domingo, 16 de fevereiro de 2014

Se não jogou, jogue! - Donkey Kong Country 2 (SNES)

Grande concorrente de Donkey Kong Country.



Após a épica batalha travado contra o império reptiliano, mamífero, aviário e insetuoso de King K. Rool, Donkey e Diddy Kong descansavam de boa na Lagoa do Banana, point número 1 da sociedade gorila. Contudo, mal imaginavam que algo horrível se aproximaria, um terror terrível, um horror horripilante.... Diddy tinha esquecido do seu aniversário de namoro com Dixie (adivinhem) Kong. Enquanto o macaco-do-boné-vermelho corria loucamente para comprar um presente, deixando seu bróder sozinho, outra coisa horrível acontece, um terror terrível... King K.Rool, agora cosplayando de pirata, sequestra o gorilão e o leva para seu covil, onde pretende fazer coisas ruins com ele. Diddy e Dixie, sabendo disso, não se importam, pois não são muito fãs de Donkey, mas quando Cranky Kong menciona a palavra "tesouros infinitos", o casal de macacos parte em busca do seu amigo mais amado, o dinheiro. Eles salvarão Donkey Kong no caminho? Só o tempo dirá.

Acho que todo mundo aqui deve ao menos ter ouvido falar de Donkey Kong, mesmo que em algum momento único de sua vida. Com o primeiro jogo lançado, que fez um dos maiores estardalhaços na era dos videogames, provando que o Super Nintendo podia ir um pouco além do que até então se achava ser o limite de sua beleza. Não só por sua qualidade gráfica mas também por suas músicas e conjunto da obra como um todo, tornaram de Donkey Kong Country um sucesso. Sabem o que isso significa no mundo dos videogames, não é?

Snaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaake!

Sequencias/continuações/mais dinheiro. Com o sucesso gigantesco que fez com que DKC fosse o segundo jogo mais vendido do Super Nintendo, um jogo a mais seria previsível. ninguém se surpreendeu e Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest foi lançado. E que nome grande do caramba...

De inicio, DKC2 não surpreendeu tanto. Uma vez que já tinha se visto a beleza de seu antecessor, as screenshots só confirmavam que o jogo seria no mesmo molde do antecessor. Convenhamos que parecer com um dos mais aclamados jogos da era não seria de todo ruim para a sequência, que só teria que pelo menos fazer um servicinho maroto em ser um jogo idêntico e já faturaria milhões. Basta ver Megaman como um exemplo, a Capcom acertou a mão no primeiro, o 2 e o 3 foram muito bons, o 4 foi maneirinho, mas mal lançou o 5 e já tinha lançado o 6 também. De repente, tinha saturado a franquia assim como a Geração PS3/360 saturou o gênero FPS.

Felizmente, a Rare não teve tempo de emplacar esse tipo de produção e lançou sua sequência "apenas" um ano depois e, para não ser só uma repaginada do anterior, tiraram o protagonista e inventaram uma namorada com cabelo oxigenado e roupinha slut. E muito provavelmente, Dixie é menor de idade. Deste tamanho e já anda trepando em bananeira... [Breno -> é, meu amigo, num tá fácil nem pra macacada...]

À sua esquerda, vocês podem ver a ave mais inútil do universo. Ela não sabe voar, apenas "cair com estilo".

Mas não se julga um personagem pelo design e sim pelo gameplay. Dixie substitui Donkey Kong e sinceramente, foi algo muito bom. Donkey era pesado e tinha como vantagem simples matar alguns carinhas maiores que Diddy não conseguia. E só. Dixie, apesar de não ser tão rápida como Diddy, tem uma vantagem enorme. Ela pode pairar no ar bem devagarinho, transformando algumas seções do jogo nas coisas mais simples do mundo. Pra balancear, Dixie é bem lentinha (se comparada a Diddy) e em alguns momentos isto custa caro.

Além dos nossos primatas, ainda contamos com vários animais amigos que trabalham e morrem de graça por nós. Os clássicos rinoceronte Rambi e o peixe-espada Enguarde voltaram com força total. Enguarde sempre muito útil em fases aquáticas, onde nossos macacos são mais que inúteis. Pra quem sente saudade de Winky, o sapo, ele perdeu seu posto para seu predador natural, a serpente Rattly, que o comeu rapidamente. Ambos tem a habilidade de saltar mais alto. Se você gostava de Expresso, o avestruz, tem algo de muito errado contigo, ele é o pior animal do original. ainda bem que foi substituído por Squawks, um papagaio verde. Há também uma versão roxa do papagaio mas (felizmente), ele só aparece em um estágio onde sequer consegue voar, apenas cair [Breno -> você não entendeu a proposta, meu chapa. Ele está voando ao contrário, não percebeu?]. Esse é o animal mais imbecil do universo, é o Magikarp do mundo de DKC. Numa escala de 1 a 100 de quanto eu gosto dessa carniça, meu número é ÓDIO. Ainda bem que, pra compensar, temos a aranha Squitter, que cria plataformas com suas teias e mata inimigos com elas.

Tirando a maldita ave leprosa, eu daria um 10 nessa seleção, mas é claro que tinham que melar a vara.

Gotta go Faster

Os gráficos não sofreram nenhuma alteração drástica nem nada do tipo, apesar de que parecem um pouco mais polidos se comparados com o primeiro jogo. No máximo temos backgrounds melhor trabalhados e nenhuma reciclagem de cenários do jogo anterior, exceto pelas fases do gelo, que são bem parecidas.

A razão dessa mudança de cenários, que apesar de lembrarem muito o anterior tem suas características próprias, é devida ao fato de termos um tema mais "pirata" em mãos. Temos navios encalhados, fantasmas e a única coisa que realmente combina com piratas: lava. Além disso, temos pântanos, florestas assombradas e ainda nos deparamos com a chance de DESTRUIR TODAS AQUELAS ABELHAS CHATAS QUE INFERNIZAM NOSSAS VIDAS. [Breno -> Release the Baygon Ação Total!]

Uma pequena diferença no design das fases é o uso da verticalidade. Em DKC tudo se resumia da esquerda para a direita, já em sua sequencia temos uma mistura bem feita entre Vertical e Horizontal, mesmo que predomine o horizontal.

Nada assusta mais num videogame que uma contagem regressiva.
[Breno -> À direita, vemos o especto renegado de um dos integrantes do finado grupo É o Tchan!]

É impressionante como tudo em DKC2 se mantém fresco e familiar ao mesmo tempo. Você sabe que está jogando um Donkey Kong ao mesmo tempo que sente as diferenças. Em todos os quesitos é perceptível, mas onde se pode perceber tudo mais claramente é na trilha sonora.

E que trilha sonora, meus amigos. David Wise  acertou a mão mais uma vez e criou uma das melhores trilhas sonoras do universo. Claro que não se compara a Megaman X, mas só perde por critérios de desempate mesmo. Se em DKC tínhamos Aquatic Ambiance, tida como uma das músicas mais icônicas de games de todos os tempos, em DKC2 temos a Stickerbush Symphony, tão aclamada quanto a anterior. Mas claro que ela não é a única faixa maneira pra caramba. Vou até listar aqui, pra vocês terem uma ideia e pesquisarem no YouTube, seja versão original ou remix:

- Stickerbush Symphony (óbvia)
- Forest Interlude ( ma pegada meio misteriosa, melancólica e linda pra caramba. Minha preferida porque eu sou hipster)

- Snakey Chantey (clima bem aventureiro e combina muito com a temática pirata, divertida)
- Flight of the Zinger (música no que é boa, e em uma parte dela fica bem interessante)
- Hot-Head Hop (Musica bonita, quase uma Forest Interlude)

Acho que essas já dão cabo de mostrar quão boa é a seleção de músicas do jogo. As que não entraram aqui não necessariamente são ruins, só que combinam muito mais quando se tem uma fase pra servir de base para elas, já que são mais ambiente ou simplesmente não chamam tanto a minha atenção. 

Essa imagem da lava tá muito errada. O que é que o Diddy tá tirando do bolso, hein?

Quer finalizar o jogo? É só passar cada fase jogando tão pobremente possível. Quer fazer 102%? Aí, meu amigo, você vai ter que procurar cada milímetro pixelado em busca de uma passagem secreta que te leve à alguma fase bônus ou à uma moeda DK. As fases bônus estão escondidas por todas as fases e completar cada uma te dá uma moeda. Quando pegar todas, aí sim você vai poder enfrentar o ultimo chefão.

A Rare não achou isso o suficiente e meteu 40 moedas gigantes com o nome DK, segundo a historia do jogo, escondidas por Cranky Kong. Pra mim, esse macaco está de caô, querendo pagar de King Kong quando na verdade é um soim (também conhecido como sagui, saium ou callitrichinae, pra galerinha do Sul, Sudeste e Centro-Oeste).

Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest é um jogo com o nome grande pra caramba, que ocupa metade dessa linha de cima, mas também é grande em seu nome por representar muito bem uma das franquias mais importantes da história dos Vídeo-jogos. Eu posso até dizer aqui que ele é melhor que o primeiro, e vocês teriam que engolir minha opinião, contudo, não direi isso. Mas que eu gosto mais desse, sim, é verdade, e recomendo pra quem nunca jogou. E pra quem jogou, que faça tudo, não é tão difícil assim.


Se você notar bem, a Rare já tinha previsto o destino de Sonic e de Earthworm Jim.

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