domingo, 18 de novembro de 2012

Se não jogou, jogue! - Donkey Kong Country Returns (Wii)

Donkey Kong Country R.E.T.U.R.N.S!


E aí galerinha desocupada que não faz nada da vida (sim, o pleonasmo foi proposital), tudo em cima por aí?

Pois é meus amores, como vocês bem sabem, toda semana temos aqui no Desocupado uma indicação bacanuda de alguma coisa que algum de nós (e por nós eu me refiro a mim, Breno Barbosa, e a meu companheiro Angelo Alexsander, já que somos os únicos aqui com colhões o bastante para escrever críticas de alguma coisa. Sim Anderson, Paulo Vitor e Lucas, se vocês estiverem lendo isso, considerem como um desafio) acha interessante no que diz respeito a games, cinema, quadrinhos, séries ou livros (os dois últimos com uma frequência menor), e essa semana, graças a Odin, Deus, Buda, Alá e Shigeru Miyamoto, não será diferente.

E a indicação dessa semana é nada mais nada menos que Donkey Kong Country Returns, game desenvolvido pela Retro Studios (a mesma responsável pela trilogia Metroid Prime) para Nintendo Wii, lançado em 21 de Novembro de 2010, obviamente aproveitando o post feito pelo meu amigo Angelo no sábado passado, onde ele falou de nada menos que Donkey Kong Country, o clássico jogo do gorilão para SNES.

Tudo corre tranquilamente bem na Ilha Donkey Kong, quando de repente, numa bela manhã de sol, a tribo Tik Tak (não, não são balas brancas de menta) resolve hipnotizar todos os animais da ilha e faze-los roubarem as preciosas bananas do grande Kong. Donkey Kong, obviamente muito p*, une-se à seu fiel escudeiro Diddy Kong para recuperar suas preciosas bananas do único jeito que eles dois sabem: na boa e velha PORRADA.


Primeiramente, deixe de lado toda e qualquer picuinha, rancor ou preconceito que você guarda contra o Wii. Mesmo não tendo suporte a gráficos em HD (que sim, fazem falta em 90% dos jogos) ou não tendo muitos jogos "hardcore" (e por "hardcore" eu me refiro a joguinhos baratos como Call of Duty, não aos verdadeiros jogos hardcore, como é o caso de Donkey Kong Country Returns), o Wii continua sendo um ótimo console e também foi a minha opção nesta geração que está para terminar. Terminada essa "introdução", DKCR pode não estar no Top 5 de muitos no que diz respeito a jogo mais bonito do Wii, mas não se deixe enganar: ele não fica atrás de nenhum dos outros 5. Ao mesmo tempo em que resgata com maestria os principais elementos dos games clássicos do SNES, DKCR também não tem medo de inundar a tela com várias novidades no que diz respeito a level design (o design e arquitetura das fases) e estética, tornando realidade tudo aquilo que você nem imaginava ser possível no SNES. As fases são bastante dinâmicas e diferentes umas das outras, inclusive as que estão no mesmo "mundo" (DKCR nos trás 8, sendo eles Selva, Praia, Ruínas, Caverna, Floresta, Penhasco, Fábrica e Vulcão. Isso sem contar o Templo Dourado, que pode ser liberado após coletar itens específicos nas fases destraváveis de cada "mundo"). O cenário de cada fase é bastante intuitivo, e possibilita ao jogador a capacidade de interagir com os elementos ao seu redor. Tá vendo aquele dente-de-leão ali na ponta daquele penhasco? Experimente assopra-lo. Muito provavelmente você será surpreendido quando a pequena plantinha voar e liberar uma moeda de ouro ou um cacho de bananas. Ah, e vale ressaltar que o intuito de cada fase de DKCR é apenas um: ferrar com a(s) sua(s) vida(s). O level design é todo trabalhado para acabar com toda e qualquer esperança que você tem, tinha ou já teve de passar daquela fase. Por muitas vezes você vai ter que tentar pelo menos mais umas 5 vezes passar da mesma fase só porque não conseguiu dar aquele pulo minima, fria e exatamente calculado pra cair em cima do carrinho que estava em cima do trilho que estava desmoronando enquanto pedras estavam pra cair na sua cabeça e máscaras Tiki inimigas flamejantes estavam pairando na sua frente. E não, eu não estou exagerando, é mais ou menos nesse esquema. E sabe o que é melhor? Mesmo morrendo de raiva, você vai adorar.


Um aviso aos navegantes: se você ainda é um gamer iniciante que acabou de comprar um Wii e pensa em adquirir Donkey Kong Country Returns só pelo fato de terem dois macaquinhos amigáveis na capa, aceite meu conselho: deixe pra depois. DKCR é um jogo tão macho (e por macho eu quero dizer difícil) que faz muitos jogos "hardcore" como Assassin's Creed, Call of Duty, Halo, Uncharted e afins parecerem aqueles jogos online de maquiagem que a sua irmã joga. Mas se, mesmo sabendo do nível nada amigável de dificuldade do jogo, você pretende encarar este desafio, não precisa se assustar. A Nintendo implementou no jogo a sua nova (na época, é claro) de ajuda aos gamers menos habilidosos, o Super Guide. Como ele funciona? Bem simples: se você morreu 5 ou mais vezes na mesma fase, um porquinho simpático aparecerá no checkpoint em que você se encontra, e com o pressionar de um ou dois botões você pode por o controle de lado e assistir o Super Kong (um Donkey Kong maneiramente grisalho) te mostrar como se passa da fase. Mas ainda assim você terá que passar da fase por conta própria, não só pelo orgulho gamer que reside em você, mas também porque o Super Guide só te mostra como passar da fase, e não passa da fase pra você. E se você é um daqueles que têm receio de tocar em um Wii só por causa do controle do video-game pode ficar tranquilo, o esquema de controle de DKCR usa o Wii Remote virado na horizontal, no bom e velho estilo NES (Nintendinho, para os íntimos). Ou, se você preferir, pode usar o Wii Remote em conjunto com o Nunchuk (o analógico que acompanha o Wii Remote). O jogo funciona muito bem com ambos os esquemas, mas eu vos aconselho usar o Wii Remote na horizontal. DKCR é um jogo voltado mais para os gamers velhacos que estavam sentindo falta de um bom desafio nos consoles da geração atual (ou passada, se preferir) do que mais um game de Wii pra você curtir com a família, portanto a curva de dificuldade do jogo vai se tornando mais fechada a cada "mundo" que você avança. Por que eu faço tanta questão de enfatizar que DKCR é um jogo difícil? Porque ele também é um dos jogos mais recompensantes que eu joguei nos últimos tempos. Você que é gamer já há algum tempo sabe como é boa a sensação de vencer aquele desafio que a primeira vista parece impossível, e DKCR é repleto desses momentos. Isso sem contar a adrenalina que sobe a sua cabeça à cada fase que segue, que é crucial pra você conseguir passar por elas. E como eu disse ontem ao meu amigo Angelo: não existem héteros na(s) fase(s) do carrinho. Sério.


A trilha sonora é uma mescla de temas clássicos da franquia (principalmente do primeiro jogo) com hits novos, próprios do jogo. O dinamismo das fases também está presente em suas músicas. Não serão poucas as vezes em que você vai começar uma fase com um tema X e termina-la com um tma Y, tendo passado antes por um possível tema Z ou W. Infelizmente, algum desses temas irão se repetir pelo resto jogo, como o tema do carrinho, que é o mesmo em todas as fases em que você tenha que usa-lo.

Os animais que ajudam Kong, um dos melhores elementos da franquia, também estão presentes em Returns, mas, para nossa tristeza, estão apenas de passagem pelo game, como se fossem apenas uma participação especial. Os únicos presentes são Rambi, o rinoceronte casca-grossa, que você usará em uma ou duas fases no máximo, e  Squawks, o simpático papagaio, que aqui em DKCR serve como um item especial que lhe permite desvendar os caminhos secretos nas fases, que a propósito são muitos. Muitos MESMO.


Bem galerinha, acho que é isso. Agora é a hora daquela boa e velha nota.

E a nota é essa -> 9.0 / 10

Palmas de pé para a Retro Studios, esses caras são demais. Eles conseguiram fazer uma homenagem a todos os fãs da franquia DK com um jogo repleto de ótimas ideias, todas muito bem executadas. Espero que a caixinha de criatividade da galerinha da Retro Studios ainda tenha muito a oferecer, principalmente com a chegada do Wii U, que ocorreu a pouco tempo atrás. Donkey Kong Country Returns é, de longe, um dos melhores jogos que o Wii tem a oferecer, com desafios que vão por a prova as habilidades do mais velhaco dos gamers, ao mesmo tempo que consegue atrair toda uma nova geração de fãs do grande Kong.

Ah, e Retro Studios, por favor, façam um Donkey Kong Country Returns 2 para Wii U. As possibilidade são muitas e as ideias da equipe são ótimas. Tem tudo pra dar certo!

Isso é tudo galerinha, até a próxima!

Fiquem com esta bela arte conceitual do jogo:


Por Breno Barbosa

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