Bichinhos fofinhos trocando sopapos. EM 3D!!!
Salve salve, navegantes da nave louca do BBB treinadores desocupados, tudo beleza com vocês?
Como manda a tradição, domingo é dia de post novo aqui no Desocupado. Assim como vocês, nós aqui do blog também nunca sabemos sobre o que serão esses posts (brincadeira!Mas as vezes a gente não sabe MESMO). Podem ser recomendações, listas, batalhas, especiais sobre um determinado assunto e até mesmo parcerias com outros blogs. A única certeza que temos é que esses posts irão se tratar de Games, Filmes, Livros, Quadrinhos ou Séries. E se você está lendo esse texto neste exato momento, já percebeu que nesta semana tem post novo!
E se você também prestou bastante atenção no título e na imagem de capa, também percebeu que o post de hoje trata-se nada mais, nada menos de Pokémon Y, que, junto com seu irmão gêmeo, Pokémon X, representam a 6ª Geração de monstrinhos, além de serem os títulos mais atuais na franquia. Pokémon Y e Pokémon X foram lançados simultaneamente em 12 de Outubro de 2013 no mundo todo, para Nintendo 3DS, ambos desenvolvidos pela Game Freak, que é responsável pelos jogos da franquia Pokémon desde seus primeiríssimos títulos (excluindo os spin-offs, é claro).
Estamos na região de Kalos, onde a graça e a beleza são os princípios pelos quais seus cidadãos guiam suas vidas. Um tanto quanto fútil, não é? Mas releve, afinal estamos num vídeo game, vale qualquer coisa! Voltando ao assunto, você entrará na pele de... você mesmo! Sim, VOCÊ será o protagonista! Sua única missão é se aventurar pelo extenso continente de Kalos, capturando e treinando Pokémon — alguns mais novos e outros já conhecidos — e estabelecendo seu nome no mundo através de batalhas contra outros treinadores e Líderes de Ginásio, até chegar ao topo do mundo, guardado pela temida Elite dos 4. Mas cuidado, pois em seu caminho você cruzará com o Team Flare (algo como Time Chama, em português. Eu acho...), uma misteriosa organização que quer apagar do mundo tudo aquilo que não é belo. E então, preparado para explorar e batalhar neste novo continente?
Como já é de costume da Game Freak e da Nintendo desde os primórdios dos vídeo games, sempre são lançadas duas versões dos jogos da série Pokémon nos portáteis. São dois jogos iguais com nomes diferentes? Mais ou menos. Numa visão geral, temos o mesmo jogo em ambas as versões: a mesma história, a mesma jogabilidade, a mesma trilha sonora, os mesmos personagens... A principal diferença são os Pokémon que encontramos em cada uma delas. Alguns Pokémon só podem ser encontrados em uma versão específica, e outros, na outra. Isso foi uma sacada bem inteligente da Nintendo para incentivar a troca de monstrinhos entre os donos de diferentes versões (e ganhar mais uns zeros em sua conta bancária, é claro), afinal, "temos que pegar todos!". Inicialmente, essa era a principal diferença entre uma versão e outra, mas com o passar do tempo foram surgindo mais particularidades para cada versão, como o Pokémon Lendário que você encontraria mais à frente no jogo, ou até mesmo cenários exclusivos para uma determinada versão — como é o caso da Black City e da White Forest, por exemplo, em Pokémon Black e Pokémon White, respectivamente.
Essas diferenças também estão presentes em Pokémon X e Y, mas seguindo o exemplo de seus predecessores mais clássicos, elas se limitam apenas aos Pokémon encontrados em cada versão, incluindo o Pokémon Lendário que rege cada uma delas (Xerneas para Pokémon X e Yveltal para Pokémon Y).
Como vocês viram no título deste post, a versão escolhida por mim foi a Versão Y, e é sobre ela que irei falar aqui, mas, como eu acabei de explicar, as diferenças entre a Versão Y e a Versão X são mínimas (se comparadas com algumas outras versões), então se você já possui a outra versão, ou tem algum interesse em adquiri-la, pode ficar tranquilo, meu caro desocupado, pois este texto também se aplica a Versão X.
Enfim, feitas as devidas explicações, vamos ao que interessa!
Cada nova versão de Pokémon traz uma mudança para série, seja em em mecânicas de jogabilidade, estilo visual ou opções de interatividade entre jogadores. Apesar de, na minha humilde opinião, não ter sido a mais ousada das versões, Pokémon Y foi a que mais trouxe novidades em todos esses âmbitos.
A mais notável dessas novidades, sem sombra de dúvidas, é o visual. Finalmente, em mais ou menos 18 de franquia, podemos desfrutar uma aventura Pokémon totalmente em 3D na palma de nossas mãos! Pode não parece grande coisa pra quem está chegando agora, mas pra quem começou sua jornada treinando bichinhos pixelados, é um avanço extraordinário. Cada um dos 718 Pokémon criados até hoje ganhou uma versão em 3D, com, no mínimo, duas animações de batalha para cada um deles. Pra quem mal se mexia na tela há alguns anos atrás, é uma evolução e tanto. Além disso, houve também uma grande nível de atenção e carinho por parte dos designers do jogo, que fizeram questão de dar um pouquinho mais de realismo às batalhas. Se, por exemplo, seu Pokémon cair no sono durante a batalha, ele fechará os olhos e irá se mover mais devagar; ou, caso haja uma chuva durante a batalha, a tela de baixo do seu 3DS — que é onde estão as opções de batalha, como Atacar e Fugir — ficará molhada (virtualmente, é claro). Sim, são detalhes mínimos, mas que ajudam bastante a imersão do jogador durante as pelejas.
O que enfraquece um pouco essa experiência é o efeito 3D do console. Não que ele seja ruim ou semi-inexistente durante as batalhas — pelo contrário, o 3D nas batalhas é razoavelmente bom —, mas ele acaba causando grandes slowdowns (aqueles momentos de lentidão) durante a luta, deixando-a consideravelmente mais devagar. Esse defeito se agrava se os Pokémon na tela forem muito grandes ou se houver mais de dois deles na batalha. O efeito 3D não é algo necessário em Pokémon Y, mas seria bom que essa função funcionasse de maneira bacana no jogo, principalmente quando estamos jogando em um console chamado 3DS.
Mas nem só de trocar sopapos vive um treinador. Também é preciso ter atenção e carinho para com seus bichinhos, e em Pokémon Y você pode ter isso de uma maneira crível e palpável através do Super Training e do Pokémon-Amie. Neste primeiro, você poderá aprimorar os atributos dos seus Pokémon — Ataque, Defesa, Velocidade, etc. — através de pequenos mini-games na tela de toque do portátil. É uma opção bem mais confortável e amigável para substituir o antigo treinamento de EVs, que tem praticamente a mesma função. Já no Pokémon-Amie, você poderá brincar com seus bichinhos para aumentar a felicidade deles e o nível de amizade entre vocês. Pode parecer uma novidade inútil, mas alguns Pokémon só evoluem ao alcançar determinado nível de felicidade ou proximidade com seus treinadores, o que era bastante complicado de se alcançar (e até mesmo de se compreender) antes do Pokémon-Amie.
Ironicamente, nem só de Pokémon vive o mundo de Pokémon. Seu personagem também é uma parte ativa dele, e em Pokémon Y, mais do que nunca, você se sente parte do jogo. Ou mais ou menos. Em Pokémon Y, seu personagem não está mais preso a um padrão definido pelos designers do jogo. Seu visual só é limitado pelas opções de personalização do jogo, ou seja, você pode construir seu avatar da maneira que quiser. Cor de pele, roupas, acessórios, e até mesmo um vídeo de apresentação para mostrar online aos outros treinadores; há vários recursos para que você seja você no mundo de Pokémon Y.
Falando em mundo, Pokémon Y oferece um vasto continente, repleto de Pokémon e itens escondidos, para que você se aventure. Kalos é incrivelmente grande, e igualmente bonita do ponto de vista artístico. Kalos toma bastante inspiração na cultura francesa, tendo até sua própria Torrei Eiffel, na cidade de Lumiose. O único problema da nova região é que há muito mais para se ver do que para se fazer. Há muitos locais bonitos em Kalos — em alguns deles você pode até tirar uma foto com seu personagem, inclusive — mas eles não parecem vivos, e há pouquíssimas atrações que diferem uma cidade de outra durante o jogo — não há elementos que te façam querer voltar à uma determinada cidade fora os "pontos turísticos". A não ser os ginásios, que tem um level design bem interessante, mas depois de derrotados, eles perdem toda a graça.
No que diz respeito a jogabilidade, Pokémon Y nada mais faz do que implementar as mecânicas já consagradas da franquia. O sistema de batalhas permanece intacto, do jeitinho que nós, veteranos, gostamos. Porém, elas relativamente mais rápidas que nas versões anteriores, deixando o jogo mais fluido e natural. As regras e restrições de algumas habilidades foram adaptadas, assim como novas técnicas foram adicionadas a já vasta gama de ataques que seus Pokémon podem aprender, mas a principal novidade é o tipo Fada, uma nova espécie de Pokémon descoberta em Kalos. À primeira vista, os Pokémon Fada parecem ser inofensivos, mas não se deixe enganar, eles são um verdadeiro pé no saco (para você ou para o seu inimigo, dependendo de que lado da batalha você esteja). Esse novo tipo, como manda o figurino, traz novas vantagens e desvantagens às tabelas de Pokémon, que estavam inalteradas desde 1999, com Gold e Silver, fazendo com que os treinadores veteranos tenham que repensar suas estratégias antes de entrar em novas competições.
E falando em competições, você nunca está longe o bastante de uma batalha competitiva com outros treinadores em Pokémon Y. A única coisa que separa você do resto do mundo é uma simples conexão Wi-Fi. Uma vez que você esteja conectado à internet, você pode: tentar a sorte nas trocas randômicas da Wonder Trade; Oferecer e procurar Pokémon para trocar na GTS; convidar um ou mais amigos, ou desconhecidos, para batalhas múltiplas ou um-a-um; gritar coisas para todo mundo; ajudar seus amigos com os O-Powers (que aprimoram um certo atributo dos Pokémon temporariamente)... Há uma infinidade de coisas para se fazer online em Pokémon Y, mas, em contrapartida, não há muito o que se fazer offline. Dentre os jogos da franquia, Pokémon Y é o que conta com o menor Fator Replay.
Não há muito que faça com que você, gamer desocupado, volte a explorar a região de Kalos depois de terminar sua jornada. Claro, há outros Pokémon para se capturar, áreas novas para explorar e itens novos para encontrar, mas fora isso, não há atrações como a Battle Frontier, de Pokémon Emerald — ou a possibilidade de batalhar novamente contra treinadores e Líderes de Ginásio que você já venceu, ainda em Emerald —; ou o World Tournament, em Black 2 & White 2. Puts, em 1999 as versões Gold e Silver, para Gameboy Color, já permitiam que você viajasse para a região de Kanto (um pouco menor que a original é claro) para uma segunda aventura! UMA REGIÃO QUASE INTEIRA! EM 1999! E em 2013 o máximo que eu consigo é uma mansão com 4 irmãs vestidas de steampunk? Game Freak, você me desapontou nesse quesito.
Outro pequeno ponto fraco em Pokémon Y é a história. Além de ser incoerente, a história de Pokémon Y nada mais é que uma desculpa para que você tenha um novo time genérico com o qual batalhar durante o boa parte do jogo. Pelo que se vê no histórico da franquia, não vale muito a pena ficar pegando no pé do game por esse quesito. A história nunca foi o ponto forte de Pokémon, mas nos títulos anteriores, os desenvolvedores se importaram um pouco mais em criar uma trama pelo menos convincente, ainda que não muito boa. Em Black & White, por exemplo, esse quesito foi explorado um pouco mais a fundo, e de uma maneira razoavelmente satisfatória. Particularmente, eu não costumo julgar jogos pela história. Costumo dizer que "se você joga um game exclusivamente pela história, é melhor ir ler um livro", mas se o jogo tem a intenção de criar uma desculpa para fazer com que eu tenha a impressão de estar avançando em uma trama, que essa desculpa seja pelo menos razoável. Sinceramente, eu preferiria ter mais liberdade para explorar Kalos que ter que lutar contra o Team Flare. Lysandre, a única coisa que presta em você é o tema da sua batalha.
Falando em temas de batalha — e cessando um pouco a sessão mi-mi-mi —, assim como nos games anteriores, a trilha sonora continua sendo um dos pontos fortes em Pokémon Y. Grande parte dos temas são reinterpretações de musicas antigas de outros games da franquia, mas há também algumas faixas novas, e ambas são igualmente legais de se ouvir. Os temas das batalhas realmente grudam na cabeça, e há até uma surpresa, uma pequena homenagem musical para os treinadores veteranos em uma das batalhas. Eu não quero estragar essa mini-surpresa, mas fica a dica: é um tema bastante nostálgico em uma batalha conta um personagem (acho que podemos considera-lo assim) bastante conhecido. Se eu vou toca-lo aqui? Claro que não. Deixarei aqui o tema da batalha contra Lysandre, o líder do Team Flare. Como eu disse antes, é única coisa legal que ele tem. Escuta aí:
Ufa! Acho que já falei pra caramba, não é? Falei sim, e mais uma vez, o post ficou maior do que o planejado. Bem, sem mais delongas, hora daquela boa e velha nota de sempre, não é?
E aí vai ela -> 8.5 / 10
Pokémon Y traz todo um continente de novidades, além de dar um belo polimento nas mecânicas já consagradas da franquia, mas peca com a falta de atrações para prolongar sua estadia em Kalos, seja antes ou depois de sua jornada, o que não deveria ser problema para um estúdio que já caprichou bastante nesse quesito em títulos anteriores. Apesar da ausência de conteúdo in-game, Pokémon Y traz uma das mais vasta gamas de opções de atividades online da franquia — que permanecem firmes e fortes até hoje, quase um anos depois do lançamento original o jogo —. Elas ajudam a prolongar a sua estadia em Kalos, mas não muito. Que o próximo continente seja igualmente belo, mas um pouco mais animado.
Caso você seja um dos malucos que tem um Nintendo 3DS e que ainda não possui Pokémon X ou Y, o que diabos você está esperando para investir seu dinheiro em uma dessas versões, rapaz?! Esse post acabou de te dar uma penca de bons motivos, então não perde mais tempo, senão aparece uma versão nova!
Ah, e caso você seja um fã de Pokémon e acabou de chegar por aqui, saiba que nós fizemos um Especial super-bacana sobre a franquia há um tempinho atrás, onde nós falamos sobre quase tudo! Você pode conferi-lo clicando AQUI.
Bem, isso é tudo, galerinha.
Um abraço na boca e até mais!
Por Breno Barbosa
Como manda a tradição, domingo é dia de post novo aqui no Desocupado. Assim como vocês, nós aqui do blog também nunca sabemos sobre o que serão esses posts (brincadeira!
E se você também prestou bastante atenção no título e na imagem de capa, também percebeu que o post de hoje trata-se nada mais, nada menos de Pokémon Y, que, junto com seu irmão gêmeo, Pokémon X, representam a 6ª Geração de monstrinhos, além de serem os títulos mais atuais na franquia. Pokémon Y e Pokémon X foram lançados simultaneamente em 12 de Outubro de 2013 no mundo todo, para Nintendo 3DS, ambos desenvolvidos pela Game Freak, que é responsável pelos jogos da franquia Pokémon desde seus primeiríssimos títulos (excluindo os spin-offs, é claro).
Estamos na região de Kalos, onde a graça e a beleza são os princípios pelos quais seus cidadãos guiam suas vidas. Um tanto quanto fútil, não é? Mas releve, afinal estamos num vídeo game, vale qualquer coisa! Voltando ao assunto, você entrará na pele de... você mesmo! Sim, VOCÊ será o protagonista! Sua única missão é se aventurar pelo extenso continente de Kalos, capturando e treinando Pokémon — alguns mais novos e outros já conhecidos — e estabelecendo seu nome no mundo através de batalhas contra outros treinadores e Líderes de Ginásio, até chegar ao topo do mundo, guardado pela temida Elite dos 4. Mas cuidado, pois em seu caminho você cruzará com o Team Flare (algo como Time Chama, em português. Eu acho...), uma misteriosa organização que quer apagar do mundo tudo aquilo que não é belo. E então, preparado para explorar e batalhar neste novo continente?
Como já é de costume da Game Freak e da Nintendo desde os primórdios dos vídeo games, sempre são lançadas duas versões dos jogos da série Pokémon nos portáteis. São dois jogos iguais com nomes diferentes? Mais ou menos. Numa visão geral, temos o mesmo jogo em ambas as versões: a mesma história, a mesma jogabilidade, a mesma trilha sonora, os mesmos personagens... A principal diferença são os Pokémon que encontramos em cada uma delas. Alguns Pokémon só podem ser encontrados em uma versão específica, e outros, na outra. Isso foi uma sacada bem inteligente da Nintendo para incentivar a troca de monstrinhos entre os donos de diferentes versões (e ganhar mais uns zeros em sua conta bancária, é claro), afinal, "temos que pegar todos!". Inicialmente, essa era a principal diferença entre uma versão e outra, mas com o passar do tempo foram surgindo mais particularidades para cada versão, como o Pokémon Lendário que você encontraria mais à frente no jogo, ou até mesmo cenários exclusivos para uma determinada versão — como é o caso da Black City e da White Forest, por exemplo, em Pokémon Black e Pokémon White, respectivamente.
Essas diferenças também estão presentes em Pokémon X e Y, mas seguindo o exemplo de seus predecessores mais clássicos, elas se limitam apenas aos Pokémon encontrados em cada versão, incluindo o Pokémon Lendário que rege cada uma delas (Xerneas para Pokémon X e Yveltal para Pokémon Y).
Como vocês viram no título deste post, a versão escolhida por mim foi a Versão Y, e é sobre ela que irei falar aqui, mas, como eu acabei de explicar, as diferenças entre a Versão Y e a Versão X são mínimas (se comparadas com algumas outras versões), então se você já possui a outra versão, ou tem algum interesse em adquiri-la, pode ficar tranquilo, meu caro desocupado, pois este texto também se aplica a Versão X.
Enfim, feitas as devidas explicações, vamos ao que interessa!
Cada nova versão de Pokémon traz uma mudança para série, seja em em mecânicas de jogabilidade, estilo visual ou opções de interatividade entre jogadores. Apesar de, na minha humilde opinião, não ter sido a mais ousada das versões, Pokémon Y foi a que mais trouxe novidades em todos esses âmbitos.
A mais notável dessas novidades, sem sombra de dúvidas, é o visual. Finalmente, em mais ou menos 18 de franquia, podemos desfrutar uma aventura Pokémon totalmente em 3D na palma de nossas mãos! Pode não parece grande coisa pra quem está chegando agora, mas pra quem começou sua jornada treinando bichinhos pixelados, é um avanço extraordinário. Cada um dos 718 Pokémon criados até hoje ganhou uma versão em 3D, com, no mínimo, duas animações de batalha para cada um deles. Pra quem mal se mexia na tela há alguns anos atrás, é uma evolução e tanto. Além disso, houve também uma grande nível de atenção e carinho por parte dos designers do jogo, que fizeram questão de dar um pouquinho mais de realismo às batalhas. Se, por exemplo, seu Pokémon cair no sono durante a batalha, ele fechará os olhos e irá se mover mais devagar; ou, caso haja uma chuva durante a batalha, a tela de baixo do seu 3DS — que é onde estão as opções de batalha, como Atacar e Fugir — ficará molhada (virtualmente, é claro). Sim, são detalhes mínimos, mas que ajudam bastante a imersão do jogador durante as pelejas.
O que enfraquece um pouco essa experiência é o efeito 3D do console. Não que ele seja ruim ou semi-inexistente durante as batalhas — pelo contrário, o 3D nas batalhas é razoavelmente bom —, mas ele acaba causando grandes slowdowns (aqueles momentos de lentidão) durante a luta, deixando-a consideravelmente mais devagar. Esse defeito se agrava se os Pokémon na tela forem muito grandes ou se houver mais de dois deles na batalha. O efeito 3D não é algo necessário em Pokémon Y, mas seria bom que essa função funcionasse de maneira bacana no jogo, principalmente quando estamos jogando em um console chamado 3DS.
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| Atear fogo nos seus animais de estimação: A PETA aprova. |
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| Agora você pode passar a mão nos seus Pokémon. Essa franquia só fica mais errada... |
Ironicamente, nem só de Pokémon vive o mundo de Pokémon. Seu personagem também é uma parte ativa dele, e em Pokémon Y, mais do que nunca, você se sente parte do jogo. Ou mais ou menos. Em Pokémon Y, seu personagem não está mais preso a um padrão definido pelos designers do jogo. Seu visual só é limitado pelas opções de personalização do jogo, ou seja, você pode construir seu avatar da maneira que quiser. Cor de pele, roupas, acessórios, e até mesmo um vídeo de apresentação para mostrar online aos outros treinadores; há vários recursos para que você seja você no mundo de Pokémon Y.
Falando em mundo, Pokémon Y oferece um vasto continente, repleto de Pokémon e itens escondidos, para que você se aventure. Kalos é incrivelmente grande, e igualmente bonita do ponto de vista artístico. Kalos toma bastante inspiração na cultura francesa, tendo até sua própria Torrei Eiffel, na cidade de Lumiose. O único problema da nova região é que há muito mais para se ver do que para se fazer. Há muitos locais bonitos em Kalos — em alguns deles você pode até tirar uma foto com seu personagem, inclusive — mas eles não parecem vivos, e há pouquíssimas atrações que diferem uma cidade de outra durante o jogo — não há elementos que te façam querer voltar à uma determinada cidade fora os "pontos turísticos". A não ser os ginásios, que tem um level design bem interessante, mas depois de derrotados, eles perdem toda a graça.
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| Dois Mundos, distintos são... ♫ |
No que diz respeito a jogabilidade, Pokémon Y nada mais faz do que implementar as mecânicas já consagradas da franquia. O sistema de batalhas permanece intacto, do jeitinho que nós, veteranos, gostamos. Porém, elas relativamente mais rápidas que nas versões anteriores, deixando o jogo mais fluido e natural. As regras e restrições de algumas habilidades foram adaptadas, assim como novas técnicas foram adicionadas a já vasta gama de ataques que seus Pokémon podem aprender, mas a principal novidade é o tipo Fada, uma nova espécie de Pokémon descoberta em Kalos. À primeira vista, os Pokémon Fada parecem ser inofensivos, mas não se deixe enganar, eles são um verdadeiro pé no saco (para você ou para o seu inimigo, dependendo de que lado da batalha você esteja). Esse novo tipo, como manda o figurino, traz novas vantagens e desvantagens às tabelas de Pokémon, que estavam inalteradas desde 1999, com Gold e Silver, fazendo com que os treinadores veteranos tenham que repensar suas estratégias antes de entrar em novas competições.
E falando em competições, você nunca está longe o bastante de uma batalha competitiva com outros treinadores em Pokémon Y. A única coisa que separa você do resto do mundo é uma simples conexão Wi-Fi. Uma vez que você esteja conectado à internet, você pode: tentar a sorte nas trocas randômicas da Wonder Trade; Oferecer e procurar Pokémon para trocar na GTS; convidar um ou mais amigos, ou desconhecidos, para batalhas múltiplas ou um-a-um; gritar coisas para todo mundo; ajudar seus amigos com os O-Powers (que aprimoram um certo atributo dos Pokémon temporariamente)... Há uma infinidade de coisas para se fazer online em Pokémon Y, mas, em contrapartida, não há muito o que se fazer offline. Dentre os jogos da franquia, Pokémon Y é o que conta com o menor Fator Replay.
Não há muito que faça com que você, gamer desocupado, volte a explorar a região de Kalos depois de terminar sua jornada. Claro, há outros Pokémon para se capturar, áreas novas para explorar e itens novos para encontrar, mas fora isso, não há atrações como a Battle Frontier, de Pokémon Emerald — ou a possibilidade de batalhar novamente contra treinadores e Líderes de Ginásio que você já venceu, ainda em Emerald —; ou o World Tournament, em Black 2 & White 2. Puts, em 1999 as versões Gold e Silver, para Gameboy Color, já permitiam que você viajasse para a região de Kanto (um pouco menor que a original é claro) para uma segunda aventura! UMA REGIÃO QUASE INTEIRA! EM 1999! E em 2013 o máximo que eu consigo é uma mansão com 4 irmãs vestidas de steampunk? Game Freak, você me desapontou nesse quesito.
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| "Pronto, terminei minha aventura! Agora vou ficar aqui... Parado... Sem fazer nada..." |
Outro pequeno ponto fraco em Pokémon Y é a história. Além de ser incoerente, a história de Pokémon Y nada mais é que uma desculpa para que você tenha um novo time genérico com o qual batalhar durante o boa parte do jogo. Pelo que se vê no histórico da franquia, não vale muito a pena ficar pegando no pé do game por esse quesito. A história nunca foi o ponto forte de Pokémon, mas nos títulos anteriores, os desenvolvedores se importaram um pouco mais em criar uma trama pelo menos convincente, ainda que não muito boa. Em Black & White, por exemplo, esse quesito foi explorado um pouco mais a fundo, e de uma maneira razoavelmente satisfatória. Particularmente, eu não costumo julgar jogos pela história. Costumo dizer que "se você joga um game exclusivamente pela história, é melhor ir ler um livro", mas se o jogo tem a intenção de criar uma desculpa para fazer com que eu tenha a impressão de estar avançando em uma trama, que essa desculpa seja pelo menos razoável. Sinceramente, eu preferiria ter mais liberdade para explorar Kalos que ter que lutar contra o Team Flare. Lysandre, a única coisa que presta em você é o tema da sua batalha.
Falando em temas de batalha — e cessando um pouco a sessão mi-mi-mi —, assim como nos games anteriores, a trilha sonora continua sendo um dos pontos fortes em Pokémon Y. Grande parte dos temas são reinterpretações de musicas antigas de outros games da franquia, mas há também algumas faixas novas, e ambas são igualmente legais de se ouvir. Os temas das batalhas realmente grudam na cabeça, e há até uma surpresa, uma pequena homenagem musical para os treinadores veteranos em uma das batalhas. Eu não quero estragar essa mini-surpresa, mas fica a dica: é um tema bastante nostálgico em uma batalha conta um personagem (acho que podemos considera-lo assim) bastante conhecido. Se eu vou toca-lo aqui? Claro que não. Deixarei aqui o tema da batalha contra Lysandre, o líder do Team Flare. Como eu disse antes, é única coisa legal que ele tem. Escuta aí:
E aí vai ela -> 8.5 / 10
Pokémon Y traz todo um continente de novidades, além de dar um belo polimento nas mecânicas já consagradas da franquia, mas peca com a falta de atrações para prolongar sua estadia em Kalos, seja antes ou depois de sua jornada, o que não deveria ser problema para um estúdio que já caprichou bastante nesse quesito em títulos anteriores. Apesar da ausência de conteúdo in-game, Pokémon Y traz uma das mais vasta gamas de opções de atividades online da franquia — que permanecem firmes e fortes até hoje, quase um anos depois do lançamento original o jogo —. Elas ajudam a prolongar a sua estadia em Kalos, mas não muito. Que o próximo continente seja igualmente belo, mas um pouco mais animado.
Caso você seja um dos malucos que tem um Nintendo 3DS e que ainda não possui Pokémon X ou Y, o que diabos você está esperando para investir seu dinheiro em uma dessas versões, rapaz?! Esse post acabou de te dar uma penca de bons motivos, então não perde mais tempo, senão aparece uma versão nova!
Ah, e caso você seja um fã de Pokémon e acabou de chegar por aqui, saiba que nós fizemos um Especial super-bacana sobre a franquia há um tempinho atrás, onde nós falamos sobre quase tudo! Você pode conferi-lo clicando AQUI.
Bem, isso é tudo, galerinha.
Um abraço na boca e até mais!
Por Breno Barbosa
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