Pensando bem, ser imortal não é tão legal assim...
Fala, galerinha desocupada! Tudo em paz com vocês, queridos e queridas?
Já que hoje é dia de post novo aqui no blog e, por uma bela coincidência, também estamos bem pertinho do Halloween (ou Dia do Saci, para os mais patriotas); que tal falarmos de algo que segue essa pegada mais "horripilante" da data?
Que tal falarmos de Ajin: Demi-Human hoje, desocupados? Do que se trata? Ajin: Demi-Human é uma série animada derivada do mangá homônimo (de Gamon Sakurai), produzida pela Polygon Studios. Originalmente lançado como uma trilogia de filmes, Ajin foi adaptado para TV no início de Abril deste ano, e continua em exibição até a data presente, em sua 2ª Temporada. A série foi co-distribuída pela Netflix, com 1ª Temporada constando no acervo do serviço de streaming pouco tempo depois de sua exibição original.
Ser (virtualmente) imortal parece bem legal. não é? Mas acredite, não é. Nem um pouco. Discriminação, perseguição, tortura, experimentos desumanos... são alguns exemplos do que os Ajins — seres misteriosos com capacidades regenerativas fortíssimas — estão sujeitos no mundo de hoje. Após sofrer um acidente, Nagai Kei acaba se descobrindo um Ajin, e agora deve usar toda a sua sagacidade e sangue frio para fugir para o mais longe possível — não só daqueles que querem captura-lo a todo custo, mas também de sua própria "espécie".
Diferente do meu companheirinho de aventuras Angelo Alexsander, eu costumo de uma sorte razoável ao escolher novos animes para assistir. Sempre o escuto (e leio, nos posts dele) falando de como caiu de paraquedas em uma série que tinha potencial, mas que não vingou, ou que não caiu tanto em suas graças quanto podeira. Felizmente, essas frustrações tem sido cada vez mais raras comigo.
Cada nova animação que eu escolho acompanhar acaba me agradando bastante, e sempre de formas inesperadas e diferentes umas das outras. A última delas — como já deve estar bem óbvio neste post — foi Ajin: Demi-Human. Mais uma das séries "encostadas" na minha lista da Netflix. Resolvi ver qual, é um dia desses, e em pouco tempo simpatizei com a trama e concluí a 1ª Temporada em menos de um fim de semana.
Como foi que Ajin: Demi-Human me pegou desse jeito? Quais são suas principais qualidades (e defeitos) e por quê você deve assisti-la? É o que você vai conferir daqui a pouquinho!
Logo de cara, Ajin chama atenção pelo visual. Em vez das tradicionais duas dimensões, Ajin é totalmente animado em 3D — algo que ainda divide bastante as opiniões dos fãs de anime. Há vários bons e maus exemplos do uso de 3D nas animações japonesas, mas felizmente, Ajin não é um deles.
Olhando de longe, Ajin não é lá a mais moderna das animações 3D. Apesar de remeter bem ao traço original do mangá, os modelos parecem datados comparados a outras animações que vemos por aí. Porém, o bom emprega da iluminação e da correção de cor ajudam a dar um charme a série. A correção de cores ajuda a ditar o clima de cada cena, ambientando bem os cenários e os personagens de acordo com o que a história está querendo mostrar. A iluminação, por sua vez, ajuda a deixar os modelos 3D mais críveis, dando à Ajin até mesmo uma cara de anime 2D em algumas cenas.
O que me deixa confuso até agora — dias depois de terminar a 1ª Temporada da série — é a fluidez da animação. Se ela é um ponto positivo ou negativo? Bem, acredite ou não, ela é um pouco dos dois. Durante os diálogos e outras cenas sem muito movimento — principalmente aqueles que envolvem mais de um personagem sendo retratado em tela —. a fluidez da animação sofre bastante, sofrendo alguns "slowdowns" quase como se fosse um jogo de PS1. Impressionantemente, em contrapartida, as cenas de ação — mesmo carregadas de personagens em tela — possuem uma fluidez ótima, e apesar de pontuais, são muito bem desenvolvidas e bastante empolgantes. É impossível assistir Ajin e não se animar com nenhuma das cenas do "Homem do Chapéu" e suas peripécias assassinas.
Porém, o que realmente me pegou de jeito em Ajin foi sua história. O modo como a série retrata os Ajins — seres virtualmente imortais, até onde se sabe — e como a sociedade se comporta em relação a eles é tão crível que chega a dar medo. A cada nova reação absurda por parte das pessoas comuns, a cada ato escuso do governo, a cada resposta dos Ajins; eu conseguia ver todas aquelas situações acontecendo no nosso mundo. É mais ou menos o que faríamos se tivéssemos que lidar com seres tão super-poderosos quanto eles — e é o que eles fariam se tivessem que lidar conosco.
A trama se desenrola bem, com bons personagens e momentos marcantes bem distribuídos durante a temporada. São qualidades tão boas que chegam a fazer falta quando se acabam — e infelizmente, elas se acabam rápido, e nem sempre de maneira totalmente satisfatória. Alguns personagens são abandonados sem motivo no meio do caminho, e a 1ª Temporada não termina exatamente com uma conclusão para a história, e mais como um gancho para a temporada seguinte.
Falando em personagens, estes também são um ponto bastante interessante em Ajin. A começar pelo protagonista, Nagai Kei. O seu desenvolvimento como personagem é totalmente contrário ao que muitos de nós estão acostumados — e de propósito. Ao invés de evoluir como pessoa e subir no conceito dos espectadores durante o desenrolar da trama, Kei vai se tornando cada vez mais frio e calculista, bastante odiável aos olhos de quem assiste. São seus "picos de humanidade", porém, que fazem com que quem está assistindo ainda se importe com ele, ainda tenha esperança de que ele mude.
Ajin também conta com uma trilhas sonora bem bacana, apesar de pouco variada. Muitas das musicas que ouvimos nos momentos-chave da série são ligeiras variações e pedaços isolados do tema principal — o que não é de todo ruim, já que é um tema bem legal. Entretanto, não tem como dar o destaque da vez para outra faixa que não o tema de abertura da série: 'Yoru wa Nemureru Kai?', da banda Flumpool. Escuta aí:
Opa, já estamos no final do post? Passou rápido dessa vez, hein! Hora daquela boa e velha nota de sempre.
E aí está -> 8.5 / 10
Ajin: Demi-Human impressiona não só pela sua estética moderna e sombria, mas também pela verossimilhança de seu universo e pelo desenrolar de sua trama. A animação flui de modo confuso — ora com slowdowns e pouca fluidez; ora rápida e natural, sem vestígios de lentidão —; e alguns personagens e subtramas são abandonados no meio da história, resultando em um final inconclusivo e com um gostinho de "quero mais" para a próxima temporada.
Portanto, se você está procurando uma animação bacana — e, por acaso, está logado no Netflix —, vá de Ajin: Demi-Human sem hesitação!
Bem, queridos e queridas, isso é tudo por hoje.
Um abração e até mais!
Por Breno Barbosa
Olhando de longe, Ajin não é lá a mais moderna das animações 3D. Apesar de remeter bem ao traço original do mangá, os modelos parecem datados comparados a outras animações que vemos por aí. Porém, o bom emprega da iluminação e da correção de cor ajudam a dar um charme a série. A correção de cores ajuda a ditar o clima de cada cena, ambientando bem os cenários e os personagens de acordo com o que a história está querendo mostrar. A iluminação, por sua vez, ajuda a deixar os modelos 3D mais críveis, dando à Ajin até mesmo uma cara de anime 2D em algumas cenas.
O que me deixa confuso até agora — dias depois de terminar a 1ª Temporada da série — é a fluidez da animação. Se ela é um ponto positivo ou negativo? Bem, acredite ou não, ela é um pouco dos dois. Durante os diálogos e outras cenas sem muito movimento — principalmente aqueles que envolvem mais de um personagem sendo retratado em tela —. a fluidez da animação sofre bastante, sofrendo alguns "slowdowns" quase como se fosse um jogo de PS1. Impressionantemente, em contrapartida, as cenas de ação — mesmo carregadas de personagens em tela — possuem uma fluidez ótima, e apesar de pontuais, são muito bem desenvolvidas e bastante empolgantes. É impossível assistir Ajin e não se animar com nenhuma das cenas do "Homem do Chapéu" e suas peripécias assassinas.
Spoilers: Ele morre. Muito. Mesmo. |
Porém, o que realmente me pegou de jeito em Ajin foi sua história. O modo como a série retrata os Ajins — seres virtualmente imortais, até onde se sabe — e como a sociedade se comporta em relação a eles é tão crível que chega a dar medo. A cada nova reação absurda por parte das pessoas comuns, a cada ato escuso do governo, a cada resposta dos Ajins; eu conseguia ver todas aquelas situações acontecendo no nosso mundo. É mais ou menos o que faríamos se tivéssemos que lidar com seres tão super-poderosos quanto eles — e é o que eles fariam se tivessem que lidar conosco.
A trama se desenrola bem, com bons personagens e momentos marcantes bem distribuídos durante a temporada. São qualidades tão boas que chegam a fazer falta quando se acabam — e infelizmente, elas se acabam rápido, e nem sempre de maneira totalmente satisfatória. Alguns personagens são abandonados sem motivo no meio do caminho, e a 1ª Temporada não termina exatamente com uma conclusão para a história, e mais como um gancho para a temporada seguinte.
Falando em personagens, estes também são um ponto bastante interessante em Ajin. A começar pelo protagonista, Nagai Kei. O seu desenvolvimento como personagem é totalmente contrário ao que muitos de nós estão acostumados — e de propósito. Ao invés de evoluir como pessoa e subir no conceito dos espectadores durante o desenrolar da trama, Kei vai se tornando cada vez mais frio e calculista, bastante odiável aos olhos de quem assiste. São seus "picos de humanidade", porém, que fazem com que quem está assistindo ainda se importe com ele, ainda tenha esperança de que ele mude.
Ajin também conta com uma trilhas sonora bem bacana, apesar de pouco variada. Muitas das musicas que ouvimos nos momentos-chave da série são ligeiras variações e pedaços isolados do tema principal — o que não é de todo ruim, já que é um tema bem legal. Entretanto, não tem como dar o destaque da vez para outra faixa que não o tema de abertura da série: 'Yoru wa Nemureru Kai?', da banda Flumpool. Escuta aí:
Opa, já estamos no final do post? Passou rápido dessa vez, hein! Hora daquela boa e velha nota de sempre.
E aí está -> 8.5 / 10
Ajin: Demi-Human impressiona não só pela sua estética moderna e sombria, mas também pela verossimilhança de seu universo e pelo desenrolar de sua trama. A animação flui de modo confuso — ora com slowdowns e pouca fluidez; ora rápida e natural, sem vestígios de lentidão —; e alguns personagens e subtramas são abandonados no meio da história, resultando em um final inconclusivo e com um gostinho de "quero mais" para a próxima temporada.
Portanto, se você está procurando uma animação bacana — e, por acaso, está logado no Netflix —, vá de Ajin: Demi-Human sem hesitação!
Bem, queridos e queridas, isso é tudo por hoje.
Um abração e até mais!
Por Breno Barbosa
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