É preciso saber viver, Isaac.
Quando a mãe de Isaac ouve uma voz do além que a manda provar sua fé sacrificando seu filho, a criança se tranca no quarto sem ter como fugir. A única solução é derrota-la por meio das lagrimas atiradas direto dos seus olhos e escapar, de alguma forma, por entre cavernas, tumbas e úteros.
The Binding of Isaac: Rebirth é um remake expansivo do jogo
de nome parecido, só que sem o “:Rebirth”. Criados pelos mesmos desenvolvedores de
Super Meat Boy, BOI (Binding of Isaac abreviado. É assim vou chamar o jogo, daqui pra frente), The Binding of Isaac é
um jogo incrível, seja o antigo ou o remake.
Para começar, a mecânica do jogo lembra muito o início da franquia The Legend of Zelda, com
uma visão de cima e cenários divididos em quartos. Se parar pra pensar, é como um
hotel, e no caso de BOI, infestado de seres grotescos que querem dar fim à sua
vida. Para avançar, é preciso saber viver, matando todos os inimigos que
aparecerem.
Felizmente, Isaac não tem apenas suas lágrimas como arma, e pode
adquirir diversos items que o ajudam (ou atrapalham, as vezes) em seu caminho. É
preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer, é preciso saber que item
escolher. Às vezes, pois as interações podem ser muito boas ou muito ruins. Por
exemplo, tiro quadruplo somado à bombardeio é ótimo, mas leite de soja deixa
tudo ruim, porque diminui o dano completamente em troca do aumento de rajadas
do tiro.
Há mais de 300 itens no jogo, cada qual com seus efeitos, e, obviamente, você não pega tudo de uma vez. Como BOI é um jogo é procedural, ou seja,
aleatoriamente formado mas sem te deixar preso [Breno -> acho que também dá para defini-lo como Roguelike.], então, basicamente, você tem um
jogo infinito que só para quando você quiser. Além desse gigantesco numero de
itens, ainda temos 11 personagens jogáveis, cada qual com seus prós e contras, sendo que um deles é apelão, e outro, o motivo da minha raiva.
Tanto a arte como o som do jogo são agradáveis [Breno -> Alguns discordariam a respeito da arte...], mas nem de longe são o ponto forte de BOI. Não por serem ruins, mas por ficarem repetitivos. Puts,
100 horas vendo a mesma coisa dá nisso. Claro que cumprem seu papel, mas não
magistralmente.
O jogo é muito gostoso de se jogar, principalmente quando se
está mega-poderoso e destruidor de mundos. Não tem mãe, satã ou mega-satã que
aguente. O ruim é que parte da dificuldade depende muito da sua sorte com os itens, e se você pegar só os ruins, lascou total.
BOI, tanto Rebirth quanto o original, são jogos incríveis e que valem o dinheiro gasto. E provavelmente estão entre os melhores indies de seus respectivos anos de lançamento, e valem, sim, estar na sua Steam, PS4 ou Vita. Menos na eShop da Nintendo, porque a Nintendo é frescurenta.
Por Angelo Alexsander, que não espera que a vida seja feita de ilusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário