domingo, 16 de dezembro de 2012

Se não jogou, jogue! - Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting (SNES)


Go home and be a family man.



Produtora & Desenvolvedora: Capcom
Gênero: Luta
Ano: Julho de 1993.

No início dos eventos do primeiro torneio Street Fighter, Ryu consagra-se como o maior lutador da Terra. Então, a Shadaloo, liderada por M. Binson, resolve organizar outro torneio. O novo torneio é organizado em busca dos maiores lutadores da Terra, e esses lutadores correm o risco de serem manipulados por M.Bison, que quer incorporá-los em seu exercito. Oito lutadores foram escolhidos, inclusive o atual campeão Ryu. Os oito lutadores deverão se enfrentar até as finais, onde terão que enfrentar os três principais guerreiros da Shadaloo para conquistar uma chance de enfrentar o Líder da organização. Quem será coroado o novo campeão do mundo? Que motivos movem essas pessoas? Isso será respondido quando você escolher um personagem e consagrá-lo campeão no torneio que fará o mundo tremer.


Nos anos 90 tivemos nomes que impactaram o mundo dos jogos de forma gigantesca. Um desses nomes é Street Fighter, principal franquia de luta da Capcom. Acreditem ou não, existiu um Street Fighter antes de Street Fighter II. Ele foi lançado no ano de 1987 e foi bem recebido pela crítica, pena que só podíamos controlar o Ryu ou Ken (este último apenas no multiplayer). Ainda assim, Street Fighter foi um bom jogo, e serviu como base para esse monstro da história dos videogames que se chama SF. Street Fighter II, quando lançado, definiu de uma vez por todas o rumo da série, permitindo ao jogador escolher entre oito personagens, cada qual com seu estilo (exceto Ryu e Ken, que tinham pouquíssimas diferenças na época) e particularidades. Devido a alguns glitches, a velocidade das lutas e ao desbalanceamento entre personagens, a Capcom lançou versões melhoradas de Street Fighter II, e uma delas foi Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting.


Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting conta com os oito personagens selecionáveis do original, com a adição dos quatro integrantes da Shadaloo ( M.Bison, Vega, Sagat e Balrog ), o que já era um motivo interessante para comprar o jogo, mas não o suficiente. Muitas outras melhorias foram feitas, como a adição das Mirror Matches, que eram batalhas em que os jogadores escolhem os mesmo personagens, ou seja, Ryu vs Ryu. Personagens ganharam novos golpes, como o teletransporte de Dhalsim e o Kikoken da Chun-li. Ainda tivemos a adição de novas roupas para os personagens, basicamente uma troca de cores. A maior diferença em relação ao original, que faz valer a compra, é a capacidade de personalizar a velocidade da luta. Vejam a seguir a diferença:

SFII:


SFIIT: HF:


Note que no 2º vídeo o rapaz não usou a velocidade máxima, mas mesmo assim a diferença já é notável.
Nota: Vocês devem ter visto alguma lentidão durante as lutas, mas esses slowdowns são normais em jogos de Super Nintendo.
Essa velocidade extra é bem interessante, mostra que o Super Nintendo pode ter uma certa velocidade, mesmo que inferior ao Mega Drive. E outra, deve ser legal pra fazer campeonatos com muita gente.

A mecânica da resposta dos comandos funciona muito bem, sempre respondendo rapidamente sem deixar ninguém na mão. Os golpes normais variam de voadoras à rasteiras, passando por chutes fracos e fortes, assim como socos. Mas não é sobre isso que se trata Street Fighter. Street Fighter é só dar "meia lua + soco" e apelar com o Ryu ou o Ken. Não há uma luta que alguém não solte um mísero Hadouken. E com a ajuda do sistema de combos acidental que SF ganhou, ficou ainda mais fácil ser apelão. Claro que você pode lutar como homem, mas isso vai ser bem difícil. Muitos dos especiais de todos os personagens podem ser ativados de formas idênticas se não iguais. Isto permite uma adaptação parcial à todos os personagens, mas estes ainda mantem suas particularidades.

Você é capaz de sentir a leveza ou o peso de cada personagem em SFIIT: HF. Chun-li, por exemplo, é extremamente ágil, principalmente com seus pulos incessantes, mas não causa tanto dano. Já Zangief é um monstro brutal em termos de força, mas sofre com sua baixa agilidade. Isso é um eufemismo pra dizer que controlar Zangief é como empurrar uma pedra de 2 toneladas montanha acima. Claro, também temos personagens mais balanceados, como Ryu, Ken e Guile. A variedade dos personagens é boa, permitindo que o jogador se afeiçoe com um (ou mais) deles.

O jogo é bonito, isso é fato. O tamanho dos personagens na tela é bom e a paleta de cores faz tudo ficar bonito. Somente os backgrounds não são tão espetacularmente interessantes, mas ainda assim retratam bem o clima do local. Mesmo com sua simplicidade, este não é um quesito que tire méritos do jogo.

Se tem algo que realmente impressiona em Street Fighter é sua trilha sonora. Muitas músicas do jogo são melhores que muitas outras bandinhas por aí. As mais notáveis são os temas de Guile, Ken e Ryu. Principalmente o do Guile, que resultou no meme: Guile´s theme goes with everything ("O tema do Guile combina com tudo"). Exemplo?


E não estamos errados em achar isso. Se um dia eu fizer academia, vou estar com essa música tocando o tempo todo. Dá pra se sentir 5x mais macho só escutando ela. Para não dizer que só estou puxando a sardinha pro Guile, vou mandar o DJ soltar Hadouken.


Apesar de as outras não serem tão boas sozinhas, elas são extremamente apropriadas. O tema do Honda, por exemplo, é a cara do Japão (mas não é J-POP); Chun-Li tem sua musica feita em flauta, e por aí vai. Resumindo: Chupa Mortal Kombat.

Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting trouxe melhorias em relação aos seus predecessores. Melhorias muito agrádaveis, que só fizeram firmar a franquia como tão poderosa que é. E mesmo com a mania da Capcom de ficar relançando o mesmo jogo com poucas mudanças, os jogos se mantém firme e forte. Pena que é muito fácil ser apelão *kof kof perdedor falando kof kof*.


Nota: 100% with laserz

Não jogar Street Fighter II é um pecado gamístico de alto grau, mas jogar esta versão lhe concede o perdão.

Por: Angelo, que hadouken pra 100 levou sozinho.

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