BANG!
Salve salve, galerinha desocupada! Tudo tranquilo com vocês?
Que todo mundo curte um feriado, é fato consumado — afinal, quem não gosta de não ter nada pra fazer durante alguns dias a mais que o comum, não é mesmo —, mas sempre há aqueles que, apesar de serem gratos pela folga estendida, acabam sendo assolados por este grande vilão chamado Tédio. Mas não tema, pois o domingo chegou, e com ele, mais um post novinho aqui no Desocupado, onde poderemos conversar sobre Games, Séries, Quadrinhos, Filmes, Livros ou o que mais acharmos interessante!
Esta semana, o papo será sobre a mais aguardada estreia do mês de Março deste ano de 2016! Hã? Batman VS Superman? Que diabos é isso? Nunca ouvi falar! Estou falando é da Segunda Temporada de Demolidor! Sim sim, a segunda temporada da série que deu início à parceria entre Marvel Studios e Netflix, no não-tão-longínquo ano de 2015 (e sobre a qual já até falamos aqui). Demolidor marcou seu retornou na sexta-feira do dia 18 de Março, e está disponível completinho na prateleira do Netflix — ao lado da 1ª Temporada, caso você ainda não tenha visto.
Ah, e falando nisso, um pequeno aviso antes de começarmos: Este post (muito) provavelmente envolverá spoilers da temporada anterior, portanto, se você não terminou de assistir a 1ª Temporada de Demolidor, ou não assistiu de jeito nenhum, evite ler este post. Ou leia por sua conta e risco, afinal, melodrama à parte, spoilers não matam ninguém. Mais uma vez, ESTE POST PODE CONTER SPOILERS DA 1ª TEMPORADA DE DEMOLIDOR! Dado o aviso, continuemos.
Wilson Fisk foi preso, mas isso não significa dizer a justiça venceu. Os becos e ruas da Cozinha do Inferno estão mais perigosos que nunca. Criminosos sendo brutalmente executados, com precisão militar, por um novo vigilante; e boatos sobre o retorno da Yakuza percorrem toda a cidade. Mais uma vez, cabe a Matt Murdock investigar a fundo esses, tanto no meio legal quanto na calada da noite, sob o traje do Demolidor. Mas até quando ele continuará conseguindo conciliar sua vida como advogado à sua vida como herói?
Eu gostei tanto da 1ª Temporada de Demolidor que, até hoje, considero a série a segunda melhor peça de entretenimento já produzida pela Marvel Studios — atrás somente de Capitão América: O Soldado Invernal. O tempo passou, mais filmes e séries vieram — A Era de Ultron, Jessica Jones... — e minha opinião continuou a mesma: Demolidor continuou sendo uma das melhores produções da Marvel Studios.
Com uma opinião como essa, é redundante dizer que estava super-animado pela 2ª Temporada da série, ainda mais depois de saber que personagens como Justiceiro e Elektra — assim como alguns de seus respectivos arcos — estariam presentes no retorno do seriado do homem sem medo.
Bem, a 2ª Temporada chegou e se foi. Será que a minha opinião continua a mesma? Adiantando a resposta sem muita cerimônia, sim, Demolidor continua sendo, pra mim, a segunda melhor produção da Marvel Studios. Porém, apesar de ter gostado bastante da nova temporada — afinal, o título deste post não seria "Se não viu, veja!" se eu não tivesse gostado —, eu ainda acho que a anterior, a 1ª Temporada, foi mais competente como um todo. Em outras palavras, eu gostei mais da 1ª Temporada que da 2ª. Por quê? É sobre o que eu tentarei argumentar nos próximos parágrafos, então não sai daí!
Quem acompanha o blog há algum tempo já deve estar cansado de saber a minha opinião sobre sequências e continuações. Porém, como sempre há aqueles que acabam caindo de paraquedas nesta terra sem lei chamada Desocupado, vale a pena reiterar. Para mim, uma sequência competente é, de maneira bem resumida, um "mais do mesmo" maior e melhor. Repete-se tudo de bom da primeira parte, porém aumentando a escala desses elementos, tornando-os maiores e melhores. Claro, vale citar que esta não é a receita para uma sequência EXCELENTE, mas para uma sequência COMPETENTE; uma continuação agradável, mas não necessariamente surpreendente.
A 2ª Temporada de Demolidor se encaixa muito bem nessa definição de sequência competente, mas acaba sofrendo um pouquinho com o engradecimento da escala de seus elementos.
Além da boa fotografia e das lutas empolgantes e bem coreografadas, a 1ª Temporada de Demolidor tinha um elemento que se destacava dentre os demais: Wilson Fisk. Não somente o personagem em si — tanto Vincent D'Onofrio quanto os roteiristas da série fizeram um ótimo trabalho trazendo o personagem à vida —; mas toda a trama que gira em torno dele. O Rei do Crime funcionava com um elemento de roteiro que dividia os espectadores, tornando a série mais tridimensional. Nós não só vemos o lado do herói, os motivos pelos quais ele está certo e e porque devemos torcer por ele. Nos vemos também o lado do vilão, os motivos pelos quais ele é quem é e porque devemos odiá-lo. Com isso, porém, nós acabamos simpatizando com o vilão, e até torcendo por ele em alguns momentos.
Na 2ª Temporada, a Marvel Studios resolveu duplicar o "elemento Wilson Fisk" (nome ainda em desenvolvimento), trazendo Justiceiro e Elektra para o jogo de uma só vez. O que há de errado com isso? Pouca coisa, mas calma que eu ainda vou chegar nesse ponto! O Frank Castle de Jon Bernthal e a Elektra Natchios de Elodie Yung são excelentes adições ao universo do homem sem medo. O Justiceiro de Jon é a adaptação mais bem feita do personagem já feita até então, e a Elektra de Elodie é muito bem desenvolvida durante a série, tornando-a prazerosa de se acompanhar. Além disso, ambos possuem excelentes momentos com o Demolidor de Charlie Cox, com interações marcantes e discussões bastante contundentes. O melhor de tudo é que nenhum deles é trabalhado de forma a vir ser o Novo Vilão da série. Ambos têm ideologias diferentes à do protagonista, mas nem de longe podem ser considerados antagonistas.
"Ok, mas onde está o grande 'porém'?", você pergunta. O grande "porém" está no simples fato de terem resolvido trabalhar os dois personagens na mesma temporada. Ainda que muito bem desenvolvidas, cativantes e prazerosas de se acompanhar, as tramas do Justiceiro e da Elektra não se encostam em momento algum da série. É como se tivéssemos duas temporadas dentro de uma só, uma para um personagem e outra para o outro. Em séries que dividem suas temporadas em duas metades — como The Walking Dead, por exemplo —, isso poderia funcionar, mas o formato de "tudo de uma vez só" do Netflix acaba deixando essa cisão um tanto incômoda de se assistir.
Mas nem só de Frank Castle e Elektra Natchios vive a série do Demônio da Cozinha do Inferno. O elenco de suporte pode até contar com alguns minutinhos a menos de tempo de tela nesta temporada, mas todos os personagens secundários continuam firmes e fortes em seus núcleos. Todos eles rendem ótimos momentos ao lado dos personagens centrais, e podemos até dizer que cada um deles possui uma jornada própria nessa segunda temporada. Particularmente, meu destaque continua sendo para Foggy Nelson (Elden Henson), o BFF de Matt Murdock; principalmente quando, nesta nova temporada, ele deixa o posto de "alívio cômico" um pouco de lado e passa a por em evidência questões bem mais sérias sobre a sua amizade com Matt.
O próprio Demolidor também possui uma jornada bastante interessante durante essa temporada. Não se trata de um arco ascendente, como na anterior, onde o personagem crescia até se tornar o Demolidor de verdade. Desta vez, acompanhamos um arco descendente, que o afunda cada vez mais em sua cruzada contra o mal. É quase como se estivéssemos vendo uma lenta corrupção, que, se levar ao ponto que eu acho que levará, será uma excelente surpresa para todos nós, espectadores desocupados.
No que diz respeito a roteiro, a 2ª Temporada de Demolidor continua tão cativante quanto a 1ª, e levanta questões e discussões ainda mais relevantes que as da temporada anterior. Apesar da "divisão" citada agora há pouco, a trama continua bem amarrada e fluida, mas acaba trazendo de volta um dos problemas da 1ª Temporada, além de apesentar um probleminha novo.
Lembra de todo aquele fuzuê paranormal que foi apresentado em um ou dois episódios da 1ª Temporada e que nunca mais se ouviu falar deles? Pois é, finalmente resolveram tratar dele nesta nova temporada. Mas só um pouquinho. A 2ª Temporada preenche alguns buracos deixados pela temporada anterior, mas também acaba deixando alguns deles mais profundos ainda. Eu sei que temos que ter ganchos para as próximas temporadas e séries paralelas, mas construir elos com o que está por vir não necessariamente significa deixar o público no escuro.
Com a nova temporada, também há o novo problema de subtramas que surgem do nada — e que se vão do mesmo jeito. No finalzinho da temporada, os roteiristas resolvem apresentar um novo conflito, surgido sabe-se lá de onde, e resolvem concluir o tal conflito nos próximos dois episódios, ou até no episódio seguinte. É como se estivessem criando problemas novos para estender a estadia de alguns personagens, cujos arcos já foram resolvidos, mas que, por algum motivo, precisam estar presentes até o final definitivo da temporada.
Saindo um pouco do cérebro e indo para os músculos, a 2ª Temporada traz ainda mais ação que a anterior. E, ao contrário das outras coisas que cresceram nessa temporada, isso não é nem um pouco ruim. Dá pra notar uma pegada mais "quadrinística" nas lutas, com coreografias mais ousadas e pouquíssimas limitações no que diz respeito a armas. Todo mundo ganha uma! E como não pode deixar de ser, também temos uma Cena do Corredor nesta nova temporada. Particularmente, eu ainda prefiro a sutileza da cena da temporada anterior, mas a nova sequência é tão maneira quanto sua antecessora — e ainda mais empolgante, é claro.
Ufa! Já chega de falar, não é, desocupados? Hora de dar aquela boa e velha nota de sempre!
E aí está -> 9.0 / 10
A 2ª Temporada de Demolidor aumenta em escala todos os elementos presentes na anterior, mas acaba se perdendo um pouco em sua grandiosidade. As duas tramas principais trabalhadas durante a temporada parecem divididas, e não se relacionam de maneira alguma. Junto a isso, há constantes subtramas desnecessárias, que aparecem do nada e se resolvem de maneira apressada e insatisfatória. Mesmo assim, a nova temporada mantém mais qualidades que defeitos de sua antecessora, como cenas de ação empolgantes e bem coreografadas e uma fotografia digna de cinema.
Portanto, desocupados e desocupadas, se o que vocês procuram é pancadaria, intriga, boas discussões e ainda mais pancadaria — e se vocês assinam Netflix, é claro —, não há dúvida, Demolidor é a melhor indicação pra vocês!
Bem, galerinha, por hoje é só.
Um abraço pra todo mundo, e até mais!
Por Breno Barbosa
Esta semana, o papo será sobre a mais aguardada estreia do mês de Março deste ano de 2016! Hã? Batman VS Superman? Que diabos é isso? Nunca ouvi falar! Estou falando é da Segunda Temporada de Demolidor! Sim sim, a segunda temporada da série que deu início à parceria entre Marvel Studios e Netflix, no não-tão-longínquo ano de 2015 (e sobre a qual já até falamos aqui). Demolidor marcou seu retornou na sexta-feira do dia 18 de Março, e está disponível completinho na prateleira do Netflix — ao lado da 1ª Temporada, caso você ainda não tenha visto.
Ah, e falando nisso, um pequeno aviso antes de começarmos: Este post (muito) provavelmente envolverá spoilers da temporada anterior, portanto, se você não terminou de assistir a 1ª Temporada de Demolidor, ou não assistiu de jeito nenhum, evite ler este post. Ou leia por sua conta e risco, afinal, melodrama à parte, spoilers não matam ninguém. Mais uma vez, ESTE POST PODE CONTER SPOILERS DA 1ª TEMPORADA DE DEMOLIDOR! Dado o aviso, continuemos.
Wilson Fisk foi preso, mas isso não significa dizer a justiça venceu. Os becos e ruas da Cozinha do Inferno estão mais perigosos que nunca. Criminosos sendo brutalmente executados, com precisão militar, por um novo vigilante; e boatos sobre o retorno da Yakuza percorrem toda a cidade. Mais uma vez, cabe a Matt Murdock investigar a fundo esses, tanto no meio legal quanto na calada da noite, sob o traje do Demolidor. Mas até quando ele continuará conseguindo conciliar sua vida como advogado à sua vida como herói?
Eu gostei tanto da 1ª Temporada de Demolidor que, até hoje, considero a série a segunda melhor peça de entretenimento já produzida pela Marvel Studios — atrás somente de Capitão América: O Soldado Invernal. O tempo passou, mais filmes e séries vieram — A Era de Ultron, Jessica Jones... — e minha opinião continuou a mesma: Demolidor continuou sendo uma das melhores produções da Marvel Studios.
Com uma opinião como essa, é redundante dizer que estava super-animado pela 2ª Temporada da série, ainda mais depois de saber que personagens como Justiceiro e Elektra — assim como alguns de seus respectivos arcos — estariam presentes no retorno do seriado do homem sem medo.
Bem, a 2ª Temporada chegou e se foi. Será que a minha opinião continua a mesma? Adiantando a resposta sem muita cerimônia, sim, Demolidor continua sendo, pra mim, a segunda melhor produção da Marvel Studios. Porém, apesar de ter gostado bastante da nova temporada — afinal, o título deste post não seria "Se não viu, veja!" se eu não tivesse gostado —, eu ainda acho que a anterior, a 1ª Temporada, foi mais competente como um todo. Em outras palavras, eu gostei mais da 1ª Temporada que da 2ª. Por quê? É sobre o que eu tentarei argumentar nos próximos parágrafos, então não sai daí!
Quem acompanha o blog há algum tempo já deve estar cansado de saber a minha opinião sobre sequências e continuações. Porém, como sempre há aqueles que acabam caindo de paraquedas nesta terra sem lei chamada Desocupado, vale a pena reiterar. Para mim, uma sequência competente é, de maneira bem resumida, um "mais do mesmo" maior e melhor. Repete-se tudo de bom da primeira parte, porém aumentando a escala desses elementos, tornando-os maiores e melhores. Claro, vale citar que esta não é a receita para uma sequência EXCELENTE, mas para uma sequência COMPETENTE; uma continuação agradável, mas não necessariamente surpreendente.
A 2ª Temporada de Demolidor se encaixa muito bem nessa definição de sequência competente, mas acaba sofrendo um pouquinho com o engradecimento da escala de seus elementos.
Além da boa fotografia e das lutas empolgantes e bem coreografadas, a 1ª Temporada de Demolidor tinha um elemento que se destacava dentre os demais: Wilson Fisk. Não somente o personagem em si — tanto Vincent D'Onofrio quanto os roteiristas da série fizeram um ótimo trabalho trazendo o personagem à vida —; mas toda a trama que gira em torno dele. O Rei do Crime funcionava com um elemento de roteiro que dividia os espectadores, tornando a série mais tridimensional. Nós não só vemos o lado do herói, os motivos pelos quais ele está certo e e porque devemos torcer por ele. Nos vemos também o lado do vilão, os motivos pelos quais ele é quem é e porque devemos odiá-lo. Com isso, porém, nós acabamos simpatizando com o vilão, e até torcendo por ele em alguns momentos.
Na 2ª Temporada, a Marvel Studios resolveu duplicar o "elemento Wilson Fisk" (nome ainda em desenvolvimento), trazendo Justiceiro e Elektra para o jogo de uma só vez. O que há de errado com isso? Pouca coisa, mas calma que eu ainda vou chegar nesse ponto! O Frank Castle de Jon Bernthal e a Elektra Natchios de Elodie Yung são excelentes adições ao universo do homem sem medo. O Justiceiro de Jon é a adaptação mais bem feita do personagem já feita até então, e a Elektra de Elodie é muito bem desenvolvida durante a série, tornando-a prazerosa de se acompanhar. Além disso, ambos possuem excelentes momentos com o Demolidor de Charlie Cox, com interações marcantes e discussões bastante contundentes. O melhor de tudo é que nenhum deles é trabalhado de forma a vir ser o Novo Vilão da série. Ambos têm ideologias diferentes à do protagonista, mas nem de longe podem ser considerados antagonistas.
"Ok, mas onde está o grande 'porém'?", você pergunta. O grande "porém" está no simples fato de terem resolvido trabalhar os dois personagens na mesma temporada. Ainda que muito bem desenvolvidas, cativantes e prazerosas de se acompanhar, as tramas do Justiceiro e da Elektra não se encostam em momento algum da série. É como se tivéssemos duas temporadas dentro de uma só, uma para um personagem e outra para o outro. Em séries que dividem suas temporadas em duas metades — como The Walking Dead, por exemplo —, isso poderia funcionar, mas o formato de "tudo de uma vez só" do Netflix acaba deixando essa cisão um tanto incômoda de se assistir.
Mas nem só de Frank Castle e Elektra Natchios vive a série do Demônio da Cozinha do Inferno. O elenco de suporte pode até contar com alguns minutinhos a menos de tempo de tela nesta temporada, mas todos os personagens secundários continuam firmes e fortes em seus núcleos. Todos eles rendem ótimos momentos ao lado dos personagens centrais, e podemos até dizer que cada um deles possui uma jornada própria nessa segunda temporada. Particularmente, meu destaque continua sendo para Foggy Nelson (Elden Henson), o BFF de Matt Murdock; principalmente quando, nesta nova temporada, ele deixa o posto de "alívio cômico" um pouco de lado e passa a por em evidência questões bem mais sérias sobre a sua amizade com Matt.
O próprio Demolidor também possui uma jornada bastante interessante durante essa temporada. Não se trata de um arco ascendente, como na anterior, onde o personagem crescia até se tornar o Demolidor de verdade. Desta vez, acompanhamos um arco descendente, que o afunda cada vez mais em sua cruzada contra o mal. É quase como se estivéssemos vendo uma lenta corrupção, que, se levar ao ponto que eu acho que levará, será uma excelente surpresa para todos nós, espectadores desocupados.
No que diz respeito a roteiro, a 2ª Temporada de Demolidor continua tão cativante quanto a 1ª, e levanta questões e discussões ainda mais relevantes que as da temporada anterior. Apesar da "divisão" citada agora há pouco, a trama continua bem amarrada e fluida, mas acaba trazendo de volta um dos problemas da 1ª Temporada, além de apesentar um probleminha novo.
Lembra de todo aquele fuzuê paranormal que foi apresentado em um ou dois episódios da 1ª Temporada e que nunca mais se ouviu falar deles? Pois é, finalmente resolveram tratar dele nesta nova temporada. Mas só um pouquinho. A 2ª Temporada preenche alguns buracos deixados pela temporada anterior, mas também acaba deixando alguns deles mais profundos ainda. Eu sei que temos que ter ganchos para as próximas temporadas e séries paralelas, mas construir elos com o que está por vir não necessariamente significa deixar o público no escuro.
Com a nova temporada, também há o novo problema de subtramas que surgem do nada — e que se vão do mesmo jeito. No finalzinho da temporada, os roteiristas resolvem apresentar um novo conflito, surgido sabe-se lá de onde, e resolvem concluir o tal conflito nos próximos dois episódios, ou até no episódio seguinte. É como se estivessem criando problemas novos para estender a estadia de alguns personagens, cujos arcos já foram resolvidos, mas que, por algum motivo, precisam estar presentes até o final definitivo da temporada.
Saindo um pouco do cérebro e indo para os músculos, a 2ª Temporada traz ainda mais ação que a anterior. E, ao contrário das outras coisas que cresceram nessa temporada, isso não é nem um pouco ruim. Dá pra notar uma pegada mais "quadrinística" nas lutas, com coreografias mais ousadas e pouquíssimas limitações no que diz respeito a armas. Todo mundo ganha uma! E como não pode deixar de ser, também temos uma Cena do Corredor nesta nova temporada. Particularmente, eu ainda prefiro a sutileza da cena da temporada anterior, mas a nova sequência é tão maneira quanto sua antecessora — e ainda mais empolgante, é claro.
E aí está -> 9.0 / 10
A 2ª Temporada de Demolidor aumenta em escala todos os elementos presentes na anterior, mas acaba se perdendo um pouco em sua grandiosidade. As duas tramas principais trabalhadas durante a temporada parecem divididas, e não se relacionam de maneira alguma. Junto a isso, há constantes subtramas desnecessárias, que aparecem do nada e se resolvem de maneira apressada e insatisfatória. Mesmo assim, a nova temporada mantém mais qualidades que defeitos de sua antecessora, como cenas de ação empolgantes e bem coreografadas e uma fotografia digna de cinema.
Portanto, desocupados e desocupadas, se o que vocês procuram é pancadaria, intriga, boas discussões e ainda mais pancadaria — e se vocês assinam Netflix, é claro —, não há dúvida, Demolidor é a melhor indicação pra vocês!
Bem, galerinha, por hoje é só.
Um abraço pra todo mundo, e até mais!
Por Breno Barbosa
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