domingo, 17 de julho de 2016

Se não leu, leia! - The Rising of The Shield Hero

Porquê o escudo é sim uma arma. É só tacar na cabeça dos outros.



Acho que essa é a primeira vez que eu li um mangá no estilo "menino normal vai pro mundo virtual medieval". Já digo logo que gostei pra caramba, e o post daqui pra baixo vai ser eu endeusando tudo (ou não).

-_-

A historia conta a vida de Iwatani Naofumi, um rapaz na faculdade que, em menos de uma página, é transportado para um reino escarrado e cuspido dentre os MMORPGs da vida. Não apenas ele, mas outros 3 rapazes também são convocados. Assim se formam os 4 heróis lendários, e cada qual com a sua arma. O herói da espada, o herói da lança, o herói do arco e o — tremei — herói do escudo.

Cada um deles inicia com sua arma característica, que é insubstituível, e um grupo de guerreiros que escolhem a quem seguir, mas obviamente, ninguém quer ser parceiro do cara do escudo. Daí pra frente, Naofumi tem que se esforçar 400x mais pra evoluir, já que, por ser de uma classe defensiva, ele não causa dano relevante nem nos monstros mais simples. É, Naofumi, você tem que se virar.

Se não vai brigar, cooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooorre!

A arte desse mangá é muito boa. Acho que não vi nada "bugado" ou feio, apesar que muitas vezes a desenhista não opta muito por cenários, mas quando o faz, capricha muito. É tudo vivo, sejam os personagens ou aquelas árvores no fundo.

A historia progride de uma forma que não atropela o desenvolvimento dos personagens. Mesmo assim, o tempo não avança vagarosamente, fazendo com que aquelas relações, que muitas vezes são apressadas por situações de pura coincidência em outras obras, sejam na verdade construídas no dia-a-dia, com alguns clímax aqui e acolá. Evita-se aquele amontoado de gente brotando do nada e sendo amigos/inimigos.

A mulher misteriosa da parada.

Essa progressão permite o crescimento desses personagens, principalmente Naofumi e Raphtalia, uma demi-humana, que é basicamente uma mistura de humano com animal, onde, convenientemente, a moça em questão é praticamente uma humana com orelhas de gato. Rapthalia e Naofumi se encontram quando este é abordado por um vendedor de escravos, e como o garoto não tem dinheiro, escolhe a  moça franzina e doente como sua companheira. Vale ressaltar aqui que a relação entre eles nunca é tratada de forma abusiva, sendo isso parte do desenvolvimento de ambos.

O maior pecado é o lançamento ser mensal, compensado nas suas quase 50 paginas, tudo adaptado de uma web novel já terminada. Gosto da maturidade com que os personagens principais lidam com as situações, mesmo que tenham momentos de bobeiras, são naturais.

Recomendadíssimo, só não sei existe em português alguma tradução. Feelsbadman.


Por Angelo Alexsander, que escolheu o escudo só pra jogar no Hard

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