domingo, 6 de outubro de 2013

Se não jogou, jogue! - Shinobi (Arcade)

Ninjas-ninjas que aparecem do vento.




Gênero: Plataforma                                    Ano: 1987                                          Produtora: SEGA

"Me dê sua shuriken, ninja do kanji na testa."

Ah, Shinobi... eu tento, eu realmente tento, mas não consigo gostar muito de sua família. Eu reconheço que você é um bom jogo, mas por que, cara? Por que não consigo gostar de você? Nem daquele seu filho que precisa de um cachorro pra salvá-lo. Ainda bem que eu curti o de PS2 no pouco que joguei. Enfim, comecemos com nossa programação normal.

Shinobi é um jogo no estilo plataforma lançado para os Arcades da SEGA em 1987. Com a explosão de jogos plataforma no mercado, a SEGA não iria ficar de fora, e decide produzir uma das fantasias mais básicas de um garoto: ser um herói-ninja que tem por objetivo enfrentar bandidos, ninjas, helicópteros, ninjas, máquinas, zumbis e ninjas. Suas preces foram atendidas e o sucesso foi praticamente instantâneo. Nunca entenderei essas pessoas. (Breno -> porque lhe falta amor no coração, seu monstro!)

Malditos caras abaixados que não consigo ver.

Quem leu o meu post sobre Shadow Dancer, esquecido lá no passado, sacou que eu não curti muito a bagaça, mas ainda assim reconheci que ele tinha suas qualidades. Ao compará-lo com Shinobi, pude ver A VERDADE: Shadow Dancer é melhor que Shinobi por um cachorro de diferença. São jogos que têm controles iguais, aspectos iguais, peculiaridades iguais. Pelo amor de alguém muito importante para você, os inimigos de SD têm os mesmos padrões dos inimigos de Shinobi, a diferença está apenas no cenário em que são colocados e na sua arte mais futurista, o resto é mantido. É estranho eu estar reclamando disso, já que em Mario, por exemplo, nossos inimigos morrem da mesma forma, pulinho na cabeça. Contudo, não se apresentou pra mim tão repetitivamente como se apresentou na franquia ninja.

As trilhas sonoras são interessantes e bem marcantes, com seu clima, em maior parte, tecno-ninjístico e que combina bem, já que temos um ninja no mundo contemporâneo. Além deste clima temos também o momento nipônico, com flautinhas e tudo mais. A trilha sonora estaria melhor incluída se não tivesse seu som bem mais baixo que os efeitos sonoros e, falando destes, que som chato Joe exala de seu corpo toda vez que pula! Ele literalmente GEME quando pula, que coisa horrível cara! Caiu de bunda num bambuzal, foi? Eu posso estar louco, mas prefiro ouvir a música do que um ninja gemendo.

E na competição de quem se equilibra melhor: Inimigo comum num pé só na caixa ou homem aranha.

Para a época e plataforma para a qual foi lançado, Shinobi é bem bonito e contém personagens bem grandes na tela, mais detalhados. Ainda assim é adotado um visual mais simples, normal para a época, os inimigos não são exageradamente detalhados, o que é estranho pra um jogo feito no Japão. O mesmo pode ser dito dos cenários, que cumprem bem o seu papel. Temos até uma boa variação desses, que possuem temas urbanos e temas mais bucólicos. Particularmente, eu nunca senti muito tesão nos temas mais moderninhos. Acho que eles tendem a ser visualmente poluídos (igual à vida real), porém em Shinobi estes são até mais simples, menos trabalhados. É a prova de que menos pode ser mais. Já nos visuais mais relacionados às paisagens naturais, temos algo mais bem detalhado, principalmente na fase em que ninjas chovem numa plantação de bambu.

O gameplay de Ninja Gaiden--digo--Shinobi é um simples plataforma horizontal, com fases curtas, porém com inimigos bem distribuídos para dificultar sua vida. Para melhorar essa distribuição temos o uso de vários planos no decorrer das fases, onde Joe pode se movimentar, na maior parte do tempo, livremente. Essa mudança de planos concede a Joe o poder de desviar de algum projétil mais perigoso ou se aproximar de inimigos pra dar um golpe preciso e mortal.

O objetivo de cada fase é resgatar o exército de clones mirins do clã de Joe, que foram sequestrados. As crianças ajudam geralmente na pontuação, que significa o quanto Joe se importa com a criança em questão. Se ela vale 200 pontos, Joe não gosta muito dela; se vale 1000, ele faz piadinha de mil meu com mil seu (não entendeu fale em voz alta); e em alguns casos, ele odeia tanto a criança que suas armas ficam mais fortes, movidas pela raiva. Com tal potencial bélico (ele é capaz de derrubar um helicóptero com shurikens, então bélico é a palavra apropriada), Joe consegue derrotar seus inimigos. Matar todos em seu caminho é crucial, uma vez que Joe tem o problema da megahemorragia, assim como seu filho. Em outras palavras, qualquer ferimento mínimo que Joe recebe significa morte.

Joe manja das trapaças e fez um inimigo atacar o outro. Ainda por cima se multiplica como um coelho.

Joe conta  com técnicas apelonas que apenas ninjas credenciados pela ABN (Associação Brasileira de Ninjas) podem utilizar nas cidades. Ele tem o poder dos ventos sagrados do paraíso ninja, que limpam a tela matando todos os inimigos; possui também o choque do trovão, que eletrocuta a maior galera e os deixam, pasmem, chocados. Contudo, o poder mais digno de nota é o da paternogênese semi-infinita. Joe solta seus clones de dentro dele... pera aí... quer dizer que esse é o motivo de tanto gemido? Joe, seu safadinho, cheio de homens dentro de si, hein... Entre os 3 poderes, o resultado é o mesmo, menos o terceiro, que rompe completamente o selo anal de Joe. Todos eliminam inimigos fracotes.

Se gosta de dificuldade, esse jogo te oferece algo que você vai gostar. Shinobi conta com uma certa memorização, principalmente nos estágios mais avançados, quando ninjas caem do céu ou simplesmente brotam da terra (problema maior, pois eles te matam com um toque). Os chefes são até bem interessantes e odiosos. Gostei muito da personalidade em colocar um helicóptero que esgurma ninjas de amarelos e de um samurai que se chama Lagosta. Lagostão deve ser parceiro de "night" de Joe, aposto. Cada Continue dá direito a 3 vidas e você pode usá-los indefinidamente.. até o 5º estágio. Lá, se acabar as vidas você vai para o comecinho do jogo sem choro nem reza.

Eu vejo Shinobi como um jogo bom, mas não tanto como é endeusado pelo povo. Talvez me falte o fator nostalgia (Breno -> talvez lhe falte afeto). Creio que ele foi mais importante para nos oferecer uma melhora em sua franquia, onde temos Revenge of Shinobi, Shinobi III e o Shinobi para PS2. Este último já foge mais do estilo. Vale a pena conhecer por ser uma das bases dos videogames, contudo não é um jogo para se endeusar.



Por Hattori Zenzo (Angelo Alexsander)

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