domingo, 15 de maio de 2016

Se não viu, Talvez veja... - Shimoneta (2015)

Um mundo chato em que o conceito de piadas sujas não existem.
(literalmente o nome do anime)



No futuro, o Japão vira o país mais casto do planeta, e que tudo relacionado a sacanagem foi banido feat. destruído, ao ponto de que uma geração inteira é alienada quanto aos assuntos... mais quentes, assim digamos. Não por acaso, todos são vigiados por meio de coleiras para que nada do tipo passe despercebido pelas autoridades. Claro que há resistência, e a estudante Ayame Kaijou assumiu o dever de ser uma terrorista nesse mundo de falsa pureza, espalhando sacanagem pelo mundo. Recrutando Okuma Tanukichi, o filho de um dos "mártires" na luta contra a castidade forçada, Ayame mostra que a SOX, a organização criada por ela, veio pra fazer barulho.

Eu claramente não sei contar.

Vamos começar logo pela parte zoada do negócio. Shimoneta tem Ecchi (cenas ligeiramente eróticas) em excesso. Tipo, muuuuuuito mesmo. Outro elemento não muito legal, também, é uma tentativa de estupro, que uma garota, por motivos de plot, acha que é uma boa ideia fazer isso — o personagem não tem ideia do que estava fazendo, mas os produtores sim. Esses estavam pensando porcaria mesmo. Então, quem tiver problemas por isso, é bom que nem assista. Fora que tentam colocar Lolicon (romantização/erotização garotas mais novas, muitas vezes ainda crianças) no negocio, o que também não é nem um pouco legal.

Enfim, dando rumo ao post, Shimoneta é um anime de comédia, mas que trata de um assunto até que interessante e que não vejo ser abordado noutros. Esse puritanismo imposto, que tira das pessoas uma parte importante de suas vidas, que é a sacanagem. Vê-se no primeiro episódio que a geração de adolescentes mal sabia o que era o "calor" correndo pelos seus corpos.

Nojentácio nojento.

Esse ponto é interessante como uma crítica ao Japão, que apesar de suas incríveis promessas de maravilhas sem fim, também tem defeitos gritantes, como xenofobia, altas taxas de suicídio, robotização das pessoas e tudo isso. Porque se tem uma coisa que o Japão tem em seus moradores, é uma inibição muito forte dos seus sentimentos. Não a toa há uma crescente onda de jovens que preferem ficar presos dentro de casa, evitando contato social. Claro, Shimoneta não aborda o problema dessa maneira tão nítido — não chega nem perto disso, pra falar a verdade.

Algo de errado está confuso.

A animação é normal, nem pra mais nem pra menos, aceitável. O diferencial aqui é o excesso de piadinhas de sacanagem, que são tantas que chegam a ser meio forçadas. Só que as situações que ocorrem são tão inusitadas que você começa  se divertir sem querer.

Nem vou mentir que assisti os episódios todos de uma vez só, mais porquê eu estava sem o que fazer do que por qualquer outra coisa. Tem coisas legais, como a luta pra quebrar imposições sociais nocivas e a libertação, mas usando ferramentas meia-boca, como apelar pra Ecchi e Lolicon.

Aqui lanço o famoso bordel bordão: Assista por sua conta e risco.

Por Angelo Alexsander, que nunca deixou a safadeza de lado.

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