domingo, 20 de dezembro de 2015

Se não viu, veja! - Great Teacher Onizuka

Professores também são gente.



Se tem uma profissão que é universalmente subestimada é a de professor. Seja no Brasil ou no Japão, passando por todos os continentes. Já toquei nesse assunto num post bem antigo de Ansatsu Kyoushitsu (Assassination Classroom, em inglês), da linda e divertida aventura de Koro-sensei, um professor exemplar que tem como unica falha ser responsável por destruição de metade da lua.

GTO já vai pra outro lado, não da lua, mas do estilo de professor. Onizuka é um cara jovem e relaxado, 22 anos e professor. Onizuka era ex-líder de uma gangue de motoqueiros no colegial, e não apenas isso: era uma lenda entre os delinquentes do Japão. De repente, resolveu se tornar professor, justamente virando um dos "antagonistas" da sua vida colegial.


Onizuka tem um objetivo real e um que serve de máscara pra sua escolha. A máscara é que ele busca encontrar numa aluna a futura esposa dos seus sonhos, o que é doentio e pedófilo. O Japão tem essa cultura de aluna de colegial, que só não é pior que aquele negócio de lolicon. É doente, isso. Mas o segundo (e principal) motivo para Onizuka ter se tornado professor é muito mais nobre.

Onizuka não suporta que professores chamem alunos de lixo, sem-futuro ou etcetera. Ele lembra do seu próprio passado, e quão mal se sentia por ser chamado assim. Onizuka deseja aos seus alunos o melhor, por mais que sejam delinquentes. Ele se importa, e as vezes isso é tudo que importa.


Os diversos arcos que se constroem no anime são voltados para a classe de Onizuka, focando em alguns estudantes chave. Casos de bullying extremados e de alunos superdotados que tiram sarro e humilham professores na aula mesmo. Apesar de alguns plots serem um pouco enfadonhos, a maioria é agradável, e as vezes, imersivo.

Os personagens secundários tem seu brilho, mas são completamente ofuscados por Onizuka, que chama todas as atenções pra si, principalmente da forma errada, com trapalhadas ou íncriveis coincidências catastróficas, o que garante um toque de humor ao anime.


A qualidade técnica de som e video é boa o bastante pra se assistir hoje sem problemas e eu particularmente gosto muito do traço dos personagens.

No fim, GTO é um clássico, mas que é bom pegar o mangá também, já que completa o anime.

YOROSHIKU!


Por Angelo Alexsander, 22 anos, professor.

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