"Anos 70, onde a sacanagem comia solta. Todo mundo queria festejar e transar, inclusive eu. Era apenas um garoto do interior, mas em algumas semanas eu já conhecia Nova York como se fosse a palma da minha mão, cada rua, cada beco. Eu era um corredor de rua e assim eu ganhava minha vida. Minha vida, por sinal, era repleta de emoções e diversão, e por esse motivo, eu era um Piloto de Fuga. E um dos melhores.
E aqui estamos nós de novo, nesse fim de Copa (e que Copa. Tomem essa, haters). É estranho quando o mestre é superado, e assim foi com a franquia Driver, que hoje amarga à sombra de GTA. Ainda assim, não significa que ela deve ser deixada às traças, e assim trouxeram Driver: Parallel Lines à vida no PS2 e no PC. Digo, já para economizar seu tempo, que o jogo vale a pena.
O primeiro impacto, pra variar, é o visual. Eu particularmente curto muito o visual do ano de 1978 no jogo [Breno -> 1978 em específico, senhoras e senhores. Angelo Alexsander repugna com todas as suas forças toda a década de 70, exceto o ano de 1978.]. As cores são bem quentes e dão aquele planeta de cores [Breno -> "Mesmo em silêncio, pode se ouvir ao longe..."] que eu particularmente acho lindo. Quando o dia passa e chega a tarde, esse efeito se intensifica e deixa as coisas um pouco mais alaranjadas. Não só as cores representam bem a época como os modelos de carros e as vestimentas das pessoas, que trazem ainda uma maior caracterização desse período.
Aproveitando que já toquei no assunto mapa, ele é bem grande. Infelizmente, muito grande pra pouca coisa, mesmo apesar de varias missões secundárias. As vezes você precisa ficar dirigindo por 10 minutos para chegar ao destino, o que não seria de todo mal, se a policia não encanasse com você por estar dirigindo à 60 milhas por hora (porque somos superiores e não usamos sistema métrico da plebe). Ironicamente, eu nunca fui perseguido por usar um tanque de guerra na rua e atirar contra os carros.[Breno -> contanto que você esteja numa velocidade permitida, tá tudo sussa.]
Como deu pra perceber esse jogo tem mais de uma época, sendo a outra o ano de 2006. Após 28 anos, é obvio que tudo mudaria, exceto o mapa. Tudo muda, as cores quentes ficam frias, as pessoas mudam de grife, carros também são atualizados e alguns edifícios são repintados. O visual de 2006, apesar de não tão interessante, é agradável. Exceto pelos menus e mapas, em que tudo é azul. Eu entendi que eles queriam mostrar diferença, mas é horrível se localizar num mapa azul com tons de azul e azul. Dói nos meus olhos tanta cor clara.Aproveitando que já toquei no assunto mapa, ele é bem grande. Infelizmente, muito grande pra pouca coisa, mesmo apesar de varias missões secundárias. As vezes você precisa ficar dirigindo por 10 minutos para chegar ao destino, o que não seria de todo mal, se a policia não encanasse com você por estar dirigindo à 60 milhas por hora (porque somos superiores e não usamos sistema métrico da plebe). Ironicamente, eu nunca fui perseguido por usar um tanque de guerra na rua e atirar contra os carros.
A trilha sonroa, tal qual o visual, também se divide entre 1978 e 2006. Em 1978 temos artistas reconhecíveis, como James Brown, David Bowie e Blondie, dando aquele clima 70/pré-80 da vida norte-americana. Já em 2006 temos Kaiser Chiefs e muito hip hop. Não me agrada muito, mas também não fere meus ouvidos.
O gameplay é como um sandbox: você usa carros, motos e os pés, como toda pessoa saudável. A pé o jogo é lento, mas não há necessidade de ficar fora de um veiculo, exceto por missões, então dá pra conviver. Nos veículos o jogo fica mais rápido, exceto por um problema: tem muito tráfego, e não dá pra acelerar muito sem bater. Isso diminui com o uso de motos, mas boa sorte achando uma. A parte mais sofrível é a mira. A automática funciona bem, tirando pela parte que o personagem não identifica inimigos pelas costas/fora da tela. Ele sempre vai virar pra frente, e isso em tiroteios pesados é horrível. A mira manual, apesar de mais precisa, sofre por ser lenta e atrapalha em alvos em movimentos.
As missões são a parte que realmente vale a pena no jogo. Elas sempre são divertidas e trazem algo diferente, seja algo inusitado, seja algo scriptado (ou seja, que sempre vai acontecer, teoricamente, de forma igual). Missões de perseguição só são atrapalhadas pelo tráfego. Me diverti demais cumprindo as principais que desisti/ignorei as opcionais, que só servem pra ganhar dinheiro, que quase exclusivamente só é necessário para comprar munição ou melhorar o carro, justamente para opcionais.
Apesar de seus problemas de mira e um mapa enorme e vazio, Driver: Parallel Lines traz diversão, principalmente ao realizar as missões. O meu destaque vai para as CGs, que são muito bonitas. Recomendo.
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