Boku no Hero Academia é uma das mais recentes apostas da Shonen Jump como o "novo Naruto/One Piece" ou "antigo Bleach". O mangá trata de um mundo em que os seres humanos foram se "x-manizando". Como assim? As pessoas, com o passar de gerações, desenvolveram "habilidades peculiaridades", como é traduzido. Manipular fogo, tamanho, super-força, cuspir veneno e tudo que você pode imaginar. O negócio é que, ainda que 80% dos humanos já nasçam com tais habilidades, este não foi o caso de Izuku Midoriya (chamarei ele de Jonatan, daqui pra frente).
Jonatan não nasceu com nenhuma habilidade. Quando chegou aos 4 anos, sofreu o baque desta descoberta, já que é nessa idade que as peculiaridades se manifestam. Jonatan não desistiu, e estudou firme e forte para virar herói e entrar na academia de super-heróis de algum jeito, mas tudo parecia perdido. Até o fatídico encontro com All Might, o maior herói do momento. Daí pra frente, basta você ler.
Boku no Hero Academia é a sensação do momento, principalmente com seu anime estreando nesta temporada. Eu demorei pra começar a ler porque simplesmente acho chato acompanhar tão cedo e ficar esperando semanalmente um novo capitulo. Agora, com 88 capítulos, deu gosto e tirei tudo de uma vez só.
O mangá é bom. É divertido, tem umas lutas legais e a historia vai melhorando. Os personagens são a melhor parte, pois o foco, além de Jonatan, é dividido por toda sua classe. Ver todos os poderes, sejam eles super-descolados, como controlar fogo e gelo (Um George R. R. Martin da vida), até poderes esquisitos, como ter habilidades de sapo (que, por sinal, é minha personagem preferida). Claro, que todos os personagens tem personalidades distintas, apesar de que uma parte da classe ainda é extremamente chata e não faria falta se saísse, só pra dar uma enxugada.
Boku no Hero Academia é meio que uma mistura de One Punch Man e Assassination Classroom. O primeiro pela temática de super-heróis, e o outro pelo uso de mais de um personagem, além de toda a dinâmica da classe, com cada um sendo útil dentro de cada contexto. Isso acabou me dando a impressão de uma falta de originalidade, mas que funciona.
Algo que ainda falta, também, é um grande arco impactante, que mostre todo o potencial do mangá. Já ocorreram alguns mini-arcos, mas que ainda não deram aquele BOOM que vai me fazer achar essa obra um novo clássico. Quando isso acontecer, aí sim, eu digo que Boku no Hero Academia chegou ao nível dos que são/já foram gigantes.
Por Angelo Alexsander, que ainda está esperando seus poderes aparecerem.
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