sábado, 2 de novembro de 2013

[ESPECIAL] Halloween (Parte 1)

A Árvore no Cemitério e A Ruiva.




Longos dias e belas noites, galera desocupada que gosta mais de travessuras que de doces, tudo em paz com vocês?

Pois é, crianças, como todos vocês já devem saber, hoje é Hallow... que? Hoje não é Halloween? Como assim, cê tá louco? É claro que é Halloween, olha aí no calendário, hoje é dia... 02? 02 de quê, de Outubro? Puts, 02 de Novembro?! Mas já?! Pô, se não é Halloween, o que diabos a gente tá fazendo aqui nesse post de Halloween, então? Melhor dizendo, por que esse post se chama "Especial de Halloween" se já não é mais Halloween? Ah, tem explicação? Então beleza, pode começar a falar, então.

É, meus caros, como vocês podem ver, hoje já não é mais dia 31 de Outubro, data em que se comemora o Halloween (ou o Dia do Saci, se você for muito patriota), a festa do Dia das Bruxas. Assim como no dia 12 de Outubro, Dia das Crianças, fomos convidados mais uma vez por nossa astuta e voraz parceira do blog Café com Cappuccino, a Nelleh, para preparar uma série de posts temáticos em conjunto com outros blogs camaradas. Quê? Cê não viu o Especial de Dia das Crianças? Então clica AQUI e dá uma conferida, tá super maneiro! Bem, como eu ia dizendo, fomos escalados mais uma vez para participar de mais uma brincadeira "interblogs", desta vez sob a temática aterrorizante do Halloween. Todos unidos sob este selo super bacana:


Legal, não é? Olha quem tá participando também:

- Save Point BR
- Thunder Wave
- SnesTalgia
- Lol Etc
- Café com Cappuccino
- Marvox Brasil
- Interruptor Nerd

Além destes desocupados aqui, é claro.

O correto seria publicar este post noa dia 31 de Outubro, data em que se comemora o Dia das Bruxas, mas, devido a falta de competência dessa equipe de tempo para preparar algo legal, decidimos atrasar a postagem um pouquinho para dar uma melhorada na qualidade dos textos. Não que tenha adiantado de muita coisa, mas, como a idealizadora do Especial disse que não tinha problema, decidimos abusar de sua misericórdia e publicar nossa participação neste Especial de Halloween um pouquinho mais tarde, no dia 02 de Novembro, uma data igualmente aterrorizante, afinal, é Dia de Finados!

Neste exato momento, você deve estar se perguntando "O que será que os desocupados do Desocupado prepararam desta vez?", e eu vos respondo, meus caros: Contos de Terror. Sim, sim, contos de terror. Não necessariamente contos de terror que metam medo em qualquer um que leia, mas ainda assim, contos de terror. Pra que falar de games, filmes, séries ou livros de terror se nós podemos fazer o nosso próprio terror (sem desmerecer o trabalho dos nossos chegados, é claro)? Ou pelo menos tentar fazer nosso próprio terror, afinal nenhum de nós é um exímio escritor de horrores, como o mestre Stephen King, por exemplo.

A regra desta vez é a seguinte: cada um de nós indicou ao outro um objeto e um local, totalmente aleatórios e desconexos. Nossa missão foi escrever um conto, não necessariamente de puro terror, que envolvesse tanto o objeto quanto a localidade sugeridos. Por exemplo: eu indico ao meu colega Angelo Alexsander o objeto "Escrivaninha" e o lugar "Templo Budista do Himalaia". Ele, por sua vez, escreverá um conto que contenha, de alguma maneira, as indicações feitas por mim. Deu pra entender direitinho? Espero que sim.

Já que cada um de nós indicou um objeto e um local para um companheiro de blog, temos aqui, participando deste especial, em ordem de indicações, Angelo Alexsander, Anderson Pontes, Breno Barbosa (que sou eu), Paulo Victor e Kariny Filgueira, participando mais uma vez de um Especial aqui no blog. Será que isso significa que já está na hora de contrata-la? 

Ah, um último aviso: é muito provável que uma só postagem não seja suficiente para comportar todos os contos da equipe. Alguns de nós acabamos escrevendo além da conta, e a postagem acabaria ficando colossalmente chata. Por esse motivo, decidimos dividir nossa participação em algumas partes (3, mais especificamente), cada uma delas com um ou dois contos dos nossos desocupados. Mas não precisa se preocupar, todas as partes serão publicadas neste mesmo dia.

Ufa, acho que já expliquei tudo. Podemos começar? Por favor, diga que sim!

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Em uma noite de lua cheia qualquer, uma bela jovem estava no seu quarto, olhando o luar pela janela, quando um vento frio a tocou e derrubou o porta-retratos que estava em cima da mesinha, do lado de sua cama. No porta-retratos estava a última foto tirada com sua mãe. Ambas estavam felizes naquele dia.

A moça foi até o pé da cama, se abaixou, e quando foi pegar a foto, se cortou com os cacos de vidro do porta-retratos quebrado. Ao olhar aquela foto se lembrou de sua mãe. Já fazia dois anos que ela tinha falecido e desde então ela morava só, na casa onde moravam juntas.

De súbito, sentiu o grande vazio que a morte deixou em sua vida. Sentiu a necessidade de conversar com sua mãe de alguma forma. Precisava conta-la como estava levando uma vida triste sem ela.

Então, algo em seu interior a fez ter a insana ideia de ir ao cemitério no qual a tinha enterrado. Do mesmo jeito que estava, com seu habitual vestido branco, saiu de casa, ligou o carro e partiu para o cemitério.

Chegando lá, foi direto ao encontro da lápide de sua querida mãe. Mas para sua surpresa, havia um buraco na grama, aonde justamente deveria estar o caixão. A garota ficou perplexa, em choque. Sem saber o que fazer. No local que antes estava a lápide agora havia uma árvore, alta e frondosa. Por algum motivo, essa árvore estava muito iluminada. Em um de seus galhos havia um pequeno papel, nele estava escrito:

“Minha querida filha, estive nestes dois anos observando seu sofrimento. Não consegui descansar em paz vendo isso. Por isso, filha, te chamei. Vem, junte-se a mim!”

Ao ler isso, uma lágrima caiu dos olhos da menina. Ela foi de encontro a árvore e a abraçou. Como mágica, uma luz forte surgiu na menina e ela desapareceu. A luz cessou, e pôde ser visto que, ao lado da árvore, agora brotava uma linda plântula, semelhante a planta-mãe.

Nunca mais ouviu-se falar daquela bela jovem.

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Era noite. O dia inteiro havia passado envolto numa densa chuva que havia tornado o céu cinzento, deixando a noite com um ar frio e monótono. Mas, por mais que o céu não ajudasse na beleza, a cidade do Vaticano era deslumbrante por si só. Com suas construções que datam do tempo que Judas perdeu as botas e com as luzes deslumbrantes que emanavam de cada construção, nem parecia a noite de um dia chuvoso.

A Basílica de São Pedro de longe se destaca no meio da cidade sagrada do catolicismo. Conhecida por ser o local onde foi enterrado o precursor daquela religião, o apóstolo São Pedro, a basílica realiza diversas cerimônias durante o dia, cada uma mais recheada de fiéis do que a outra. Ao fim de todas as missas, cabia aos acólitos dos bispos e cardeais fazer os preparativos para a próxima cerimônia. E, ao fim do dia, o altar era limpo pelos mesmos assistentes, que sonhavam em um dia ministrar uma celebração naquele lugar.

Nesse dia chuvoso em questão, o responsável por limpar o altar era um rapaz franzino, apenas mais  um rapaz comum. Vestido com a bata característica de um aspirante ao sacerdócio, ele limpava o lugar com afinco e dedicação. Afinal, tinha a ganância de se tornar um bispo futuramente.

Ele estava limpando a parte da frente do altar. O salão da missa estava vazio e parcialmente escuro. Apenas a sua respiração e o barulho da chuva lá fora eram escutados pelo rapaz. Ao chegar em determinado ponto do altar, enquanto espanava, notou um envelope na escada do altar.

Estranhou. Alguém deveria ter esquecido, talvez? Era um envelope pequeno, com papel surrado, da cor marrom. Estava lacrado com uma fita comum, com aspecto velho. Aproximou-se do tal envelope e o pegou. Era leve, e ele achou que fosse uma carta ao padre, ou coisa assim. Mas quando o abriu, viu que era um jogo de baralho. Uma caixinha vermelha com o nome “copas” escrito em dourado. Estranhou, mas como estava com pressa de terminar o serviço, pôs o envelope no bolso e terminou a limpeza.

Antes de ir embora para seu alojamento, certificou-se de por o envelope no “Achados e Perdidos” daquele salão. Esqueceu-se do mesmo e foi para o seu alojamento.

O alojamento do acólito era um quarto simples, com uma cama, uma escrivaninha e um armário. Na parede esquerda, uma janela que dava vista para a praça da basílica. Era um lugar apertado, mas pelo menos havia privacidade. Ao término de suas orações, o rapaz deitou-se em sua cama. Deitado, notou algo estranho em cima da escrivaninha; a caixa que ele havia encontrado mais cedo, estava lá. Mas ele certificou-se de que a tinha deixado no “Achados e Perdidos”! Será que não reparou direito?

Confuso, o rapaz se dirigiu-se a mesa e pegou a caixa. Já estava tarde, e não iria incomodar os outros irmãos com seus passos pelos corredores. Suspirou. Devia estar ficando louco... Por fim, resolveu deixar a caixa em cima da mesa mesmo e ir se deitar.

Deitou-se, mas não conseguia dormir. Algo lhe intrigava. “Porque diabos alguém deixaria um envelope com um jogo de baralho no altar da igreja? Tem alguma coisa errada”. Resolveu pegar o baralho e o investigar melhor.

Um trovão retumbou no céu lá fora quando o jovem pegou a caixinha vermelha.

A caixa estava igual, vermelha com os dizeres “copas” em alto relevo dourado. Mas quando o rapaz a abriu e tirou as cartas de dentro, tomou um susto. Aquele era um stripper deck! Na primeira carta que pegou, um Ás de Ouros, estava estampada a imagem de uma mulher ruiva, desnuda, mostrando suas curvas sinuosas em uma posição provocante.

O rapaz ficou excitado na hora. Ele, que há tantos anos lutava contra os desejos carnais em prol da vida espiritual, estava animado com uma carta de baralho.

Fez o sinal da cruz. Jogou a caixa com as cartas em cima da escrivaninha. Outro trovão retumbou lá fora. Estava horrorizado. Por que alguém iria fazer aquela brincadeira de mau gosto? Por que implantar um objeto de luxúria na casa do Senhor? O rapaz estava nervoso. Aquilo era pecado!

Pecado.

Olhou para o baralho. Olhou para o céu lá fora. Nervoso, pegou a caixa em cima da mesa. Suava. Puxou mais uma carta. Um 10 de Copas. Era a mesma mulher ruiva, em mais uma posição provocante.

O pobre rapaz não segurou sua própria curiosidade e saiu tirando todas as cartas da caixa. Todas as cartas continham uma imagem diferente da garota ruiva, cada uma com uma pose diferente. O rapaz estava louco, em êxtase, o nervosismo se misturando ao prazer da luxúria causada por simples cartas de baralho.

Outro trovão retumbou.

"Você pecou”, uma voz feminina ecoou pelo quarto do acólito.

O rapaz se assustou e deixou cair as cartas no chão. Atrapalhado devido a sua excitação e medo, abaixou-se e começou a juntar as cartas do chão com as mãos trêmulas.

"Você pecou". A mesma voz ecoou de novo pelo quarto.

Um relâmpago iluminou todo o cômodo e assustou mais ainda o pobre rapaz.

No meio do clarão, um vulto feminino apareceu de relance. Um vulto com uma cabeleira ruiva. Em pânico, o rapaz olhou para as cartas do chão e notou algo estranho.

Onde estava a mulher?

Ao se levantar e se virar, o rapaz congelou de medo.

Na porta, a ruiva provocante das cartas do baralho estava olhando fixamente para ele. Ela estava nua, mas a face provocante e o jeito de menina inocente das cartas de baralho sumiram e deram lugar a algo mais... demoníaco.

"Você pecou. Você pecou. Você pecou. Você pecou”, ela repetia baixinho e incessantemente. Por fim, deu um grito, "VOCÊ PECOU!".

Outro trovão. Mas esse foi seguido pelos gritos do acólito que ecoaram por toda a basílica.

...

No dia seguinte, encontraram o dito acólito morto em cima de sua cama. Ele estava de olhos arregalados, e sua face mostrava como se acabasse de ter um orgasmo. No chão, estavam espalhadas cartas de baralho com imagens de uma ruiva provocante em posições sexy. 

Na parede do quarto do jovem, estava escrito com uma tinta vermelha “eu pequei”.

...

Três meses depois, outro rapaz limpava o altar do salão após uma celebração, quando avistou um envelope marrom na escada...

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Bem, galerinha, por enquanto isso é tudo. Então, o que acharam dos contos do senhor Anderson e de sua "senhoura" Kariny? Se você gostou, odiou, ou, assim como Lulu Santos, não vai dizer que foi ruim, mas também não acha que foi tão bom assim, compartilhe sua opinião conosco aqui em baixo, nos comentários deste post.

E segura as pontas aí, porque os contos ainda não acabaram!

Até a próxima parte!

Por Kariny Filgueira, Anderson Pontes e Breno Barbosa

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