quinta-feira, 12 de setembro de 2013

[ESPECIAL] One Piece - Games: Portáteis (Parte 4.1)

Navegando pelos mares pixelados de One Piece.




Faaaaaala, galerinha desocupada que saqueia vilarejos e queima navios mercantes, tudo beleza com vocês?

Não sei se vocês perceberam — alguns talvez não, então vale a pena recapitular —, mas está rolando mais um Especial mega-batuta aqui por estas bandas. Sobre o que é esse especial, você pergunta? Ora, achei que a imagem aí em cima já tivesse entregado tudo. É óbvio que estamos falando de One Piece, seu desocupado! Sim, meus caros, a sangue, suor e lágrimas, nós nos esforçamos para trazer à vocês um Especial sobre a obra e Eiichiro Oda, indo desde a obra original do mestre Odacchi — o mangá —, até as adaptações para TV (o anime), cinema (os filmes) e vídeo games, que, a propósito, é sobre o que irei falar aqui neste post.

Exactamente, criançada, depois dos posts estrogonoficamente sensíveis dos meus companheiros de blog Angelo Alexsander — que falou sobre o mangá de One Piece —, Anderson Pontes — que escreveu sobre a a animação — e eu mesmo — que cuidei do post anterior, que falava sobre os longa-metragens de One Piece —; venho aqui mais uma vez para falar sobre One Piece no mundo dos games.

Infelizmente, meu amor por One Piece não equivale as minhas condições financeiras, ou seja, por mais que quisesse, não pude jogar TODOS os games de One Piece lançados até então — principalmente os mais recentes —, portanto, este será um post somente sobre os games de One Piece que tive a oportunidade de jogar. E convenhamos: se eu fosse falar de TODOS, o post iria ficar um pouquinho (só um pouquinho) mais extenso do que ele já será. Claro, eu poderia redigir um post apenas com principais (e por principais eu quero dizer melhores) jogos, mas, como eu já disse, eu não tive condições de jogar os jogos mais atuais, que podem ser bons (ou não) a ponto de valerem um lugarzinho no suposto post. Enfim, só posso pedir minhas mais sinceras desculpas à todos vocês por isso, mas o show tem que continuar, não tem? Claro que tem!

Não era bem o que eu planejava, mas devido ao grande número de games que eu me dispus a falar sobre nesta parte do Especial — e pelo bem de vocês, leitores desocupados —, este post teve de ser dividido em duas sub-partes: uma falando sobre os games para portáteis (que será esta) e outra sobre os games para consoles de mesa (que será a próxima). É, galerinha, eu joguei um joguinho ou dois de One Piece, disso eu posso me gabar!

Sem mais delongas, vamos lá!

_______________________________________________________________


1. One Piece: Grand Battle Swan Colosseum (WonderSwan Color)


Ah, já começamos com um dos meus favoritos!

Alguns de vocês conhecem um console portátil chamado WonderSwan? Não? Tudo bem, eu já esperava essa resposta, afinal, ele foi lançado somente no Japão (não é isso que a internet pensa, se é que vocês me entendem). Em poucas palavras, ele é para o Gameboy Advance o que o Mega Drive era para o SNES: um pouco mais fraco, mas igualmente divertido.

One Piece: Grand Battle Swan Colosseum foi lançado em 12 de Julho de 2002, e sua sinopse pode ser resumida em uma única frase: um jogo de luta de One Piece, puro e simples. Ah, e ele foi baseado na Saga da Baroque Works, particularmente, a minha favorita.

Mas não se deixe enganar, meu caro desocupado, pois o que essa premissa tem de simples, o jogo tem de divertido. Mesmo depois de um pouco mais de 11 anos de seu lançamento original — e mesmo rodando em um console bem limitado —, Grand Battle Swan Colosseum continua sendo um ótimo jogo até hoje. E eu fiz questão de joga-lo novamente para embasar essas afirmações. Grand Battle Colosseum tem gráficos bastante caprichados — principalmente se você gosta de pixel art ou simplesmente é um grande saudosista —, com animações bem fluídas e soluções visuais interessantes, dadas as limitações do console. A jogabilidade é simples e intuitiva. Em poucos minutos de jogo você já aprende a maioria dos macetes, mas será um longa caminhada até que você domine o game por completo. As únicas ressalvas são os controles, que, apesar de simples, são um pouco travados e não respondem muito bem; e a dificuldade, que pode afastar alguns jogadores novatos.

No mais, Grand Battle Swan Colosseum é um jogo de luta bonito, divertido e fácil de aprender, porém difícil de dominar. Isso tudo mesmo depois de 11 anos, coisa que poucos jogos mais atuais conseguem fazer. Nova Geração? Humpf! (brincadeira)

_______________________________________________________________


2. One Piece (Gameboy Advance)


Sim, somente One Piece. Este é o título deste jogo de ação/plataforma para Gameboy Advance, lançado em 2005, exclusivamente para o mercado norte-americano. Uma cortesia da nossa "querida" (exploda) 4Kids.

Este costumava ser o meu jogo favorito no GBA, quando eu costumava ser apenas um pequeno desocupado sem rumo (o que, diga-se de passagem, eu continuo sendo). Sprites bem desenhados, uma fluidez bacana, jogabilidade simples e divertida, uma trilha sonora pouco condizente com a animação, mas ainda assim bem legal... tudo isso num jogo de One Piece, que, como vocês já devem ter percebido, eu amo com todas as forças. Porém, o sonho acabou quando pus minhas mãos em Grand Battle Swan Colosseum (o game anterior), e descobri que quase todos os méritos que admirava no One Piece de GBA — até ali, meu jogo favorito do portátil — foram chupinhados do game para WonderSwan. E o pior: sem nem metade da diversão que Grand Battle Swan Colosseum oferecia. Ainda assim, mesmo sendo uma cópia fajuta de outro jogo, os méritos de One Piece para GBA citados logo mais acima permanecem válidos — principalmente o visual, que deu uma melhorada em relação a versão "original" para WonderSwan —, ou seja, apesar de tudo, ele continua sendo um bom jogo.

Mesmo tendo sido uma das maiores decepções da minha infância, tenho que ser justo e dar os devidos elogios à este game de One Piece. Mas se querem minha opinião, fiquem com Grand Battle Swan Colosseum, afinal, o original nunca se desoriginaliza, não é mesmo?

_______________________________________________________________


3. One Piece: Going Baseball (Gameboy Advance)


Em 2004, chegava — exclusivamente — às prateleiras japonesas One Piece: Going Baseball, que unia duas das coisas mais populares da terra do sol nascente: One Piece e Baseball. Tem como dar errado?

Pra eles não, mas pra nós sim. Por que? Ok, vamos lá. Primeiro: você, brasileiro, entende alguma coisa de Baseball? Provavelmente não. Se sim, você faz parte de uma minoria. Segundo: você, brasileiro, manja alguma coisa de japonês? Se não, bem-vindo ao clube; se sim, meus parabéns, você tem minha eterna admiração. Pois bem, junte estes dois fatores e você terá Going Baseball: um jogo de baseball totalmente em japonês. A maioria de nós, brasileiros, ficará totalmente perdido logo após apertar start depois da animação de introdução super-legal do jogo. Sabe-se lá como eu me divertia com este jogo quando era menor, e o pior: até cheguei a zera-lo, não entendendo bulhufas de baseball ou japonês. Mas verdade seja dita, mesmo indecifrável para a maioria de nós, One Piece: Going Baseball é um ótimo jogo. No que diz respeito a One Piece, este é, de longe, o jogo mais bonito do GBA. As animações podem não ser tão elaboradas, mas os sprites são belíssimos, e seguem a mesma linha visual do mangá. O quão maneiro é ver Zoro rebatendo com suas três espadas, ou Luffy apenas com seus próprios punhos? Não tem como ser melhor. A jogabilidade funciona — ou melhor, deve funcionar, pois, como eu já disse, baseball é um total mistério para mim. A trilha sonora é irritante e bem repetitiva, vale muito mais a pena tirar o áudio do jogo escutar algumas musiquinhas ou podcasts.

Você saca de baseball? De japonês também? Então Going Baseball será um ótimo jogo pra você. Mas se você, assim como este que vos escreve, quer deixar o amor por One Piece falar mais alto, sinta-se livre para tentar a sorte. Quem sabe até você não acaba zerando, que nem eu?

_______________________________________________________________


4. One Piece: Dragon Dream! (Gameboy Advance)


Ah, a exclusividade do japonesa.... Em 28 de Abril de 2005, a Bandai lançava One Piece: Dragon Dream! para Gameboy Advance. Como já deu a entender logo mais no início, o jogo foi vendido exclusivamente no Japão.

Sequência direta de One Piece: Ocean's Dream (para PlayStation, outro que não tive a oportunidade de por as mãos), Dragon Dream! conta a história de... er... hum... bem, eu não faço a mínima ideia da história que este jogo quer contar, se é que ele quer contar alguma. Ora, o jogo está completamente em japonês, o que mais vocês esperavam?! Segundo a One Piece Wikia, depois de compartilhar um misterioso sonho, A Tripulação do Chapéu de Palha acorda sem memória alguma, com exceção da arqueóloga Robin, a qual foi incumbida a missão de restaurar a memória de seus companheiros.

É realmente uma pena Dragon Dream! não ter chegado às prateleiras norte-americanas, pois a premissa apresentada aí em cima não é só uma desculpa para que o jogo exista, mas interfere diretamente no game. Eu não sei bem como categorizar Dragon Dream! em um gênero específico, mas acho que ele se encaixa em uma mistura de RPG, Plataforma e Aventura, por mais incomum que isso possa parecer. Com isso em mente, a jogabilidade de Dragon Dream! se baseia em coletar itens e informações que remetem, direta ou indiretamente, na construção do caráter — e, por consequência, nas memórias — dos Chapéus de Palha, aprimorando, assim, suas habilidades em combate. Este é o principal atrativo do jogo, o que faz o jogador querer seguir em frente, pois todo o restante do jogo não é lá muito convidativo. Os gráficos são até bonitinhos, mas a movimentação e o combate são tão lentos que desencorajam até o mais perseverante dos jogadores. A trilha sonora também não é lá essas coisas, e não ajuda muito na hora de levantar o astral durante o jogo.

Se você tem uma paciência de ferro, gosta muito de One Piece e consegue decorar alguns ideogramas japoneses, Dragon Dream! é uma boa pedida pra você. Se você não atende a nenhuma das características citadas acima, passe longe deste jogo.

_______________________________________________________________


5. One Piece: Nanatsu Shima no Daihihou (Gameboy Advance)


Distribuído apenas no Japão pela Banpresto, Nanatsu Shima no Daihihou (ou, se você não está familiarizado com japonês, The Big Secret Treasure of the Seven Phantom Islands [GOOOOOL!]) chegava ao Gameboy Advance em 15 de Novembro de 2002.

Aqui, a Tripulação do Chapéu de Palha é atingida por uma grande tempestade, que acaba danificando o navio (nessa época, o Going Merry) e dispersando toda a tripulação. Nas sandálias de Luffy, o jogador deverá se aventurar por uma ilha totalmente desconhecida atrás de seus companheiros, ao lado de um papagaio super-chato que guiará sua aventura.

Mais uma vez, estamos diante de um jogo lançado exclusivamente no Japão, ou seja, totalmente em japonês. Porém, diferente dos que já falamos até então, Nanatsu Shima no Daihihou é totalmente dispensável. Por que? Bem, comecemos do começo. Quando o assunto é One Piece, qual o primeiro gênero de jogo que lhe vem à cabeça? Luta, Aventura, Ação, Beat'em Up, Hack'n Slash... e por aí vai, estou certo? Acho que nenhum de nós chegou sequer a passar perto de gêneros mais "intelectuais", como RPG ou Estratégia. E é exatamente aí que eu quero chegar: Nanatsu Shima no Daihihou é um jogo de RPG com elementos de Estratégia, algo que — pelo menos pra mim — não encaixa muito bem em One Piece, principalmente pra quem não entende o idioma japonês. Mas esse não é o único problema do game. Apesar de ser um pouco (um pouco) mais dinâmico que o do jogo anterior, o combate é exaustivamente repetitivo, a ponto de os inimigos repetirem as mesmas táticas a cada nova batalha. Os gráficos são bem fracos, principalmente se compararmos com outros jogos que já falamos aqui. E nem adianta dizer que foi por causa da época em que o jogo foi lançado, pois Grand Battle Swan Colosseum foi lançado no mesmo ano, alguns meses mais cedo e num console mais limitado.

Se você, além de não entender japonês, não é chegado em games de RPG, passe longe de Nanatsu Shima no Daihihou. Mas se você acha que tem colhões o suficiente pra encarar o desafio, então vá com tudo.

---

6. One Piece: Gear Spirit (Nintendo DS)


Ufa, finalmente saímos do GBA, hein? No dia 30 de Agosto de 2007, a Bandai lançava seu primeiro jogo de One Piece no portátil do momento, o Nintendo DS, exclusivamente no Japão. Ah, eu esqueci o nome do jogo? Foi mal, ele se chama One Piece: Gear Spirit.

Acho que não há muito a se dizer em uma sinopse de um jogo de luta, não é? Acho que basta esclarecer que, cronologicamente, este game se passa entre o arco da CP9 e o comecinho (comecinho MESMO) do arco Thriller Bark.

Infelizmente, a estreia de One Piece no DS não foi das melhores. Dá pra ver que a Bandai tentou fazer algo ambicioso, algo legal, mas, talvez por inexperiência ou por ter pensado grande demais, ela acabou errando a mão. O primeiro erro foi tentar fazer um jogo de luta em CG (computação gráfica, o famoso 3D) no DS, o qual todos sabemos que não é o mais potente dos portáteis no que diz respeito a hardware. Mesmo na telinha do DS, Gear Spirit acabou ficando um tanto desagradável aos olhos, com modelos mal feitos e animações robóticas e repetitivas. Boa parte dos personagens possui a mesma sequência de golpes, e outros, se não são idênticos, são bem parecidos. A jogabilidade é simples e fácil de aprender. Em 5 minutos de jogo você descobre que pode derrotar seus adversários apenas encostando-os na parede e pressionando o botão Y incessantemente. Há também um sistema de cartas na tela de baixo do portátil, que funcionam como power-ups para seu personagem, mas é bem difícil lembrar de usa-las no calor da batalha, e é mais difícil ainda descobrir o efeito delas. Eu mesmo não vi diferença alguma no meu personagem depois de ativar umas 5 cartas de uma só vez.

Dá pra ver que a Bandai tinha uma boa intenção com Gear Spirit, mas segundo aquele famosos ditado, de boas intenções o inferno está cheio, não é mesmo?

_______________________________________________________________


7. One Piece: Gigant Battle! (Nintendo DS)


Depois de errar feio com Gear Spirit, a Namco Bandai passa a tocha para a sempre confiável Ganbarion, que em 9 de Dezembro de 2010 nos entrega uma pérola conhecida pelo nome de One Piece: Gigant Battle!, que, pasmem, também foi lançado fora do Japão (na Europa, em 2011), ou seja, em inglês! E com a dublagem original, ainda por cima!

Gosta dos arcos do Arquipélago Shabaondy, Impel Down e Marineford? Boas notícias pra você, amigão: Gigant Battle! se passa exatamente dentro desses três arcos. E o melhor: é um jogo de luta!

Hum... por onde será que eu começo a elogiar esse jogo? Acho que vou manter a tradição do blog e começar pelo visual. Cientes de que modelos 3D não são lá a melhor opção para um jogo de DS, a galera da Ganbarion resolveu adotar o bom e velho estilo 2D, algo que o DS consegue reproduzir majestosamente bem. Os sprites são muito bem desenhados, as animações são bastante fluidas e os cenários — todos feitos em 3D, com efeitos de profundidade e volume — são bonitos, bem construídos e o melhor: são todos interativos. Há também algumas pequenas sutilezas e segredinhos, um pequeno agrado para os fãs mais assíduos de One Piece, que são os únicos que conseguiram encontra-los dentro do jogo. Mesmo com tudo isso, o jogo não tem um slowdown (queda de velocidade) sequer, mesmo com todos os 4 personagens na tela ao mesmo tempo. Gigant Battle! segue aquela clássica linha "fácil de aprender, (não tão) difícil de dominar", e conta com uma jogabilidade rápida e dinâmica, o que deixa as lutas bem mais intensas. A trilha sonora não conta com grandes temas memoráveis, mas é muito bem composta e encaixa bem nos cenários.

Não é a toa que Gigant Battle! é a capa deste post, o jogo é realmente muito bom, totalmente obrigatório para qualquer fã de One Piece com um DS (e grana) em mãos. Agora dá licença que eu vou jogar mais um pouquinho.

_______________________________________________________________


8. One Piece: Gigant Battle! 2 - New World (Nintendo DS)


O que fazer quando um produto faz muito sucesso? Acertou quem respondeu "faça mais", e foi exatamente isso que a Namco Bandai resolveu fazer. One Piece: Gigant Battle! 2 - New World (ou Shin Sekai, se preferir) foi lançado em 17 de Novembro de 2011, infelizmente, apenas no Japão.

Acompanhando a volta da Tripulação do Chapéu de Palha, Gigant Battle! 2 se passa entre o arco Pós-Guerra e o arco da Ilha os Homens-Peixe. Sim, existe esse tipo de coisa em One Piece. E sim, Gigant Battle! 2 continua sendo um jogo de luta.

Bem, eu poderia simplesmente copiar tudo o que falei logo mais acima e colar aqui. Praticamente todos os elementos do primeiro Gigant Battle! estão de volta nesta sequência, apenas com algumas melhorias, como toda boa sequência deve ser, diga-se de passagem. Os sprites estão maiores e ainda mais bonitos, e as animações continuam fluidas como sempre. Só a título de curiosidade, Gigant Battle! 2 conta com, ao todo, 45 personagens jogáveis, um número que poucos jogos de luta conseguem alcançar, ou até mesmo chegar perto. Alguns cenários novos foram adicionados, e os remanescentes do primeiro jogo passaram por uma repaginada, e agora estão com um 3D mais polido. Mais uma vez, nada de slowdowns, o que é um alívio e tanto quando se trata de um game de luta onde a jogabilidade preza pela velocidade. Falando em jogabilidade, ela permanece como o jogo anterior: intensa, dinâmica e divertida. O mesmo vale para a trilha sonora, que agora conta algumas faixas a mais.

Em suma, Gigant Battle! 2 é o que toda boa sequência deve ser: mais do mesmo com alguns aprimoramentos. Se você gostou do primeiro Gigant Battle!, vai se divertir bastante com o que Gigant Battle! 2 tem a oferecer.

_______________________________________________________________


9. One Piece: Romance Dawn (PlayStation Portable e Nintendo 3DS)


Saindo do DS e indo direto para a concorrência, a Namco Bandai resolveu mirar na nostalgia dos fãs da série, e em 20 de Dezembro de 2012 lançava One Piece: Romance Dawn (Bouken no Yoake, no título original japonês) para PSP. Mais tarde, uma versão para 3DS foi anunciada, e foi lançado há não muito tempo, no dia 8 de Agosto deste ano, tanto no Japão quanto na Europa.

Em Romance Dawn, você viverá a saga de Monkey D. Luffy rumo ao grande tesouro One Piece desde o início de suas aventuras, lá nos calmos e tranquilos mares do East Blue, e o acompanhará — ao lado de seus companheiros, é claro — por entre os arcos da história de One Piece, findando na grande guerra de Marine Ford. Pra quem não conhece One Piece, é uma caminhada e tanto.

Já no comecinho do texto, acho que posso dizer que, resumidamente, Romance Dawn é uma grande história interativa. O próprio gênero escolhido para o jogo, o RPG, pode reforçar minhas palavras. Romance Dawn não conta com uma aventura criada especialmente para o jogo, ou narra pequenos eventos paralelos à história principal. Não, o jogo narra, ipsis litteris, a história contada por Eiichiro Oda em sua obra, de modo que o jogador possa interagir com ela. Falando assim, até parece que o jogo corta toda a liberdade do jogador, mas não é bem assim. À medida com que você vai avançando na história, o mundo do game vai se tornando cada vez mais vasto, e, como um bom homem dos mares, você pode navegar por este mundo a seu bel prazer. Mesmo sendo um RPG por turnos (RPG turn based), Romance Dawn possui uma jogabilidade bastante interativa, não limitando o jogador apenas a ordenar ações e esperar o próximo turno. Ao invés disso, o game te dá livre controle de cada personagem a seu dispor, deixando as batalhas bem mais dinâmicas e fluidas. Pena que, com o tempo, elas vão se tornando bem repetitivas. Os gráficos são ótimos, e todos os personagens — incluindo os inimigos genéricos — são muito bem animados. As cutscenes (cenas) são até bonitas, mas lembram em pouca coisa a animação original, com um estilo genérico e sem muita identidade. Em compensação, há algumas imagens de episódios do anime original para aumentar ainda mais a nostalgia.

Seja você um grande fã de One Piece ou alguém interessado em mergulhar de cabeça neste mundo, One Piece: Romance Dawn é uma ótima maneira de se aventurar pelo mundo de One Piece. Uma pena só existirem versões em japonês para PSP, mas se você tiver um 3DS europeu, não deixe este jogo passar!

_______________________________________________________________


Menção Honrosa - JUMP Super Stars e JUMP Ultimate Stars (Nintendo DS)


E é óbvio que eu não poderia terminar este post sem citar rapidamente JUMP Super Stars (com uma versão norte-americana) e JUMP Ultimate Stars (exclusivamente para o Japão), ambos para DS.

Pra quem não conhece, JUMP Super Stars e Ultimate Stas são dois games de luta 2D que reúnem todos os grandes heróis e heroínas da revista japonesa Shounen JUMP, na qual foram e ainda são publicados grandes títulos como Dragon Ball Z, Saint Seiya, Naruto, Bleach, Rurouni Kenshin (ou Samurai X, se preferir) e, é claro, One Piece; dentre muitos outros mangás não conhecidos por nós, ocidentais.

Sendo bastante sucinto — pra não deixar o post ainda maior —, ambos os jogos possuem uma jogabilidade bastante interessante: na tela de cima, a luta discorre normalmente entre até 4 jogadores; a tela de baixo, porém, funciona como uma página de um mangá, que pode ser montada pelo jogador — através de um vasto acervo de quadros retirados diretamente dos próprios mangás da JUMP — ou predefinida pelo próprio jogo. Infelizmente, os sprites dos personagens são bem desenhados, mas não mudam de acordo com o traço de cada mangaká (autor de mangá). Além disso, as animações são um pouquinho menos elaboradas que outros jogos semelhantes, como o próprio Gigant Battle!, por exemplo. Em compensação, o combate é bastante dinâmico, e logo se torna uma verdadeira zona, com personagens voando de um lado a outro do cenário, que, curiosamente, também é a página de um mangá (que pode se rasgar, inclusive).

Se você é um fã dos mangás da JUMP como um todo, é quase um pecado não jogar Super Stars ou Ultimate Stars pelo menos uma vezinha na vida. Sua consciência agradecerá por isso, acredite.

_______________________________________________________________


Ué, tá achando que acabou, é? Nada disso, ainda tem a segunda parte deste post, falando sobre os games de One Piece lançados para consoles de mesa, que, se já não estiver no ar, logo logo estará aqui, pronta para ser degustada!

Até daqui a pouco, galerinha!

Por Breno Barbosa

                                                                                                                                                                    


Perdeu as partes anteriores? Sem problemas, basta clicar nas imagens abaixo e dar uma conferida!




Nenhum comentário:

Postar um comentário