Porque fazer sucesso em duas mídias diferentes não é o suficiente.
Fala, galerinha desocupada, tudo beleza com vocês?
Como vocês já devem ter notado, estamos no meio de mais um especial super-bacana aqui no Desocupado. O assunto em voga? Nada mais, nada menos que o excelentíssimo One Piece, a aclamada obra do mestre Eiichiro Oda que conquistou os corações de milhares de fãs (inclusive os dos desocupados responsáveis por este blog) ao redor deste pequeno mundo, seja nas páginas dos mangás, na telinha da TV ou — já puxando pro assunto que vou abordar neste post — nas telonas dos cinemas.
Sim, meus caros desocupados, depois do invisível, indivisível e indescritível Angelo Alexsander falando sobre o mangá (a obra original) e o nosso eterno estagiário Anderson Pontes dando seus pitacos sobre a animação para TV, chegou a vez deste que vos fala sentar a bunda na cadeira e escrever sobre alguma coisa sobre esta incrível obra. E como vocês já devem ter notado, me encarregarei de falar sobre os longa-metragens de One Piece. Não apenas um, dois ou três, mas sim de TODOS os longas lançados até então, em mais de 10 anos de One Piece neste mundo.
Ah, vale ressaltar que falarei aqui apenas dos filmes de One Piece. Nada de OVAs (Original Vídeo Animation) ou especiais para TV, como crossovers e episódios estendidos; não não, apenas filmes. E pra não deixar o post maior do que ele já vai ficar, decidi seguir a linha do Especial sobre Homem de Ferro 3 e resumir minhas palavras em pequenas sínteses sobre os filmes que aqui serão abordados.
Enfim, feitos os devidos avisos e apresentações, vamos ao que interessa. E como você já conhece a manteiga derretida que é este aqui vos fala, vejamos em quantos destes 12 filmes eu derramei lágrimas!
____________________________________________________________________________
1. One Piece: O Filme (One Piece: The Movie - 2000)
Já alguns meses depois da estreia da animação (que ocorreu no dia 20 de Outubro de 1999), o primeiro filme de One Piece chegava às telonas. Em 04 de Março de 2000, One Piece: O Filme (que também pode ser intitulado como O Grande Pirata Dourado) chegava aos cinemas nipônicos, com roteiro de Michiru Shimada e direção de Atsuji Shimizu.
A Tripulação do Chapéu de Palha parte em busca do lendário tesouro escondido de Woonan, O Grande Pirata Dourado, cujo os espólios de batalha — segundo os rumores populares — eram tantos que, quando empilhados, eram tão altos quanto uma montanha e chegavam até a iluminar o mar à noite como se dia fosse. Também em busca do tesouro de Woonan está a tripulação do perverso e ambicioso El Drago, além do pobre e pequeno Tobio. E agora, quem será o primeiro a alcançar o tesouro de Woonan?
Particularmente, eu lembro que odiava esse filme com todas as minhas forças sem nenhum motivo aparente. Agora que parei para assisti-lo de novo, vi que o filme não é de todo mal. Assim como no anime, o traço ainda remetia bastante ao de Eiichiro Oda em seu mangá, e animação era bem polida e bastante fluida, digna dos melhores episódios de One Piece exibidos até aquela época (Março de 2000). A trama é simples e redonda, sem grandes ambições ou furos de roteiro, mesmo se tratando de uma história a parte da trama da obra original. Ainda assim, a ação do filme era limitada e não empolgava tanto (assim como o vilão, diga-se de passagem), fazendo da comédia e do drama dos personagens centrais suas principais armas.
Em suma, O Grande Pirata Dourado é um bom filme dentro de suas limitações, portanto, não vá esperando muita coisa. Ah, e sim, eu chorei assistindo esse filme.
(Contador de Chororô: 01)
(Contador de Chororô: 01)
____________________________________________________________________________
2. A Aventura na Ilha Relógio (Nejimaki-jima no Bouken - 2001)
Com Atsuji Shimizu de volta na direção e roteiro assinado por Hiroshi Hashimoto, A Aventura na Ilha Relógio chegava às telonas japonesas no dia 03 de Março de 2001.
Neste filme, A Tripulação do Chapéu de Palha tem seu navio, o Going Merry, roubado por uma misteriosa família pirata, a Família Trump (não, não é a família daquele empresário famoso com nome de personagem da Disney); que acaba levando de brinde a navegadora do bando, Nami. Um tanto quanto furiosos com ocorrido, Luffy, Zoro, Usopp e Sanji unem-se à Borodo e Akisu, dois irmãos que trabalham humildemente como ladrões, e que também querem se livrar da Família Trump.
Na minha memória, este era um dos meus filmes favoritos de One Piece. Reassistindo atualmente — ao contrário do filme anterior —, vi que a coisa não é tão boa quanto costumava ser. Tecnicamente, A Aventura Ilha Relógio é quase impecável. Se, atualmente, o anime tivesse pelo menos um pouco mais da qualidade e da fluidez da animação deste filme, eu voltaria a assisti-lo religiosamente, como antes o fazia. O traço do longa acabou destoando um pouco daquele visto na animação para TV (na época, é claro) e também do mangá de Eiichiro Oda, mas foi por uma boa causa. Em contrapartida, o roteiro é mais raso que uma poça d'água, e a única coisa que poderia salva-lo, que são as piadas, não funcionam tão bem quanto no primeiro filme. Sério, quem foi o desgraçado que pôs o coitado do Usopp pra engolir peido?! Isso não se faz nem ao seu pior inimigo, cara! E de onde foi que tiraram todos aqueles para-quedas?
No mais, A Aventura na Ilha Relógio vale mais pelo deleite aos olhos que pela qualidade no enredo — o que, vocês logo verão nos próximos filmes, não é lá a maior qualidade dos longas de One Piece. Não sei se as lágrimas que derramei no final do filme valeram a pena, mas sim, eu também chorei aqui.
(Contador de Chororô: 02)
Neste filme, A Tripulação do Chapéu de Palha tem seu navio, o Going Merry, roubado por uma misteriosa família pirata, a Família Trump (não, não é a família daquele empresário famoso com nome de personagem da Disney); que acaba levando de brinde a navegadora do bando, Nami. Um tanto quanto furiosos com ocorrido, Luffy, Zoro, Usopp e Sanji unem-se à Borodo e Akisu, dois irmãos que trabalham humildemente como ladrões, e que também querem se livrar da Família Trump.
Na minha memória, este era um dos meus filmes favoritos de One Piece. Reassistindo atualmente — ao contrário do filme anterior —, vi que a coisa não é tão boa quanto costumava ser. Tecnicamente, A Aventura Ilha Relógio é quase impecável. Se, atualmente, o anime tivesse pelo menos um pouco mais da qualidade e da fluidez da animação deste filme, eu voltaria a assisti-lo religiosamente, como antes o fazia. O traço do longa acabou destoando um pouco daquele visto na animação para TV (na época, é claro) e também do mangá de Eiichiro Oda, mas foi por uma boa causa. Em contrapartida, o roteiro é mais raso que uma poça d'água, e a única coisa que poderia salva-lo, que são as piadas, não funcionam tão bem quanto no primeiro filme. Sério, quem foi o desgraçado que pôs o coitado do Usopp pra engolir peido?! Isso não se faz nem ao seu pior inimigo, cara! E de onde foi que tiraram todos aqueles para-quedas?
No mais, A Aventura na Ilha Relógio vale mais pelo deleite aos olhos que pela qualidade no enredo — o que, vocês logo verão nos próximos filmes, não é lá a maior qualidade dos longas de One Piece. Não sei se as lágrimas que derramei no final do filme valeram a pena, mas sim, eu também chorei aqui.
(Contador de Chororô: 02)
____________________________________________________________________________
3. O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos (Chinjū-jima no Choppā Ōkoku - 2002)
Ai ai... O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos (puts, olha o nome disso...) estreou em Março de 2002, lá na terra do sol nascente, como de costume, com a direção de Junji Shimizu e roteiro de Hiroshi Hashimoto (sim, o mesmo do filme anterior).
Eu tenho mesmo que falar desse filme, produção? Tenho, é? Então tá, vamos lá. Em O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos, a Tripulação do Chapéu de Palha — agora com a simpática rena-humana Chopper em suas fileiras — está em busca da Ilha da Coroa, lar do lendário e misterioso Tesouro do Rei, que, segundo rumores — e nas palavras do mestre Sílvio Santos —, vale mais do que dinheiro. Também atrás deste tesouro está o Conde Butler e seus asseclas. O resto você já sabe, né? Claro que sabe.
Desde que me entendo como fã de One Piece, eu costumava achar que este filme é uma das piores coisas já feitas em nome de One Piece, e não foi tão bom assim saber que esta opinião permanece a mesma. Nada se salva neste filme: o enredo é fraco e muito pouco chamativo; o roteiro é, muitas vezes, forçadamente redondo; ação é quase inexistente — e o pouco que tem não agrada — e animação parece ter sofrido um downgrade (queda de qualidade) em relação ao filme anterior. Aliás, minto, há, sim, uma coisinha que se salva nesse filme: a execução mais maneira de todos os tempos da técnica Tatsumaki, do personagem Zoro. Vejam AQUI. Eu não sei quem você é, oh cara que animou esta cena, mas você tem o meu joínha eterno.
Em poucas palavras, O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos é um filme totalmente descartável, mesmo se você já for um grande fã de One Piece. Passe para o próximo filme, não há nada de legal para se ver aqui. E se eu alguma vez cheguei a chorar neste filme, foi pra que ele acabasse logo.
(Contador de Chororô: Ainda 02)
Eu tenho mesmo que falar desse filme, produção? Tenho, é? Então tá, vamos lá. Em O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos, a Tripulação do Chapéu de Palha — agora com a simpática rena-humana Chopper em suas fileiras — está em busca da Ilha da Coroa, lar do lendário e misterioso Tesouro do Rei, que, segundo rumores — e nas palavras do mestre Sílvio Santos —, vale mais do que dinheiro. Também atrás deste tesouro está o Conde Butler e seus asseclas. O resto você já sabe, né? Claro que sabe.
Desde que me entendo como fã de One Piece, eu costumava achar que este filme é uma das piores coisas já feitas em nome de One Piece, e não foi tão bom assim saber que esta opinião permanece a mesma. Nada se salva neste filme: o enredo é fraco e muito pouco chamativo; o roteiro é, muitas vezes, forçadamente redondo; ação é quase inexistente — e o pouco que tem não agrada — e animação parece ter sofrido um downgrade (queda de qualidade) em relação ao filme anterior. Aliás, minto, há, sim, uma coisinha que se salva nesse filme: a execução mais maneira de todos os tempos da técnica Tatsumaki, do personagem Zoro. Vejam AQUI. Eu não sei quem você é, oh cara que animou esta cena, mas você tem o meu joínha eterno.
Em poucas palavras, O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos é um filme totalmente descartável, mesmo se você já for um grande fã de One Piece. Passe para o próximo filme, não há nada de legal para se ver aqui. E se eu alguma vez cheguei a chorar neste filme, foi pra que ele acabasse logo.
(Contador de Chororô: Ainda 02)
____________________________________________________________________________
4. Aventura no Fim do Mundo (Deddo Endo no Bōken - 2003)
Aaaah... Olha as coisas melhorando. No dia 1º de Março de 2003, estreava nos cinemas o quarto filme de One Piece, batizado de Aventura no Fim do Mundo (minha tradução para Dead End Adventure. Particularmente, acho melhor que Aventura Mortal). A direção fica por conta de Konosuke Uda e o roteiro foi assinado por Yoshiyuki Suga.
Como já não é de se impressionar, a Tripulação do Chapéu de Palha está precisando de grana, e, guiados pelo faro infalível (quando se trata de dinheiro, é claro) da navegadora Nami, eles foram parar na Dead End Race, uma corrida marítima entre piratas onde não há regras senão a de vencer, onde aquele que chegar primeiro ao destino marcado no mapa leva para casa nada menos que 300 milhões de Berrys. Será que Luffy e seu bando conseguirão se sobressair dentre seus rivais e ganhar a Dead End Race?
Já de antemão, gostaria de dizer que, em minha opinião fecal, Dead End Adventure é um dos melhores filmes de One Piece feitos até hoje. Por que? É o que tentarei explicar aqui. Além de seguir um traço bastante próximo ao do mangá, Dead End Adventure também adota uma estética bem semelhante a do autor, Eiichiro Oda. Até pouco tempo atrás, eu pensava que este longa tivesse a mão do mestre Oda, mas errei feio. Diferente do filme anterior, a animação aqui é um primor, com uma ação empolgante e lutas bem executadas. O roteiro descreve bem o que seria uma boa aventura nos moldes de One Piece, com um enredo simples, porém com alguns detalhes escondidos em uma camada mais profunda. Yoshiyuki Suga (o roteirista) também resolveu abordar com mais força o fato de que Luffy e seus amigos são realmente piratas, que fogem da Marinha, se arriscam por dinheiro e que também conseguem ser maus, como todo bom pirata o é.
Este espaço é muito limitado pra falar o quanto eu gosto de Dead End Adventure. A animação permanece boa até hoje, o roteiro traz uma nova interpretação para One Piece, mas sem perder a pegada estabelecida pela obra original. Não há como não chorar com uma belezura dessas, pode aumentar o contador, produção. De quebra, fiquem com Kaizoku no Bouken, uma AMV (Anime Music Video) baseada neste filme.
(Contador de Chororô: 03)
Como já não é de se impressionar, a Tripulação do Chapéu de Palha está precisando de grana, e, guiados pelo faro infalível (quando se trata de dinheiro, é claro) da navegadora Nami, eles foram parar na Dead End Race, uma corrida marítima entre piratas onde não há regras senão a de vencer, onde aquele que chegar primeiro ao destino marcado no mapa leva para casa nada menos que 300 milhões de Berrys. Será que Luffy e seu bando conseguirão se sobressair dentre seus rivais e ganhar a Dead End Race?
Já de antemão, gostaria de dizer que, em minha opinião fecal, Dead End Adventure é um dos melhores filmes de One Piece feitos até hoje. Por que? É o que tentarei explicar aqui. Além de seguir um traço bastante próximo ao do mangá, Dead End Adventure também adota uma estética bem semelhante a do autor, Eiichiro Oda. Até pouco tempo atrás, eu pensava que este longa tivesse a mão do mestre Oda, mas errei feio. Diferente do filme anterior, a animação aqui é um primor, com uma ação empolgante e lutas bem executadas. O roteiro descreve bem o que seria uma boa aventura nos moldes de One Piece, com um enredo simples, porém com alguns detalhes escondidos em uma camada mais profunda. Yoshiyuki Suga (o roteirista) também resolveu abordar com mais força o fato de que Luffy e seus amigos são realmente piratas, que fogem da Marinha, se arriscam por dinheiro e que também conseguem ser maus, como todo bom pirata o é.
Este espaço é muito limitado pra falar o quanto eu gosto de Dead End Adventure. A animação permanece boa até hoje, o roteiro traz uma nova interpretação para One Piece, mas sem perder a pegada estabelecida pela obra original. Não há como não chorar com uma belezura dessas, pode aumentar o contador, produção. De quebra, fiquem com Kaizoku no Bouken, uma AMV (Anime Music Video) baseada neste filme.
(Contador de Chororô: 03)
____________________________________________________________________________
5. A Maldição da Espada Sagrada (Norowareta Seiken - 2004)
Chegando em 06 de Março de 2004, chega a vez de A Maldição da Espada Sagrada, o quinto longa-metragem de One Piece, chegar aos cinemas nipônicos. Kazuhisa Takenouchi senta na cadeira do diretor, e Yoshiyuki Suga retorna como roteirista.
Em busca de mais um grande tesouro, a Tripulação do Chapéu de Palha vai parar na Ilha Asuka, lar da Espada das Sete Estrelas, aquela que dizem ser a lâmina mais valiosa da Grand Line. Logo ao aportarem na ilha, Zoro é "convocado" por um amigo de longa data para uma missão misteriosa, e acaba desaparecendo sem deixar pistas. Do que se trata essa tal missão? Teria ela alguma coisa a ver com a Espada das Sete Estrelas? Será que eu estou sendo óbvio demais? Você só saberá assistindo. Ou não.
À primeira vista, a proposta de um filme "estrelando" o espadachim Zoro parece genial para qualquer um que se diz fã de One Piece. Uma pena que A Maldição da Espada Sagrada tenha nos provado o contrário. Em relação a Dead End Adventure (o filme anterior), a qualidade da animação melhorou, mas, sabe-se lá como, toda a ação do filme acabou se tornando muito lenta. O mesmo serve para o roteiro, que é bastante arrastado. Os novos personagens da trama são totalmente desinteressantes, tanto no design quanto em suas motivações, e, ao contrário do que o filme propõe, Zoro não participa abertamente da história.
Enfim, acho que as palavras que usei para resumir o 3º longa podem ser repetidas aqui, com exceção, é claro, da qualidade da animação, que aqui é um pouco melhor que a do terceiro filme. As únicas lágrimas que derramei aqui foram de sono, pois o filme é bem arrastado.
(Contador de Chororô: Ainda 03)
6. O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta (Omatsuri Danshaku to Himitsu no Shima - 2005)
Em 05 de Março do ano seguinte, O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta, talvez o filme mais estranho e controverso de One Piece, chegava às telonas nipônicas, com Mamoru Hosoda no comando da direção Masahiro Ito assinando o roteiro.
"Você é um pirata entre piratas entre piratas entre piratas entre piratas? Se sim, traga seus companheiros para esta ilha. O nome da ilha é...". Este foi o convite recebido pela Tripulação do Chapéu de Palha para a Ilha Omatsuri, um grande balneário no meio do mar onde os mais renomados piratas passam suas férias, com direito a todo tipo de luxo e muito glamour. Atraídos por essa proposta, Luffy e seu bando rumam para a Ilha Omatsuri, sem saber, porém, o que os espera lá.
Até então, eu nunca havia formado uma opinião concreta sobre este filme. Quase tudo neste longa é um tanto quanto "controverso" no que diz respeito a One Piece. A primeira coisa que pode afastar alguns fãs é o traço usado no filme, que é exageradamente simples (mesmo para os padrões de One Piece), beirando o descaso, mas há boas justificativas para isso. Mesmo com esse estilo incomum, a qualidade da animação não é nem um pouco ruim, e a simplicidade dos personagens realça a beleza e a complexidade dos cenários, que são um show a parte. Mas o que impressiona mais neste filme, de longe, é a história. Indo contra todos os padrões das aventuras de One Piece, O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta traz uma história bem mais sombria, com clima sério e sóbrio, beirando até um terror psicológico. Mesmo assim, roteiro é bastante coeso, e a trama é tão "estranha" (para One Piece, é claro) que acaba deixando o espectador curioso para o que vai acontecer a seguir.
Em suma, O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta destoa tanto de seus semelhantes que acaba se destacando como um dos melhores filmes de One Piece até então (pelo menos na minha opinião). Se você já é um fã da série, não se deixe intimidar por nenhum desses aspectos "bizarros" e assista o filme, você não irá se arrepender. Preciso dizer que chorei aqui? Como brinde, fiquem com a AMV Kaizoku no Bouken 2.
(Contador de Chororô: 04)
7. Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri (Karakuri-jou no Meka Kyohei - 2006)
Com Konosuke Uda de volta na direção e Atsutoshi Umezawa como roteirista, no dia 04 de Março de 2006 (já notaram esse padrão?), Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri realizava sua estreia na terra do sol nascente.
Mais uma vez guiados pela sede de aventura do Capitão Luffy — e também por uma velha chatíssima de sabe-se lá onde —, a Tripulação do Chapéu de Palha decide traçar seu rumo para a Ilha Mecha, onde, segundo o folclore local, jaz a lendária Coroa de Ouro, um tesouro de valor inestimável. Porém, como nada vem fácil para Luffy e seu bando, o astuto e ganancioso Ratchet, senhor soberano da Ilha Mecha, também está de olho nesse tesouro. E agora, qual deles encontrará a Coroa de Ouro primeiro?
Depois de reassistir Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri, acabei encontrando uma maneira bem simples de resumi-lo: em poucas palavras, Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri nada mais é que um grande remake (releitura) do segundo filme, A Aventura na Ilha Relógio, porém maior e melhor. Mesmo depois de mais ou menos 7 anos de seu lançamento original, este filme continua um primor no que diz respeito a animação. Os pervertidos de plantão irão adorar os visíveis "upgrades" deste filme. O roteiro é fraquinho e nada original — a temática é praticamente a mesma do segundo filme —, mas acaba fazendo dessas fraquezas suas melhores qualidades, já que o filme não se leva a sério em momento algum, o que conta alguns pontinhos a mais para a comédia, que é talvez o suprassumo deste filme.
Resumindo, podemos dizer que Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri é um belo remake do segundo longa, portanto o mesmo dito lá em cima pode ser repetido aqui: uma ótima diversão, alegre e descompromissada. O mesmo vale para o chororô, portanto sobe o contador aí, produção.
(Contador de Chororô: 05)
8. A Princesa do Deserto e Os Piratas (Episōdo obu Arabasuta Sabaku no Ōjo to Kaizoku-tachi - 2007)
Em 2007, algum "gênio" da TOEI Animation (responsável pela animação de One Piece) resolveu que seria uma boa ideia recontar o Arco de Alabasta em um longa-metragem, e, em 03 de Março de 2007, Episódio de Alabasta: A Princesa do Deserto e Os Piratas estreava nos cinema, com direção de Takahiro Imamura e roteiro de Hirohiko Uesaka.
Desde muito tempo atrás, o reino de Alabasta tem sido vitima das maquinações secretas do famoso pirata Crocodile, aclamado como um herói por muitos dos habitantes do reino, que mal sabem de seus planos. Com a missão de livrar seu reino dessa ameaça, a princesa Vivi se alia aos Piratas do Chapéu de Palha, que, compadecidos de sua angústia, decidiram ajudar a princesa a recuperar sua terra, indo contra os objetivos de Crocodile e seus asseclas (olha, que palavra bonita!).
Antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que, como fã de longa data de One Piece, tenho o arco de Alabasta como meu favorito em toda a séria, seja anime ou mangá, e não pude deixar de me sentir incomodado com este filme. Só na animação, o arco de Alabasta sozinho tem 37 episódios, isso sem contar o background construído até ali, que também é importante para o entendimento da saga como um todo. A Princesa do Deserto e Os Piratas tenta condensar tudo isso em apenas uma hora e meia de longa, e, como você já deve estar pensando, o resultado não foi tão feliz. O filme acabou ficando tão corrido, tão apressado, que nós, espectadores, não temos tempo de conhecer, ou até mesmo de se importar, com qualquer um dos personagens e/ou situações que aparecem na trama. A direção e a montagem do filme só pioram esse quadro. O visual do filme parece bom à primeira vista, mas não se deixe enganar: o traço é bastante mal acabado (principalmente em relação ao último filme); a animação é até fluida, mas, por causa da falta de ritmo e polidez, a ação e as lutas acabam ficando bem entediantes.
Se você quer assistir (ou re-assistir) o arco de Alabasta, corra atrás dos episódios da animação — que ainda estão ótimos —, pois você só perderá seu tempo com este filme. Mesmo jogando tantas pedras, não pude deixar de derramar algumas lágrimas nos momentos-chave do filme, portanto, +1 ao contador!
(Contador de Chororô: 06)
9. O Desabrochar no Inverno, Flor de Cerejeira Milagrosa (Fuyu ni Saku, Kiseki no Sakura - 2008)
Seguindo a mesma ideia explorada no ano passado (com algumas adições), Episódio de Chopper +: O Desabrochar no Inverno, Flor de Cerejeira Milagrosa estreava no dia 1º de Março de 2008, com Atsuji Shimizu de volta na direção e Hirohiko Uesaka (o mesmo do filme anterior) retornando como roteirista.
Mais um dia tranquilo para a Tripulação do Chapéu de Palha, navegando na Grand Line a bordo do Thousand Sunny. Porém — como não haveria de ser diferente —, essa bonança acaba quando a navegadora Nami adoece repentinamente, correndo sério risco de vida. Agora, Luffy e seu bando precisam encontrar um bom médico na ilha mais próxima, e sua busca os leva ao reino de Drum, que, ironicamente, não possui um só médico sequer, apenas uma misteriosa "bruxa" e seu peculiar "bichinho de estimação".
Lembro-me de que, ao ver os primeiros trailers, escolhi deixar o Episódio de Chopper + de lado, já que, teoricamente, o filme se tratava apenas de (mais) uma releitura. Só agora cheguei a assisti-lo, e quer saber de uma coisa? Eu não estava totalmente certo, mas também não estava totalmente errado. Por mais que queira nos passar a impressão de algo diferente do original, o Episódio de Chopper + não consegue sair do "posto" de remake. Apenas algumas linhas foram adicionadas à história original de Eiichiro Oda, e algumas outras foram substituídas, o que, a propósito, é bastante bom. Fora isso, as diferenças deste longa em relação ao material original são meramente superficiais. E infelizmente, diga-se de passagem, pois a animação é miseravelmente mal acabada. Em muitas horas do filme, achei que estava vendo um grande esboço — ainda não finalizado — animado, principalmente nas lutas. E desta vez nem há uma boa justificativa como no 6º filme, apenas descaso e/ou preguiça. Tenho pena de quem pagou pra ver isso.
O Episódio de Chopper + vale muito mais para matar a saudade do arco da "rena-gorila" que por qualquer outra coisa. E, já puxando pro lado chororô, quem conhece sabe que a história do personagem Chopper é, de longe, uma das mais emocionantes da série. Lágrimas do começo ao fim.
(Contador de Chororô: 0789)
10. Strong World (Wan Pīsu Firumu Sutorongu Wārudo - 2009)
Quebrando o padrão de estreias no começo de Março, One Piece Film: Strong World chegava aos cinemas em 12 de Dezembro de 2009, com a direção de Munehisa Sakai e roteiro de ninguém menos que Eiichiro Oda, o pai de One Piece em pessoa! (com uma mãozinha de Hirohiko Uesaka, remanescente dos dois filmes anteriores)
Más notícias chegam aos ouvidos da Tripulação do Chapéu de Palha: misteriosos ataques estão acontecendo no East Blue, terra natal de Luffy, Nami, Zoro e Usopp. Temendo o pior, Luffy e seu bando decidem dar meia volta e retornar ao East Blue, mas a viagem acabou sendo interrompida pelo ataque de Shiki, O Leão Dourado, um lendário pirata do passado com estranhas habilidades que acaba sequestrando Nami dispersando todo o grupo. Agora, Luffy precisa reunir seus companheiros e resgatar sua navegadora das garras do Leão Dourado.
Er... como eu posso falar isso sem parecer um fanboy... é, acho que não vai dar. Este é o melhor longa de One Piece já feito até então, pronto, falei! Sim sim, eu posso justificar, e é isso que vou tentar fazer agora. A qualidade da animação é impecável. O nível não cai em momento algum, e ação do filme é bem empolgante. Desde o início, o longa propõe uma aventura pura e simples — ao melhor estilo One Piece, é claro —, mas ele acaba entregando mais do que o prometido. Bom pra nós, não é mesmo? Mas o principal motivo pra que eu diga que Strong World é o melhor longa de One Piece já criado, é o fato de que, em sua essência, o filme todo foi concebido pelo mestre Oda, desde a direção de arte até o roteiro — que foi diretamente assinado por ele. O que isso significa? Que este é o filme de One Piece mais "One Piece" já feito até hoje. Se você se diz fã de One Piece, é impossível não gostar de Strong World. Ah, ia esquecendo! Se você tem interesse de ver o filme, procure pelo Capítulo 0 do mangá (ou por sua adaptação para anime), que cria todo um background não só para história do filme, mas para todo o universo de One Piece.
Até hoje, não há nada mais "One Piece" no hall de longa-metragens de One Piece que Strong World. Pra quem já é fã, é uma verdadeira homenagem; pra quem não conhece, é uma boa maneira de se apresentar One Piece. Quanto ao chororô, lágrimas de fã foram derramadas aqui. +1 ao contador, por favor, produção.
(Contador de Chororô: 08)
11. A Busca pelo Chapéu de Palha (Wān Piisu Surī-Dī Mugiwara - 2011)
Em mais uma reunião no QG da TOEI Animation, algum estagiário espertinho propôs um filme feito em computação gráfica, totalmente em 3D, de One Piece. Achando uma boa ideia, os chefões aprovaram a bagaça, e em 19 de Março de 2011 (com um ano de intervalo do filme anterior) estreava A Busca pelo Chapéu de Palha, o 11º filme de One Piece, dirigido por Hiroyuki Sato e roteirizado por Yasuyuki Tsutsumi.
O chapéu de palha de Luffy sumiu misteriosamente. Não está com ninguém e em lugar algum do Thousand Sunny, e a única pista sobre o ocorrido foi um misterioso pássaro gigante que Usopp viu na noite passada. Sob as ordens do capitão, a Tripulação do Chapéu de Palha parte em busca do tão precioso chapéu de Luffy. Sim, só isso. Essa é a sinopse deste filme.
Mesmo com esse enredo super-elaborado e tão complexo quanto aqueles filmes conceituais-experimentais independentes (sarcasticamente falando, é claro), A Busca pelo Chapéu de Palha consegue ser um bom filme. Aliás, não um bom filme, mas um filme divertido. Ele não teve tempo o bastante pra ser realmente bom. Por que? Porque o filme é curtíssimo, com um pouco mais que 30 minutos de duração, praticamente um episódio comum do anime. Ainda assim, A Busca pelo Chapéu de Palha traz um CG excelente, muito bem fluido e que não deixa a desejar em momento algum, principalmente na hora da ação. O filme deve ficar ainda mais legal na tela grande, em 3D, como ele deve ser realmente aproveitado. Seria bom ver um longa-metragem de verdade nesse mesmo esquema.
Resumindo, A Busca pelo Chapéu de Palha é uma diversão rápida e rasteira, totalmente descompromissada e sem nenhuma ambição de ser grande. Ainda assim, ele consegue ser infinitas vezes melhor que o 3º filme. No que diz respeito a lágrimas, não deu tempo de chorar aqui, portanto, o contador permanece inalterado.
(Contador de Chororô: Ainda 08)
12. Z (Wan Pīsu Firumu Zetto - 2012)
Enfim, chegamos ao último filme (até agora, é claro). Logo ali, em 15 de Dezembro de 2012, chegava às telonas japonesas One Piece Film: Z, dirigido por Tatsuya Nagamine e roteirizado por Osamu Suzuki, ambos supervisionados pelos olhosapertados do mestre Eiichiro Oda.
Um velho louco (e provavelmente muito desocupado) que se autointitula Z e sua tripulação, a Neo Marinha, estão causando o caos no Novo Mundo através das Pedras Dyna, que têm um poder destrutivo altíssimo. Certo dia, Z e sua Neo Marinha acabam esbarrando com os Piratas do Chapéu de Palha, e o encontro não foi muito prazeroso para o grupo. Agora, um tanto quanto enfurecidos com o ocorrido, Luffy e seu bando partem em busca de uma revanche contra Z e sua Neo Marinha.
Bem, posso estar errado, mas acho que muita gente considera Z (o filme, não o vilão) o melhor longa de One Piece. Talvez pelos "maneirismos" do filme ou pelo seu vilão muito bem construído (para um filme de ação, é claro). Minha opção, como vocês sabem, é outra, mas tenho que admitir que essas pessoas têm razão em achar Z (o filme, não o vilão) o melhor filme. Como um dos focos é a ação, a animação não poderia deixar de ter uma qualidade no mínimo ótima, com fluidez e que empolgasse o espectador, e pode ter certeza de que Z (o filme, não o vilão) possui todos esses predicados. Destaque para a batalha final entre Z e Luffy, o auge da "maneirice" deste filme. E como o outro foco do filme vai para Z (o vilão, não o filme), o longa precisaria de um bom roteiro, que, além de construir bem o personagem no qual é focado, soubesse desenvolve-lo durante o desenrolar do filme, fazendo-o contracenar bem com os reais protagonistas. Preciso dizer que Z (o filme, não o vilão) tem tudo isso? Acho que não, né?
Em suma, se você quer ver quebra-paus do começo ao fim, regados por "maneirismos" e por um bom vilão, Z será o seu filme favorito. No que se refere a suar pelos olhos, duas coisas me fizeram chorar neste filme: a história de Z (o vilão, não o filme) e o fato de que a Armani não patrocinou este post.
(Contador de Chororô: 09)
Ufa, acho que terminei!
Pelo que estou vendo aqui, o Contador de Chororô terminou em 9. Hum, 9 de 12... acho que terminei no lucro, não é?
Será que ainda há espaço para um pequeno Top 12 pessoal dos filmes de One Piece? Acho que sim, então, lá vai:
1º - Strong World
2º - Dead End Adventure (Aventura no Fim do Mundo)
3º - Z (o filme, não o vilão)
4º - O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta
5º - Os Soldados Mecânicos da Ilha Karakuri
6º - Episódio de Chopper +
7º - A Busca pelo Chapéu de Palha
8º - Aventura na Ilha Relógio
9º - O Grande Pirata Dourado
10º - A Princesa do Deserto e Os Piratas
11º - A Maldição da Espada Sagrada
12º - O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos
Pronto, todos os 12 estão aí, certo? Melhor terminar logo por aqui, porque o post já tá enorme!
Isso é tudo, galerinha. Até o próximo post, onde eu voltarei para falar sobre One Piece nos vídeo games!
Por Breno Barbosa
Perdeu as partes anteriores? Sem problemas, basta clicar nas imagens abaixo e dar uma conferida!
Chegando em 06 de Março de 2004, chega a vez de A Maldição da Espada Sagrada, o quinto longa-metragem de One Piece, chegar aos cinemas nipônicos. Kazuhisa Takenouchi senta na cadeira do diretor, e Yoshiyuki Suga retorna como roteirista.
Em busca de mais um grande tesouro, a Tripulação do Chapéu de Palha vai parar na Ilha Asuka, lar da Espada das Sete Estrelas, aquela que dizem ser a lâmina mais valiosa da Grand Line. Logo ao aportarem na ilha, Zoro é "convocado" por um amigo de longa data para uma missão misteriosa, e acaba desaparecendo sem deixar pistas. Do que se trata essa tal missão? Teria ela alguma coisa a ver com a Espada das Sete Estrelas? Será que eu estou sendo óbvio demais? Você só saberá assistindo. Ou não.
À primeira vista, a proposta de um filme "estrelando" o espadachim Zoro parece genial para qualquer um que se diz fã de One Piece. Uma pena que A Maldição da Espada Sagrada tenha nos provado o contrário. Em relação a Dead End Adventure (o filme anterior), a qualidade da animação melhorou, mas, sabe-se lá como, toda a ação do filme acabou se tornando muito lenta. O mesmo serve para o roteiro, que é bastante arrastado. Os novos personagens da trama são totalmente desinteressantes, tanto no design quanto em suas motivações, e, ao contrário do que o filme propõe, Zoro não participa abertamente da história.
Enfim, acho que as palavras que usei para resumir o 3º longa podem ser repetidas aqui, com exceção, é claro, da qualidade da animação, que aqui é um pouco melhor que a do terceiro filme. As únicas lágrimas que derramei aqui foram de sono, pois o filme é bem arrastado.
(Contador de Chororô: Ainda 03)
____________________________________________________________________________
6. O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta (Omatsuri Danshaku to Himitsu no Shima - 2005)
Em 05 de Março do ano seguinte, O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta, talvez o filme mais estranho e controverso de One Piece, chegava às telonas nipônicas, com Mamoru Hosoda no comando da direção Masahiro Ito assinando o roteiro.
"Você é um pirata entre piratas entre piratas entre piratas entre piratas? Se sim, traga seus companheiros para esta ilha. O nome da ilha é...". Este foi o convite recebido pela Tripulação do Chapéu de Palha para a Ilha Omatsuri, um grande balneário no meio do mar onde os mais renomados piratas passam suas férias, com direito a todo tipo de luxo e muito glamour. Atraídos por essa proposta, Luffy e seu bando rumam para a Ilha Omatsuri, sem saber, porém, o que os espera lá.
Até então, eu nunca havia formado uma opinião concreta sobre este filme. Quase tudo neste longa é um tanto quanto "controverso" no que diz respeito a One Piece. A primeira coisa que pode afastar alguns fãs é o traço usado no filme, que é exageradamente simples (mesmo para os padrões de One Piece), beirando o descaso, mas há boas justificativas para isso. Mesmo com esse estilo incomum, a qualidade da animação não é nem um pouco ruim, e a simplicidade dos personagens realça a beleza e a complexidade dos cenários, que são um show a parte. Mas o que impressiona mais neste filme, de longe, é a história. Indo contra todos os padrões das aventuras de One Piece, O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta traz uma história bem mais sombria, com clima sério e sóbrio, beirando até um terror psicológico. Mesmo assim, roteiro é bastante coeso, e a trama é tão "estranha" (para One Piece, é claro) que acaba deixando o espectador curioso para o que vai acontecer a seguir.
Em suma, O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta destoa tanto de seus semelhantes que acaba se destacando como um dos melhores filmes de One Piece até então (pelo menos na minha opinião). Se você já é um fã da série, não se deixe intimidar por nenhum desses aspectos "bizarros" e assista o filme, você não irá se arrepender. Preciso dizer que chorei aqui? Como brinde, fiquem com a AMV Kaizoku no Bouken 2.
(Contador de Chororô: 04)
____________________________________________________________________________
7. Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri (Karakuri-jou no Meka Kyohei - 2006)
Com Konosuke Uda de volta na direção e Atsutoshi Umezawa como roteirista, no dia 04 de Março de 2006 (já notaram esse padrão?), Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri realizava sua estreia na terra do sol nascente.
Mais uma vez guiados pela sede de aventura do Capitão Luffy — e também por uma velha chatíssima de sabe-se lá onde —, a Tripulação do Chapéu de Palha decide traçar seu rumo para a Ilha Mecha, onde, segundo o folclore local, jaz a lendária Coroa de Ouro, um tesouro de valor inestimável. Porém, como nada vem fácil para Luffy e seu bando, o astuto e ganancioso Ratchet, senhor soberano da Ilha Mecha, também está de olho nesse tesouro. E agora, qual deles encontrará a Coroa de Ouro primeiro?
Depois de reassistir Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri, acabei encontrando uma maneira bem simples de resumi-lo: em poucas palavras, Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri nada mais é que um grande remake (releitura) do segundo filme, A Aventura na Ilha Relógio, porém maior e melhor. Mesmo depois de mais ou menos 7 anos de seu lançamento original, este filme continua um primor no que diz respeito a animação. Os pervertidos de plantão irão adorar os visíveis "upgrades" deste filme. O roteiro é fraquinho e nada original — a temática é praticamente a mesma do segundo filme —, mas acaba fazendo dessas fraquezas suas melhores qualidades, já que o filme não se leva a sério em momento algum, o que conta alguns pontinhos a mais para a comédia, que é talvez o suprassumo deste filme.
Resumindo, podemos dizer que Os Soldados Mecânicos do Castelo Karakuri é um belo remake do segundo longa, portanto o mesmo dito lá em cima pode ser repetido aqui: uma ótima diversão, alegre e descompromissada. O mesmo vale para o chororô, portanto sobe o contador aí, produção.
(Contador de Chororô: 05)
____________________________________________________________________________
8. A Princesa do Deserto e Os Piratas (Episōdo obu Arabasuta Sabaku no Ōjo to Kaizoku-tachi - 2007)
Em 2007, algum "gênio" da TOEI Animation (responsável pela animação de One Piece) resolveu que seria uma boa ideia recontar o Arco de Alabasta em um longa-metragem, e, em 03 de Março de 2007, Episódio de Alabasta: A Princesa do Deserto e Os Piratas estreava nos cinema, com direção de Takahiro Imamura e roteiro de Hirohiko Uesaka.
Desde muito tempo atrás, o reino de Alabasta tem sido vitima das maquinações secretas do famoso pirata Crocodile, aclamado como um herói por muitos dos habitantes do reino, que mal sabem de seus planos. Com a missão de livrar seu reino dessa ameaça, a princesa Vivi se alia aos Piratas do Chapéu de Palha, que, compadecidos de sua angústia, decidiram ajudar a princesa a recuperar sua terra, indo contra os objetivos de Crocodile e seus asseclas (olha, que palavra bonita!).
Antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que, como fã de longa data de One Piece, tenho o arco de Alabasta como meu favorito em toda a séria, seja anime ou mangá, e não pude deixar de me sentir incomodado com este filme. Só na animação, o arco de Alabasta sozinho tem 37 episódios, isso sem contar o background construído até ali, que também é importante para o entendimento da saga como um todo. A Princesa do Deserto e Os Piratas tenta condensar tudo isso em apenas uma hora e meia de longa, e, como você já deve estar pensando, o resultado não foi tão feliz. O filme acabou ficando tão corrido, tão apressado, que nós, espectadores, não temos tempo de conhecer, ou até mesmo de se importar, com qualquer um dos personagens e/ou situações que aparecem na trama. A direção e a montagem do filme só pioram esse quadro. O visual do filme parece bom à primeira vista, mas não se deixe enganar: o traço é bastante mal acabado (principalmente em relação ao último filme); a animação é até fluida, mas, por causa da falta de ritmo e polidez, a ação e as lutas acabam ficando bem entediantes.
Se você quer assistir (ou re-assistir) o arco de Alabasta, corra atrás dos episódios da animação — que ainda estão ótimos —, pois você só perderá seu tempo com este filme. Mesmo jogando tantas pedras, não pude deixar de derramar algumas lágrimas nos momentos-chave do filme, portanto, +1 ao contador!
(Contador de Chororô: 06)
____________________________________________________________________________
9. O Desabrochar no Inverno, Flor de Cerejeira Milagrosa (Fuyu ni Saku, Kiseki no Sakura - 2008)
Seguindo a mesma ideia explorada no ano passado (com algumas adições), Episódio de Chopper +: O Desabrochar no Inverno, Flor de Cerejeira Milagrosa estreava no dia 1º de Março de 2008, com Atsuji Shimizu de volta na direção e Hirohiko Uesaka (o mesmo do filme anterior) retornando como roteirista.
Mais um dia tranquilo para a Tripulação do Chapéu de Palha, navegando na Grand Line a bordo do Thousand Sunny. Porém — como não haveria de ser diferente —, essa bonança acaba quando a navegadora Nami adoece repentinamente, correndo sério risco de vida. Agora, Luffy e seu bando precisam encontrar um bom médico na ilha mais próxima, e sua busca os leva ao reino de Drum, que, ironicamente, não possui um só médico sequer, apenas uma misteriosa "bruxa" e seu peculiar "bichinho de estimação".
Lembro-me de que, ao ver os primeiros trailers, escolhi deixar o Episódio de Chopper + de lado, já que, teoricamente, o filme se tratava apenas de (mais) uma releitura. Só agora cheguei a assisti-lo, e quer saber de uma coisa? Eu não estava totalmente certo, mas também não estava totalmente errado. Por mais que queira nos passar a impressão de algo diferente do original, o Episódio de Chopper + não consegue sair do "posto" de remake. Apenas algumas linhas foram adicionadas à história original de Eiichiro Oda, e algumas outras foram substituídas, o que, a propósito, é bastante bom. Fora isso, as diferenças deste longa em relação ao material original são meramente superficiais. E infelizmente, diga-se de passagem, pois a animação é miseravelmente mal acabada. Em muitas horas do filme, achei que estava vendo um grande esboço — ainda não finalizado — animado, principalmente nas lutas. E desta vez nem há uma boa justificativa como no 6º filme, apenas descaso e/ou preguiça. Tenho pena de quem pagou pra ver isso.
O Episódio de Chopper + vale muito mais para matar a saudade do arco da "rena-gorila" que por qualquer outra coisa. E, já puxando pro lado chororô, quem conhece sabe que a história do personagem Chopper é, de longe, uma das mais emocionantes da série. Lágrimas do começo ao fim.
(Contador de Chororô: 07
____________________________________________________________________________
10. Strong World (Wan Pīsu Firumu Sutorongu Wārudo - 2009)
Quebrando o padrão de estreias no começo de Março, One Piece Film: Strong World chegava aos cinemas em 12 de Dezembro de 2009, com a direção de Munehisa Sakai e roteiro de ninguém menos que Eiichiro Oda, o pai de One Piece em pessoa! (com uma mãozinha de Hirohiko Uesaka, remanescente dos dois filmes anteriores)
Más notícias chegam aos ouvidos da Tripulação do Chapéu de Palha: misteriosos ataques estão acontecendo no East Blue, terra natal de Luffy, Nami, Zoro e Usopp. Temendo o pior, Luffy e seu bando decidem dar meia volta e retornar ao East Blue, mas a viagem acabou sendo interrompida pelo ataque de Shiki, O Leão Dourado, um lendário pirata do passado com estranhas habilidades que acaba sequestrando Nami dispersando todo o grupo. Agora, Luffy precisa reunir seus companheiros e resgatar sua navegadora das garras do Leão Dourado.
Er... como eu posso falar isso sem parecer um fanboy... é, acho que não vai dar. Este é o melhor longa de One Piece já feito até então, pronto, falei! Sim sim, eu posso justificar, e é isso que vou tentar fazer agora. A qualidade da animação é impecável. O nível não cai em momento algum, e ação do filme é bem empolgante. Desde o início, o longa propõe uma aventura pura e simples — ao melhor estilo One Piece, é claro —, mas ele acaba entregando mais do que o prometido. Bom pra nós, não é mesmo? Mas o principal motivo pra que eu diga que Strong World é o melhor longa de One Piece já criado, é o fato de que, em sua essência, o filme todo foi concebido pelo mestre Oda, desde a direção de arte até o roteiro — que foi diretamente assinado por ele. O que isso significa? Que este é o filme de One Piece mais "One Piece" já feito até hoje. Se você se diz fã de One Piece, é impossível não gostar de Strong World. Ah, ia esquecendo! Se você tem interesse de ver o filme, procure pelo Capítulo 0 do mangá (ou por sua adaptação para anime), que cria todo um background não só para história do filme, mas para todo o universo de One Piece.
Até hoje, não há nada mais "One Piece" no hall de longa-metragens de One Piece que Strong World. Pra quem já é fã, é uma verdadeira homenagem; pra quem não conhece, é uma boa maneira de se apresentar One Piece. Quanto ao chororô, lágrimas de fã foram derramadas aqui. +1 ao contador, por favor, produção.
(Contador de Chororô: 08)
____________________________________________________________________________
11. A Busca pelo Chapéu de Palha (Wān Piisu Surī-Dī Mugiwara - 2011)
Em mais uma reunião no QG da TOEI Animation, algum estagiário espertinho propôs um filme feito em computação gráfica, totalmente em 3D, de One Piece. Achando uma boa ideia, os chefões aprovaram a bagaça, e em 19 de Março de 2011 (com um ano de intervalo do filme anterior) estreava A Busca pelo Chapéu de Palha, o 11º filme de One Piece, dirigido por Hiroyuki Sato e roteirizado por Yasuyuki Tsutsumi.
O chapéu de palha de Luffy sumiu misteriosamente. Não está com ninguém e em lugar algum do Thousand Sunny, e a única pista sobre o ocorrido foi um misterioso pássaro gigante que Usopp viu na noite passada. Sob as ordens do capitão, a Tripulação do Chapéu de Palha parte em busca do tão precioso chapéu de Luffy. Sim, só isso. Essa é a sinopse deste filme.
Mesmo com esse enredo super-elaborado e tão complexo quanto aqueles filmes conceituais-experimentais independentes (sarcasticamente falando, é claro), A Busca pelo Chapéu de Palha consegue ser um bom filme. Aliás, não um bom filme, mas um filme divertido. Ele não teve tempo o bastante pra ser realmente bom. Por que? Porque o filme é curtíssimo, com um pouco mais que 30 minutos de duração, praticamente um episódio comum do anime. Ainda assim, A Busca pelo Chapéu de Palha traz um CG excelente, muito bem fluido e que não deixa a desejar em momento algum, principalmente na hora da ação. O filme deve ficar ainda mais legal na tela grande, em 3D, como ele deve ser realmente aproveitado. Seria bom ver um longa-metragem de verdade nesse mesmo esquema.
Resumindo, A Busca pelo Chapéu de Palha é uma diversão rápida e rasteira, totalmente descompromissada e sem nenhuma ambição de ser grande. Ainda assim, ele consegue ser infinitas vezes melhor que o 3º filme. No que diz respeito a lágrimas, não deu tempo de chorar aqui, portanto, o contador permanece inalterado.
(Contador de Chororô: Ainda 08)
____________________________________________________________________________
12. Z (Wan Pīsu Firumu Zetto - 2012)
Enfim, chegamos ao último filme (até agora, é claro). Logo ali, em 15 de Dezembro de 2012, chegava às telonas japonesas One Piece Film: Z, dirigido por Tatsuya Nagamine e roteirizado por Osamu Suzuki, ambos supervisionados pelos olhos
Um velho louco (e provavelmente muito desocupado) que se autointitula Z e sua tripulação, a Neo Marinha, estão causando o caos no Novo Mundo através das Pedras Dyna, que têm um poder destrutivo altíssimo. Certo dia, Z e sua Neo Marinha acabam esbarrando com os Piratas do Chapéu de Palha, e o encontro não foi muito prazeroso para o grupo. Agora, um tanto quanto enfurecidos com o ocorrido, Luffy e seu bando partem em busca de uma revanche contra Z e sua Neo Marinha.
Bem, posso estar errado, mas acho que muita gente considera Z (o filme, não o vilão) o melhor longa de One Piece. Talvez pelos "maneirismos" do filme ou pelo seu vilão muito bem construído (para um filme de ação, é claro). Minha opção, como vocês sabem, é outra, mas tenho que admitir que essas pessoas têm razão em achar Z (o filme, não o vilão) o melhor filme. Como um dos focos é a ação, a animação não poderia deixar de ter uma qualidade no mínimo ótima, com fluidez e que empolgasse o espectador, e pode ter certeza de que Z (o filme, não o vilão) possui todos esses predicados. Destaque para a batalha final entre Z e Luffy, o auge da "maneirice" deste filme. E como o outro foco do filme vai para Z (o vilão, não o filme), o longa precisaria de um bom roteiro, que, além de construir bem o personagem no qual é focado, soubesse desenvolve-lo durante o desenrolar do filme, fazendo-o contracenar bem com os reais protagonistas. Preciso dizer que Z (o filme, não o vilão) tem tudo isso? Acho que não, né?
Em suma, se você quer ver quebra-paus do começo ao fim, regados por "maneirismos" e por um bom vilão, Z será o seu filme favorito. No que se refere a suar pelos olhos, duas coisas me fizeram chorar neste filme: a história de Z (o vilão, não o filme) e o fato de que a Armani não patrocinou este post.
(Contador de Chororô: 09)
____________________________________________________________________________
Ufa, acho que terminei!
Pelo que estou vendo aqui, o Contador de Chororô terminou em 9. Hum, 9 de 12... acho que terminei no lucro, não é?
Será que ainda há espaço para um pequeno Top 12 pessoal dos filmes de One Piece? Acho que sim, então, lá vai:
1º - Strong World
2º - Dead End Adventure (Aventura no Fim do Mundo)
3º - Z (o filme, não o vilão)
4º - O Barão Omatsuri e A Ilha Secreta
5º - Os Soldados Mecânicos da Ilha Karakuri
6º - Episódio de Chopper +
7º - A Busca pelo Chapéu de Palha
8º - Aventura na Ilha Relógio
9º - O Grande Pirata Dourado
10º - A Princesa do Deserto e Os Piratas
11º - A Maldição da Espada Sagrada
12º - O Reinado de Chopper na Ilha dos Animais Estranhos
Pronto, todos os 12 estão aí, certo? Melhor terminar logo por aqui, porque o post já tá enorme!
Isso é tudo, galerinha. Até o próximo post, onde eu voltarei para falar sobre One Piece nos vídeo games!
Por Breno Barbosa
Perdeu as partes anteriores? Sem problemas, basta clicar nas imagens abaixo e dar uma conferida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário