Tudo é incrível!
Bom dia, boa tarde e boa noite, galerinha desocupada, tudo ok com vocês? Vocês estão bonitos hoje, sabiam?
Tenho certeza que todos aqui na cidade já sabem como tudo funciona, mas caso você, é, você aí no cantinho! Você mesmo, novato! Caso haja outros como você por aqui, sempre vale a pena dizer que o fim de semana é o momento mais feliz aqui neste lugarejo remoto da internet chamado Desocupado. Por que? Porque todo fim de semana, nós, desocupados de alta patente, preparamos para vocês um artigo super-bacana, sempre relacionado à Cinema, Games, Quadrinhos, Livros, Séries, bom-bons de licor, pizzas de banana com canela ou o que mais nos der na telha. E graças ao cara lá de cima (ele vai me dar tudo o que eu quiser, segundo a Xuxa), esta semana não será diferente!
Caso você não tenha notado pelo título do post ou pela imagem que o acompanha, hoje trago à vocês Uma Aventura LEGO (ou The LEGO Movie, no original), a mais nova animação da Warner Bros. Animation, que estreou nessa sexta-feira, dia 07 de Fevereiro, sob a direção da dupla Phil Lord e Christopher Miller.
Em Uma Avenura LEGO, acompanhamos a vida de Emmet, um operário padrão de uma cidade pacata e organizada, liderada pelo grande Senhor Negócios, o Presidente do Mundo (sim, do mundo). Emmet é o que poderíamos considerar a definição perfeita de pessoa comum, ou pelo menos era isso que ele costumava ser, até encontrar a Peça de Resistência, um artefato antigo de origem desconhecida, porém de extrema importância para aquele mundo. Após ser "escolhido" pela Peça, Emmet é guiado por Mega Estilo e Vitrúvius, dois Mestres-Construtores do Universo LEGO, em uma jornada para deter o plano perverso de um misterioso (e exageradamente alto) vilão que ameaça aquele Universo. Será Emmet, um operário comum, capaz de salvar todos os mundos?Isso e muito mais no Globo Repórter!
Começando pela parte visual do filme, você deve estar pensando: "O que há de tão especial em LEGOs?", e você não está errado em perguntar isso. Do ponto de vista visual — que é o que discutiremos aqui —, o que há de tão especial em LEGOs? Quero dizer, eles são só bonequinhos minúsculos de plástico distribuídos em cenários feitos de blocos e outras peças, certo? Sim, é exatamente isso que eles são, e é exatamente aí que está o trunfo de Uma Aventura LEGO: na simplicidade. Como não haveria de ser diferente, todo o universo de Uma Aventura LEGO é construído com — adivinhem só — LEGO, e quando eu digo "todo o universo" é "todo o universo" MESMO. Personagens, cenários, objetos, automóveis, construções... Deus do céu, até a água e a as nuvens! Tudo é feito de LEGO, e sabe o que é mais engraçado nisso tudo? O filme não parece, nem um pouco, uma propaganda gigante da marca LEGO. Acho que o próprio nome "LEGO" não é proferido uma vezinha sequer em aproximadamente 1:40h de filme. É tudo tão natural, que em certos momentos do filme você vai esquecer que a marca LEGO existe. Mas vem cá, eu já falei pra vocês que tudo aqui é feito de LEGO? Já? Então deixe-me falar mais um pouquinho. Tenho certeza que muitos aqui — senão todos — já brincaram, mesmo que apenas uma vez, com LEGO, estou certo? Quem já brincou sabe o quão divertido é construir um mundo do zero, apenas com pequenos blocos, e depois viver uma aventura com os personagens à sua disposição, desde um oficial de polícia à um super-herói famoso. Aqueles que conhecem esse sentimento se sentirão em casa em Uma Aventura LEGO, pois é justamente essa sensação que o longa tenta transmitir. E os que não estão familiarizados com essa paixão não precisam se preocupar, pois além de ser um porto seguro para os fãs de longa data, Uma Aventura LEGO também recebe muito bem aqueles que estão chegando à este mundo feito de blocos pela primeira vez. E eu falo isso por experiência própria, pois nunca tive muito contato com LEGO durante minha curta vidinha. A sensação de estar participando de uma grande brincadeira de LEGO é tanta, que a própria animação — já fazendo um gancho com a parte técnica do filme — flui de um jeito "realista", como se realmente existisse alguém mexendo os bonequinhos de um lado à outro. À primeira vista, muitos dirão que Uma Aventura LEGO foi feito em Stop Motion (método de animação que consiste em fotografar, quadro a quadro, a trajetória um objeto imóvel), e o filme realmente passa essa sensação, mas a verdade é que Uma Aventura LEGO é animado através de métodos 100% digitais. Esse toque "realista" só foi possível graças à uma engine (motor gráfico) muito bem desenvolvida. A tal engine consegue até emular fenômenos naturais (como a chuva e o balançar da água do mar) e eventos (como fumaça, disparos e explosões) como se eles fossem feitos de peças de LEGO. Há também uma atenção especial às expressões faciais dos personagens. Os rostinhos dos bonecos foram desenhados seguindo as características visuais de seus respectivos atores. O resultado é mais notável em alguns personagens que em outros, mas ele existe, e está lá. Tudo isso sem perder nem um pouquinho daquela simplicidade da qual eu falei no comecinho do texto.
Da mesma forma que eu não poupei elogios ao visual do filme, eu também não irei poupar elogios para o enredo. É necessária muita ousadia para digitar as palavras que usarei agora, mas Uma Aventura LEGO é uma animação (limitando a comparação somente ao cinema norte-americano, é claro) com um dos roteiros mais geniais que eu já vi até hoje! Não, não é um daqueles roteiros nível Pixar, que levanta discussões relevantes e e conta histórias super-emocionantes (independente de qual seja a sua idade); é apenas uma simples aventura recheada de bom humor. O roteiro de Uma Aventura LEGO é bastante cativante, coerente e muito bem amarradinho, com um ritmo bem confortável e nada cansativo, mas o pulo do gato está no humor do filme. Continuando a comparação com a filmografia da Pixar, o humor de Uma Aventura LEGO está divido em camadas. O público infantil vai se divertir com as trapalhadas e os trocadilhos engraçados realizados pelos personagens, mas a galerinha mais velha não vai conseguir parar de rir com as sacadas geniais do filme. Se você, assim como este que aqui vos fala, é apaixonado por metalinguagem (quando uma obra refere-se a si mesma ou a respectiva mídia), Uma Aventura LEGO é um prato cheíssimo pra você. Os personagens da trama realmente sabem que estão em um mundo feito de LEGO, e não fazem questão de esconder que sabem como brincar com aqueles bloquinhos. Muito pelo contrário, isso acaba virando um elemento-chave na trama. Detalhes como girar a cabeça de um boneco e acabar revelando outra face ou encaixar uma peça avulsa no molde de sua cabeça podem parecer pequenos, mas na verdade são sacadas metalinguísticas muito bem pensadas, e que com certeza vão lhe arrancar algumas risadas. O timing das piadas também é perfeito. Tudo acontece em seu devido tempo, e quando você menos espera, uma coisa aparece exatamente na hora em que um dos personagens diz que seria impossível ela aparecer. Mas Uma Aventura LEGO não se resume apenas a comédia. Perto do final, o filme toma uma guinada inesperadamente tocante. E não é algo forçado, só pra equilibrar a trama, é uma verdadeira declaração de amor ao LEGO. Não à marca, mas ao ato de construir novos mundos e aventurar-se neles como bem entender. Pontos para a direção super-divertida da dupla Phil Lord e Christopher Miller, que mesmo com poucos itens em seus respectivos currículos, já mostram que tem um um grande potencial. Falando em direção, outro ponto positivo merece ser dado à dupla por terem sido tão bem sucedidos em transmitir todo o amor que sentem por esses bloquinhos mágicos chamados peças de LEGO. Um amor não só pelos blocos, mas pela liberdade de criar o que quiser com eles e depois se divertir com os amigos. Só quem ama — ou conhece muito bem — aquilo com o que está trabalhando consegue transmitir esse sentimento com sucesso, e esse parece ser o caso da dupla Phil e Christopher. Palmas para eles!
Se você já viu qualquer material promocional de Uma Aventura LEGO — posteres, trailers, comerciais de TV, panfletos e por aí vai... —, você com certeza deve ter notado um monte de rostinhos de plástico estampados neles, alguns deles inéditos e outros bastante conhecidos. Você pode não conhecer Emmet, ou Mega Estilo ou Vitrúvius, mas tenho certeza que já ouviu falar num tal de Batman, não é? E aquele carinha com o cabelo lambido, colante azul, cueca por cima da calça, como é o nome dele mesmo? Ah, sim, Superman! Conhece ele? Claro que conhece! Uma Aventura LEGO é repleto de personagens famosos (todos licenciados pela Warner, é claro) representados por bonequinhos de plástico, e não estou me referindo apenas à super-heróis. Temos desde personagens do cinema (como Gandalf e Han Solo) à celebridades históricas (como Michelangelo e Abraham Lincoln). E como a comparação com Detona Ralph (que prometia fazer o mesmo com personagens dos vídeo games) é inevitável, diferente do que é visto na animação da Disney, os personagens famosos participam abertamente do filme, e rendem cenas hilárias. Infelizmente, a participação e a relevância desses personagens são diminuídas para que os rostinhos novos possam brilhar, mas isso não é de todo mal, já que os novatos também são incrivelmente divertidos. Destes, não tem como não direcionar os holofotes à Emmet, o operário. Não, não é só porque seu otimismo e sua inocência rendem grande parte das risadas do filme, mas também porque ele é um personagem muito bem desenvolvido durante o filme. Ele realmente se torna "algo mais" no decorrer da trama.
Mas nenhum desses personagens seria tão divertido se não fosse por um excelente elenco de atores dando vida à eles através da dublagem — já puxando para o âmbito sonoro do filme. O elenco original é impecável — Chris Pratt, Liam Neeson, Morgan Freeman (também conhecido como Deus), Elizabeth Banks... —, mas a dublagem brasileira não fica nem um pouco atrás. Algumas vozes ficaram até melhores na versão brazuca (pelo menos na minha humilde opinião), como a da Unigato (que na versão original é dublada por Alison Brie, e tem a voz da grande Marisa Leal aqui no Brasil) e da dupla Superman e Lanterna Verde (respectivamente, Channing Tatum e Jonah Hill na original e Guilherme Briggs e Philipe Maia na brasileira). A trilha sonora é muito bem composta, repleta de musicas cativantes e bastante animadas, mas acaba ficando um pouco apagada durante a ação do filme. São pouquíssimos os momentos em que os ruídos e os diálogos cessam e você consegue escutar as músicas com clareza, mas isso não é um grande problema, pois a trilha sonora continua lá, e ela continua ótima. Eis aqui um pequeno exemplo:
Hum.... hummmm... é, está tudo ok, acho que já é o bastante. Hora daquela boa e velha nota feita de blocos encaixáveis de plástico, não é?
E aí está ela -> 10 / 10
Tudo é incrível em Uma Aventura LEGO. O visual faz uma mescla bacana entre a simplicidade dos personagens e a complexidade dos cenários e o que acontece neles; o roteiro é bem simples (já perdi a conta de quantas vezes usei essa palavra), mas repleto de piadas muito bem elaboradas; os personagens se encaixam muito bem em seus dubladores — e vice-versa —, tanto na versão original quanto na brasileira; a trilha sonora é caprichada e bastante cativante... enfim, como eu disse, tudo é incrível!
"Entonce", se você pretende pegar um cinema com sua galera qualquer dia desses (já que o fim de semana já foi pra vala), não hesite: vá de Uma Aventura LEGO! Diversão garantida ou o tempo que você gastou lendo este post de volta!
Isso é tudo, galerinha. Obrigado pela atenção e até depois!
Por Breno Barbosa
Tenho certeza que todos aqui na cidade já sabem como tudo funciona, mas caso você, é, você aí no cantinho! Você mesmo, novato! Caso haja outros como você por aqui, sempre vale a pena dizer que o fim de semana é o momento mais feliz aqui neste lugarejo remoto da internet chamado Desocupado. Por que? Porque todo fim de semana, nós, desocupados de alta patente, preparamos para vocês um artigo super-bacana, sempre relacionado à Cinema, Games, Quadrinhos, Livros, Séries, bom-bons de licor, pizzas de banana com canela ou o que mais nos der na telha. E graças ao cara lá de cima (ele vai me dar tudo o que eu quiser, segundo a Xuxa), esta semana não será diferente!
Caso você não tenha notado pelo título do post ou pela imagem que o acompanha, hoje trago à vocês Uma Aventura LEGO (ou The LEGO Movie, no original), a mais nova animação da Warner Bros. Animation, que estreou nessa sexta-feira, dia 07 de Fevereiro, sob a direção da dupla Phil Lord e Christopher Miller.
Em Uma Avenura LEGO, acompanhamos a vida de Emmet, um operário padrão de uma cidade pacata e organizada, liderada pelo grande Senhor Negócios, o Presidente do Mundo (sim, do mundo). Emmet é o que poderíamos considerar a definição perfeita de pessoa comum, ou pelo menos era isso que ele costumava ser, até encontrar a Peça de Resistência, um artefato antigo de origem desconhecida, porém de extrema importância para aquele mundo. Após ser "escolhido" pela Peça, Emmet é guiado por Mega Estilo e Vitrúvius, dois Mestres-Construtores do Universo LEGO, em uma jornada para deter o plano perverso de um misterioso (e exageradamente alto) vilão que ameaça aquele Universo. Será Emmet, um operário comum, capaz de salvar todos os mundos?
Começando pela parte visual do filme, você deve estar pensando: "O que há de tão especial em LEGOs?", e você não está errado em perguntar isso. Do ponto de vista visual — que é o que discutiremos aqui —, o que há de tão especial em LEGOs? Quero dizer, eles são só bonequinhos minúsculos de plástico distribuídos em cenários feitos de blocos e outras peças, certo? Sim, é exatamente isso que eles são, e é exatamente aí que está o trunfo de Uma Aventura LEGO: na simplicidade. Como não haveria de ser diferente, todo o universo de Uma Aventura LEGO é construído com — adivinhem só — LEGO, e quando eu digo "todo o universo" é "todo o universo" MESMO. Personagens, cenários, objetos, automóveis, construções... Deus do céu, até a água e a as nuvens! Tudo é feito de LEGO, e sabe o que é mais engraçado nisso tudo? O filme não parece, nem um pouco, uma propaganda gigante da marca LEGO. Acho que o próprio nome "LEGO" não é proferido uma vezinha sequer em aproximadamente 1:40h de filme. É tudo tão natural, que em certos momentos do filme você vai esquecer que a marca LEGO existe. Mas vem cá, eu já falei pra vocês que tudo aqui é feito de LEGO? Já? Então deixe-me falar mais um pouquinho. Tenho certeza que muitos aqui — senão todos — já brincaram, mesmo que apenas uma vez, com LEGO, estou certo? Quem já brincou sabe o quão divertido é construir um mundo do zero, apenas com pequenos blocos, e depois viver uma aventura com os personagens à sua disposição, desde um oficial de polícia à um super-herói famoso. Aqueles que conhecem esse sentimento se sentirão em casa em Uma Aventura LEGO, pois é justamente essa sensação que o longa tenta transmitir. E os que não estão familiarizados com essa paixão não precisam se preocupar, pois além de ser um porto seguro para os fãs de longa data, Uma Aventura LEGO também recebe muito bem aqueles que estão chegando à este mundo feito de blocos pela primeira vez. E eu falo isso por experiência própria, pois nunca tive muito contato com LEGO durante minha curta vidinha. A sensação de estar participando de uma grande brincadeira de LEGO é tanta, que a própria animação — já fazendo um gancho com a parte técnica do filme — flui de um jeito "realista", como se realmente existisse alguém mexendo os bonequinhos de um lado à outro. À primeira vista, muitos dirão que Uma Aventura LEGO foi feito em Stop Motion (método de animação que consiste em fotografar, quadro a quadro, a trajetória um objeto imóvel), e o filme realmente passa essa sensação, mas a verdade é que Uma Aventura LEGO é animado através de métodos 100% digitais. Esse toque "realista" só foi possível graças à uma engine (motor gráfico) muito bem desenvolvida. A tal engine consegue até emular fenômenos naturais (como a chuva e o balançar da água do mar) e eventos (como fumaça, disparos e explosões) como se eles fossem feitos de peças de LEGO. Há também uma atenção especial às expressões faciais dos personagens. Os rostinhos dos bonecos foram desenhados seguindo as características visuais de seus respectivos atores. O resultado é mais notável em alguns personagens que em outros, mas ele existe, e está lá. Tudo isso sem perder nem um pouquinho daquela simplicidade da qual eu falei no comecinho do texto.
Da mesma forma que eu não poupei elogios ao visual do filme, eu também não irei poupar elogios para o enredo. É necessária muita ousadia para digitar as palavras que usarei agora, mas Uma Aventura LEGO é uma animação (limitando a comparação somente ao cinema norte-americano, é claro) com um dos roteiros mais geniais que eu já vi até hoje! Não, não é um daqueles roteiros nível Pixar, que levanta discussões relevantes e e conta histórias super-emocionantes (independente de qual seja a sua idade); é apenas uma simples aventura recheada de bom humor. O roteiro de Uma Aventura LEGO é bastante cativante, coerente e muito bem amarradinho, com um ritmo bem confortável e nada cansativo, mas o pulo do gato está no humor do filme. Continuando a comparação com a filmografia da Pixar, o humor de Uma Aventura LEGO está divido em camadas. O público infantil vai se divertir com as trapalhadas e os trocadilhos engraçados realizados pelos personagens, mas a galerinha mais velha não vai conseguir parar de rir com as sacadas geniais do filme. Se você, assim como este que aqui vos fala, é apaixonado por metalinguagem (quando uma obra refere-se a si mesma ou a respectiva mídia), Uma Aventura LEGO é um prato cheíssimo pra você. Os personagens da trama realmente sabem que estão em um mundo feito de LEGO, e não fazem questão de esconder que sabem como brincar com aqueles bloquinhos. Muito pelo contrário, isso acaba virando um elemento-chave na trama. Detalhes como girar a cabeça de um boneco e acabar revelando outra face ou encaixar uma peça avulsa no molde de sua cabeça podem parecer pequenos, mas na verdade são sacadas metalinguísticas muito bem pensadas, e que com certeza vão lhe arrancar algumas risadas. O timing das piadas também é perfeito. Tudo acontece em seu devido tempo, e quando você menos espera, uma coisa aparece exatamente na hora em que um dos personagens diz que seria impossível ela aparecer. Mas Uma Aventura LEGO não se resume apenas a comédia. Perto do final, o filme toma uma guinada inesperadamente tocante. E não é algo forçado, só pra equilibrar a trama, é uma verdadeira declaração de amor ao LEGO. Não à marca, mas ao ato de construir novos mundos e aventurar-se neles como bem entender. Pontos para a direção super-divertida da dupla Phil Lord e Christopher Miller, que mesmo com poucos itens em seus respectivos currículos, já mostram que tem um um grande potencial. Falando em direção, outro ponto positivo merece ser dado à dupla por terem sido tão bem sucedidos em transmitir todo o amor que sentem por esses bloquinhos mágicos chamados peças de LEGO. Um amor não só pelos blocos, mas pela liberdade de criar o que quiser com eles e depois se divertir com os amigos. Só quem ama — ou conhece muito bem — aquilo com o que está trabalhando consegue transmitir esse sentimento com sucesso, e esse parece ser o caso da dupla Phil e Christopher. Palmas para eles!
Se você já viu qualquer material promocional de Uma Aventura LEGO — posteres, trailers, comerciais de TV, panfletos e por aí vai... —, você com certeza deve ter notado um monte de rostinhos de plástico estampados neles, alguns deles inéditos e outros bastante conhecidos. Você pode não conhecer Emmet, ou Mega Estilo ou Vitrúvius, mas tenho certeza que já ouviu falar num tal de Batman, não é? E aquele carinha com o cabelo lambido, colante azul, cueca por cima da calça, como é o nome dele mesmo? Ah, sim, Superman! Conhece ele? Claro que conhece! Uma Aventura LEGO é repleto de personagens famosos (todos licenciados pela Warner, é claro) representados por bonequinhos de plástico, e não estou me referindo apenas à super-heróis. Temos desde personagens do cinema (como Gandalf e Han Solo) à celebridades históricas (como Michelangelo e Abraham Lincoln). E como a comparação com Detona Ralph (que prometia fazer o mesmo com personagens dos vídeo games) é inevitável, diferente do que é visto na animação da Disney, os personagens famosos participam abertamente do filme, e rendem cenas hilárias. Infelizmente, a participação e a relevância desses personagens são diminuídas para que os rostinhos novos possam brilhar, mas isso não é de todo mal, já que os novatos também são incrivelmente divertidos. Destes, não tem como não direcionar os holofotes à Emmet, o operário. Não, não é só porque seu otimismo e sua inocência rendem grande parte das risadas do filme, mas também porque ele é um personagem muito bem desenvolvido durante o filme. Ele realmente se torna "algo mais" no decorrer da trama.
Mas nenhum desses personagens seria tão divertido se não fosse por um excelente elenco de atores dando vida à eles através da dublagem — já puxando para o âmbito sonoro do filme. O elenco original é impecável — Chris Pratt, Liam Neeson, Morgan Freeman (também conhecido como Deus), Elizabeth Banks... —, mas a dublagem brasileira não fica nem um pouco atrás. Algumas vozes ficaram até melhores na versão brazuca (pelo menos na minha humilde opinião), como a da Unigato (que na versão original é dublada por Alison Brie, e tem a voz da grande Marisa Leal aqui no Brasil) e da dupla Superman e Lanterna Verde (respectivamente, Channing Tatum e Jonah Hill na original e Guilherme Briggs e Philipe Maia na brasileira). A trilha sonora é muito bem composta, repleta de musicas cativantes e bastante animadas, mas acaba ficando um pouco apagada durante a ação do filme. São pouquíssimos os momentos em que os ruídos e os diálogos cessam e você consegue escutar as músicas com clareza, mas isso não é um grande problema, pois a trilha sonora continua lá, e ela continua ótima. Eis aqui um pequeno exemplo:
E aí está ela -> 10 / 10
Tudo é incrível em Uma Aventura LEGO. O visual faz uma mescla bacana entre a simplicidade dos personagens e a complexidade dos cenários e o que acontece neles; o roteiro é bem simples (já perdi a conta de quantas vezes usei essa palavra), mas repleto de piadas muito bem elaboradas; os personagens se encaixam muito bem em seus dubladores — e vice-versa —, tanto na versão original quanto na brasileira; a trilha sonora é caprichada e bastante cativante... enfim, como eu disse, tudo é incrível!
"Entonce", se você pretende pegar um cinema com sua galera qualquer dia desses (já que o fim de semana já foi pra vala), não hesite: vá de Uma Aventura LEGO! Diversão garantida ou o tempo que você gastou lendo este post de volta!
Isso é tudo, galerinha. Obrigado pela atenção e até depois!
Por Breno Barbosa
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