Uma daquelas marotagens de clonar SF2.
Alguns momentos da vida tem gosto doce, outros tem gosto azedo. SD Hiryuu no Ken (que vou chamar a partir de agora de SDHK) tem um sabor misturado, mas com tendência ao azedo. Ele poderia ser um jogo bom (todos os jogos poderiam, em tese), mas por alguns vacilos ele não é sequer conhecido. Sendo exclusivo japonês, não é de se surpreender que ninguém o conheça.
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Dois dobradores de fogo lutando. |
Hiryuu no Ken é uma franquia que vem desde o Famicom (NES), mas nunca se decidiu que caminho seguiria. Começou como um beat'em up/plataforma e depois foi pros jogos de luta na onda de Street Fighter 2, e por ultimo misturou luta com personagens SD, que, basicamente, deixa o povo mais fofinho e tal.
A historia do jogo gira em torno de Ryuhi, que é o defensor do bem e do blá-blá-blá, e deve derrotar Suzaku, que é o Ikki de Fênix da parada, e quer fazer alguma maldade não especificada, mas que com certeza deve ser ruim
[Breno -> Afinal, é uma maldade, e ele é mau]. Deve estar quererendo roubar a armadura de Sagitário ou coisa do tipo. Os outros lutadores estão aqui pra fazer volume e ter algum motivo secreto em japonês que eu não conheço, então, segue a vida.
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Sadomasozoofilia |
Nos aspectos técnicos o jogo não se impõe. Os desenhos dos personagens e dos cenários são bons, e a música é boa às vezes, já que ela tende a ser discreta demais. Os personagens
SD (
Super Deformed / Cabeçudinhos Bonitinhos) são bem detalhados e bem carismáticos.
A variação de personagens não ocorre apenas num nível de
design, mas de gameplay. Os personagens tem todos golpes únicos e você não verá os mesmo personagens soltando Hadouken. Os golpes são únicos e os comandos são intuitivos, pois, como um clone de
SF2, é fácil se acostumar a soltar os especiais. Contudo,
SDHK aplica um elemento de
Fatal Fury, e traz múltiplos planos, para desviar e tomar o oponente pelas costas. Isso é genial, deixando o jogo bem dinâmico.
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Com carinho pl0x |
Falando em dinamismo, o jogo tá possui um sistema de combos, coisa comum nos
Arcades, mas nem tanto nos
consoles, devido a velocidade do processador e tal. Combar dois golpes especiais é melhor ainda, além de que, quando estiver perdendo, você pode soltar o Ultra-mega-especial, contudo...
Os controles são horríveis, e o jogo perde muito com isso. Você executa um comando e o jogo não responde, causando até derrotas. Dói, dói muito. Principalmente porque esse jogo tinha tudo pra estar entre os Top 100 do SNES. São 15 personagens jogáveis, perdendo pra
MK e
SF, MAS, não há personagens clonados, então fica no páreo duro.
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Cenário bonitão mas clichê japonês de anime |
Isso sem contar o fato que os personagens são para todos os gostos. Inclusive, eu achei um que é bem apelão, e só usei ele. Tem cyber-ninja usando
Toquinho no Jutsu, tem o cara da
WWE, tem o soldado, tem o samurai, tem o lutador de sumô, tem até um maldito de um leão alado albino que se chama Daddy. Tem tudo que você possa imaginar... menos um
gameplay maneiro. Ah, e a animação também é ruinzinha, apesar dos lindos gráficos.
SDHK poderia ser um jogo muito bom, mesmo bebendo de fontes alheias. Ele tem um toque único e é carismático, mas o
gameplay estraga tudo, e por isso ele mereceu o status de "Só Lamento".
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Cenário caprichadaço |
Por
Angelo Alexsander & Knuckles
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