são muitos decorebas. Aprendeu o padrão de ataque deles, parabéns. Sim, fáceis. Provavelmente você morrerá mais nas fases do que no chefe propriamente dito. O jogo conta com um fator replay interessante, pois cada vez mais podemos nos aprimorar. Porém, em Thunder Force é mais interessante, pois é um jogo rápido. Caso queira começar numa maior dificuldade, aperte A e Start ao mesmo tempo pra ir ao menu de opções, na tela principal.

Nota: 87%
O que faltou?
- Trilha sonora um pouco melhor
- Maior dificuldade nos chefes


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