"Riqueza, fama, poder. O homem que conquistou tudo no mundo, o Rei dos Piratas, Gold Roger. As ultimas palavras ditas em sua execução levaram pessoas a navegar os mares.
— Minha riqueza e tesouros? Se você quiser, eu deixo você tê-los. Procure-os, eu guardei tudo naquele lugar.
Agora, todos os homens partem em busca de seus sonhos, lançando-se ao mar em direção, Grand Line. Assim tem seu início a Grande Era dos Piratas."
No dia 4 de Agosto de 1997, Eiichiro Oda não só criou um excelente mangá como deu início a uma das maiores obras mangazísticas da história. Com sua inspiração em Akira Toriyama (Criador de Dragon Ball e mais importante, Dr. Slump, entre algumas outras obras) e após ter realizado vários trabalhos como assistente, incluindo em uma obra conhecida, Rurouni Kenshin (ou Samurai X, se preferir), de autoria de Nobuhiro Watsuki, onde conheceu Hiroyuki Takei, criador de Shaman King, que também era assistente de Watsuki.
One Piece tem como enredo a ambição de Monkey D. Luffy, um garoto que comeu uma Fruta do Diabo, frutos que dão habilidades fora do comum para aqueles que os ingere. No seu caso, ele comeu a Gomu Gomu no Mi (Fruto da Borracha), e assim transformou todo seu corpo em borracha. Sua ambição é tornar-se o Rei dos Piratas, e acabou por criar sua vontade a partir da admiração que tem por Shanks, o Ruivo. E assim ele sai de sua vila em busca de seu sonho vivendo grandes aventuras.
Com um traço despojado, Oda escolhe algo bem mais leve e caricato pra dar vida à seus personagens. Normalmente é taxado de ruim ou infantil, mas isso é uma reclamação que, apesar de fazer sentido, ainda passa longe de ser um motivo para One Piece ser um mangá ruim. Graças a esse traço mais livre, Oda tem a liberdade para abraçar os sentimentos dos personagens. Se for pra rir, que a boca seja gigantesca, se for pra chorar, que sejam jorradas lágrimas que inundariam meio mundo. Oda adorar mexer com extrema alegria e com extrema tristeza. Os cenários normalmente são desenhados pelos assistentes, apesar de a ideia principal ser de Oda. O destaque nesse quesito, ao menos no meu ponto de vista, foi em Thriller Bark, um arco de "terror" onde houve um trabalho excepcional na criação de um clima sombrio e escuro. Breno Barbosa, meu co-piloto e entendedor da arte do desenho, curte muito a forma do Oda fazer sombras por meio de hachuras (Tá bom assim, falei direitinho como você me obrigou?
Uso de tons diferentes pra dar um tom mais sombrio ao cenário. |
*Nota do escritor: eu usei o cocô porque não conheço quem goste do formato. A não ser que seja estilo Digimon, que parece um sorvetinho.*
A profundidade que Oda dá aos personagens principais e, por vezes, aos personagens que também são importantes nas sagas ou no enredo-pai de One Piece, é algo de se admirar. Ao contrário do que eu vejo nas reclamações sobre Naruto, em que há personagens muito interessantes, mas que ficam muito para escanteio. Como não acompanho esse anime/mangá, não tenho muito o que falar sobre ele, mas só em saber que o Rock Lee fica de lado já acho um demérito do Kishimoto.
Os personagens secundários são tão bem tratados por Oda que, mesmo apesar de não terem uma relevância instantânea com as sagas que estão fora, eles podem reaparecer ou no mínimo algo legal acontece. O nome desse algo legal, no caso, são as Séries de Capas, que nada mais são que ilustrações nas capas dos capítulos que vêm por seguir, que, contudo, não têm relação com este. Elas normalmente contam a historia de personagens que apareceram em sagas anteriores em torno de 20 a 30 capitulos. Assim, Oda mostra que há vida fora da trama principal e que o mundo segue. Não é surpresa quando estes personagens retornam à trama principal, apesar de o modo como eles voltam ser surpreendente, o que causa muita hype (expectativa).
O impacto de One Piece é algo assombroso, quebrando recordes e mais recordes de venda no Japão e se popularizando cada vez mais no mundo. No Brasil, ele foi originalmente publicado pela editora Conrad, que fazia até um bom trabalho, porém foi cancelado no Nº70, que é na verdade uma parte do Nº35 (me corrija, Breno
Por Angelo Alexsander
Perdeu as partes anteriores? Sem problemas, basta clicar nas imagens abaixo e dar uma conferida!
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