domingo, 25 de outubro de 2015

Se não viu, Talvez veja... - Kiseijuu: Sei no Kakuritsu

Parasita em todo canto.



ATENÇÃO: O texto pode conter alguns Spoilers! Cuidado!

Numa singela noite, seres caem do céu tal qual uma leve chuva. Esses seres buscam hospedeiros humanos, e quando os acham, procuram se alojar diretamente na cabeça, devorando o cérebro e tomando controle do corpo. Vamos chamar esses seres de Parasitas. Um desses parasitas não foi competente em tomar a cabeça, mas sim o braço direito de Shinichi, um cara qualquer com pinta de protagonista. Agora, os dois tem que conviver juntos, já que o parasita, apelidado de Migi ("Direitinha", traduzindo pro bom brasileiro), deseja sobreviver ao máximo e à qualquer custo, sempre lembrando que esses dois não são amigos, apenas dependentes entre si.


Esse anime foi uma recomendação do Breno (que até já falou um pouco da série antes, aqui no blog), porque ele disse "nossa que anime legal, meu Deus; cereja do sorvete de banana com chocolate" [Breno -> Eu falo exatamente assim...]. Já deixo aqui o meu "Calm Down, parceiro". Kiseijuu pode até ser bom em relação a temporada em que foi lançado, mas não é essas coisas todas não.

É bem difícil definir o gênero do anime. Uma hora ele taca um suspense, 5 minutos depois entra num romance tão sem sal que você quer que acabe o mais rápido possível, e que sempre se resume ao: "Você é mesmo o Izumi-kun?". Em seguida, parte pra ação, com lutas de tentáculos com foices nas pontas, que são legaizinhas. E por ultimo, entra no cunho filosófico que fala, fala, fala, mas não vai muito longe.

O ponto filosófico é de que os parasitas estão acima dos humanos na cadeia alimentar, ou seja, seriam nossos predadores naturais, e surgiram devido à nocividade dos seres humanos na Terra, destruindo ecossistema e pá. O negócio é que os parasitas são tão assassinos em sua maioria como um humano normal, com exceção dos já mencionados tentáculos com foice. O debate não se fortalece na série, morrendo junto com um personagem chave.


Os parasitas se mostram completamente apáticos, sem emoção alguma. Migi mesmo é assim e sempre busca a opção lógica de sobrevivência para ele e seu hospedeiro, Shinichi. Este ultimo passa o anime todo em dúvida, sobre se é um monstro ou um humano, mas na real, ele é um idiota. É claro, no anime, Migi impõem influência sobre ele, fazendo-o perder até mesmo as emoções mais básicas, como a tristeza. Tristeza é o que eu sinto quando olho pro Shinichi. O protagonista é o Migi mesmo, porquê esse cara não presta pra nada.

Os aspectos técnicos são bons, e as lutas não parecem ter problemas brutos na animação. A trilha sonora é boa, porém repetitiva, e não sou fã da abertura nem do encerramento. A musica mais legal é um pianinho que toca, pena que que EM TODA SITUAÇÃO.

O pior é que tiveram algumas partes dos episódios que eu realmente ficava na ponta da cadeira pra saber o que ia acontecer, ou seja, ao menos isso o anime conseguiu, o que ainda é muito e pouco. Os personagens secundários são rasos em sua enorme maioria, e todos têm objetivos lineares e nada mais.

Outro ponto forte é que, quando o anime pega um embalo, ele não deixa a bola cair. Kiseijuu vai nesse embalo até o limite da situação, onde normalmente entra algum romance encheção de linguiça e totalmente desnecessário.

No geral o anime é respeitável. Não é nenhuma obra-prima, mas dá pra se entreter.


Por Angelo Alexsander, que teve seus sentimentos consumidos por um Parasita.

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