domingo, 10 de março de 2013

Se não jogou, jogue! - Biker Mice From Mars (SNES)

"Nesse nosso universo louco de pedra, a gente só pode contar com três coisas: sua cabeça, seus parceiros e sua moto!"



Produtora & Distribuidora: Konami
Ano: 1994
Gênero: Corrida

As vezes, algumas ideias parecem extremamente estupidas e impensáveis (* Breno -> falou o homem da mente mais limpa do mundo... *). Outras vezes, elas são totalmente aceitáveis e práticas. E se alguém chegasse pra você e dissesse: "Vamos jogar um game sobre camundongos motoqueiros alienígenas que vêm de Marte, após uma batalha contra outros alienígenas"? Não sei quanto a você, mas pra pensar numa coisa dessas, eu teria que estar, no mínimo, sob o efeito de entorpecentes alucinógenos fortíssimos. Aí vocês, meus amigos desocupados, pensam: "Esse jogo deve ser uma grande Boston! heuheuheuheuhe".


(* Breno -> eu  não entendi, mas, como devemos sempre respeitar a obra original, resolvi manter esta parte do post intacta. *)

Sinto contradizê-lo amiguinho, mas você estão redondamente ( ou cilindricamente, caso você seja magro) enganado. Biker Mice From Mars é um ótimo jogo, e se você não acha isso, bem, espero que você fique aí, curtindo seu Barbie Kart Racing Extreme Pink. (* Breno -> que também é um ótimo jogo. *) 

Só pra começar, Biker Mice From Mars (BMfM) tem algo que nenhum jogo de corrida na época teve: uma animação. Nunca vi um desenho animado de Top Gear ou um anime de Rock and Roll Racing. Na verdade, a animação foi que deu origem a este jogo. Como estou de bom humor hoje, deixo aqui pra vocês o primeiro episódio da bagaça.


Sim, o nome brasileiro virou Esquadrão Marte. Sinceramente, esse nome é muito mais fucking awesome que o original. Só vi esse episódio, mas creio que posso falar um pouco sobre a animação. Ela foi exibida de 1993 a 1996, e tem aquele estilo das animações americanas da época, das quais nunca fui muito fã, achava os bonecos meio "durões" demais. Sempre tive a impressão de que a galera desenhava em stop-motion. Os personagens principais são motoqueiros, ou seja, todos barra-pesada. São heróis que não se importam tanto com a destruição que causam, contanto que os canalhas que querem destruir/dominar o mundo paguem por seus crimes e voltem pro lugar humilde que merecem (* Breno -> "Cartaaaaaaaaaaa Clow!" *). Os camundongos são Todd, o líder; Brad, o gigante do tapa-olho; e Vinnie, o galante pedreiro-motoqueiro. Os nomes dos 2 primeiros foram mudados aqui no Brasil, assim como alguns outros personagens. Interessante é que nesse "abrasileiramento", eles também deram nomes estrangeiros. Acho que o mais estranho foi o de Lawrence Limburguer, que virou Lawrence Bolacha. Bons tempos de tosquice... Outro ponto interessante são os diálogos, que fazem menção ícones da cultura pop daquela época, uma a cada episódio.

- Nossa, eu fui salva por ratos!!!
- E você estava esperando o quê? Tartarugas?

Pra mim, essa parte já valeu o episódio todo. O senso de humor era bem light, e a dublagem trouxe expressões mais nossas. Uma boa animação.

E o jogo, Angelo? E o maldito jogo?!


Calma meus amigos, estou chegando lá. Demorei mas cheguei ao ponto. BMfM é um jogo de corrida com uma formula até comum, porém bem executada. A câmera, por exemplo, dá uma visão de cima, isométrica, assim como em Rock n Roll Racing, permitindo - e exigindo - um maior trabalho nos cenários do jogo. A visão de cima foi a escolha perfeita.

Os cenários seguem um determinado padrão, pois, a cada sequencia de cinco corridas, eles se repetem: Cidade, praia, esgoto, circuito e fabrica/base. Mas, apesar desse padrão e da repetição de algumas cores em alguns cenários, são todos muito lindos, fazendo muito joguinho de plataforma babar e jogos de corrida invejarem com todo o recalque. Mas os cenários não morrem apenas na beleza, eles contam com uma progressão de dificuldade. No começo, temos pistas mais "quadradas", com poucas curvas e retas grandes. Com o tempo, isso vai se modificando, chegando até mesmo no absurdo de te fazer ir pelo caminho errado.Varias outras armadilhas surgem, como espinhos e raios.




O som não faz vergonha, assim como a maior parte dos jogos de corrida. Temos cerca de 5 ou 6 musicas que se repetem no decorrer do tempo. Assim como nos cenários, os temas do jogo segue um padrão. A trilha sonora foi muito bem construída, e cada música é memorável. Minha preferida é a da 2ª fase:



Sacaram como a trilha é boa? Não? Pois tomem isso:


A jogabilidade flui tão bem que é uma beleza, com respostas rápidas e corredores são ágeis. Cada personagem possui uma divisão própria de habilidades, seja em velocidade máxima ou em aceleração, por exemplo. Pra mim, Vinnie é o melhor corredor, pois conta com, além de boa aceleração, um pulo, que é considerado sua arma, e esse pulo ajuda bastante na aceleração. Cada piloto tem sua arma, sejam raios, sejam bombas de graxa ou até mesmo transformar o inimigo em um mutante.

"But wait, there is more!"



Além de dar armas para cada personagem, ainda temos um sistema de power-ups semelhante a Mario Kart. Ao dar uma volta completa, o jogador é agraciado com algum item, como dinheiro, nitro, uma caveira, um relógio e, vejam só, uma estrela de invencibilidade. Que original hein Konami... Esse sistema dá uma balanceada pra que quem esteja em primeiro não tome mais distancia ainda, ou seja, assim como em Mario Kart, o jogador em primeiro normalmente só vai pegar dinheiro.

"Aff... quem precisa de dinheiro? Eu quero é ganhar!"



Pense assim e você não vai muito longe, meu amigo livre de interesses materiais. Quem tem mais dinheiro pode comprar melhorias mais rapidamente. Ou você acha que esse seu motor à lenha aí vai te levar muito longe? Nada disso. E usar só 3 tiros vai matar alguém? Nem à queima-roupa. Sim, vocês leram certo. MATAR. Na verdade, não exatamente. O que temos aqui são barras de energia que, ao se esgotarem, explodem o veículo, fazendo o jogador se atrasar. Pra quem curte destruição gratuita, temos o modo batalha, onde o objetivo é destruir todos os outros 5 corredores. E pra quem tem um bróder, da pra jogar tudo "de dois", principalmente o modo Versus (Carlos Drummond de Andrade manja dos versus) (* Breno -> meu Deus... *).

BMfM é um otimo jogo, com provavelmente nenhuma falha aparente. Talvez pra quem não curta jogos de corrida ele seja um pouco repetitivo, mas com os power-ups e as musicas, acho difícil alguém ficar entediado. Um ótimo jogo e uma ótima recomendação. Minha reclamação pessoal são os motores. Parece até que nada muda de um pro outro.







Por Angelo, que acha Yu-Gi-Oh: the Abridged Series a melhor coisa da internet.

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