domingo, 6 de novembro de 2016

Se não viu, Talvez veja... - Pumpkin Scissors (1ª Temporada)

Alivio e Guerra.



Em um mundo pós-guerra (historicamente similar á Segunda Guerra Mundial), a Seção III do Exército Imperial é responsável por trazer o alívio da guerra aos cidadãos. Um trabalho que consiste muito mais em distribuição de mantimentos do que de tiroteios. Isso faz com que os integrantes sejam tratados como piadas, mas Pumpkin Scissors mostra que o alívio de guerra vai além disso.


O anime traz consigo o gênero  militar, mas afastado de trincheiras e campos de batalha, focando no grupo que forma a Pumpkin Scissors, a 3ª seção do Exército Imperial. Como já explicado, um grupo focado em aliviar os efeitos que a guerra trouxe a população de formas além do combate que a palavra exército traz consigo. O grupo formado pelo Capitão Hunks, Alice L. Malvin, Oreld, Machs, Stekkin e Mercury, com a adição posterior do Cabo Randel Orlan, um gigante misterioso.

A historia gira em torno de núcleos, à passos lentos. A direção a qual o anime realmente parece se guiar cresce  pouco depois da metade, mas o mistério começa bem cedo. Os núcleos "menores", principalmente entre Alice e Randel, são os mais proeminentes, mas isso não impede dos outros terem algum espaço.


Vamos tirar do caminho os que tem menos impacto, que são o Capitão, a garotinha Stekkin e Machs. O capitão não tem aquele episódio só para ele, mas é um cara muito maneiro e não está lá só pra mandar, participando como pode e sendo decisivo pras operações. Stekkin é uma garota que Deus sabe de onde veio, e cuida do cão mensageiro Mercury, entende de papelada como ninguém e preza o bem estar de seu grupo o máximo possível. Machs é o nerdão de óculos, mas que não tem uma característica impactante, sendo costumeiramente uma sobra de Oreld. Esse já tem mais holofotes, sendo o rapaz galanteador que lhe dão um ar superficial, mas nem tudo é o que parece, não é mesmo.

Alice é uma nobre dentre as famílias mais nobres do Império, o que a faz ser criticada por estes por seguir uma carreira militar, principalmente numa seção que é tida como piada. Não obstante a isso, também mal vista pelos soldados que acham que ela está só brincando de exército. Randel é o cara mais misterioso. Um colosso gentil e capaz de destruir tanques no corpo-a-corpo (ele não dá porrada, é na arma de fogo mesmo). Aposentado após a guerra e sem rumo, ele encontra na Seção 3 um novo motivo de vida.


Gosto bastante de como os personagens mostram suas verdadeiras faces com o passar dos episódios. Uma profundidade que garante empatia, mesmo não tendo vivido o mesmo que eles. Acompanhado de uma animação bonita e bem ambientada com a época, num mundo de cores marrom e verde, onde há a escuridão da pobreza e a luz da riqueza rebatendo o ouro e o brilho do pessoal abastado.

A unica parte ruim é que o anime é de 2006 e o mangá é de 2002. Os piores anos, com certeza. NAH. Na verdade é porque o anime não tem uma segunda temporada e deixa tudo em aberto, mesmo com o mangá ainda rolando. Tome historia incompleta.

Pumpkin Scissors é bom e até tinha um potencial da hora, mas não vingou. Não ganhou segunda temporada e caiu no esquecimento. Simples assim. Mas pelo menos hoje em dia temos animes sobre batalhas intensas de garotas batendo bunda contra bunda....


Por Angelo Alexesander, que sempre traz o alívio do Final de Semana.

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