domingo, 29 de maio de 2016

Se não viu, veja! - Zootopia (2016)

Chama-se "trapaça",  queridinhos.




Saudações, galerinha desocupada! Tudo bem paz com vocês?

E aí, vocês são novos aqui na cidade? É, eu percebi pelo jeito. Já que vocês acabaram de aterrissar por aqui, por que não dar uma repassada nas regrinhas da casa, não é mesmo? Primeiramente, bem-vindos! "Segundamente", toda semana — geralmente aos Domingos — há um post novinho aqui no Desocupado, sempre falando sobre Games, Livros, Filmes, Séries, Quadrinhos ou o que mais nos der vontade de discutir. Hum... é, acho que isso é tudo que você precisa saber, no momento. Agora, vamos ao que interessa!

Esta semana, resolvi voltar um pouco no tempo e visitar um filme que, neste exato momento, se encontra no limbo — ele não está sendo mais exibido nos cinemas, mas logo logo chegará às prateleiras. Hoje, conversaremos um pouco sobre Zootopia, a mais nova animação da Disney, que chegou às telonas no dia 17 de Março deste ano, e logo chegará em DVD e Blu-Ray, no dia 7 de Junho. A direção fica por conta da dupla Byron Howard (um dos diretores responsáveis por Enrolados) e Rich Moore (diretor de Detona Ralph), com a co-direção de Jared Bush (também co-responsável pelo roteiro da animação).

Zootopia: a cidade dos sonhos, onde presas e predadores de todas as espécies e habitats vivem em harmonia. Ou pelo menos é isso que é vendido para aqueles que vem de fora. Como é o caso da oficial Judy Hopps, uma coelhinha do interior recém-formada na academia de polícia de Zootopia. Infelizmente, o trabalho ideal de Judy não anda muito... ideal, por assim dizer. Porém, uma oportunidade surge: um misterioso caso de desaparecimento. Judy entra de cabeça na investigação, mas, para conseguir algum sucesso, ela precisará da ajuda de Nick Wilde, um dos maiores trapaceiros de Zootopia — que, por acaso, é uma raposa. Agora, eles devem trabalhar juntos — ou pelo menos tentar —, e descobrir que há muito mais neste caso do que eles imaginavam.


Assim como muitos outros neste ano de 2016, Zootopia foi um filme que eu deixei passar passar por um bom tempo. Ultimamente, eu não tenho tido muito tempo para curtir um cineminha — pelo menos não de um jeito que me agrade, com os amigos e em um horário confortável. Graças a isso, ótimos filmes acabam quase passando direto por mim. Foi o caso de Capitão América: Guerra Civil — sobre o qual conversamos na semana passada —, e também foi o caso com Zootopia.

Particularmente, eu tenho uma lista bastante extensa de "quedas" que tenho por determinados estilos de filme. Animações, filmes de espionagem, comédias, grandes universos, mitologias super-elaboradas... citar todos os meus "fracos" realmente daria um post inteiro, mas o que isso tem a ver com Zootopia? Tudo, pra falar a verdade. A nova animação da Disney possui pelo menos 3 itens presentes na minha lista de "quedinhas". Mais que o suficiente para me fazer adorar um filme. Mesmo assim, como tudo na vida, Zootopia não está livre de seus defeitos.


Logo nos primeiros minutos, Zootopia já pega os espectadores de jeito através do visual. Já nos primeiros 15 minutos, somos apresentados a fabulosa cidade de Zootopia, que é simplesmente um show visual. Cada um dos diferentes ambientes da megalópole animal tem toda uma identidade própria, e todas as estruturas neles presentes são concebidas de maneiras simples, críveis e divertidas. Uma pena que a animação não tenha tempo de explorar a fundo todas essas regiões, mas Zootopia faz um uso bastante equilibrado de seu mundo. É visto, sim, uma boa parte de Zootopia, mas de um jeito moderado, que deixa não só um gostinho de "quero mais" na boca, mas também bastante pano para uma possível sequência.

Do ponto de vista técnico, não há muito o que se dizer. Não há nenhuma nova tecnologia de cair o queixo, ou um motor gráfico que faça a animação parecer mais realista. Tudo dentro dos padrões, fazendo um trabalho competente. O lado artístico, em contrapartida, chama mais atenção. O traço permanece nos padrões Disney, mas a elaboração de cenários e dos elementos que os compõem é bastante criativa. Há quiosques de suco adaptados para girafas, e até mesmo toda uma mini-cidade só para ratos outros pequenos roedores. Particularmente, eu senti falta de outras espécies de animais, como aves, insetos ou peixes, mas no fim das contas, dentro do contexto da história de Zootopia, eles não fazem tanta falta.


Falando em história, Zootopia não se contenta em ser apenas mais uma animação boa da Disney com algumas camadas de profundidade. Além de funcionar muito bem como animação, Zootopia ainda ataca de thriller policial, e mesmo com um espírito leve e infantil, o filme consegue reproduzir esse estilo de maneira divertida e satisfatória. A comédia é um pouco mais confortável — convenhamos, poucas coisas são mais fáceis que fazer piadas com animais —, mas ainda assim, o humor está no ponto e não falha em arrancar risadas. Mas nem só de alegria vive o universo de Zootopia. Da linha atual de animações da Disney, se pararmos para analisar mais a fundo, talvez Zootopia carregue consigo um temas mais "pesados" já abordados pelo estúdio. A animação faz alusões — bastante claras para aqueles mais ligados, muitas vezes — a discriminação racial, preconceito e até mesmo a drogas. Estes temas, muito provavelmente, passarão despercebidos para muitos, mas aqueles verão que essas problemáticas foram discutidas de maneira satisfatória — levando em consideração, é claro, que estão presentes em uma animação infantil.

O roteiro de Zootopia se desenrola de maneira fluide e confortável. Uma vez que o filme começa, é difícil sair dele, seja por tédio, insatisfação ou vontade de ir ao banheiro. Os diferentes conflitos presentes na história se interligam muito bem, fazendo um caminho natural de um para outro até o final do filme. Este, porém, acaba sendo um pouco insatisfatório, dado a grandeza e a diversão proporcionada por outros momentos do filme.

As verdadeiras estrelas de Zootopia, porém, são seus protagonistas. Eu realmente não lembro a última vez que gostei tanto de protagonistas em animações da Disney quanto em Zootopia. Judy Hopps (interpretada por Ginnifer Goodwin na versão original e por Monica Iozzi na brasilera) e Nick Wilde (Jason Bateman lá fora, Rodrigo Lombardi aqui) são excelentes, tanto em dupla quanto sozinhos. O otimismo e a energia de Judy são as contrapartes perfeitas para a esperteza e o humor sarcástico de Nick. Além disso, ambos os personagens têm backgrounds muito bem explorados, e evoluem bem durante o filme. Talvez seja difícil para vocês, desocupados e desocupadas, escolher um favorito ao assistir ao filme, mas pra mim foi bem fácil: Nick Wilde. Puts, olha só esse sorrisinho de quem já sabe em quem vai botar a culpa. Não tem como não ser fã!


Bem, galerinha, acho que isso é tudo sobre Zootopia. Eu até falaria da trilha sonora, mas não há nada de muito chamativo ou especial nela além de uma musica bem mais ou menos da Shakira. Portanto, pra não me estender mais do que o de costume, sigamos para aquela boa e velha nota de sempre.

E ai vai ela -> 9.0 / 10

Zootopia é, definitivamente, umas melhores animações produzidas pela Disney nestes últimos anos. O visual dá um show de cores, cenários, estruturas e personagens, cada um com sua própria identidade marcante. A história é uma mistura estranha — porém bastante satisfatória — entre comédia e thriller policial, que se desenrola de maneira fluida e divertida. Porém, o terceiro ato deixa um pouco a desejar. O mesmo pode ser dito da trilha sonora — tanto é que nem falamos sobre ela aqui. Os protagonistas são uma verdadeira alegria de se assistir. Há muito não se vê personagens tão carismáticos liderando animações da Disney, e particularmente, eu espero ver Nick e Judy juntos mais uma vez nas telonas.

Bem que eu gostaria de dizer "Vão assistir Zootopia nos cinemas, crianças desocupadas!", mas infelizmente, o filme já saiu de cartaz já tem um tempo. A versão para DVD e Blu-Ray está até perto de chegar, portanto, fica a indicação!

E isso é tudo por hoje, meus queridos e queridas.

Um abraço, e até mais!

Por Breno Barbosa

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