No distante ano de 2021
Aero Blasters saiu para três sistemas diferentes, sendo dois deles bem conhecidos, o Arcade e o Mega Drive. Mas a terceira versão, que na verdade saiu antes do Mega, foi para um console bem negligenciado, mas que tem qualidade e carinho dos que o conhecem. O Turbografx-16, ou PC-Engine, como é conhecido no Japão. Na terra do sol nascente, por exemplo, ele foi o segundo mais vendido dos 16-bit, acima do Mega Drive, e foi o pioneiro no uso de CDs pra videogames.
Esse lindo console rivaliza fortemente com o Mega no quesito biblioteca, já que os dois são as casas dos jogos de nave no 16-bit. Enquanto o SNES sofria com slowdowns, a concorrência arrasava com BLAST PROCESSINGUE!!!!!!!!1111111onze! No meio dessa enorme diversidade está Aero Blasters, um singelo jogo de nave, que buscou seu lugar ao sol.
Assim que comecei a jogar, curti. A dificuldade estava boa, a fase estava bonita e a música estava legal. Foi aí que pensei: "vou levar esse pro blog". Continuei jogando e fui me acostumando. Como o PC-Engine tem apenas dois botões de ação, além dos direcionais o Pause e o Select, foi fácil entender as mecânicas do jogo.
Como esperado, a nave atira. De que outra forma destruiria seus inimigos? O tiro inicial é bem fraco se comparado ao completo, basta ver a diferença no primeiro chefe. Para aumentar o poder , basta atirar nas capsulas voadoras que aparecem e EXPLODEM os power-ups. Sim, o simbolo do power-up sai voando e bem provavelmente você só pega um, não esquecendo que os inimigos continuam aparecendo.
Além de melhorar o tiro, também existem armas secundarias diferentes para sua nave, partindo de misseis a bombas que explodem em 6 direções diferentes ao mesmo tempo. Meus preferidos são justamente os misseis ou a arma que atira na retaguarda. Tem uma arma que circula a tela toda, mas duvido muito que ela seja confiável. Ótima engenharia, um tiro que não tem nenhum controle. Além do tiro, temos a mega-power-bomb, uma arma que, ao carregar, apaga tudo o que é fraco na tela, inclusive tiros inimigos. 10/10 poder maneiro, usaria de novo.
Como o PC-Engine foi o primeiro de sua geração, é de se esperar que os gráficos não sejam tão atraentes como são nos outros dois. Em Aero Blasters, o cenário de fundo normalmente é vazio ou com pouquíssimas variações. As fases finais parecem não ter novidades e ser bem esquecíveis. Em contrapartida, o paralax é incrível, e a sensação de velocidade é bem real.
A trilha sonora acompanha os gráficos, ou seja, é mediana, mas tem seus momentos de brilho. O Som do PC-Engine é de nível semelhante ao do Mega Drive, e até consegue trazer uns sons legais. Em Aero Blasters, infelizmente, não temos o melhor dos exemplos.
A dificuldade é boa, mas o bicho pega do meio do jogo pra frente, com inimigos e balas vindos de todos os lados. O brilho no level-design vem da ultima fase, com blocos que se movem formando ou bloqueando caminhos, como um labirinto. Pra mim, essa é a melhor parte do jogo. Os chefes são interessantes e bem dinâmicos, fazendo algumas batalhas divertidas e inesperadas.
Aero Blasters está longe de ser o jogo de nave ideal, mas é competente em não ser ruim, o que no mundo dos jogos é uma vitória.
Por Angelo Alexsander, o Cowboy Espacial.
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