Espetacular, pero no mucho...
Saludos, mi comprades desocupados! Tudo beleza com vocês?
Todos sabem que dia é hoje né? É claro que sabem, hoje é Domingo (pé de cachimbo), que outro dia poderia ser?! Além de ser o dia santo do cristianismo, hoje também é dia de post novo aqui no Desocupado. Infelizmente, não estamos mais nos tempos áureos de outrora, onde poderíamos bater no peito e dizer, com orgulho, que a única coisa que fazíamos era escrever posts para este humilde blog (verdadeiros desocupados); mas ainda assim, continuamos trazendo recomendações ou artigos todo fim de semana, sempre relacionados a Cinema, Games, Quadrinhos, Séries, Livros e... ah, vocês sabem o resto!
Hoje, trago a vocês a maior estreia cinematográfica deste fim de semana. Sim, meus caros amigos, estou falando de O Espetacular Homem-Aranha 2 (The Amazing Spider-Man 2) — sem o subtítulo A Ameaça de Electro. Escolhi ignora-lo, de tão ridículo que é —, sequência direta do reboot de 2012, com Marc Webb de volta na direção e todo o elenco original (e algumas adições, é claro) marcando presença novamente.
Ainda assolado pelos acontecimentos vistos no primeiro filme, Peter se encontra em um dilema para com sua amada, Gwen Stacy: deveria ele cumprir a promessa feita ao pai da garota, o Capitão Stacy, e afastar-se dela para seu próprio bem; ou ignora-la e continuar seu romance com a jovem cientista? Ao mesmo tempo, o antigo melhor amigo de Peter, Harry Osborn, volta para a cidade para assumir a presidência da Oscorp. Porém, o jovem Osborn se encontra em um estado de saúde não tão legal, e acredita que o sangue super-poderoso do Homem-Aranha pode cura-lo de vez. Para isso, ele une forças com Electro, um ex-funcionário da Oscorp que quer se vingar do aracnídeo. Conseguirão Peter e Gwen ficar juntos? Harry conseguirá o sangue do Cabeça de Teia? Electro terá sua vingança? A Nintendo conseguirá fazer uma boa apresentação na E3 deste ano? Assista e descubra!
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Talvez o melhor ponto para começar a falara de O Espetacular Homem-Aranha 2 seja aquele que está sendo destacado logo aqui em cima: o uniforme do Aranha (o herói, não o lutador). Lembro-me como se fosse há dois anos atrás (talvez por realmente ter sido há dois anos atrás), que muita gente criticou fortemente o "novo" uniforme do aracnídeo. "Está muito feio!", "Não está fiel aos quadrinhos!", "Parece uma bola de basquete!", e coisas do tipo. Particularmente, eu havia gostado do novo traje do Aranha (o herói, não o lutador), mas verdade seja dita: ele realmente era um pouco estranho. Algumas linhas aqui e ali, partes incompletas para dar mais estilo... A verdade é que a Sony queria se distanciar ao máximo de tudo o que Sam Raimi havia feito em sua não-tão-longínqua trilogia, justamente para que os espectadores não confundissem os dois universos. No final, os detalhes do novo traje mal eram notados durante a ação do filme, já que o que realmente importa é que o Cabeça de Teia seja vermelho e azul.
Dois anos depois, cá estamos nós, e como manda o figurino (ha! Sacaram o trocadilho?) dos filmes de super-herói de hoje em dia, um novo filme significa um (ou mais) novo(s) traje(s), e verdade seja dita: não há do que reclamar do novo uniforme do Homem-Aranha. Fiel ao uniforme original dos quadrinhos? Confere!; Visualmente compatível com a pegada e tonalidade do filme? Confere!; Simples e sem muitas firulas? Confere!; Visores grandes? Confere!; Azul e vermelho? Também confere! Tudo o que se poderia exigir de um uniforme cinematográfico do Aranha (o herói, não o lutador) está presente no traje de O Espetacular Homem-Aranha 2. Não, o visual do uniforme não interfere diretamente na qualidade do filme, mas é através dele que nós, espectadores, identificamos o personagem. Cores, símbolos, linhas e outras formas; tudo isso ajuda a identificar o "estado de espírito" do personagem naquele exato momento, e como o próprio filme propõe, Peter Parker está simplesmente adorando ser o Homem-Aranha, daí podemos justificar o visual mas simples e cômico do herói. Talvez o detalhe que melhor traduza essa "mudança de ares" sejam os visores, que estão consideravelmente maiores — assim como os dos quadrinhos —, dando um tom mais cartunesco ao Cabeça de Teia.
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| "Alô? Tia May? Vem me buscar?" |
Falando em visual, não foi só o Aranha (o herói, não o lutador) que ganhou um modelito bacana neste novo filme. O visual dos vilões também está nos trinques. A começar por aquele que tem o nome registrado no subtítulo brasileiro do filme: Max Dillon, a.k.a Electro, interpretado por Jamie Foxx. O visual do vilão não é dos mais elaborados, mas foi o modo como ele usa os poderes que foi muito bem representado nas telonas. Destaque para a batalha entre Electro e o Aranha (o herói, não o lutador) não estação elétrica — talvez a melhor luta do filme —, onde Max se utiliza ao máximo de seus poderes elétricos. O Duende Verde também está presente no filme, e seus novos traje e planador estão bem legais. Sim, só os equipamentos, pois o vilão em si está bem estranho. Duvida? Então dá uma olhada:
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| MEDO. |
Quanto ao terceiro vilão, Rhino... bem não acho que valha a pena falar sobre ele. Eu não o classificaria com um dos vilões do filme, ou pelo menos não DESTE filme. Por que? Vocês verão quando assistirem o filme, e provavelmente concordarão comigo.
Lembram da frase que usei no comecinho deste post? "Espetacular, pero no mucho..."? Pois é, ela expressa muito bem a minha opinião sobre o filme, mas ainda não é hora de tentar justifica-la. Porém, se tem um quesito em que o adjetivo "espetacular" se aplica bem em O Espetacular Homem-Aranha 2, este quesito é ação. Em mais de 10 anos de Homem-Aranha nos cinemas, nunca um filme do Cabeça de Teia teve cenas de ação tão empolgantes e bem reproduzidas quanto aqui em O Espetacular Homem-Aranha 2. Todas as habilidades do Aranha (o herói, não o lutador) foram levadas em contas na hora de roteirizar as cenas de porradaria: o conhecimento científico, a esperteza, o Sentido Aranha, os lançadores de teia, a força e a velocidade sobre-humanas, o humor... Tudo isso somado a uma fotografia bem criativa (ainda que totalmente digital na maioria das cenas) e um ótimo uso da câmera lenta. Para nossa alegria, essas cenas de ação compõem mais ou menos 70% do filme. Quanto aos outros 30%? Logo após os comerciais!
Os outros 30% do filme são dedicados ao roteiro, que de "espetacular" não tem nada. Por que? Senta que lá vem a história...
Desde que a Sony oficializou que O Espetacular Homem-Aranha 2 teria não um, nem dois, mas sim três vilões de uma só vez, eu comecei a temer pela qualidade do filme. O Homem-Aranha 3 de Sam Raimi também contava com três vilões, e até hoje é considerado uma das piores adaptações de super-heróis da história do cinema; o mesmo poderia acontecer com o novo filme de Marc Webb, afinal, apresentar e desenvolver três novos personagens centrais em um pouco mais de duas horas de longa não é lá uma tarefa muito fácil. Mas o filme saiu, e os vilões foram bem encaixados na trama, evitando o mesmo erro cometido no terceiro filme de Sam Raimi. Mas se o excesso de vilões não foi o problema, qual foi, então? O problema foi o seguinte: o roteiro é simplesmente burro. Burro e conveniente, diga-se de passagem. Sim, meus caros, não consigo achar outra palavra — que não "burro" — que defina melhor o roteiro de O Espetacular Homem-Aranha 2. As motivações dos personagens tem pouquíssimo apelo para o com o espectador, e mal passam de desculpas para personagem A ir atrás do personagem B ou vice-versa. Isso se torna ainda mais visível nos vilões, cujas únicas motivações são "matar o Homem-Aranha". Sim, cada um deles tem um motivo diferente para querer por um fim na vida do aracnídeo, mas a trajetória que os guia até o momento em que eles decidem ter o Homem-Aranha como inimigo é totalmente mal desenvolvida. Os diálogos também deixam toda a trama do filme bastante óbvia, a ponto de, em mais ou menos 15 minutos de filme, os desocupados mais atentos já sacarem o que aguarda certos personagens ao final da trama. Outro fator chato no roteiro de O Espetacular Homem-Aranha 2 é a conveniência. Sempre, por algum belo e conveniente acaso, algo improvável convenientemente acontece para favorecer um determinado personagem, ou ainda, outro personagem convenientemente tem a exata solução para os problemas de um outro. Ok, 99% dos filmes conta com essas conveniências aqui e ali, mas em O Espetacular Homem-Aranha 2 ela é tão gritante que chega a incomodar.
Mas nem tudo é ruim. O roteiro é muito bem sucedido em emocionar — destaque em que Peter pergunta à Tia May sobre seus pais — e em reproduzir a inspiração que o Homem-Aranha transmite para as pessoas, a real mensagem do filme — toda a sequência da batalha com Rhino, na minha opinião, a parte do filme.
Apesar de um tanto mal desenvolvidos, os vilões do filme são salvos por seus respectivos atores, e suas respectivas performances em tela. Talvez o principal destaque seja o Harry Osborn de Dane DeHaan. O ator conseguiu criar uma química bacana com o Peter Parker de Andrew Garfield, tornando convincente e divertida a amizade de Peter e Harry. Jamie Foxx também se sai bem como Electro, mesmo que, se pararmos pra analisar um pouco mais a fundo, seu personagem não tenha uma motivação sólida e convincente para ser um vilão.
Ah, como a maioria de vocês deve ter percebido, a Mary Jane de Shailene Woodley foi totalmente pirulitada do filme, e talvez valha a pena falar um pouquinho sobre isso. Particularmente, eu achei uma boa decisão cancelar a participação da personagem neste segundo filme — mesmo que a atriz tenha gravado cenas e tudo mais. Já havia muitos elementos para se trabalhar em cima na trama do filme, e inserir um mais um personagem — e não qualquer personagem, mas sim Mary Jane, um personagem de peso na vida de Peter Parker — arriscaria bastante a coerência da história contada no filme. Seria um baita spoiler ir mais a fundo nessa justificativa, mas em suma, já há muita coisa acontecendo com Peter em O Espetacular Homem-Aranha 2, não haveria espaço para algo tão grande quanto Mary Jane Watson.
Mais uma vez, o ponto alto do filme (no quesito atuações, é claro) é o casal Peter Parker e Gwen Stacy. Se no primeiro filme Andrew Garfield e Emma Stone já apresentavam uma ótima química como um casal prestes a se formar, aqui no segundo filme eles estão ainda mais ligados (no sentido de unidos, não de estarem alertas), quase como se fossem um casal de longa data — mesmo que o filme se passe pouco tempo depois de O Espetacular Homem-Aranha (o que faz total sentido, diga-se de passagem, já que, caso você ainda não saiba, Andrew e Emma são um casal de verdade fora dos sets de gravação). É exatamente neste núcleo "fofinho" e "meloso" que o diretor Marc Webb brilha de verdade, afinal, essa é a sua especialidade desde de seu primeiro longa, o excelente 500 Dias Com Ela (fica aí a dica de outro bom filme, desocupados).
Na parte sonora do filme, vale a pena destacar a mixagem e a edição de som empregadas nas cenas do vilão Electro. O som das descargas elétricas disparadas pelo vilão são extremamente agoniantes (de uma maneira boa, é claro). A mixagem alcança seu auge quando os efeitos sonoros dos poderes de Electro começam a se misturar com a trilha sonora, e ditar o ritmo da mesma durante a batalha. Uma jogada simplesmente genial.
Falando em trilha sonora, em comparação ao filme anterior, a trilha sonora de O Espetacular Homem-Aranha 2 é bem mais presente que a de seu antecessor, principalmente nas cenas de ação. Ela emociona, empolga e, acima de tudo, inspira, tudo na hora certa. Qualquer outra coisa que eu decidisse escrever aqui seria pura encheção de linguiça, pois, mesmo que de uma maneira resumida, eu já expus toda a minha opinião sobre a trilha sonora do filme. No mais, fiquem com um gostinho da trilha sonora:
Acho que chegou a hora do veredito final, não é mesmo, meus caros desocupados? Eis a hora em que o martelo do julgamento desce sem piedade: a hora da nota!
E eis aqui dita cuja! -> 7.2 / 10
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro capricha bastante na ação — que, como eu disse antes, corresponde a, aproximadamente, 70% do filme —, com lutas empolgantes e uso criativo dos efeitos especiais; mas acaba deixando a peteca cair feiamente no roteiro — os 30% restantes —, com motivações mal desenvolvidas, resoluções extremamente convenientes e diálogos óbvios. Porém, as ótimas atuações do elenco salvam o dia, e ajudam a deixar o roteiro mais fácil de se digerir.
Portanto, se você está em dúvida do que assistir no cinema, dê uma chance a O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. Se as suas expectativas estão baixas (como as minhas estavam), você com certeza irá se impressionar; se não estiverem, bem, o filme continuará sendo bacana!
Hmm... Acho que isso é tudo.
Obrigado pela atenção e até a próxima, galerinha!
Por Breno Barbosa
Lembram da frase que usei no comecinho deste post? "Espetacular, pero no mucho..."? Pois é, ela expressa muito bem a minha opinião sobre o filme, mas ainda não é hora de tentar justifica-la. Porém, se tem um quesito em que o adjetivo "espetacular" se aplica bem em O Espetacular Homem-Aranha 2, este quesito é ação. Em mais de 10 anos de Homem-Aranha nos cinemas, nunca um filme do Cabeça de Teia teve cenas de ação tão empolgantes e bem reproduzidas quanto aqui em O Espetacular Homem-Aranha 2. Todas as habilidades do Aranha (o herói, não o lutador) foram levadas em contas na hora de roteirizar as cenas de porradaria: o conhecimento científico, a esperteza, o Sentido Aranha, os lançadores de teia, a força e a velocidade sobre-humanas, o humor... Tudo isso somado a uma fotografia bem criativa (ainda que totalmente digital na maioria das cenas) e um ótimo uso da câmera lenta. Para nossa alegria, essas cenas de ação compõem mais ou menos 70% do filme. Quanto aos outros 30%? Logo após os comerciais!
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| O Ministério da Saúde Adverte: Brincar de Pique-Pega com um ser feito de pura eletricidade pode ser deveras doloroso. |
Desde que a Sony oficializou que O Espetacular Homem-Aranha 2 teria não um, nem dois, mas sim três vilões de uma só vez, eu comecei a temer pela qualidade do filme. O Homem-Aranha 3 de Sam Raimi também contava com três vilões, e até hoje é considerado uma das piores adaptações de super-heróis da história do cinema; o mesmo poderia acontecer com o novo filme de Marc Webb, afinal, apresentar e desenvolver três novos personagens centrais em um pouco mais de duas horas de longa não é lá uma tarefa muito fácil. Mas o filme saiu, e os vilões foram bem encaixados na trama, evitando o mesmo erro cometido no terceiro filme de Sam Raimi. Mas se o excesso de vilões não foi o problema, qual foi, então? O problema foi o seguinte: o roteiro é simplesmente burro. Burro e conveniente, diga-se de passagem. Sim, meus caros, não consigo achar outra palavra — que não "burro" — que defina melhor o roteiro de O Espetacular Homem-Aranha 2. As motivações dos personagens tem pouquíssimo apelo para o com o espectador, e mal passam de desculpas para personagem A ir atrás do personagem B ou vice-versa. Isso se torna ainda mais visível nos vilões, cujas únicas motivações são "matar o Homem-Aranha". Sim, cada um deles tem um motivo diferente para querer por um fim na vida do aracnídeo, mas a trajetória que os guia até o momento em que eles decidem ter o Homem-Aranha como inimigo é totalmente mal desenvolvida. Os diálogos também deixam toda a trama do filme bastante óbvia, a ponto de, em mais ou menos 15 minutos de filme, os desocupados mais atentos já sacarem o que aguarda certos personagens ao final da trama. Outro fator chato no roteiro de O Espetacular Homem-Aranha 2 é a conveniência. Sempre, por algum belo e conveniente acaso, algo improvável convenientemente acontece para favorecer um determinado personagem, ou ainda, outro personagem convenientemente tem a exata solução para os problemas de um outro. Ok, 99% dos filmes conta com essas conveniências aqui e ali, mas em O Espetacular Homem-Aranha 2 ela é tão gritante que chega a incomodar.
Mas nem tudo é ruim. O roteiro é muito bem sucedido em emocionar — destaque em que Peter pergunta à Tia May sobre seus pais — e em reproduzir a inspiração que o Homem-Aranha transmite para as pessoas, a real mensagem do filme — toda a sequência da batalha com Rhino, na minha opinião, a parte do filme.
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| "Pô, logo quando eu acabei de jantar feijoada?!" |
Apesar de um tanto mal desenvolvidos, os vilões do filme são salvos por seus respectivos atores, e suas respectivas performances em tela. Talvez o principal destaque seja o Harry Osborn de Dane DeHaan. O ator conseguiu criar uma química bacana com o Peter Parker de Andrew Garfield, tornando convincente e divertida a amizade de Peter e Harry. Jamie Foxx também se sai bem como Electro, mesmo que, se pararmos pra analisar um pouco mais a fundo, seu personagem não tenha uma motivação sólida e convincente para ser um vilão.
Ah, como a maioria de vocês deve ter percebido, a Mary Jane de Shailene Woodley foi totalmente pirulitada do filme, e talvez valha a pena falar um pouquinho sobre isso. Particularmente, eu achei uma boa decisão cancelar a participação da personagem neste segundo filme — mesmo que a atriz tenha gravado cenas e tudo mais. Já havia muitos elementos para se trabalhar em cima na trama do filme, e inserir um mais um personagem — e não qualquer personagem, mas sim Mary Jane, um personagem de peso na vida de Peter Parker — arriscaria bastante a coerência da história contada no filme. Seria um baita spoiler ir mais a fundo nessa justificativa, mas em suma, já há muita coisa acontecendo com Peter em O Espetacular Homem-Aranha 2, não haveria espaço para algo tão grande quanto Mary Jane Watson.
Mais uma vez, o ponto alto do filme (no quesito atuações, é claro) é o casal Peter Parker e Gwen Stacy. Se no primeiro filme Andrew Garfield e Emma Stone já apresentavam uma ótima química como um casal prestes a se formar, aqui no segundo filme eles estão ainda mais ligados (no sentido de unidos, não de estarem alertas), quase como se fossem um casal de longa data — mesmo que o filme se passe pouco tempo depois de O Espetacular Homem-Aranha (o que faz total sentido, diga-se de passagem, já que, caso você ainda não saiba, Andrew e Emma são um casal de verdade fora dos sets de gravação). É exatamente neste núcleo "fofinho" e "meloso" que o diretor Marc Webb brilha de verdade, afinal, essa é a sua especialidade desde de seu primeiro longa, o excelente 500 Dias Com Ela (fica aí a dica de outro bom filme, desocupados).
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| "Peter, que é essa tal de Mary Jane, hein? Aquela piranha tá dando em cima de você?!" |
Na parte sonora do filme, vale a pena destacar a mixagem e a edição de som empregadas nas cenas do vilão Electro. O som das descargas elétricas disparadas pelo vilão são extremamente agoniantes (de uma maneira boa, é claro). A mixagem alcança seu auge quando os efeitos sonoros dos poderes de Electro começam a se misturar com a trilha sonora, e ditar o ritmo da mesma durante a batalha. Uma jogada simplesmente genial.
Falando em trilha sonora, em comparação ao filme anterior, a trilha sonora de O Espetacular Homem-Aranha 2 é bem mais presente que a de seu antecessor, principalmente nas cenas de ação. Ela emociona, empolga e, acima de tudo, inspira, tudo na hora certa. Qualquer outra coisa que eu decidisse escrever aqui seria pura encheção de linguiça, pois, mesmo que de uma maneira resumida, eu já expus toda a minha opinião sobre a trilha sonora do filme. No mais, fiquem com um gostinho da trilha sonora:
E eis aqui dita cuja! -> 7.2 / 10
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro capricha bastante na ação — que, como eu disse antes, corresponde a, aproximadamente, 70% do filme —, com lutas empolgantes e uso criativo dos efeitos especiais; mas acaba deixando a peteca cair feiamente no roteiro — os 30% restantes —, com motivações mal desenvolvidas, resoluções extremamente convenientes e diálogos óbvios. Porém, as ótimas atuações do elenco salvam o dia, e ajudam a deixar o roteiro mais fácil de se digerir.
Portanto, se você está em dúvida do que assistir no cinema, dê uma chance a O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. Se as suas expectativas estão baixas (como as minhas estavam), você com certeza irá se impressionar; se não estiverem, bem, o filme continuará sendo bacana!
Hmm... Acho que isso é tudo.
Obrigado pela atenção e até a próxima, galerinha!
Por Breno Barbosa
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