Não é mais um fanservice japonês. Mas poderia ser...
Salve salve, pimpolhada desocupada! Tudo em paz com vocês?
Vou ser bem breve desta vez: hoje tem post. Fim.
Brincadeira! Domingo, além de ser o dia mais chato do universo, é também o dia em que sentamos nossos traseiros esquálidos nas cadeiras para trazer à vocês (não tão) pequenos posts de qualidade nem um pouco duvidosa, sempre sobre Séries, Games, Cinema, Quadrinhos, Livros ou o que mais estivermos afim de trazer. E como eu disse agora há pouquinho, hoje tem post! Fim!
Nesta semana, trago-vos Wizard Barristers: Benmashi Cecil (ou simplesmente Wizard Barristers, pra encurtar), animação japonesa produzida pelo Estúdio Arms (o mesmo de Ikkitousen e Queens Blade, que não são lá o melhor portfólio pra um estúdio de animes...) e dirigido por Yasuomi Umetsu (o mesmo de... alguns animes menores, mas que você com certeza reconhecerá pelo estilo). Wizard Barristers foi exibido entre Janeiro e Março deste ano, contando com 12 episódios.
Estamos no ano de 2018, e aparentemente, a magia rola solta no nosso mundo. Bem... nem tanto a solta, talvez. Os Magos foram reconhecidos como sendo parte de nossa sociedade, mas para que vivessem em "harmonia", foram criadas Leis de Proibição de Magia, regidas pela Corte Mágica, que delimitam os direitos e deveres dos Magos perante a sociedade. Tendo como principal missão promover justiça nos julgamentos desses Magos, estão as Agências Mágicas de Advocacia, onde Magos, Advogados ou Promotores, se encarregam dos casos relacionados a magia mundo afora. Neste meio, encontramos nossa protagonista, Sudo Cecil, uma aspirante a Advogada com um passado misterioso e com uma missão mais misteriosa ainda, sabendo-se apenas que, para cumpri-la, ela terá que seguir seu caminho como Maga Advogada na Agência Butterfly, ao lado de talentosos e experientes magos. Terá ela potencial para ser mais que um rostinho fofinho no meio da Advocacia Mágica? E o que se esconde em seu passado? Ou em seu futuro? Tudo isso depois dos comerciais!
Não sei se foi o tempo ou as próprias animações japonesas que fizeram isso comigo, mas depois de um bom tempo sendo um grande fã de animes, hoje em dia eu tenho pouco, senão nenhum, saco para assisti-los. Como eu disse há pouco, não sei se meus gostos foram mudando com o passar do tempo, ou se a qualidade dessas animações foi decaindo a medida em que eu fui crescendo — ou até se foi uma junção desses dois fatores —, mas é bastante difícil um anime despertar minha curiosidade hoje em dia. Sempre levo em conta dois fatores — um tanto quanto superficiais — que considero importantíssimos em qualquer animação: o estilo de traço utilizado e a qualidade da animação. Trama, desenvolvimento de personagens e afins, só podem ser analisados depois que se começa a assistir a série em questão, mas traço e qualidade de animação são perceptíveis logo de cara.
Baseado nesse esquema, Wizard Barristers foi um dos animes que conseguiu chamar minha atenção, com um traço interessante e uma animação de qualidade no mínimo excelente, mas não só por causa disso.
Se você não é assim tão novato no mundo kawaii das animações japonesas, com certeza vai achar o traço de Wizard Barristers bastante familiar. Mesmo tendo pesquisado antes de escrever, eu não sei bem onde já vi o estilo utilizado aqui, mas com certeza já o vi em algum lugar. É um traço limpo e bastante certinho quanto a anatomia e proporções, com bastante atenção para os figurinos dos personagens. Grande parte deles parece ter acabado de sair de uma loja de roupas de grife, e por mais feminino que esse conceito soe, é legal ver que os designers tiveram o cuidado de dar um estilo interessante, crível e próximo a nossa realidade na hora de conceber os personagens. A única que destoa dessa levada é a protagonista, Sudo Cecil, com seu visual "kawaii-desu-senpai-me-note-por-favor", mas a própria animação parece estar ciente disso, criando diversas piadas e brincadeiras refentes ao visual de Cecil. Sendo assim, é perdoável que ela se vista assim.
Apesar das aparências, como eu disse na apresentação deste post, Wizard Barristers não é mais daqueles animes lotados até a tampa de fanservice (poses erotizadas, roupas instigantes, romances de encher o saco... coisas do tipo), mesmo que tenha um grande potencial para tal. Não são poucas as oportunidades que a série tem de apelar para o erotismo gratuito — e ela até chega aproveitar algumas dessas oportunidades —, mas em vez de perder tempo com isso, Wizard Barristers prefere investir em lutas bacanas, magias visualmente incríveis e, acredite, até mesmo em quebra-paus entre robôs gigantes, que, a propósito, também são um deleite aos olhos. Estranhamente, mais ou menos entre os 2 ou 3 últimos episódios, algumas cenas ficaram extremamente mal dirigidas, com escolhas de enquadramento no mínimo incomuns e cenas cuja a animação não se encaixavam com o que estava acontecendo. Eu realmente não sei como explicar essa queda drástica de qualidade especificamente nesses poucos capítulos, mas que elas incomodam, incomodam. Bastante, até.
No que diz respeito a trama, Wizard Barristers não traz mais do que o clássico pão com manteiga: não é ruim, mas também não é algo que vai marcar sua vida e ficar guardado num cantinho especial da sua memória. A série administra bem os mistérios que a circundam, revelando-os ou mantendo-os escondidos nas horas certas, instigando a curiosidade de quem assiste até mesmo nos últimos capítulos. O que não ajuda, porém, é a quantidade de capítulos. Sim, o enredo consegue se desenrolar bem no decorrer de seus 12 episódios, mas há muitos elementos, conceitos e personagens interessantes que poderiam ser melhor explorados, caso houvesse um tempinho a mais. A ideia dos Magos vivendo em sociedade com os humanos e sofrendo discriminação por serem uma minoria, por exemplo, é bem bacana, e consegue ser bem abordada durante a série, mas poderia ser mais bacana ainda com alguns capítulos a mais, focando nesse conceito.
Outro elemento que sofre com a quantidade de episódios em Wizard Barristers são os personagens. Como eu devo ter falado antes, grande parte deles são visualmente interessantes, mas não só isso. Muitos deles tem histórias, objetivos e conceitos bem legais, mas, infelizmente, alguns acabam ganhando mais tempo diante dos holofotes que outros. Claro, mesmo no decorrer dos 12 episódios, nenhum deles fica de fora, tendo um papel influente em pelo menos um capítulo, mas alguns deles se mostram tão interessantes que mereciam alguns minutos a mais em episódios posteriores, ou até mesmo ficar no lugar ocupado por personagens com mais tempo em tela, mas que são menos empolgantes de se acompanhar.
Dos fatores que superaram as minhas expectativas em Wizard Barristers, talvez um dos que mais tenha me impressionado seja a trilha sonora. Ela é realmente boa! Claro, não é a melhor que já vi na vida, e provavelmente não será, mas mesmo assim, é muito boa. Os temas são bem compostos e empolgantes, além de se tornarem icônicos durante a série graças a repetição nos momentos-chave, fazendo com que fiquem grudados na cabeça por um bom tempo. Uma pena não ter conseguido achar minha musica favorita no YouTube para compartilha-la com vocês, nobres desocupados, mas segue aí o tema de abertura de Wizard Barristers, que também é bem bacana:
Bem, acho que chegou a hora preferida de todo mundo: a hora de julgar! Hora de dar aquela nota, marota, moleca e impiedosa de cada post! Por que todo mundo gosta de julgar, não é?
E aí está ela -> 8.0 / 10
Nem a maior maravilha do ano, nem o maior fracasso de todos os tempos. Wizard Barristers é apenas uma ótima animação japonesa, com visual atraente, animação de excelente qualidade, enredo bacana, personagens interessantes de se acompanhar e uma trilha sonora impressionantemente boa. Uma pena que alguns desses elementos não foram mais explorados devido ao pequeno número de episódios — e sem o menor sinal de uma nova temporada.
"Entonce", se você quer uma animação curta, sem compromisso, e com uma qualidade razoavelmente legal pra curtir durante a semana, Wizard Barristers pode ser uma boa pedida.
Hum... é. acho que isso é tudo, meus caros e caras.
Um abraço e até a próxima!
Por Breno Barbosa
Baseado nesse esquema, Wizard Barristers foi um dos animes que conseguiu chamar minha atenção, com um traço interessante e uma animação de qualidade no mínimo excelente, mas não só por causa disso.
Se você não é assim tão novato no mundo kawaii das animações japonesas, com certeza vai achar o traço de Wizard Barristers bastante familiar. Mesmo tendo pesquisado antes de escrever, eu não sei bem onde já vi o estilo utilizado aqui, mas com certeza já o vi em algum lugar. É um traço limpo e bastante certinho quanto a anatomia e proporções, com bastante atenção para os figurinos dos personagens. Grande parte deles parece ter acabado de sair de uma loja de roupas de grife, e por mais feminino que esse conceito soe, é legal ver que os designers tiveram o cuidado de dar um estilo interessante, crível e próximo a nossa realidade na hora de conceber os personagens. A única que destoa dessa levada é a protagonista, Sudo Cecil, com seu visual "kawaii-desu-senpai-me-note-por-favor", mas a própria animação parece estar ciente disso, criando diversas piadas e brincadeiras refentes ao visual de Cecil. Sendo assim, é perdoável que ela se vista assim.
"Com licença, mocinha, você não acha que essa sua saia é curta demais, não?" |
Apesar das aparências, como eu disse na apresentação deste post, Wizard Barristers não é mais daqueles animes lotados até a tampa de fanservice (poses erotizadas, roupas instigantes, romances de encher o saco... coisas do tipo), mesmo que tenha um grande potencial para tal. Não são poucas as oportunidades que a série tem de apelar para o erotismo gratuito — e ela até chega aproveitar algumas dessas oportunidades —, mas em vez de perder tempo com isso, Wizard Barristers prefere investir em lutas bacanas, magias visualmente incríveis e, acredite, até mesmo em quebra-paus entre robôs gigantes, que, a propósito, também são um deleite aos olhos. Estranhamente, mais ou menos entre os 2 ou 3 últimos episódios, algumas cenas ficaram extremamente mal dirigidas, com escolhas de enquadramento no mínimo incomuns e cenas cuja a animação não se encaixavam com o que estava acontecendo. Eu realmente não sei como explicar essa queda drástica de qualidade especificamente nesses poucos capítulos, mas que elas incomodam, incomodam. Bastante, até.
No que diz respeito a trama, Wizard Barristers não traz mais do que o clássico pão com manteiga: não é ruim, mas também não é algo que vai marcar sua vida e ficar guardado num cantinho especial da sua memória. A série administra bem os mistérios que a circundam, revelando-os ou mantendo-os escondidos nas horas certas, instigando a curiosidade de quem assiste até mesmo nos últimos capítulos. O que não ajuda, porém, é a quantidade de capítulos. Sim, o enredo consegue se desenrolar bem no decorrer de seus 12 episódios, mas há muitos elementos, conceitos e personagens interessantes que poderiam ser melhor explorados, caso houvesse um tempinho a mais. A ideia dos Magos vivendo em sociedade com os humanos e sofrendo discriminação por serem uma minoria, por exemplo, é bem bacana, e consegue ser bem abordada durante a série, mas poderia ser mais bacana ainda com alguns capítulos a mais, focando nesse conceito.
"Mãos para o alto, novinha, mãos para o alto!" ♫ |
Outro elemento que sofre com a quantidade de episódios em Wizard Barristers são os personagens. Como eu devo ter falado antes, grande parte deles são visualmente interessantes, mas não só isso. Muitos deles tem histórias, objetivos e conceitos bem legais, mas, infelizmente, alguns acabam ganhando mais tempo diante dos holofotes que outros. Claro, mesmo no decorrer dos 12 episódios, nenhum deles fica de fora, tendo um papel influente em pelo menos um capítulo, mas alguns deles se mostram tão interessantes que mereciam alguns minutos a mais em episódios posteriores, ou até mesmo ficar no lugar ocupado por personagens com mais tempo em tela, mas que são menos empolgantes de se acompanhar.
Dos fatores que superaram as minhas expectativas em Wizard Barristers, talvez um dos que mais tenha me impressionado seja a trilha sonora. Ela é realmente boa! Claro, não é a melhor que já vi na vida, e provavelmente não será, mas mesmo assim, é muito boa. Os temas são bem compostos e empolgantes, além de se tornarem icônicos durante a série graças a repetição nos momentos-chave, fazendo com que fiquem grudados na cabeça por um bom tempo. Uma pena não ter conseguido achar minha musica favorita no YouTube para compartilha-la com vocês, nobres desocupados, mas segue aí o tema de abertura de Wizard Barristers, que também é bem bacana:
Bem, acho que chegou a hora preferida de todo mundo: a hora de julgar! Hora de dar aquela nota, marota, moleca e impiedosa de cada post! Por que todo mundo gosta de julgar, não é?
E aí está ela -> 8.0 / 10
Nem a maior maravilha do ano, nem o maior fracasso de todos os tempos. Wizard Barristers é apenas uma ótima animação japonesa, com visual atraente, animação de excelente qualidade, enredo bacana, personagens interessantes de se acompanhar e uma trilha sonora impressionantemente boa. Uma pena que alguns desses elementos não foram mais explorados devido ao pequeno número de episódios — e sem o menor sinal de uma nova temporada.
"Entonce", se você quer uma animação curta, sem compromisso, e com uma qualidade razoavelmente legal pra curtir durante a semana, Wizard Barristers pode ser uma boa pedida.
Hum... é. acho que isso é tudo, meus caros e caras.
Um abraço e até a próxima!
Por Breno Barbosa
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