O que o ser humano tem de pior.
Saudações, galerinha desocupada cujo sonho é ser corretor de Wall Street e se afogar em dinheiro, tudo beleza com vocês?
Pra quem caiu nesta terra sem dono por acaso e ainda não conhece as leis da cidade, todo fim de semana, um dos membros da nossa (não tão) vasta e (não tão) bem preparada equipe de desocupados profissionais traz à vocês, jovens desocupados aprendizes, um artigo super bacanudo. Do que ele irá se tratar? Sempre é uma surpresa, pois nunca sabemos o que nos vem em mente a cada nova semana. Podemos andar na linha e trazer uma recomendação como esta — relacionadas à cinema, games, séries, literatura, quadrinhos, e daí em diante —, ou pensar fora um pouco fora da caixa e organizar, por exemplo, uma batalha entre Super Mario World contra Super Mario Bros. 3, só depende do que nos der na telha. E graças aos deuses novos e antigos, esta semana não será diferente!
Hoje, trago-vos O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street, no original), o mais novo filme do consagrado diretor Martin Scorsese, que estreou nas telonas norte-americanas no dia 25 de Dezembro de 2013, mas só atracou em terras tupiniquins nesta sexta-feira do dia 24 de Janeiro de 2014. Apenas a título de curiosidade, além de ter dado o Globo de Ouro de Melhor Ator à Leonardo DiCaprio, O Lobo de Wall Street também concorre em 5 categorias do Oscar 2014. Quais são elas? Clique AQUI e descubra!
Baseado no livro de mesmo título, em O Lobo de Wall Street acompanhamos a ascensão e a consequente queda do império de Jordan Belfort, um corretor de Wall Street que, em uma sábia sacada de negócios (não necessariamente legal perante a lei), consegue enriquecer além de sua própria imaginação, o que acaba virando sua vida de ponta cabeça, porém não necessariamente para o "bem".
Quem acompanha o blog já há algum tempinho sabe que, geralmente, eu costumo adotar a mesma estrutura e o mesmo formato não só nas minhas recomendações, mas também nos meus posts corriqueiros durante a semana (que estão cada vez mais escassos, diga-se de passagem). Pra quem não conhece, a dita fórmula é a seguinte: 1º - Visual/Gráficos/Efeitos Visuais; 2º - Roteiro/História; 3º - Personagens/Atuações ou, no caso de um game, Jogabilidade; 4º - Trilha Sonora/Dublagem; E, por ultimo, nota e conclusão. São raros os posts em que eu decido não usar essa fórmula e escrever do jeito que dá na telha. Obviamente, eu não estaria me dando ao trabalho de explicar tudo isso se este não fosse um desses raros casos de fuga de rotina, não é verdade, querido desocupado? Talvez o post fique menor que o de costume, ou até mesmo muito mais filosófico e introspectivo, mas essa foi a maneira que encontrei de falar sobre este filme.
Mas chega de delongas, não é? Vamos ao que interessa!
O que acontece quando você dá dinheiro à uma pessoa? Dependendo da pessoa, ela pode simplesmente dizer um "obrigado" e usar o dinheiro para o que quer que ela esteja precisando. Mas o que acontece quando você dá muito dinheiro à uma pessoa? Não somente "muito", mas "MUITO" mesmo, pra caramba, mais do que ela poderia imaginar ganhar em toda a sua vida; como você acha que ela reagiria? O que esse dinheiro mudaria na vida dela, no modus operandi (que palavra bonita!), na relação daquela pessoa para com seus semelhantes, nas atitudes dela? Independentemente de qualquer coisa, todos esses aspectos citados agora há pouco irão mudar nessa pessoa. Em algumas, para o bem, em outras, para o mal, mas "bem e mal" é apenas uma questão de ponto de vista, não é? Independente disso, essa pessoa irá mudar, e é com essa mudança que Martin Scorsese procura brincar em seu O Lobo de Wall Street.
O mote principal do filme é mostrar a corrupção de Jordan Belfort (e também de seus amigos) através do dinheiro, de um trabalhador comum a um magnata ambicioso e sem nenhum escrúpulo. Mas essa mudança drástica de personalidade não é repentina. Muito pelo contrário, ela não só é muito bem inciada como também é desenvolvida e encerrada de uma maneira excelente, quase perfeita. Sim, QUASE perfeita. Caso você ainda não saiba, eu serei seu amigo e lhe avisarei, já de antemão, que O Lobo de Wall Street tem quase três horas de duração. Aliás, 3 horas de duração, levando em consideração que o filme tem exatas 02:59:50 horas de duração e que você o verá no cinema, ou seja, mais uns 10 ou 15 minutinhos até a projeção começar pra valer. Dessas 3 horas de filme, pelo menos 2 horas servem de palco para o desenvolvimento da trama, e o que sobra fica para o início e para a conclusão. Mas não se preocupe, os acontecimentos não se desenrolam de maneira apressada do começo pro meio ou do meio pro final, o problema é que o filme é gigante. Desnecessariamente gigante, diga-se de passagem. Algumas passagens poderiam ser pirulitadas da existência sem prejudicar nem um pouco o entendimento do filme. Mas uma duração exageradamente longa não seria um grande problema se o filme tivesse um ritmo bacana, correto? Corretíssimo, e O Lobo de Wall Street até tem um ritmo bacana, fácil de acompanhar, mas é tanta coisa pra se ver, tanta informação para absorver, que, mesmo com esse ritmo, o filme acaba ficando chato com tempo. É divertido ver as excentricidades de Jordan e seus amigos, mas depois da 14ª festinha de arromba você já está enjoado de ver aquele festival de depravação. A montagem do filme também não contribui muito para situação. Em minha humilde opinião fecal, depois que a trama engrena de verdade, parece até que passamos a acompanhar várias cenas stand alone (que conseguem funcionar mesmo fora da trama) — todas bem legais, diga-se de passagem — , uma atrás da outra, seguindo uma linha-guia até a tão aguardada conclusão. Imagine 2 horas e alguns minutinhos disso e teremos O Lobo de Wall Street.
Falando assim, até parece que o filme é uma droga, não é? Mas eu não estaria escrevendo este post — com o título de "Se não viu, veja!" — se ele fosse ruim, então pode ficar tranquilo, de boinha, ok?
Um dia desses, não lembro exatamente quando, estava andando pela casa e vi que estava sendo transmitida a cerimônia do Globo de Ouro 2014, e que o filme aqui em questão, O Lobo de Wall Street, estava sendo citado na apresentação. Comentando um pouco sobre o filme, um dos críticos presentes na tradução simultânea definiu O Lobo de Wall Street como sendo um grande deboche. Algum tempo depois, tendo finalmente assistido ao filme, essa é realmente a melhor definição para ele que escutei até agora: um grandessíssimo deboche. Um deboche à o que? À moral, aos bons costumes, ao politicamente correto e mais à um monte de coisas, mas principalmente, um grande deboche ao Sonho Americano e, por que não, ao American Way of Life. Igualdade de oportunidades? Atingir objetivos de vida com esforço e dedicação? Para Martin Scorsese — pelo menos neste filme, não tenho tanta certeza da opinião dele como pessoa física — isso tudo é uma grande piada. Uma piada que ele conta durante quase 3 horas, usando e abusando de humor negro e sarcasmo. Ah, aproveitando essa deixa, é até bom esclarecer enquanto ainda é tempo: se você é ferrenhamente a favor da moral e dos bons costumes e/ou acha que não tem discernimento suficiente para entender que se trata apenas de uma obra de ficção, não lhe aconselho assistir O Lobo de Wall Street. Um dos objetivos do filme é chocar, incomodar e — acredite se quiser — divertir o espectador com os absurdos mostrados na telona, tarefa que Martin Scorsese e sua equipe realizam com primor, então se você se acha muito sensível para tolerar as mensagens que o filme quer passar, dê uma folga à si mesmo e escolha outro filme. Dica de amigo desocupado.
A direção de Scorsese está visivelmente presente durante o filme inteiro. Seja na fotografia, com suas câmeras sempre inquietas; nos cortes abruptos e bem encaixados, na narrativa não-linear, na trilha sonora escolhida a dedo ou na estética limpinha, a mão de Scorsese está lá. E você não precisa ser um stalker do cara ou um antigo acompanhador de seu trabalho para notar isso. Eu mesmo só assisti um único filme do diminuto senhor Martin, e ainda assim consegui enxergar sua batuta regendo aquela grande orquestra de atores a sua disposição. E não tem como falar de atuações neste filme sem dedicar algumas palavras ao seu grande astro, Leonardo DiCaprio. Particularmente, como um grande fã do senhor DiCaprio, acho que nunca o vi tão a vontade e tão frenético em um papel antes. DiCaprio não só interpreta Jordan Belfort, ele entra de cabeça naquele mundo de depravação e vive a vida do ricaço ambicioso com ose fosse a sua própria. Cada mudança de caráter, cada crise de abstinência, cada discurso motivacional... Leo DiCaprio dá tudo de si neste papel, e já está mais do que na hora dos velhotes da Academia de Artes e Ciências Cinematograficas dos Estados Unidos reconhecerem o trabalho desse cara e dar à ele uma linda e lustrosa estatueta do Oscar por seu trabalho, principalmente depois de O Lobo deWall Street. Ao seu lado, temos Jonah Hill interpretando Donnie Azoff, o fiel escudeiro de Belfort durante sua saga de poder e luxúria. Mesmo sendo sendo o segundo em comando, o Donnie de Jonah Hill não fica muito atrás de DiCaprio, e também dá um show a parte em sua atuação. Se ele também merece uma estatueta por seu papel? Ainda acho muito cedo pra ter certeza, ainda há outros filmes pra ver, mas se tivesse que chutar agora, eu diria que não. Ele foi muito bom, mas acho que ainda não é pra tanto. Nada pessoa, Jonah, apenas negócios.
Hum... er.... é, acho que isso é tudo o que eu tinha pra falar sobre O Lobo de Wall Street. Vamos àquela nota marota de sempre?
E aí está ela, faceira e sorridente -> 9,0 / 10
Três horas de humor negro e depravação quase ininterruptos. Parece perfeito no começo, mas a experiência vai ficando chata e massante com o passar do tempo. Em compensação, as atuações são excelentes, a trilha sonora é animada e bem variada e as risadas são quase que uma garantia. Sim, quase, pois se você não se desapegar um pouco da realidade e aceita-lo como sendo apenas um filme, O Lobo de Wall Street vai lhe ofender pra valer. Mas se você não tiver problemas quanto a isso, não irá se arrepender de ter comprado o ingresso.
Portanto, se um cineminha com a galera é a pedida do seu final de semana, talvez O Lobo de Wall Street não seja a melhor das pedidas. Se o cinema será com sua digníssima patroa, então, é melhor passar um pouco longe, pois as chances de ela não gostar do filme são altas. Mas se você está sozinho, ou com um ou mais amigos dispostos um pouco mais sério e artístico (e por "sério e artístico" eu quero dizer "chato") que o comum, O Lobo de Wall Street é a melhor escolha desta semana, portanto, não perca tempo e vá assisti-lo, seu desocupado!
Isso é tudo, galerinha. Obrigado e até mais ver!
Por Breno Barbosa
O mote principal do filme é mostrar a corrupção de Jordan Belfort (e também de seus amigos) através do dinheiro, de um trabalhador comum a um magnata ambicioso e sem nenhum escrúpulo. Mas essa mudança drástica de personalidade não é repentina. Muito pelo contrário, ela não só é muito bem inciada como também é desenvolvida e encerrada de uma maneira excelente, quase perfeita. Sim, QUASE perfeita. Caso você ainda não saiba, eu serei seu amigo e lhe avisarei, já de antemão, que O Lobo de Wall Street tem quase três horas de duração. Aliás, 3 horas de duração, levando em consideração que o filme tem exatas 02:59:50 horas de duração e que você o verá no cinema, ou seja, mais uns 10 ou 15 minutinhos até a projeção começar pra valer. Dessas 3 horas de filme, pelo menos 2 horas servem de palco para o desenvolvimento da trama, e o que sobra fica para o início e para a conclusão. Mas não se preocupe, os acontecimentos não se desenrolam de maneira apressada do começo pro meio ou do meio pro final, o problema é que o filme é gigante. Desnecessariamente gigante, diga-se de passagem. Algumas passagens poderiam ser pirulitadas da existência sem prejudicar nem um pouco o entendimento do filme. Mas uma duração exageradamente longa não seria um grande problema se o filme tivesse um ritmo bacana, correto? Corretíssimo, e O Lobo de Wall Street até tem um ritmo bacana, fácil de acompanhar, mas é tanta coisa pra se ver, tanta informação para absorver, que, mesmo com esse ritmo, o filme acaba ficando chato com tempo. É divertido ver as excentricidades de Jordan e seus amigos, mas depois da 14ª festinha de arromba você já está enjoado de ver aquele festival de depravação. A montagem do filme também não contribui muito para situação. Em minha humilde opinião fecal, depois que a trama engrena de verdade, parece até que passamos a acompanhar várias cenas stand alone (que conseguem funcionar mesmo fora da trama) — todas bem legais, diga-se de passagem — , uma atrás da outra, seguindo uma linha-guia até a tão aguardada conclusão. Imagine 2 horas e alguns minutinhos disso e teremos O Lobo de Wall Street.
"— E aí, galera, deixa essa cena aí ou manda pra vala? — Hum... acho melhor limar essa cena mesmo, hein..." |
Falando assim, até parece que o filme é uma droga, não é? Mas eu não estaria escrevendo este post — com o título de "Se não viu, veja!" — se ele fosse ruim, então pode ficar tranquilo, de boinha, ok?
Um dia desses, não lembro exatamente quando, estava andando pela casa e vi que estava sendo transmitida a cerimônia do Globo de Ouro 2014, e que o filme aqui em questão, O Lobo de Wall Street, estava sendo citado na apresentação. Comentando um pouco sobre o filme, um dos críticos presentes na tradução simultânea definiu O Lobo de Wall Street como sendo um grande deboche. Algum tempo depois, tendo finalmente assistido ao filme, essa é realmente a melhor definição para ele que escutei até agora: um grandessíssimo deboche. Um deboche à o que? À moral, aos bons costumes, ao politicamente correto e mais à um monte de coisas, mas principalmente, um grande deboche ao Sonho Americano e, por que não, ao American Way of Life. Igualdade de oportunidades? Atingir objetivos de vida com esforço e dedicação? Para Martin Scorsese — pelo menos neste filme, não tenho tanta certeza da opinião dele como pessoa física — isso tudo é uma grande piada. Uma piada que ele conta durante quase 3 horas, usando e abusando de humor negro e sarcasmo. Ah, aproveitando essa deixa, é até bom esclarecer enquanto ainda é tempo: se você é ferrenhamente a favor da moral e dos bons costumes e/ou acha que não tem discernimento suficiente para entender que se trata apenas de uma obra de ficção, não lhe aconselho assistir O Lobo de Wall Street. Um dos objetivos do filme é chocar, incomodar e — acredite se quiser — divertir o espectador com os absurdos mostrados na telona, tarefa que Martin Scorsese e sua equipe realizam com primor, então se você se acha muito sensível para tolerar as mensagens que o filme quer passar, dê uma folga à si mesmo e escolha outro filme. Dica de amigo desocupado.
Cinco palavrinhas sobre esta cena: Humor negro em sua essência. |
A direção de Scorsese está visivelmente presente durante o filme inteiro. Seja na fotografia, com suas câmeras sempre inquietas; nos cortes abruptos e bem encaixados, na narrativa não-linear, na trilha sonora escolhida a dedo ou na estética limpinha, a mão de Scorsese está lá. E você não precisa ser um stalker do cara ou um antigo acompanhador de seu trabalho para notar isso. Eu mesmo só assisti um único filme do diminuto senhor Martin, e ainda assim consegui enxergar sua batuta regendo aquela grande orquestra de atores a sua disposição. E não tem como falar de atuações neste filme sem dedicar algumas palavras ao seu grande astro, Leonardo DiCaprio. Particularmente, como um grande fã do senhor DiCaprio, acho que nunca o vi tão a vontade e tão frenético em um papel antes. DiCaprio não só interpreta Jordan Belfort, ele entra de cabeça naquele mundo de depravação e vive a vida do ricaço ambicioso com ose fosse a sua própria. Cada mudança de caráter, cada crise de abstinência, cada discurso motivacional... Leo DiCaprio dá tudo de si neste papel, e já está mais do que na hora dos velhotes da Academia de Artes e Ciências Cinematograficas dos Estados Unidos reconhecerem o trabalho desse cara e dar à ele uma linda e lustrosa estatueta do Oscar por seu trabalho, principalmente depois de O Lobo deWall Street. Ao seu lado, temos Jonah Hill interpretando Donnie Azoff, o fiel escudeiro de Belfort durante sua saga de poder e luxúria. Mesmo sendo sendo o segundo em comando, o Donnie de Jonah Hill não fica muito atrás de DiCaprio, e também dá um show a parte em sua atuação. Se ele também merece uma estatueta por seu papel? Ainda acho muito cedo pra ter certeza, ainda há outros filmes pra ver, mas se tivesse que chutar agora, eu diria que não. Ele foi muito bom, mas acho que ainda não é pra tanto. Nada pessoa, Jonah, apenas negócios.
"Alô, Jonah? Então, cara, seguinte: sobre aquele Oscar..." |
Hum... er.... é, acho que isso é tudo o que eu tinha pra falar sobre O Lobo de Wall Street. Vamos àquela nota marota de sempre?
E aí está ela, faceira e sorridente -> 9,0 / 10
Três horas de humor negro e depravação quase ininterruptos. Parece perfeito no começo, mas a experiência vai ficando chata e massante com o passar do tempo. Em compensação, as atuações são excelentes, a trilha sonora é animada e bem variada e as risadas são quase que uma garantia. Sim, quase, pois se você não se desapegar um pouco da realidade e aceita-lo como sendo apenas um filme, O Lobo de Wall Street vai lhe ofender pra valer. Mas se você não tiver problemas quanto a isso, não irá se arrepender de ter comprado o ingresso.
Portanto, se um cineminha com a galera é a pedida do seu final de semana, talvez O Lobo de Wall Street não seja a melhor das pedidas. Se o cinema será com sua digníssima patroa, então, é melhor passar um pouco longe, pois as chances de ela não gostar do filme são altas. Mas se você está sozinho, ou com um ou mais amigos dispostos um pouco mais sério e artístico (e por "sério e artístico" eu quero dizer "chato") que o comum, O Lobo de Wall Street é a melhor escolha desta semana, portanto, não perca tempo e vá assisti-lo, seu desocupado!
Isso é tudo, galerinha. Obrigado e até mais ver!
Por Breno Barbosa
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