quinta-feira, 12 de setembro de 2013

[ESPECIAL] One Piece - Games: Consoles (Parte 4.2)

Navegando pelos mares renderizados de One Piece.




Saudações, cães sarnentos e desocupados, como vão vocês? Todos bem? Ótimo!

Não sei se preciso repetir isso mais um vez (pela segunda vez, pra ser mais exato), mas nosso pequeno e humilde blog está no meio (na verdade quase no final) de mais um Especial mega-bacanudo. Durante toda esta semana, dedicamos todo nosso tempo, esforço, suor e lágrimas para conceber à vocês, nossos tão queridos desocupados, um Especial sobre One Piece, de Eiichiro Oda, dissertando e discutindo um pouco não só sobre o mangá do mestre Oda, mas também sobre suas respectivas adaptações para TV (também conhecida como anime), cinema e vídeo games; além do Romance Dawn, um pequeno post surpresa pra fechar a semana deste Especial. Mas fica a dica: não espere nada exorbitante, ok?

Enfim, vamos ou que interessa. Anteriormente, o plano original para este especial era de fazer somente um único post discorrendo sobre os games de One Piece que este que aqui vos fala já teve a oportunidade de jogar (que, já de antemão, não foram todos os que existem até hoje). Acontece que, mesmo tentando resumir em poucas linhas o que penso sobre cada jogo, o post iria ficar exageradamente enorme. A solução? Dividi-lo em duas sub-partes, uma falando um pouco dos games para consoles portáteis (que você pode conferir clicando AQUI) e outra sobre os games lançados para consoles de mesa, que, caso algum de vocês não tenha percebido, será este aqui.

Um pequeno lembrete: se faltaram alguns jogos, bons ou não, neste post, foi porque não pude joga-los nem uma vezinha sequer, e convenhamos que seria injusto e insensato falar, bem ou mal, sobre algo que não conheço, não concorda? Porém, se você quiser falar algo sobre algum game de One Piece, estando ele presente no post ou não, saiba que você tem voz e vez lá embaixo, nos comentários do post. Particularmente, eu irei gostar muito de conversar com vossa pessoa sobre One Piece e seus games. E isso vale não só para este, mas para todos os posts deste Especial.

Bem, chega de enrolação, falemos sobre games!

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1. One Piece: Grand Battle! (PlayStation)


Desenvolvido pela Ganbarion e distribuído pela Bandai, One Piece: Grand Battle! foi lançado em 2001 no Japão, exclusivamente para PS1. Mais tarde, em 2003, depois de fazer um relativo sucesso, o jogo foi lançado na Europa, porém nunca chegou a ver a luz do sol norte-americano.

Acho que não há muito o que falar numa sinopse de um jogo de luta, não é? O que há para se dizer aqui é que Grand Battle! — como eu acabei de falar — é um jogo de luta 2,5D (com personagens modelados em 3D e cenários em 2D) que, cronologicamente, se passa durante toda a saga do East Blue, que vai desde o começo de One Piece até a chegada da Tripulação do Chapéu de Palha à tão sonhada Grand Line. Ah, e não confundir este com o jogo homônimo para PS2, pois ambos são bem diferentes.

Eu até analisaria os quesitos técnicos deste jogo usando os padrões que temos em mãos hoje, mas sejamos razoáveis e nos atenhamos ao que tínhamos na época. Até 2001 — ano de lançamento de Grand Battle! —, quantos games de luta em 2,5D existiam no PS1? Certamente alguns, mas não tanto se compararmos com os jogos de luta totalmente 2D. Ok, agora quantos jogos de luta em 2,5D no PS1 eram realmente bons? Com certeza um resultado bem menor que o anterior, e é aí que Grand Battle! se encaixa. Talvez essa não tenha sido a ideia original dos desenvolvedores, mas solução visual interessante que eles encontraram para fazer Grand Battle! funcionar bem foi modelar os personagens em uma escala menor que a original, jogando-os em um cenário relativamente grande, se compararmos com o tamanho do personagens. Um pouco mais tarde, esse estilo acabou virando a marca registrada da série. Infelizmente, o jogo não envelheceu muito bem visualmente, mas sua jogabilidade é tão boa que funciona até hoje. No começo, tudo parece lento e pouco fluido, e realmente o é, mas depois que você se acostuma tudo fica mais natural, e, consequentemente, mais divertido. A trilha sonora não é lá grandes coisa, mas é até divertida.

Visualmente, One Piece: Grand Battle! envelheceu bastante, mas sua jogabilidade é funcional e divertida até hoje, mais de 10 anos depois de seu lançamento original. Se você é tolerante o bastante para lidar com velharias (carinhosamente falando, é claro), não deixe de conferi-lo.

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2. One Piece: Grand Battle! 2 (PlayStation)


Logo um ano depois do primeiro jogo — e já um ano antes do lançamento do mesmo fora das terras nipônicas —, One Piece: Grand Battle! 2 chega ao PS1 no dia 20 de Março de 2002, mais uma vez pelas mãos da Bandai e da Ganbarion. Infelizmente, o game foi lançado apenas no Japão.

Dando continuidade ao seu antecessor, Grand Battle! 2 traz para o PS1 a minha tão querida saga da Baroque Works, que narra a luta da Tripulação do Chapéu de Palha e da Princesa Vivi contra a organização criminosa Baroque Works. Ah, e Grand Battle! 2 continua sendo um jogo de luta 2,5D.

Basicamente, o que é uma boa sequência? Uma miserável pequena pilha de segredos? Não. Basicamente, uma sequência razoavelmente boa consiste na repetição de tudo aquilo que vimos no material original, porém com os devidos aprimoramentos requeridos pelo contexto. Em poucas palavras, um "mais do mesmo melhorado". Normalmente, poderíamos encaixar Grand Battel! 2 nesta descrição, mas as melhorias em relação ao primeiro jogo foram tantas que ele poderia ser chamado de um "mais do mesmo muito mais melhorado". O visual permanece idêntico ao do primeiro Grand Battle! (inclusive os defeitos lá citados), mas desta vez foi dada uma maior atenção aos detalhes. É legal ver que os desenvolvedores se preocuparam em reproduzir, por exemplo, o visual do personagem Zoro na saga abordada pelo jogo, com os rasgos nas pernas da calça e com as espadas novas adquiridas em Logue Town. O level design recebeu ainda mais atenção, e agora os cenários estão melhor construídos e ainda mais interativos e cheios de referências à série. Porém, o destaque maior vai para a jogabilidade. As lutas ficaram bem mais dinâmicas, com um ritmo mais rápido e mais intuitivo que no jogo anterior. A trilha sonora também melhorou bastante, com temas mais bem arranjados e empolgantes.

One Piece: Grand Battle! 2 é um ótimo exemplo de como uma boa sequência de um game deve ser: um mais do mesmo, porém muito mais melhorado. Se você curtiu o primeiro jogo, com certeza irá adorar este. Palavra de escoteiro.

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3. One Piece: Grand Battle! 3 (PlayStation 2 e GameCube)


Provando que a indústria de games não para nem por um segundo, já em 11 de Dezembro de 2003 foi lançado One Piece: Grand Battle! 3, em versões para PlayStation 2 e GameCube, para nossa tristeza, exclusivamente para o Japão.

Dando sequência ao jogo anterior, Grand Battle! 3 tem como foco a saga de Skypiea, a Ilha do Céu, mas sem se esquecer, é claro, dos acontecimentos e personagens apresentados até ali. Diferente dos dois primeiros jogos, Grand Battle! 3 é um jogo de luta totalmente em três dimensões, ou seja, em 3D. Viva o PS2!

Não são muitos os jogos 2D que permanecem bons, ou até melhoram, na transição para o 3D. Dentre os melhores exemplos, podemos citar franquias como Mario, The Legend of Zelda e Metal Gear. Pelo menos em minha humilde opinião, One Piece Grand Battle! 3 não está no meio destes melhores exemplos, mas com certeza tem um lugar na lista das melhores transições 2D-3D, ou pelo menos na minha lista pessoal. Em relação as versões anteriores, os gráficos melhoraram absurdamente, e a estética cartunesca da série foi reimaginada de uma maneira bem interessante para o visual 3D do jogo. Os cenários estão maiores e continuam bastante interativos como em Grand Battle! 2, de modo que alguns cenários podem até influenciar no resultado da batalha, para o bem ou para o mal. Mas não foi só no visual que Grand Battle! 3 deu uma melhorada, a jogabilidade também evoluiu bastante. Cada um dos 16 personagens do jogo recebeu um leque novo de golpes, a maioria deles com variações e combinações. A única ressalva quanto a jogabilidade são os comandos dos golpes. Não sei vocês, mas eu não acho nada legal ter que apertar dois botões de uma só vez pra realizar meu combo favorito. No que diz respeito a trilha sonora, a qualidade do som está bem melhor, mas a composição dos temas não mudou muito em relação ao game anterior. Bem, menos mal, não é?

É bom ver que One Piece: Grand Battle! 3 conseguiu se virar bem na transição 2D-3D, conseguindo manter seguras as principais características da série. Pena que o jogo tenha se tornado uma raridade por ter sido lançado apenas no Japão.

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4. One Piece: Grand Battle! Rush! (PlayStation 2 e GameCube)


Depois de 2 anos sem dar as caras, a série Grand Battle retorna para sua última e derradeira batalha pirata. One Piece: Grand Battle! Rush! foi o último título da série Grand Battle, e foi lançado 17 de Março de 2005 no Japão, tanto para PlayStation 2 quanto para GameCube. O game também foi laçado na Europa, em 29 de Setembro do mesmo ano, e nos Estados Unidos, em 6 de Setembro, onde recebeu o título de One Piece: Grand Battle.

Grand Battle! Rush! mantém o mesmo estilo de luta em 3D do título anterior, tendo como palco, desta vez, o não tão grandioso arco da Davy Back Fight. Obviamente, todos os personagens mais queridos por nós, fãs, estão de volta para mais um quebra-pau.

Sabe quando você conhece uma garota legal, se apaixona por ela e começa a namora-la; vocês passam algum tempo juntos, ela conhece seus segredos e defeitos e você os dela, passam por todo tipo de situação ruim e aventuras, e justamente quando você acha que a magia está acabando, quando você está prestes a terminar seu relacionamento, "BOOM!", algo legal acontece e você se sente novamente motivado à continuar, mas não sabe até quando? Pois é, isso não tem muito a ver com One Piece, mas essa pequena metáfora pode ser aplicada em Grand Battle! Rush!. Muito do que já havíamos visto em Grand Battle! 3 está de volta aqui. Claro, há algumas novidades — personagens e golpes novos, ambos visualmente mais bonitos; uma jogabilidade mais rápida e dinâmica que a do game anterior; alguns novos cenários, novas músicas —, mas elas adicionam muito pouco ao que já tínhamos, principalmente se aplicarmos essa lógica nos dois games anteriores. A coisa fica pior quando você descobre que as adições mais bacanas — que foram os personagens e os cenários — foram quase totalmente cortados da versão americana. Cortesia da 4Kids (exploda).

One Piece: Grand Battle! Rush! tenta dar um novo fôlego à série Grand Battle!, mas não foi tão bem-sucedido em sua missão. Mas isso não faz dele um jogo ruim. Muito pelo contrário, vale muito a pena correr atrás de Grand Battle! Rush!, principalmente se, assim como eu, você também gosta do arco da Davy Back Fight.

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5. One Piece: Grand Adventure (PlayStation 2 e GameCube)


Um ano depois de a série original ter morrido na praia, a Namco Bandai norte-americana resolve dar uso aos esqueletos da falecida série Grand Battle, e no dia 29 de Agosto de 2006 ela puxa da cartola One Piece: Grand Adventure, lançado em todos os países (com exceção do Japão) em versões para PlayStation 2 e GameCube.

Grand Adventure funciona como uma grande amálgama dos jogos da série Grand Battle, herdando o mesmo estilo de luta 3D de seu antecessor espiritual, Grand Battle! Rush!, e adaptando todas as aventuras da Tripulação do Chapéu de Palha exibidas nas TVs norte-americanas até aquela época.

Antigamente, quando era mais novo (e mais fanboy, consequentemente), eu costumava olhar torto para Grand Adventure pelo fato de ele não pertencer "oficialmente" a série Grand Battle, até tentei fugir dele procurando outros jogos Grand Battle, inclusive. Hoje, com um pouquinho (só um pouquinho) mais de maturidade, tenho colhões para admitir que Grand Adventure foi o melhor game da série Grand Battle, ainda que não ache que ele pertença "oficialmente" a ela. Grand Adventure junta tudo o que a série conseguiu fazer de legal em seus poucos anos de existência em um só jogo, e ainda aproveita para dar uma melhorada em alguns detalhes "defeituosos" da finada série. Os gráficos permanecem praticamente idênticos aos de Grand Battle! Rush! (ou somente Grand Battle, na versão norte-americana), salvas algumas adaptações de cenários e personagens. Alguns deles, remanescentes de jogos mais "antigos" — como Grand Battle! 3 — sofreram uma repaginada  para que se encaixassem melhor na estética do jogo. O principal destaque vai para a jogabilidade, que simplificou o sistema de combate e os comandos dos combos (que eu tanto reclamava nos jogos anteriores), além de ter adicionado um Modo História (batizado de Adventure Mode) que mesclava as batalhas dinâmicas e divertidas características da série com elementos de RPG e alguns mini-games. Fora isso, a jogabilidade permanece essencialmente a mesma. Grande parte da trilha sonora de Grand Adventure consiste em remixes e reutilizações do temas dos jogos anteriores da série, o que, na minha opinião, é algo bom. Como fã de One Piece, é impossível para mim não guardar ressalvas quanto as adaptações e mudanças ridículas no jogo impostas pela 4Kids (exploda), que acabou cortando muita coisa no jogo, desde detalhes ridículos (como nomes e acessórios de alguns personagens) à outros mais importantes (como personagens e cenários).

Puxa, acabei me estendendo mais do que deveria falando deste jogo, mas em suma, One Piece: Grand Adventure é o título definitivo da saudosa série Grand Battle, salvas, é claro, as adaptações e cortes imbecis da nossa querida 4Kids (exploda).

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6. Fighting for One Piece (PlayStation 2)


É... bem que já tava na hora de falar de um jogo ruim neste post. Desenvolvido exclusivamente para PS2 pela Flat-Out, Fighting for One Piece foi lançado em 6 de Setembro de 2005 somente no Japão. Graças a Deus.

Voltando ao estilo de luta 2,5D e trocando a estética cartunesca da série Grand Battle por um tom mais realista e mais próximo do mangá, Fighting for One Piece se passa entre o finalzinho do arco da Davy Back Fight e o início do arco de Water 7.

Acho que nem se eu fosse o mais rebuscado dos escritores (se é que posso me chamar assim) eu não saberia expressar em palavras o quanto eu queria por as mãos neste jogo quando era pequeno. Nada me fascinava mais que o trailer de Fighting for One Piece, que renovava minhas esperanças de um dia joga-lo. Enfim, quando finalmente pude jogar o tão aguardado jogo no PS2 de uma querida e saudosa locadora do bairro, o jogo apresentou um grande defeito: apenas decepção era exibida na tela da TV. E o pior: decepção com o nome One Piece estampado bem no meio. Decepção em ver aqueles personagens que tanto amo na forma de bonecos mal modelados, com animações ruins e nem um pouco fluidas e com gráficos pobremente polidos — se é que eu posso dizer que eles foram polidos —. Decepção em por as mãos em uma jogabilidade travada e limitada, digna dos piores jogos de luta 2,5D. Ainda bem que nem cheguei a escutar a trilha sonora deste jogo, o que me poupa de comenta-la e estender este texto.

Se você é um grande fã de One Piece, faça um favor a si mesmo e passe longe deste jogo. Não há nada de bom para se ver aqui.

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7. One Piece: Unlimited Adventure (Nintendo Wii)


Aaah, agora as coisas melhoraram! Marcando a estreia de One Piece na nova geração (que já não tão nova assim), temos One Piece: Unlimited Adventure, mais uma pérola da Namco Bandai/Ganbarion, lançado em 26 de Abril de 2007 no Japão, exclusivo para Nintendo Wii. Mais tarde, em 22 de Janeiro de 2008, o game foi lançado na América do Norte. Infelizmente, não houve uma versão européia do game.

De posse de uma esfera misteriosa encontrada por pura sorte (ou falta dela), Luffy acaba dando vida à uma ilha no meio da vastidão azul do oceano. Os segredos que esta ilha guarda? O que ela reserva aos Chapéus de Palha? Cabe a você e a sua tripulação descobrirem, aventurando-se por cada canto desta misteriosa ilha em busca de informações, respostas e, é claro, tesouros, muitos tesouros.

Bem, pode haver quem discorde, mas em minha humilde opinião fecal, One Piece: Unlimited Adventure é a representação mais fiel de One Piece nos vídeo games. Não o game em si — ou pelo menos ainda não —, mas a proposta que ele nos trás. Eu não sei pra vocês, desocupados, mas para mim, One Piece é aventura, pura e simples, e é isso que Unlimited Adventure nos oferece: uma aventura pura e simples. Danem-se todas as limitações do Wii, Unlimited Adventure é com certeza um dos jogos mais bonitos que já joguei no console até hoje. A Direção de Arte não estava lá muito inspirada, mas os desenvolvedores conseguiram todo um mundo dentro de uma só ilha, com diversos biomas e localidades diferentes à serem explorados, cada um, é claro, com seus devidos segredinhos e referências, que só quem conhece a série vai encontrar. Como um fã, foi ótimo ver que (quase) todos os meus personagens favoritos estavam no jogo, e o melhor: todos eles são jogáveis. Inclusive os capangas. Pra quem gosta de aventura, jogabilidade é deliciosamente viciante. Explorar, minerar, pescar, descobrir tesouros escondidos, coletar materiais, construir novos itens a partir deles e deixar sua tripulação mais forte para enfrentar os inimigos que virão. Pode parecer repetitivo, mas você vai estar tão imerso nessa rotina que vai fazer isso por horas, até dias, seguidos, se duvidar. Palavras de quem passou por isso. A trilha sonora não é nada impressionante, mas é bastante agradável e acaba grudando na cabeça depois de um tempo.

Se tudo o que você mais queria — em relação a One Piece, é claro — era viver uma aventura ao lado da Tripulação do Chapéu de Palha, One Piece: Unlimited Adventure com certeza é a melhor pedida para você. Um pequeno desafio para você: termine o game com 100%, ou seja, veja e faça tudo sem detonado! Eu duvido!

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8. One Piece: Unlimited Cruise (Nintendo Wii)


Já em 2008, a Namco Bandai e a Ganbarion voltam ao Wii com One Piece: Unlimited Cruise, uma continuação espiritual de Unlimited Adventure dividida em dois episódios: o primeiro, The Treasure Beneath The Waves, foi lançado em 11 de Setembro de 2008 no Japão, enquanto o segundo, Awakening of a Hero, chegou às prateleiras no começo do ano seguinte, em 26 de Fevereiro de 2009. Respectivamente, ambos os episódios foram lançados na Europa (com a dublagem original) em 19 de Junho e 25 de Setembro de 2009. O game também recebeu um port (adaptação) para o 3DS, com algumas horinhas de novas aventuras, rebatizado de One Piece: Unlimited Cruise SP e também lançado somente no Japão e na Europa.

Capturado por uma força misteriosa (deu pra perceber que eu gosto de usar essa palavra, né?), Luffy topa o desafio proposto por uma entidade superior desconhecida, que consiste em superar uma série de provações distribuídas em várias ilhas diferentes, sob a promessa de um grande tesouro como recompensa. Acompanhando a Tripulação do Chapéu de Palha nessa aventura estará Gabri, um pequeno diabinho com poderes do barulho. Pronto pra mais uma Sessão da Tarde?

Não foi a toa que deixei pra falar deste jogo por último — e também não é a toa que ele estampa a capa deste post, afinal, este é o meu favorito. Sei que é egoísmo da minha parte fazer isso, mas as palavras usadas em Unlimited Adventure podem ser repetidas aqui: pelo menos para mim, One Piece é aventura, e tanto Unlimited Adventure quanto Unlimited Cruise representam muito bem essa definição, este último ainda melhor que o anterior, diga-se de passagem. Muito do que é visto em Unlimited Adventure foi reaproveitado em Unlimited Cruise. A estética continua praticamente a mesma, mas o visual adotou uma paleta de cores mais vivas e chamativas. A direção de arte de Unlimited Cruise está mais caprichada que a de seu irmão mais velho, contando até com uma pontinha de Eiichiro Oda (o criador de One Piece) na concepção dos personagens. Falando em personagens, Unlimited Cruise traz ainda mais rostinhos queridos da série, implementando até batalhas contra dois deles de uma só vez durante a aventura principal. Quem gostou da jogabilidade de Unlimited Adventure vai se sentir em casa aqui em Unlimited Cruise, pois muito foi reaproveitado e/ou ganhou uma nova roupagem. A coleta de materiais e a construção de novos itens, que no jogo anterior ficavam chatas e repetitivas com o tempo, ficaram um pouco mais práticas aqui, já que os materiais não são mais tão raros quanto em Unlimited Adventure e a construção de itens exige menos materiais que antes. Claro que tudo isso só poderia vir acompanhado de uma trilha sonora empolgante, que incitasse os jogadores à aventura a cada novo tema, e é esse tipo de trilha sonora que Unlimited Cruise nos tem a oferecer.

No que diz respeito a games, One Piece: Unlimited Cruise pode até não ser melhor título já lançado até hoje (minha opinião pessoal, como vocês sabem, diz o contrário), mas é o que melhor representa a obra de Eiichiro Oda nesta mídia. Um jogo totalmente obrigatório à todos aqueles que se autoproclamam fãs de One Piece.

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Menção Honrosa - Battle Stadium D.O.N (PlayStation 2 e GameCube)


Obviamente, eu não poderia dar este post por encerrado sem falar um pouquinho sobre Battle Stadium D.O.N. Desenvolvido pela Eighting Q Entertainment e distribuído pela Namco Bandai Games, Battle Stadium D.O.N foi lançado exclusivamente no Japão no dia 20 de Julho de 2006, em versões para PlayStation 2 e GameCube.

Battle Stadium D.O.N responde a grande pergunta feita por milhares de fãs ao redor do mundo: o que aconteceria se os shinobis de Naruto, os Piratas do Chapéu de Palha de One Piece e os guerreiros de Dragon Ball Z caíssem na porrada? E a resposta, como falei agorinha há pouco, se chama Battle Stadium D.O.N!

Você conhece a franquia Smash Bros., da Nintendo? Claro que conhece, afinal, você também é gamer que eu sei. E justamente por conhece-la, você sabe muito bem que a franquia é exclusiva da Nintendo, ou seja, está presente apenas nos consoles da Big N. Mas e aqueles gamers que gostam do estilo bagunçado e divertido da franquia Smash Bros. que não têm consoles da Nintendo, como ficam? Muitos tentaram preencher essa vaga, mas Battle Stadium D.O.N é o que melhor se encaixa nesse perfil de "substituto" de Smash Bros.. E mais: ao invés dos clássicos personagens da Nintendo, D.O.N traz os guerreiros de 3 dos mais adorados mangás Shounen (feitos especialmente para jovens rapazes com sede de aventura) de todos os tempos, e os põe para brigar em diversos cenários icônicos. O que pode ser mais maneiro que isso? Pouquíssima coisa. Tecnicamente, D.O.N não é lá a última Coca-Cola do deserto de Alabasta. Os gráficos são bons, mas faltou um pouquinho mais de polidez e acabamento pra que ficasse perfeito. A jogabilidade é divertida e fácil de aprender, mas assim como Smash Bros., o jogo só brilha de verdade com os amigos do lado, no modo multiplayer.

Ainda assim, Battle Stadium D.O.N é a cereja que faltava no grande e delicioso bolo do PS2. No GameCube nem tanto, já que Super Smash Bros Melee já circulava por lá. Se você está cansado de discutir sobre qual é o melhor dos 3 mangás com seus amigos apenas com simples palavras, seja homem e prove, através da força e do amor dos seus punhos, qual é o melhor!

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Ufa! Enfim, terminamos por completo o post sobre games! Mais uma vez, se você chegou agora neste especial, recomendo não só que corra atrás da primeira parte deste post (pra facilitar seu trabalho, vou coloca-la bem AQUI), mas também de todos os outros posts deste especial, inclusive aquele que vai ao ar amanhã, cujo o tema ainda é uma incógnita (para vocês, é claro).

Bem, galerinha, me despeço de vocês exatamente aqui. Mas só por enquanto, pois ainda falta um último post para fechar este Especial. Obrigado pela atenção até agora, fiquem ligados para a parte final e até mais!

Por Breno Barbosa

                                                                                                                                                                    


Perdeu as partes anteriores? Sem problemas, basta clicar nas imagens abaixo e dar uma conferida!





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