sexta-feira, 22 de junho de 2012

Se não jogou, jogue! - Call of Duty: Black Ops (PC)


BOOM!!! Ratatatata!! Fwiuuu....POW!!! Reznov!!! Tatatatata!!!


Fala galerinha que gosta de perder tempo com coisas fúteis, tudo bom com vocês?

Pois é criançada, faz um tempinho que eu não falo de jogos né? Ultimamente só tem o Angelo falando dos jogos estranhos dele aqui no Blog... Volta e meia ele trás um clássico, mas, em suma, são todos jogos bem estranhos. Aquele do grilo musical então... Enfim galerinha, hoje, em clima de filme da Tela Quente, eu venho falar de um game que vai lhe tirar o fôlego (ui) e fazer você se sentir o Liam Neeson no Esquadrão Classe A (bom filme, diga-se de passagem). Sim meus amores (ui), estou falando de Call of Duty: Black Ops!

Lançado em 9 de Novembro de 2010, Black Ops é (mais) um jogo da série Call of Duty, da Activision, e foi desenvolvido pela Treyarch, disponível para PC, Wii, Ps3, 360 e DS. Pra quem ainda não é familiarizado com a série, Call of Duty se trata de um jogo de ação em primeira pessoa (FPS), onde o seu país sempre está em guerra e você tem que salva-lo heroicamente (tem algo mais americanizado que isso?). Na trama, ambientada em 1960, na Guerra Fria, você calça as botas de Alex Mason, um dos melhores soldados a serviço dos Estados Unidos, que passou por lavagem cerebral após uma missão e está sendo interrogado pelo governo americano sobre um projeto de arma química criada pelos russos, em parceria com os alemães (dá pra ser mais americanizado que isso?). Basicamente, o jogo se passa nas recordações do agente Mason, as quais são revividas pelo jogador durante o interrogatório, ou seja, você viaja o mundo em diversas missões sem sair do lugar. Literalmente.



Pra não perder o costume, comecemos com o visual da bagaça. Graficamente, Black Ops não traz nenhuma novidade, mas também não decepciona. Ele simplesmente segue o "padrão" de beleza da série Call of Duty, que de mal feito não tem nada, diga-se de passagem. Até porque não há muito o que se implementar visualmente em um jogo com a perspectiva primeira pessoa. A não ser o cenário, é claro, que em Black Ops é bastante fiel as locações da época (não que eu já as tenha visitado, é claro), como as florestas do Vietnã e outros lugares importantes na trama da Guerra Fria. Em suma, o que você mais verá aqui são tiros, explosões e homens gritando coisas que você não vai entender nunca, ou seja, não há muito o que se prolongar nesse quesito. Aliás, há sim. Se você também é fã de filmes, deve conhecer o diretor Michael Bay (famoso por "cometer" a franquia Transformers). Se não conhece, tudo o que você precisa saber é que o cara ama explosões e tem uma tara inigualável pelo exercito americano. O que isso tem a ver com Black Ops? Tudo. O jogo parece ter sido dirigido por Michael Bay. Não só por ser repleto de explosões e de sequências de ação que quase não acabam, mas principalmente por colocar os EUA como o grande herói do jogo, além de insistir nós grandes vilões-clichê do país, como os russos e alemães. Fora isso, podemos dizer que, graficamente, o jogo funciona bem.




Pra quem já acompanha a série Call Of Duty, não há nada de novo na jogabilidade de Black Ops. Mas se você não acompanha a franquia, e o último jogo de tiro que jogou foi Counter Strike, digamos que Black Ops é um jogo de tiro bem mais "confortável". Os controles funcionam perfeitamente, ainda mais quando você joga no PC, com a clássica combinação de teclado e mouse. Fim dos elogios, agora vamos esculhambar um pouco o jogo! Se você já jogou algum game da franquia CoD, já deve saber que o modo single-payer (modo "jogador solteiro" "um jogador") é repleto de quick-time events (breves eventos em que o jogador deve apertar um botão ou uma sequência de botões predefinidos para realizar uma ação no jogo, quase como um filme interativo), o que não é ruim, mas acaba se tornando bastante previsível com o desenrolar do jogo. Outro fator negativo da franquia que se repete aqui em Black Ops é o fato de o jogo não largar a sua mão. Não entendeu? Calma que eu vou explicar. O jogo não lhe deixa você realizar uma ação por conta própria, a não ser que uma ordem seja dada para tal. Você não vai, por exemplo, pilotar um helicóptero, ou derrubar determinado alvo, sem que alguém lhe ordene isso. O que é bastante irônico, quando o personagem que você controla durante 90% do jogo é nada mais nada menos que o COMANDANTE da missão. Isso mesmo meus caros desocupados, você controla nada menos que o comandante, o que é dito ser o melhor soldado dos Estados Unidos, e acaba recebendo ordem de seus subordinados. Você não dará um passo em direção ao seu objetivo sem que o seu subordinado, provavelmente dotado de mais colhões que você (não você, o personagem que você está controlando), lhe dê uma ordem para tal, e isso acaba desmanchando boa parte do sentimento de vitória e recompensa do jogo.






Em contrapartida, a história de Black Ops é, de longe, a melhor de toda a franquia CoD. E eu digo isso mesmo sem ter jogado os outros jogos da série, porque a Activision não vai conseguir repetir a façanha feita em Black Ops tão cedo. A história do game é tão legal que faz toda a pirotecnia parecer apenas um detalhe ali no cantinho da parede, pra você olhar e dizer "Olha, uma estrelinha", ou algo do tipo. A trama é bastante misteriosa no começo, mas tudo vai entrando nos conformes no desenrolar do game, felizmente, de um jeito que você não espera. Os personagens também são ótimos, salvo pelo protagonista, Alex Mason, que se mostra bastante submisso em relação a história, mas ainda assim é um bom personagem. Os vilões são bem estereotipados, clássicos arquétipos (olha só como eu tô falando bonito) de antagonistas "americanizados", mas que funcionam na trama de Black Ops. Seus subordinados, provavelmente dotados de mais colhões que você, são os melhores personagens do jogo, e mostrarão que seguir as ordens deles não é tão humilhante assim, como eu fiz parecer algumas linhas acima, além de fazerem cada fase do jogo ser unicamente épica. Enfim, se você não entendeu meu elogios em relação a trama do jogo, vou resumi-los em uma comparação com um filme bem conhecido: Clube da Luta. Entendedores entenderão.




A parte sonora de Black Ops também não deixa nem um pouco a desejar. As musicas ajudam a transportar a tensão e a sensação de urgência nas horas mais "radicais" do jogo, e, quando você finalmente consegue realizar um feito heroico digno de um filme, a trilha muda de uma guitarra pesada, digna do mais puro Heavy Metal, para algo que lembra um tema de filme de ação do Arnold Xuazeneguer (sim, eu vou deixar assim mesmo. Não sei escrever aquilo...). Aplausos também para a dublagem do jogo, que é excelente, e conta até com a presença de alguns atores bem famosos do mundo do cinema, como Gary Oldman (EEEVERYOOOONEEE!!! O Comissário Gordon na franquia Bátema de Christopher Nolan) como o personagem Viktor Reznov, e Sam Worthington como o protagonista Alex Mason. O último se mostra bem inexperiente no que diz respeito a dublagem, até porque ele não chega a ser um ator no nível de Gary Oldman, por exemplo, mas não incomoda muito no decorrer do jogo.


Acho que já falei bastante né criançada. Acho que poucos devem ter lido tudo (se é que alguém leu)... Mas enfim, se você leu e gostou, comente! Se não gostou, comente também! Se você não leu e não gostou, mais um motivo pra você comentar! Deixe-nos saber que você existe!


Sem mais blablabla, vamos para o veredito final! -> 8,5/10


Apesar de alguns defeitos herdados de seus irmãos mais velhos, Call of Duty: Black Ops se destaca como sendo, na minha opinião (e na de muitos críticos de games DE VERDADE), o melhor jogo da franquia CoD até hoje. Se você quer ingressar no mundo dos FPSs de ação, ou quer simplesmente um jogo interessante para aumentar o nível de testosterona no corpo, Black Ops é a melhor opção para você. Portanto, se você não jogou, seja macho e jogue!

E, de presente pra vocês, uma musiquinha bem conhecida que está presente no jogo:


Classicão. Até a próxima, galerinha desocupada!

Por Breno Barbosa

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