sexta-feira, 5 de outubro de 2012

[ESPECIAL] Pokémon - Black & White (Parte 5)



Não, não é aquela musica do Michael Jackson.


É galera, me meteram pra falar de Pokémon também. Serei o encarregado de apresentar para vocês a região de Unova, a primeira que eu acompanhei notícia por notícia de toda a saga. Mas quando saíram os designs dos novos pokémon, creio que não teve um fã que não tenha olhado torto pra algum. E infelizmente, por causa de alguns poucos, a geração inteira de monstrinhos continuaria sendo criticada por isso. Ok, eu entendo que um pokémon saco de lixo não é muito apelativo visualmente, entendo também da falta de criatividade da família Klink, que ao evoluir só aumentava o número de engrenagens. Porém, na primeira geração mesmo, obtivemos alguns meio... peculiares. Ou Jynx e Muk não lhe são estranhos? Voltorb e Electrode são praticamente pokébolas. Muito criativo não?
 

Claro, toda geração tem seus favoritos, os esquecidos e os feiosos. Na Geração V tivemos alguns bem interessantes visualmente. Você já ouviu falar do brutal Hydreigon? De Haxorus? De Bisharp? De Braviary? Pois é, cada um desses me chamou atenção. Não mencionarei todos, pois acabaria com uma lista enorme. E falando em lista enorme, fomos apresentados a nada mais nada menos que 156 novos monstrinhos de bolso. Mais até mesmo do que a Primeira Geração.

Primeiros momentos

Os dois primeiros jogos da Geração 5, Black & White, trouxeram consigo um avanço gigantesco no quesito grafico se comparados à geração anterior. A Geração 5 trouxe para si um maior uso do 3D no Nintendo DS. Temos a Skyarrow Bridge, uma ponte gigantesca que muda de perspectiva de acordo com nosso avanço nela. A cidade de Castelia é enorme se comparada a qualquer cidade de jogos anteriores. A câmera muda de acordo com a localidade, podendo ter além da vista por cima do protagonista, alguns momentos em que a câmera está atrás dele.

As rotas e cavernas são cenários lindos de se ver. O deserto tem, na sua parte mais densa, uma tempestade de areia. As cavernas tem o som de gotas de água caindo no chão. Tudo isso com uma trilha sonora harmoniosa, fora da urbanização. Apenas a natureza.


Novas mecânicas

Black & White trouxeram inúmeras mecânicas e artifícios novos. O primeiro artifício foi a criação do Dream World, onde se podem obter pokémon com habilidades diferentes das que eles teriam normalmente. Grande parte não foi muito interessante, porém alguns foram tão importantes que mudou o Metagame Online. Vocês querem um exemplo? Darei-lhes 2. Politoed e Ninetales, antes vistos com certo desprezo no mundo das batalhas competitivas, ganharam habilidades dignas de Kyogre e Groundon, Drizzle e Drought, respectivamente. Essas habilidades causam chuva/sol ilimitados, até que sejam sobrepostos por outros climas. Politoed é o mais usado, devido a chuva ser um clima que beneficia muito mais. O Dream World também possibilitou a obtenção das berries que não podem ser plantadas ( muitas sequer nem podem ser obtidas) na região de Unova.




Uma mecânica ótima para treinar e encontrar itens é a Shaking Grass/ Swirling Dust . Na primeira, normalmente encontraremos Audinos, pokémons que são máquinas de exp, ótimos para treinar. Já nas swirling dusts, podemos encontrar um Drilbur/ Excadrill ou um item que pode ser vantajoso. Dica: Use repels caso esteja numa caverna caçando algum item conseguível na swirling dust.

Temos também as Wild Double Battles, que tiraram da exclusividade as batalhas duplas apenas com treinadores e permitiram que pokémon selvagens pudessem lutar lado a lado contra seus pokémon. As Wild Double Battles acontecem no matinho mais alto que o normal.
 Esta não foi a única mudança que aconteceu nas rotas, pois agora temos o sistema de estações (Verão, Inverno, Primavera e Outono, não necessariamente nesta ordem) que alteram tanto as rotas, fazendo algumas áreas ficarem acessíveis ou não, quanto o encontro de pokémon selvagens. Infelizmente são poucas as mudanças, mas que farão a diferença em jogos futuros.

Outra mecânica bem vantajosa foi a liberação dos TMs. Eles não mais se destroem após o uso e podem ser usados ilimitadamente. Basicamente, se você tiver 6 pokémon que aprendem Earthquake e o TM 26: Earthquake, Você poderá ensinar a todos eles o poderoso golpe. Porém, os TMs tem um controle. Caso você substitua um TM por outro, o TM recém usado, o número de PP ( Power Points) dele será igual ao número em que estava o anterior. Exemplo: Você quer substituir Earthquake, que no momento estaria com 7 PP, por Ice Beam, que deveria vir com 10 PP, porém Ice Beam virá com apenas 7 PP.


Agora temos mais uma forma de evolução também. Ao trocar Karrablast por Shelmet, eles irão evoluir respectivamente para Escavalier e Accelgor. Espero que essa moda não pegue, pois já temos muitos pokémon bons que só são obtídos por trocas.


Fomos apresentados a um novo estilo de jogo que pode vir a ser mais usado no futuro da franquia, mas que não foi abordado a fundo em B/W: Golpes que se combinam. São apenas 3 golpes até agora, Fire, Water e Grass Oath, que ao serem combinados geram efeitos diferentes no campo de batalha. Porém, não foi isso que renovou o modo de jogar em B/W. Temos agora além de batalhas normais e batalhas duplas a adição de dois novos modos: as Batalhas Triplas e as Batalhas de Rotação.


As batalhas triplas funcionam da seguinte forma: Os 3 primeiros pokémon serão postos no campo de batalha para uma batalha 3 vs 3. Porém, temos uma pegadinha. Os golpes em sua maioria tem um alcance, que não pode ser alterado. Assim, o pokemon que ficar no meio, poderá atingir e ser atingido por todos os pokémon inimigos, já os que estiverem nas pontas, atingirão apenas os que estiverem na sua frente ou na direita/esquerda (depende da sua posição).




As batalhas de rotação também são 3 vs 3, porém, a única semelhança com as batalhas triplas termina aí. Nas batalhas de rotação, apenas o monstrinho que está no meio ataca, porém você pode alternar com os outros 2, girando pra direita, ou pra esquerda. Achei essa forma de batalha bem mais interessante, pois não se sabe o que esperar do oponente. Aconselho tentar isso, você vai se divertir.



Temática
Black & White tiveram um conceito interessante para sua história: O taoísmo. O fundamento que usaram foi o conflito entre o Yin e o Yang. Cada um dos lados foi representado por um dragão. Reshiram representa o Yin, enquanto Zekrom representa o Yang. Talvez esse tenha sido o conflito mais bem trabalhado da franquia, devido a diversas abordagens deste conceito. A principal é a batalha entre a Verdade e o Ideal. A verdade poderia ser a busca pela devoção à fazer tudo por um bem maior sem importar o indivíduo em si. Seria refletir o passado para manter os valores no presente. Já os ideais visam o futuro, levados pela paixão, por sentimentos fortes, usando o presente como ferramenta para moldar o futuro, sair do antigo e buscar o novo. Isso é refletido no jogo por meio de diferenças entre as versões. As mais latentes são a cidade de Opelucid, quem em Black é extremamente tecnológica enquanto em White é mais rústica em sua arte. Outra diferença já vem após derrotar a Elite dos 4. Temos acesso a duas áreas distintas em cada jogo. Primeiro, a Black City onde se pode batalhar com muitos treinadores e comprar itens muito raros, pertence a versão Black. Segundo, a White Forest, um local onde vários pokémon das gerações passadas aparecem e itens raros estão enterrados no chão.




E é graças a esse conceito que temos a história do jogo e a motivação do personagem N. Deveríamos manter os pokémon como nossos servos, escravos da humanidade para batalhar, fazer isso com seres tão benévolos da natureza ou deveríamos soltá-los e deixa-los livres para escolher se devem ou não nos seguir? Devemos seguir os ideais, usando os monstrinhos como ferramentas para talvez construir um futuro melhor? Ou devemos liberá-los para seguir a verdade de sua criação, como seres da natureza e possam viver sem ser maltratados pelos humanos? A resposta para essas pergunta é pessoal.

Alguns comentários
Pokémon, como qualquer outro RPG, tem sua dificuldade alterada de acordo com seu treinamento. Quanto mais se treina, maiores são os frutos. Porém, devido a tipos terem vantagens e desvantagens contra outros, um time bem planejado, mesmo que um pouco mal treinado pode resultar num final feliz. Mas não é obrigatório. Como é dito por quem joga, “qualquer coisa funciona, contanto que não seja no competitivo on-line”. A dica é a seguinte para Black & White: Use um Lutador, Noturno, Psíquico e um Voador (talvez). Mas o mais importante é se divertir, não importa como.


O que eu não gostei...
Poucas coisas não foram do meu agrado. Eu realmente gostei desse jogo na primeira vez que joguei. O fator de rejogá-lo é um pouco ruim no começo, já que há pouca variedade de monstrinhos.

A nova forma do calculo de experiência também não foi do meu agrado. Quanto mais alto é o level do seu pokemon ao vencer o inimigo, menos experiência você ganha. Eu entendo que isso evita chegar num level gigantesco na Elite dos 4, mas isso poderia ser balanceado de uma forma melhor.

Não ter Pokégear nem VS Seeker, dois aparelhos que permitem batalhar contra treinadores já derrotados, não estão presentes nem como um novo aparelho genérico. Tudo bem que temos Audinos para ganhar leveis, mas como fica o dinheiro?

Não gostei das sprites dos pokémons que, apesar de animadas, ficaram muito pixeladas, chegando a ser feias algumas vezes.

Resumindo...
A GameFreak fez o que sempre faz com sua franquia: rejuvenesce um formato antigo, sem perder a qualidade, buscando sempre formas de mudar, deixando de lado (infelizmente) algumas coisas que fazem sucesso nos jogos anteriores. As vezes funciona, as vezes não. Ao fazer esse post me pergunto: a GameFreak está em busca da verdade ou dos ideais? Pokémon Black & White não são jogos perfeitos, mas para quem acompanha os monstrinhos, faz seu trabalho muito bem, principalmente ao poder ter uma sequência, diferente das outras gerações, cujo o terceiro título normalmente ignora o que aconteceu nos anteriores a ele.

Vale a pena jogar para se adaptar a Unova e seus pokémon, e se preparar para o que vem por aí...




Por Angelo Alexsander


                                                                                                                                                                    


Ah, perdeu alguma parte do nosso especial? Sem problemas, é só clicar em uma delas aqui embaixo!

Parte 1 - Fire Red/Leaf Green, por Anderson Pontes
Parte 2 - Heart Gold/Soul Silver, por Mateus Fontenelle Breno Barbosa
Parte 3 - Ruby/Sapphire/Emerald, por Breno Barbosa
Parte 4 - Diamond/Pearl/Platinum, por Lucas Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário