terça-feira, 16 de outubro de 2012

Se não jogou, jogue! - Pulseman (Mega Drive)

"Flash Arrow!"


Produtora: GameFreak
Distribuidora: SEGA
Gênero: Plataforma
Ano: 1994
*Pode ser adquirido pelo Virtual Console do Wii*

No século XXI, o renomado cientista Doc Yoshiyama criou a mais avançada Inteligência Artificial (Chupa Spielberg). Chamou-a de C-life, e tornou-a consciente, pensante e emotiva. Porém, rapidamente ele se apaixonou por uma moça nascida na C-Life e queria estar próximo a ela. Como medida mais plausível, ele resolveu fazer um upload de sua mente para o computador e após um “amor caliente” por meio da combinação do DNA dele no programa dela. Dessa... dessa... bizarrice nasceu um garoto meio-humano e meio-C-lifer, conhecido por Pulseman. Pulseman era único, pois somente ele era o C-lifer capaz de sobreviver fora de um computador, além de poder canalizar eletricidade para usar tanto como arma quanto como meio de transporte.

Infelizmente, Doc Yoshiyama acabou por ter sua mente distorcida após viver tanto num computador. Ao emergir para o mundo humano, ele acabou enlouquecendo e transformou-se em Doc Waruyama, membro criador da Galaxy Gang, grupo criminoso que ataca com cyber-terrorismo, espalhando o mal e o caos. Cabe a Pulseman, com a ajuda de Beatrice, sua namorada, impedir a Galaxy Gang e seu pai.


Fiquei embasbacado quando li a história de Pulseman. O pai dele era o cara mais solitário do mundo, a ponto de criar uma inteligência artificial e se apaixonar por ela. Mas o pior é que ele consegue se REPRODUZIR com ela. Bem, esse é o mundo dos vídeo-games. Graças a essa feliz união nasce um cara com poderes elétricos e "poderes" humanos.  Uma coisa muito interessante na história é a ação cyber-terrorismo, de certa forma prevista como uma nova forma de calamidade no nosso mundo extremamente conectado e dependente dessa conexão. E já que o jogo se passa no século XXI, provavelmente Pulseman nascerá qualquer dia desses.

Pegue seu paninho pra se limpar, pois você vai babar com a qualidade gráfica do jogo. Sim, é nesse nível mesmo. Começando pelos Sprites de Pulseman, que são bem grandes e bonitas, diferente de grande parte dos jogos de plataforma, que prezam por um tamanho menor para obter uma qualidade maior. Isso não foi problema em Pulseman, na verdade foi uma vantagem. Vale notar que tinha o dedo de Ken Sugimori no projeto. Quem é Ken? Ken é quem criou a arte dos monstrinhos de bolso que tiveram um especial há pouco tempo aqui no blog (adivinhou?). Só que em Pulseman ele estava até que desconhecido, seu passaporte para a fama ainda não tinha chegado.

Os cenários têm uma coloração perfeita, onde as cores dão um toque de obra de arte ao jogo. Cada cenário tem suas peculiaridades. Alguns são mais noturnos, enquanto outros são extremamente coloridos, talvez o suficiente pra causar epilepsia em alguém. Posso ser atacado por fãs enfurecidos, mas Pulseman me parece bem mais bonito que Sonic, principalmente em termos de poluição visual, onde temos mais do que o necessário aos olhos e que chega a nos atrapalhar. A dinâmica dos cenários de Pulseman é impressionante, sendo ajudada pela existência de dois planos: O do mundo real, com cores mais calmas, e o mundo virtual, com cores mais vivas e fortes.

Os efeitos sonoros são muito bem executados, apesar das músicas não serem tããão memoráveis. Mesmo assim, no conjunto da obra, funcionam muito bem, no limite do possível. Devido a qualidade de garoto-eletricidade do nosso herói, as músicas são mais eletrônicas.


Pulseman tem suas próprias habilidades, a mais característica é o Volteccer, onde ele se transforma numa bola de energia que ricocheteia pelos objetos no cenário. Também o deixa invencível, porém, caso ele não bata em um objeto, ele voltará à forma humilde que merece (cartaaaa cloooown!). Sua outra habilidade é a “Flash Arrow”, que é uma bola de energia que passa pelos inimigos destruindo-os. Porém, essas habilidades só podem ser ativadas caso Pulseman esteja “carregado”. Há alguns métodos para carrega-lo. Pode-se simplesmente correr em linha reta por 2 ou 3 segundos, ou pode-se aplicar o dash, basta apertar  
e ele aplicará um movimento rápido que o carregará instantaneamente. Em algumas fases, temos um objeto que remete a um raio. Se Pulseman pegá-lo, ele poderá usar o Volteccer ou Flash Arrow instantaneamente.

A dificuldade é balanceada, conta com alguns buracos infinitos, velhos conhecidos nossos. O controle de Pulseman poderia ter sido mais leve, já que parece um pouco pesado pra quem é a encarnação da eletricidade. Isso pode causar alguns movimentos desconfortavelmente mortais. É um jogo bem rápido, tanto em movimentação como em duração, contando apenas com 7 estágios divididos em 3 ou 4 partes cada.

Pulseman é aquele jogo que se joga 2, 3, 4, 5 vezes e não parece ruim. Conta com algumas falhas, mas não chegam a ser tão importantes na hora H.

Nota: 91%
-Faltou uma trilha sonora mais marcante
-Movimentação atrapalha um pouco.


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