"Quem é esse, otário?". Essa é a resposta (ou seria pergunta?) que uma criança de hoje diria à você, e há um motivo: Mickey sempre foi chato, principalmente se comparado com o Pato Donald, ou o Pateta, e caiu na clandestinidade. Todo metido a bonzinho e tal... esqueceram de colocar algum tempero nele. Contrastando com isso, é incrível quantos jogos no mínimo bons saíram pro camundongo de orelhas arredondadas, em sua maior parte graças à — não acredito que vou dizer isso — Capcom.
Como todo grande problema no mundo, o efeito bola de neve se aplica. Numa hora, você tá jogando beisebol com seus 2 cães e um pato; no outro, seu cachorro preferido sumiu. Como todo bom camundongo, Mickey é desumano e sequer se preocupa com o Pluto quando ele some, mas basta o Pateta dizer que vai busca-lo que Mickey teme pela vida de seu cachorro com nome de planeta anão e corre, caindo de um precipício e parando num outro mundo. Sério, tem todo um mundo abaixo de um precipício e ninguém sabia disso. Esse pessoal é um pouco desatento.
Se você prestou atenção na intro do jogo, Mickey cai de um penhasco, então como, eu pergunto, como ele foi parar dentre as nuvens? Será essa mais uma creppypasta da Disney, que envolve menos sexo e mais morte? De qualquer forma, já damos de cara com o padrão Capcom dos anos 90 de qualidade, e o jogo já não desaponta logo de início, sendo bem bonito e com uma musiquinha maneira pra começar. E a coisa mais legal da Disney em seus jogos é justamente a familiaridade que eles nos trazem. No caso desse aqui, você pensa algo do tipo: "Eu já não vi um desenho desses? Ah sim, é o Pernalonga!"
As áreas são normalmente divididas em 3 ou 4 seções curtinhas, pra dar uma sensação de longevidade no jogo, provavelmente; normalmente com um mini-chefe e depois o chefe da área. Poucas vezes na vida vi um chefão que eu chamasse de feioso, mas esse aí ganha o bolo da vitória. Mais assustador ainda é a nefasta fraqueza dele, nada mais nada menos que a bundinha de Mickey. Ah, essas más influencias do Castle of Ilusion...
Depois de mais uma divisão, chegamos ao chefe que, na minha opinião tem uma leve semelhança com o Bafo, antagonista do Mickey, pra você que não manja do universo expandido Disney 061 (o mesmo em que a Ariel morre afogada). E ainda vou mais ao fundo e afirmo: essa coral é falsa. Olha só a sombra que ela passa no olho. H-O-R-RÍ-V-E-L! Felizmente, os únicos blocos que podem ferir essa cobra (exceto a bundinha mágica do Mickey) [Breno -> E o bloco da Claudinha Leitte no Carnaval de Salvador] são ilimitados, e o chefe em si é bem fácil. Eu quase reclamei que esse imbecil é fraco contra os pedaços do próprio corpo (que ele solta constantemente), mas bem, se alguém arrancasse seu braço e estapeasse você com ele, provavelmente doeria.
E aqui entra a parte interessante de Magical Quest: as roupinhas do Mickey. Cada uma lhe concede o poder de alguma entidade poderosa do mundo, a primeira sendo uma roupa emprestada de Aladdin. Essa roupa dá o poder de soltar um pozinho branco que derrota os inimigos [Breno -> popularmente conhecido como benzoilmetilecgonina, ou éster do ácido benzóico], mas se você concentrar o pó por algum tempo, ele vira uma pedra branca que deixa o inimigos no chão. É bem útil, principalmente para matar a distância.
Tava demorando pra ter uma fase da floresta. Se tem uma lei dos games de plataformas, essa é ter uma fase na floresta. Todos têm e todos sempre terão. A floresta negra é bem caracterizada, eu devo dizer. As arvores do fundo e o cenário em si são bem bonitos, a musica tenta ficar meio sinistra, mas convenhamos, jogo do Mickey não dá medo....
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA |
Sério, que coisa feia, meu amigo, que coisa horrível. Como alguém usa o Photoshop tão mal? Ainda mais num Exu feio desses. Sai de mim. Já que não ia escrever muito nesse paragrafo mesmo, vou aproveitar para falar mais alguma coisa do jogo. Eu acho o Mickey meio lento. Ele não tem um botão de correr e isso me incomoda. Em compensação, você tem um grande controle do personagem, e errar saltos com ele é bem difícil.
O que mais me surpreendeu na fase da floresta é que a parte mais aquática do jogo é dentro de um árvore. Eu escutei um AMÉM aí? É um favor que esse jogo me faz. Já merece meu 10 infinito por esse favor. Ah, nessa área tem uns toco de madeira possuídos pelo espirito da babaquice, mas eles não dão nem pro caldo.
E é com esse chefão que terminamos a segunda área do jogo. Aranhas são tãããããão século passado. Todo jogo tem uma aranha, todo jogo tem uma aranha. Até Esquadrão Marte (também conhecido como Biker Mice From Mars). Enfim, é com esse clichê que terminamos as 2 primeiras fases, mas e agora?
Agora eu dou minha opinião. Galera, é um jogo divertido, mas também é relativamente fácil (não chega a ser um Aladdin da vida [Breno -> Ou qualquer jogo do Kirby], mas fica quase). Eu tenho desgosto da velocidade em que o Mickey anda, acho que quebra o ritmo do jogo, mas de resto do game é competente no que se propõe, apesar de não apresentar novas idéias. Tanto as músicas como cenários não deixam a desejar. Em resumo, é um jogo que, é no mínimo, prazeroso de se jogar algumas vezes, e inclusive tem sequencias [Breno -> Sendo a terceira muito boa, inclusive]. Uma boa pedida.
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