Quando zumbis esbarram em um caminhão de Red Bull.
E aí, galerinha desocupada cujo o tédio supera a força de nove mil sóis explodindo, tudo tranquilo com vocês?
Como vocês já estão carecas de saber, faça chuva, sol ou neve (este último é bastante improvável, levando em consideração a localização de minha humilde residência); com posts durante a semana ou não, a recomendação do final de semana é sagrada e consumada perante Deus, Buda, Alá, Krishna e, é claro Shigeru Miyamoto, assim como à seu fiel arauto, Kaz Hirai!
E a indicação dessa semana vai diretamente para os caçadores de mortos-vivos. Sim, meus queridos amigos, estou falando de nada menos que Guerra Mundial Z (World War Z, no original), filme baseado no livro homônimo do consagrado autor Max Brooks, sob a direção de Marc Foster e com Brad Pitt(LINDO!) como protagonista.
Bem, esta provavelmente será a pior sinopse de Guerra Mundial Z que você lerá internet afora, mas aí vai:
Tudo estava calmo e tranquilo no Planeta Terra, quando de repente BOOM! Zumbis pra todo lado! No meio dessa tragédia repentina, estava Gerry Lane, um ex-militar que trabalhava para a ONU (nem me pergunte o que um tem a ver com o outro), e sua linda família feliz. Respondendo mais uma vez o chamado do dever, Gerry terá que viajar pelo mundo ao lado denão tão talentosos soldados e especialistas, a procura de uma possível cura — ou algo parecido — para o vírus que está assolando a humanidade.
Primeiramente, é bom deixar uma coisa bem clara para todos: Guerra Mundial Z não é um filme de terror. Sim, entristeçam-se, garotinhas adolescentes e/ou pré-adolescentes que gostam de ir ao cinema para levar sustos e soltar gritinhos agudos no meio do filme. Os gêneros que melhor definem Guerra Mundial Z — pelo menos em minha humilde opinião — são Ação e Suspense, ambos em doses bem equilibradas. O filme traz, sim, algumas cenas de susto, mas nada comparado com outros filmes que focam bem mais nesse artifício, como a série Atividade Paranormal, por exemplo. Os elementos que predominam em Guerra Mundial Z, como eu falei há pouco, são a ação e o suspense, criando um clima de tensão que lhe acompanha desde os primeiros minutos do filme até os últimos momentos do clímax, pertinho do final. Foi divertido olhar para os lados da sala do cinema e ver pessoas travadas em suas poltronas, segurando os braços da cadeira firmemente enquanto o Gerry Lane passava poucas e boas tentando fugir de hordas cada vez maiores de zumbis alucinados. Falando em zumbis, aí está um dos elementos que chamam mais atenção em Guerra Mundial Z: os zumbis. Quem viu um dos trailers, ou pelo menos uma chamada na TV, pôde perceber que os mortos-vivos de Guerra Mundial Z não são seguem a risca o conceito clássico de zumbi com o qual estamos acostumados. Se você está familiarizado com os zumbis do seriado de The Walking Dead, que são um pouco mais vagarosos (pelo menos pelo que eu pude ver de relance), é melhor não ser xiita e estar de mente aberta, pois Guerra Mundial Z pisa em cima desse conceito de "zumbi lerdo". Como eu havia brincado logo mais acima, na capa do post, parece que os "desmortos" de Guerra Mundial Z esbarraram no maior carregamento de Red Bull de todos os tempos, e, logo depois, deram de cara com um galpão cheio de Gatorade. O desespero e voracidade dos zumbis de Guerra Mundial Z só não são maiores que a tensão que você sentirá ao velos correndo alucinadamente em direção aos protagonistas. É uma pena que o filme não tenha trazido mais cenas com um enfoque maior nos zumbis em si, para podermos observar os detalhes da maquiagem, da direção de arte e da computação gráfica. Talvez em 70% do filme, o que vemos é uma grande massa quase homogênea de mortos-vivos, todos juntos e pequenos demais para se observar de perto, isso sem contar a velocidade com a qual eles se movem. Pelo menos nas cenas em que podemos vê-los de pertinho, os zumbis de Guerra Mundial Z são bem legais, principalmente no que diz respeito a maquiagem. Em suma, visualmente, isso é tudo que Guerra Mundial Z tem a oferecer: ação e suspense em doses equilibradas e harmônicas e os zumbis mais loucos que você já viu na vida.
O roteiro é onde Guerra Mundial Z se perde um pouco. Além de ser simples — o que, na minha opinião, não é um defeito —, o roteiro de Guerra Mundial é bastante raso e redondo, algo que, particularmente, eu nunca pensei que poderia enxergar como um defeito. Do mesmo jeito que a situação problema surge de uma maneira repentina, ela parece se resolver de uma maneira tão repentina quanto, ainda que não hajam grandes incoerências que incomodem o espectador. É bastante empolgante acompanhar a jornada de Gerry Lane em busca de algo que combata o vírus que está devastando a humanidade, mas depois que o filme acaba e você para para analisa-lo, você acaba notando que tudo chegou e foi embora muito rápido, e o pior: de uma maneira vaga, vazia. Eu não cheguei a ler o Guerra Mundial Z de Max Brooks, mas vi muita gente internet afora falando que, como adaptação, o filme não respeita muita coisa — pra não dizer coisa alguma — do que é mostrado no livro, a não ser, é claro, o nome. E falando no nome do filme, pelo menos para este que vos fala, o filme não fez valer o título que recebeu. Quero dizer, onde diabos está a tal Guerra Mundial Z? Quase duas horas de filme e tudo o que eu vejo relacionado a palavra "guerra" são um helicóptero, alguns soldados e talvez uns 5 minutos de cenas no finalzinho do filme? Se for pra ser assim, por que não mudar o título do filme para "Jornada pela Cura Z", "Zumbis Loucos Z" ou algo do tipo?
A impressão que Guerra Mundial Z me passou — e aí eu já posso ir encaixando a questão dos atores e suas interpretações — foi que o filme, em sua essência, foi na verdade um grande comercial vendendo a imagem de Brad Pitt. Não é a toa que todos os posteres promocionais do filme levam apenas seu nome, e no filme em si, o ator deve ter mais tempo em tela do que qualquer outro elemento visual presente naquele mundo. Outro filme que acabou seguindo um pouco esse exemplo foi o recente Oblivion, que tinha Tom Cruise como estrela principal, e talvez Depois da Terra (ainda em cartaz em alguns cinemas), com Will Smith e seu rebento Jaden, mas este último eu não pude assistir, então não tenho certeza se ele realmente se encaixa nesse perfil. Claro, não há dúvidas de que Brad Pitt é um ótimo ator(além de ser lindo), mas será que a situação financeira dele está assim tão difícil para fazer com que um filme inteiro leve apenas a sua cara? E o que mais incomoda é que atenção é focada tanto em Pitt e seu Gerry Lane que esquece de dar uma chance para os personagens secundários mostrados ao longo do filme, que são tão carismáticos — ou até mais, dependendo da sua opinião — que o personagem principal.
Aproveitando esse espaço pra matar todos os coelhos restantes em uma só caixa d'água, falemos, então, da trilha sonora. Os temas de Guerra Mundial Z são bem compostos, mas nada que fique na memória ou que se destaque durante o filme. Isso sem contar que algumas das faixas usam e abusam da atualmente saturada "buzina de navio", algo um tanto irritante se usado em demasia. Ainda assim, a trilha sonora de Guerra Mundial Z exerce bem o papel que toda trilha deveria exercer: ditar o clima da cena ou da sequência em exibição. Se você for um desocupado do tipo esportista, experimente escutar a faixa Ninja Quiet, da trilha sonora de Guerra Mundial Z (composta por Marco Beltrami), enquanto pratica corrida (ou cooper, ou jogging, o que preferir). O desespero é garantido.
Acho que chegamos ao fim, caros amigos desocupados. Aos que chegaram até aqui, "parabéns pela paciência!", ou ainda, "maldito seja por não ler o post!". Enfim, vamos à nota!
E aí está ela, senhores -> 7,8 / 10
Guerra Mundial Z te prende na poltrona do cinema do começo ao fim com ação e suspense harmônicas e bem dosadas, mas perde um pouco do equilíbrio no roteiro raso e redondo (acreditem, eu contei isso como um defeito). E não é a toa que Brad Pitt quer uma sequência, afinal, Guerra Mundial Z funciona também como uma grande propaganda de suabela imagem, deixando de lado todos os outros atores, alguns deles tão dignos dos créditos quanto a estrela do filme.
"Entonce", se você (mais uma vez) quer curtir um cineminha com a galera neste fim de semana, pode ter certeza: sua melhor pedida é Guerra Mundial Z.A não ser, é claro, que Além da Escuridão: Star Trek ainda esteja em cartaz na sua cidade. Se estiver, opte por ele!
Bem, isso é tudo pessoal. Até a próxima!
Por Breno Barbosa
Como vocês já estão carecas de saber, faça chuva, sol ou neve (este último é bastante improvável, levando em consideração a localização de minha humilde residência); com posts durante a semana ou não, a recomendação do final de semana é sagrada e consumada perante Deus, Buda, Alá, Krishna e, é claro Shigeru Miyamoto, assim como à seu fiel arauto, Kaz Hirai!
E a indicação dessa semana vai diretamente para os caçadores de mortos-vivos. Sim, meus queridos amigos, estou falando de nada menos que Guerra Mundial Z (World War Z, no original), filme baseado no livro homônimo do consagrado autor Max Brooks, sob a direção de Marc Foster e com Brad Pitt
Bem, esta provavelmente será a pior sinopse de Guerra Mundial Z que você lerá internet afora, mas aí vai:
Tudo estava calmo e tranquilo no Planeta Terra, quando de repente BOOM! Zumbis pra todo lado! No meio dessa tragédia repentina, estava Gerry Lane, um ex-militar que trabalhava para a ONU (nem me pergunte o que um tem a ver com o outro), e sua linda família feliz. Respondendo mais uma vez o chamado do dever, Gerry terá que viajar pelo mundo ao lado de
Primeiramente, é bom deixar uma coisa bem clara para todos: Guerra Mundial Z não é um filme de terror. Sim, entristeçam-se, garotinhas adolescentes e/ou pré-adolescentes que gostam de ir ao cinema para levar sustos e soltar gritinhos agudos no meio do filme. Os gêneros que melhor definem Guerra Mundial Z — pelo menos em minha humilde opinião — são Ação e Suspense, ambos em doses bem equilibradas. O filme traz, sim, algumas cenas de susto, mas nada comparado com outros filmes que focam bem mais nesse artifício, como a série Atividade Paranormal, por exemplo. Os elementos que predominam em Guerra Mundial Z, como eu falei há pouco, são a ação e o suspense, criando um clima de tensão que lhe acompanha desde os primeiros minutos do filme até os últimos momentos do clímax, pertinho do final. Foi divertido olhar para os lados da sala do cinema e ver pessoas travadas em suas poltronas, segurando os braços da cadeira firmemente enquanto o Gerry Lane passava poucas e boas tentando fugir de hordas cada vez maiores de zumbis alucinados. Falando em zumbis, aí está um dos elementos que chamam mais atenção em Guerra Mundial Z: os zumbis. Quem viu um dos trailers, ou pelo menos uma chamada na TV, pôde perceber que os mortos-vivos de Guerra Mundial Z não são seguem a risca o conceito clássico de zumbi com o qual estamos acostumados. Se você está familiarizado com os zumbis do seriado de The Walking Dead, que são um pouco mais vagarosos (pelo menos pelo que eu pude ver de relance), é melhor não ser xiita e estar de mente aberta, pois Guerra Mundial Z pisa em cima desse conceito de "zumbi lerdo". Como eu havia brincado logo mais acima, na capa do post, parece que os "desmortos" de Guerra Mundial Z esbarraram no maior carregamento de Red Bull de todos os tempos, e, logo depois, deram de cara com um galpão cheio de Gatorade. O desespero e voracidade dos zumbis de Guerra Mundial Z só não são maiores que a tensão que você sentirá ao velos correndo alucinadamente em direção aos protagonistas. É uma pena que o filme não tenha trazido mais cenas com um enfoque maior nos zumbis em si, para podermos observar os detalhes da maquiagem, da direção de arte e da computação gráfica. Talvez em 70% do filme, o que vemos é uma grande massa quase homogênea de mortos-vivos, todos juntos e pequenos demais para se observar de perto, isso sem contar a velocidade com a qual eles se movem. Pelo menos nas cenas em que podemos vê-los de pertinho, os zumbis de Guerra Mundial Z são bem legais, principalmente no que diz respeito a maquiagem. Em suma, visualmente, isso é tudo que Guerra Mundial Z tem a oferecer: ação e suspense em doses equilibradas e harmônicas e os zumbis mais loucos que você já viu na vida.
Quem já teve o desprazer de pegar ônibus em um Terminal sabe que a cena acima condiz com a realidade. |
O roteiro é onde Guerra Mundial Z se perde um pouco. Além de ser simples — o que, na minha opinião, não é um defeito —, o roteiro de Guerra Mundial é bastante raso e redondo, algo que, particularmente, eu nunca pensei que poderia enxergar como um defeito. Do mesmo jeito que a situação problema surge de uma maneira repentina, ela parece se resolver de uma maneira tão repentina quanto, ainda que não hajam grandes incoerências que incomodem o espectador. É bastante empolgante acompanhar a jornada de Gerry Lane em busca de algo que combata o vírus que está devastando a humanidade, mas depois que o filme acaba e você para para analisa-lo, você acaba notando que tudo chegou e foi embora muito rápido, e o pior: de uma maneira vaga, vazia. Eu não cheguei a ler o Guerra Mundial Z de Max Brooks, mas vi muita gente internet afora falando que, como adaptação, o filme não respeita muita coisa — pra não dizer coisa alguma — do que é mostrado no livro, a não ser, é claro, o nome. E falando no nome do filme, pelo menos para este que vos fala, o filme não fez valer o título que recebeu. Quero dizer, onde diabos está a tal Guerra Mundial Z? Quase duas horas de filme e tudo o que eu vejo relacionado a palavra "guerra" são um helicóptero, alguns soldados e talvez uns 5 minutos de cenas no finalzinho do filme? Se for pra ser assim, por que não mudar o título do filme para "Jornada pela Cura Z", "Zumbis Loucos Z" ou algo do tipo?
A impressão que Guerra Mundial Z me passou — e aí eu já posso ir encaixando a questão dos atores e suas interpretações — foi que o filme, em sua essência, foi na verdade um grande comercial vendendo a imagem de Brad Pitt. Não é a toa que todos os posteres promocionais do filme levam apenas seu nome, e no filme em si, o ator deve ter mais tempo em tela do que qualquer outro elemento visual presente naquele mundo. Outro filme que acabou seguindo um pouco esse exemplo foi o recente Oblivion, que tinha Tom Cruise como estrela principal, e talvez Depois da Terra (ainda em cartaz em alguns cinemas), com Will Smith e seu rebento Jaden, mas este último eu não pude assistir, então não tenho certeza se ele realmente se encaixa nesse perfil. Claro, não há dúvidas de que Brad Pitt é um ótimo ator
Aproveitando esse espaço pra matar todos os coelhos restantes em uma só caixa d'água, falemos, então, da trilha sonora. Os temas de Guerra Mundial Z são bem compostos, mas nada que fique na memória ou que se destaque durante o filme. Isso sem contar que algumas das faixas usam e abusam da atualmente saturada "buzina de navio", algo um tanto irritante se usado em demasia. Ainda assim, a trilha sonora de Guerra Mundial Z exerce bem o papel que toda trilha deveria exercer: ditar o clima da cena ou da sequência em exibição. Se você for um desocupado do tipo esportista, experimente escutar a faixa Ninja Quiet, da trilha sonora de Guerra Mundial Z (composta por Marco Beltrami), enquanto pratica corrida (ou cooper, ou jogging, o que preferir). O desespero é garantido.
E aí está ela, senhores -> 7,8 / 10
Guerra Mundial Z te prende na poltrona do cinema do começo ao fim com ação e suspense harmônicas e bem dosadas, mas perde um pouco do equilíbrio no roteiro raso e redondo (acreditem, eu contei isso como um defeito). E não é a toa que Brad Pitt quer uma sequência, afinal, Guerra Mundial Z funciona também como uma grande propaganda de sua
"Entonce", se você (mais uma vez) quer curtir um cineminha com a galera neste fim de semana, pode ter certeza: sua melhor pedida é Guerra Mundial Z.
Bem, isso é tudo pessoal. Até a próxima!
Por Breno Barbosa
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