Aventuras Espaciais, Investigações Sobrenaturais e a Vida a Dois!
Salve salve, galerinha desocupada, tudo bem com vocês?
Pra quem acabou de chegar de para-quedas por aqui, primeiramente, Feliz 10º Dia de Ano Novo! Dadas as felicitações, deixemos algumas coisinhas bem claras antes de começar: posts. Todos os domingos. Pode ser que atrase as vezes — rolou semana passada —, mas normalmente, toda semana há um post novinho em folha aqui no Desocupado, onde falamos sobre Games, Livros, HQs, Séries, Filmes e o que mais nos der na telha! Seja Bem-Vindo!
Continuando no clima Retrô 2015 — pra quem não viu, semana passada falamos dos nossos Games favoritos em 2015 —, hoje resolvemos falar um pouco sobre os Quadrinhos que lemos no não-tão-distante ano de 2015. Mas é claro: só os nossos favoritos. Há pessoas aqui que exageram quando o assunto é HQs...
O formato será o seguinte: cada um de nós escolherá 3 HQs que leu no ano passado, e falará um pouco sobre elas, seus altos e baixos, suas qualidades e defeitos e os motivos pelos quais elas estão nesta lista. Qualquer tipo de HQ, de qualquer origem e data de lançamento, está valendo, portanto não se espante se acabar esbarrando em alguns quadrinhos mais "antigos". Todos entenderam? Tenho certeza que sim!
Nesta jornada, apenas um dos nossos desocupados costumeiros estará presente, acompanhado de duas belas e ilustríssimas convidadas. Teremos: Breno Barbosa, que está em fuga pelo espaço; Kariny Filgueira, uma ninja que não larga sua katana; e Keullyane Lima, que odeia mostrar seus sketches!
Mas chega de papo! Hora de conferir o que lemos em 2015!
——————————————————————————————
Olá, pessoal! meu nome é Keu, e eu vim aqui participar deste post e falar sobre os meus HQs preferidos de 2015 a convite do Breno. Eu nunca escrevi pra blog, mas mesmo assim eu aceitei o convite. A princípio, eu fiquei bem apreensiva e disse não, mas depois eu pensei melhor e decidi participar. Afinal de contas, eu nunca vou saber se algo é legal ou não se eu nunca tiver ao menos tentando, não é? Então vamos lá!
———————————————
- Bidu: Caminhos - Luís Felipe Garrocho e Eduardo Damasceno
A Graphic MSP do Bidu é ilustrada pelo Eduardo Damasceno, ao lado do Luís Felipe Garrocho. Caminhos traz a linda história de como Bidu e Franjinha se encontraram e, consequentemente, se tornaram melhores amigos.
Apesar de aparecer o Franjinha em algumas partes da HQ, o foco maior é no Bidu e em toda a sua aventura até os dois se encontrarem. Bidu, a princípio, é um cãozinho que vive nas ruas, sempre fugindo da carrocinha, até que um dia ele acaba se entregando ao canil. Lá ele conhece Rúfius, um cachorro enorme que mete medo em todos os cães do canil, e Duque, que tem uma dona, mas acabou sendo capturado por engano. Eles acabam unindo forças para escapar do lugar, e depois da fuga, cada um segue seu próprio caminho.
Umas das coisas que mais me impressionaram na HQ, além das cores e dos traços, foram as onomatopeias e os balões de fala. As onomatopeias tem texturas e formatos que correspondem ao que elas representam, e compõem as cenas com mestria. Os balões de fala foram umas das sacadas mais fofas da HQ. Como todos sabemos, os cães não falam a mesma língua que nós, seres humanos, para se comunicar, e em Caminhos não é diferente. Os humanos se comunicam com palavras, mas toda a comunicação entre os cãezinhos é ilustrada — com muita fofura, diga-se de passagem. Em alguns balões até podemos ver Bidu vestido e agindo como um lorde.
Outro aspecto muito legal da HQ é o próprio Bidu. Ele é um cão, mas que muitas vezes age como gente, e isso é muito bem explorado no personagem durante a história. Ele é um personagem com falhas, e são essas falhas que fazem dele um personagem mais interessante, mais real.
———————————————
- Quadrinhos A2 - Paulo Crumbim e Cristina Eiko
A segunda HQ que escolhi foi a coletânea Quadrinhos A2. da Cristina Eiko e de Paulo Crumbim. Nessa sequência de 3 álbuns (até agora, esperando pelas próximas) autobiográficos, nós acompanhamos a vida desses dois ilustradores, onde eles contam sobre suas aventuras e desventuras vivendo a dois.
A primeira revista é bem introdutória, mas não deixa de ser muito engraçada e divertida. Ela é dividida em "mini-historinhas". Algumas delas são sobre ETs, e em outras, eles ilustram a viagem que eles fizeram à Comic-Con do Rio de Janeiro. Por último, mas não menos importante, no fim da edição eles mostram os seus sketchbooks. A Eiko não gostou muito dessa parte, mas tenho certeza que os fãs adoraram!
A segunda edição vem cheia de amor, carinho e lambidas com a chegada do Pino! Nesta HQ eles contam um pouco de como foi tomar a decisão de ter um cãozinho — afinal de contas, é uma responsabilidade muito grande. Nessa mesma edição, eles vão pela primeira vez ao FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos, que acontece em Belo Horizonte) como autores.
Na terceira edição, a Eiko mostra um pouco dos seus poderes sobrenaturais — uma pequena referência a Akira —, e também traz um Guia da Desorganização para Leigos. E no finalzinho, eles falam um pouco sobre suas respectivas infâncias, nos fazendo refletir um pouco sobre o bullying.
Eu amei Quadrinho A2, porque trata de uma coisa tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa, que é a vida a dois, e o Paulo e a Cristina conseguem passar tudo isso de uma maneira divertida. Em alguns momentos, os personagens falam diretamente com o leitor, e isso é maravilhoso, pois nos aproxima mais dos autores. Os guias que aparecem no decorrer da HQ são super-informativos e hilários, sem falar do traço que, é super-fofo. Só não mais fofo que o Pino, é claro!
———————————————
- Mulheres - Carol Rossetti
Este livro da Carol Rossetti é uma sequência de ilustrações que retratam varias situações desconfortáveis que muitas mulheres já passaram ou presenciaram. Situações de preconceito, intolerância e falta de respeito.
O livro se divide em cinco partes — "Corpo", "Estilo", "Identidade", "Relacionamento" e "Superação" —, e em cada um dessas partes a artista apresenta personagens femininas em situações que muitas mulheres têm de lidar todos os dias. Com frases inspiradoras, ela apresenta soluções amigáveis e bem humoradas para essas situações tão chatas, mostrando que todas nós somos fortes e merecemos respeito independente de como somos.
Por que eu escolhi esse livro? São tantos motivos que não sei nem por onde começar. Acho que o que mais me atraiu foi o fato de que, apesar de conter apenas personagens femininas, Mulheres não é um livro exclusivo para mulheres. Qualquer pessoa pode ler e se identificar facilmente com as situações e até mesmo com as personagens. Isso só é possível graças ao esforço da Carol em tentar apresentar a maior diversidade possível de mulheres. A cada página, a autora propõe ao leitor um reflexão sobre o que foi apresentado. Isso pra mim foi uma coisa magnifica, pois a partir disso, nós nos abrimos para coisas novas, nos abrimos para conhecer e debater sobre coisas que ainda são tabus na nossa sociedade.
É legal ver como a autora vê a beleza nas pessoas. Ela destrói aquele padrão pré-estabelecido e mostra que você é linda (ou lindo) do jeitinho que você é. Carol, você é linda!
——————————————————————————————
E aí, galerinha desocupada, tudo de boas? Eu já estava com saudades de vocês (juro!). Bom, 2015 foi um ano bem atípico pra mim. Neste ano li muitas HQs (para o meu padrão), e foi bem difícil separar só três pra contar aqui. Mas vamos iniciar os trabalhos...
———————————————
- Turma da Mônica: Lições - Vitor e Lu Cafaggi
Depois de Turma da Mônica: Laços em 2013, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi retornam para contar mais uma história dessa turminha tão amada. E conseguiram, na minha humilde opinião, encantar ainda mais nesta Graphic MSP.
Se Laços vinha nos contar uma aventura, Lições vem nos mostrar as consequências que uma boa aventura com os amigos pode ocasionar. Desta vez, a turminha esqueceu de fazer a lição de casa, e ao tentar fugir para que a professora não descobrisse, Mônica acaba caindo e tendo que engessar o braço. Porém, isto não foi o pior a acontecer. Os quatro receberam castigos que os tiram de suas zonas de conforto, e os obrigam a aprender a lidar com situações adversas.
Essa sem dúvida foi a HQ mais linda que li este ano, tanto visualmente quanto em termos de história. Eu cresci lendo a Turma da Mônica criada pelo Maurício de Sousa, e essas novas histórias, agora nas mãos dos Cafaggi, me trazem nostalgia e conversam com a minha geração. Não é mais um quadrinho para crianças. Eu consigo me divertir e me encantar assim como quando eu tinha meus 7 anos. E é ótimo ver que os personagens não perderam suas essências. A Mônica continua gorducha e valentona, assim como o Cebolinha fala elado, Cascão tem medo de água e a Magali só pensa em comer.
Mesmo pra quem não tinha costume de ler Turma da Mônica quando criança, vale a pena conferir essa graphic novel. As ilustrações certamente são um show à parte.
———————————————
- Mayara & Annabelle (Volume 1) - Talles Rodrigues e Pablo Casado
Essa HQ conta a história dessas duas personagens cativantes. Ambas trabalham na Secretaria de Atividades Fora do Comum (SECAFC). Mayara é de São Paulo, e a Annabelle é do Ceará. Elas são totalmente diferentes. Mayara é uma ninja com um estilo bem oriental, que vive portando sua katana e é mais reservada. Já Annabelle é uma ruivinha toda estilosa, que usa magia, ama ir à praia se bronzear, sair com os amigos e assistir The Vampire Diaries. Tudo muda quando Mayara se envolve em assuntos que não devia, e é transferida para o Ceará, onde é obrigada a trabalhar com Annabelle. Suas diferenças são colocadas de lado quando, juntas, precisam lutar contra um demônio poderoso que está assustando os moradores de Fortaleza.
Boa parte da história se passa em Fortaleza, e muitos recursos da cidade são utilizados, como locais e expressões regionais. Tudo me cativou, desde as personagens até a ambientação, o traço, as cores, as referências, o estilo da narrativa... enfim. Achei bem divertido e uma das melhores que li esse ano.
Este volume foi lançado em 2014, porém seu segundo volume saiu em 2015. É uma HQ de ação e aventura, de 71 páginas. Seus autores são o cearense Talles Rodrigues (arte), autor da HQ “Cortabundas: O maníaco do José Walter” e o alagoano Pablo Casado (roteiro), que corroteirizou a graphic novel Sabor Brasilis. Mayara & Annabelle foi lançada pela Editora Fictícia, e já chegou a ser indicado ao troféu HQ Mix, na categoria de Melhor Publicação Independente.
———————————————
- Primas - Alberto Pessoa
Essa HQ é o produto criado a partir de um estágio de pós-doutorado do artista e pesquisador Alberto Pessoa, que atua na área da Sociologia. Ele conta, através da personagem Rosa — que é a soma e espelho de todas as personagens reais que conheceu — sobre a prostituição em regiões pobres da Paraíba. Para sua realização, o autor precisou de muito estudo. A obra foi baseada em uma pesquisa extensa sobre o tema, realizada pela professora Loreley Garcia, do departamento de Sociologia da Universidade Federal da Paraíba.
Considero este um grande achado, já que não encontramos muitas mídias que discutem esse tema. Ele não defende nenhum lado, porém expõe os pontos positivos e negativos, os benefícios e consequências dessa profissão.
Primas é um drama produzido pela Editora Marca da Fantasia, possui 76 páginas, e é recomendado para maiores de 18 anos.
Espero que gostem das indicações, e até a próxima!
——————————————————————————————
Há tempos já se foi a época em que eu lia quadrinhos praticamente todo dia. Atualmente, tenho subsistido de algumas séries mensais ali, algumas graphic novels acolá e uns encadernados de vez em quando. Ainda assim, li algumas revistas bem bacanas em 2015, e aí vão aí vão algumas das minhas favoritas!
———————————————
- Pílulas Azuis - Frederik Peeters
Acredite ou não, Pílulas Azuis não estaria nesta lista. Por que? Pelo simples fato de eu ainda não ter lido a revista quando pensei em fazer este post. A querida Kariny Filgueira — que também está aqui, um pouquinho mais lá em cima — me deu esta HQ de presente de aniversário, em Novembro, mas invés de lê-la de imediato, resolvi encostar no canto e dar uma olhada depois. Daí, veio a ideia deste post, e eu já tinha — mais ou menos — 3 HQs para falar sobre, mas mesmo assim, resolvi finalmente dar uma chance a Pílulas Azuis. E como vocês podem ver, ela acabou conseguindo um lugar aqui.
Lançada originalmente em Janeiro de 2008 e publicada aqui no Brasil em Junho de 2015 pela Editora Nemo, Pílulas Azuis é uma autobiografia do autor suíço Freredik Peeters, narrando alguns momentos de sua vida ao lado de Cati, uma jovem mãe solteira que convive com HIV.
Então, o que há de mais em Pílulas Azuis? Não muito. Nada de mundos fantásticos, aventuras mágicas, super-heróis, tramas pesadas ou reviravoltas de cair o queixo. Apenas a vida, do jeitinho que ela é, porém, de um jeito que pouco de nós conhecemos. E talvez aí esteja a beleza de Pílulas Azuis. Poucas pessoas sabem o que é ser soropositivo, conviver com HIV, mas com certeza, em algum momento de suas vidas, já se pegaram refletindo sobre isso. É interessante, emocionante e divertido acompanhar e refletir junto com Fred e Cati (os protagonistas da HQ) sobre o assunto, descobrindo, ao lado deles, as regras, dificuldades e preocupações dessa vida. Não de um jeito triste e dramático, mas sim otimista e compreensivo. A HQ não possui um roteiro propriamente dito, e a única coisa que lhe mantém lendo é a simples vontade de ver o que vem depois. Isso me incomodou um pouco no começo, mas quando eu menos percebi, já estava na metade da revista, e ao final, ainda queria ver um pouco mais da vida de Frederik e Cati. O traço de Frederik Peeters é um pouco incômodo e confuso, com muitos rabiscos e quadros, balões e textos feitos a mão. Demora um pouco pra se acostumar, mas com o tempo, dá pra encontrar um certo apelo na bagunça.
O que eu esperava de Pílulas Azuis foi exatamente o que ganhei ao lê-la: não muito. Só o bastante. O bastante para me fazer rir, chorar e pensar sobre a vida. O bastante pra ser uma das minhas favoritas deste ano que passou. Brigadão pelo presente, Ka!
Lançada originalmente em Janeiro de 2008 e publicada aqui no Brasil em Junho de 2015 pela Editora Nemo, Pílulas Azuis é uma autobiografia do autor suíço Freredik Peeters, narrando alguns momentos de sua vida ao lado de Cati, uma jovem mãe solteira que convive com HIV.
Então, o que há de mais em Pílulas Azuis? Não muito. Nada de mundos fantásticos, aventuras mágicas, super-heróis, tramas pesadas ou reviravoltas de cair o queixo. Apenas a vida, do jeitinho que ela é, porém, de um jeito que pouco de nós conhecemos. E talvez aí esteja a beleza de Pílulas Azuis. Poucas pessoas sabem o que é ser soropositivo, conviver com HIV, mas com certeza, em algum momento de suas vidas, já se pegaram refletindo sobre isso. É interessante, emocionante e divertido acompanhar e refletir junto com Fred e Cati (os protagonistas da HQ) sobre o assunto, descobrindo, ao lado deles, as regras, dificuldades e preocupações dessa vida. Não de um jeito triste e dramático, mas sim otimista e compreensivo. A HQ não possui um roteiro propriamente dito, e a única coisa que lhe mantém lendo é a simples vontade de ver o que vem depois. Isso me incomodou um pouco no começo, mas quando eu menos percebi, já estava na metade da revista, e ao final, ainda queria ver um pouco mais da vida de Frederik e Cati. O traço de Frederik Peeters é um pouco incômodo e confuso, com muitos rabiscos e quadros, balões e textos feitos a mão. Demora um pouco pra se acostumar, mas com o tempo, dá pra encontrar um certo apelo na bagunça.
O que eu esperava de Pílulas Azuis foi exatamente o que ganhei ao lê-la: não muito. Só o bastante. O bastante para me fazer rir, chorar e pensar sobre a vida. O bastante pra ser uma das minhas favoritas deste ano que passou. Brigadão pelo presente, Ka!
———————————————
- Penadinho: Vida - Paulo Crumbim e Cristina Eiko
Ironicamente, ao contrário da anterior, esta foi uma HQ que este que aqui vos fala deu de presente a outra pessoa que também compõem este post. Sim, estou falando de você, Keu Lima! Muito obrigado por ser este amor de pessoa e ter me emprestado mais uma das minhas favoritas de 2015!
Paulo Crumbim e Cristina Eiko dão as caras mais uma vez neste post, desta vez com Penadinho: Vida, um dos títulos lançados pelo selo Graphic MSP — que se encontra em peso dentre as nossas escolhas, como vocês já devem ter percebido — em 2015. Em Vida, Penadinho e sua turma partem em uma noite de aventuras em busca de Alminha, que desapareceu misteriosamente e irá reencarnar ao nascer do sol!
Penadinho: Vida não é só uma das HQs que mais curti ler no ano passado, mas também uma das minhas Graphic MSP favoritas, atrás apenas da também excelentíssima Turma da Mônica: Laços. Algo que ambos os títulos têm em comum é a aventura, a jornada em busca de alguém especial, e eu sempre tive um fraco por esse tipo de história. Sempre costumo lê-las com as mãos segurando firme a revista e um sorriso empolgado no rosto, e com Penadinho: Vida não foi diferente. A história flui pelas páginas de uma maneira tão natural e confortável que é de se estranhar que o final chegue tão rápido. Durante a leitura, risos, lágrimas, reflexões e (mais) risos são totalmente garantidos. O traço de Crumbim e Eiko é um espetáculo a parte. Há um contraste lindamente assustador entre os personagens, com cores vivas e visuais, no mínimo, super-adoráveis; e os cenários, que possuem cores frias e escuras, dando uma atmosfera sombria a aventura. Mas não foi somente o traço impecável e aventura empolgante que me fizeram gostar tanto de Penadinho: Vida. Eu também acabei me identificando bastante com o Penadinho durante a história. A personalidade, os problemas, os medos... eu consegui ver um pouquinho de mim no personagem, e tenho certeza que muitos de vocês, leitores desocupados, conseguirão se enxergar nele também. E assim como eu, também se sentirão inspirados a serem melhores!
Penadinho: Vida não deixa a desejar em nenhum aspecto. A arte é apaixonante, o roteiro é simples, fluido e inteligente, e os personagens são divertidos e cativantes. Com certeza, uma das melhores Graphic MSP lançadas até agora!
Paulo Crumbim e Cristina Eiko dão as caras mais uma vez neste post, desta vez com Penadinho: Vida, um dos títulos lançados pelo selo Graphic MSP — que se encontra em peso dentre as nossas escolhas, como vocês já devem ter percebido — em 2015. Em Vida, Penadinho e sua turma partem em uma noite de aventuras em busca de Alminha, que desapareceu misteriosamente e irá reencarnar ao nascer do sol!
Penadinho: Vida não é só uma das HQs que mais curti ler no ano passado, mas também uma das minhas Graphic MSP favoritas, atrás apenas da também excelentíssima Turma da Mônica: Laços. Algo que ambos os títulos têm em comum é a aventura, a jornada em busca de alguém especial, e eu sempre tive um fraco por esse tipo de história. Sempre costumo lê-las com as mãos segurando firme a revista e um sorriso empolgado no rosto, e com Penadinho: Vida não foi diferente. A história flui pelas páginas de uma maneira tão natural e confortável que é de se estranhar que o final chegue tão rápido. Durante a leitura, risos, lágrimas, reflexões e (mais) risos são totalmente garantidos. O traço de Crumbim e Eiko é um espetáculo a parte. Há um contraste lindamente assustador entre os personagens, com cores vivas e visuais, no mínimo, super-adoráveis; e os cenários, que possuem cores frias e escuras, dando uma atmosfera sombria a aventura. Mas não foi somente o traço impecável e aventura empolgante que me fizeram gostar tanto de Penadinho: Vida. Eu também acabei me identificando bastante com o Penadinho durante a história. A personalidade, os problemas, os medos... eu consegui ver um pouquinho de mim no personagem, e tenho certeza que muitos de vocês, leitores desocupados, conseguirão se enxergar nele também. E assim como eu, também se sentirão inspirados a serem melhores!
Penadinho: Vida não deixa a desejar em nenhum aspecto. A arte é apaixonante, o roteiro é simples, fluido e inteligente, e os personagens são divertidos e cativantes. Com certeza, uma das melhores Graphic MSP lançadas até agora!
———————————————
- Saga - Fiona Staples e Brian K. Vaughan
Até agora, neste post, você tem visto muito "UMA DAS minhas favoritas", ou "UMA DAS que mais gostei de ler", mas agora chegou a hora da verdade, meus caros desocupados. Segurem as suas calças, escondam suas crianças em um lugar seguro e respirem para dentro e para fora em uma frequência regular, pois estamos prestes a falar sobre Saga, A melhor HQ de 2015! Na minha opinião, é claro.
Saga é a criação do roteirista Brian K. Vaughan e da artista Fiona Staples, e começou a ser publicada pela Image Comics em Março de 2012, e continua assim até os dias presentes. No Brasil, Saga está sendo lançado gradualmente pela editora Devir, em formato encadernado, com 6 edições em cada livro, contando, até agora, com dois volumes lançados. Saga narra os dramas e aventuras de Marko e Alana, um casal cujos respectivos planetas estão em guerra, e que se encontra em plena fuga espaço afora, ao lado do fruto proibido de sua união, a pequenina Hazel.
Saga foi uma daquelas raras HQs que me pegou de surpresa quando comecei a lê-la e que me mantém firmemente preso até agora. Até ano passado, não ouvia ou lia nada além de elogios sobre Saga. A HQ sempre estava presente em listas de "Melhores do Ano", "Melhores da Atualidade" e afins, e como eu tenho uma sede ávida de contrariar o que é aclamado — sim, basicamente, eu adoro ser "do contra" —, resolvi dar uma conferida. E mais uma vez, acabei quebrando a cara. De um jeito bom, porém.
Nos primeiros volumes, Saga me causou bastante estranheza. É um tanto difícil se situar no universo da série no começo, mas uma vez que você se familiariza com todas as ideias e conceitos que ele apresenta, a paixão é garantida. Quem sou eu pra dizer isso, mas acho que há muito tempo não vemos um mundo tão original, ousado e bem construído quanto o de Saga na Cultura Pop como um todo. Os personagens são muito bem construídos, com relacionamentos e desenvolvimentos bastante interessantes de se acompanhar e conflitos críveis e fáceis de se relacionar. É gostoso e divertido ver os caminhos improváveis e imprevisíveis que eles seguem na história, o que torna a despedida de alguns deles ainda mais difícil do que naturalmente é em obras de ficção. O roteiro de Brian K. Vaughan é cativante e sem medo de ousar, e a arte de Fiona Staples é seu par perfeito. O traço da artista é bem simples, mas suas cores adicionam toda uma nova dimensão ao visual da HQ, sem falar nas suas criaturas, que são estranhamente geniais. Quem iria imaginar que um robô humanoide com cabeça de televisão seria uma ideia tão legal?
A palavra "Saga" é o título perfeito para esta série. Há altos e baixos, idas e voltas, aventura, romance, drama, sexo, comédia e ação, em uma história que flui tão bem que pode muito bem continuar para sempre. E eu realmente espero que continue!
Saga é a criação do roteirista Brian K. Vaughan e da artista Fiona Staples, e começou a ser publicada pela Image Comics em Março de 2012, e continua assim até os dias presentes. No Brasil, Saga está sendo lançado gradualmente pela editora Devir, em formato encadernado, com 6 edições em cada livro, contando, até agora, com dois volumes lançados. Saga narra os dramas e aventuras de Marko e Alana, um casal cujos respectivos planetas estão em guerra, e que se encontra em plena fuga espaço afora, ao lado do fruto proibido de sua união, a pequenina Hazel.
Saga foi uma daquelas raras HQs que me pegou de surpresa quando comecei a lê-la e que me mantém firmemente preso até agora. Até ano passado, não ouvia ou lia nada além de elogios sobre Saga. A HQ sempre estava presente em listas de "Melhores do Ano", "Melhores da Atualidade" e afins, e como eu tenho uma sede ávida de contrariar o que é aclamado — sim, basicamente, eu adoro ser "do contra" —, resolvi dar uma conferida. E mais uma vez, acabei quebrando a cara. De um jeito bom, porém.
Nos primeiros volumes, Saga me causou bastante estranheza. É um tanto difícil se situar no universo da série no começo, mas uma vez que você se familiariza com todas as ideias e conceitos que ele apresenta, a paixão é garantida. Quem sou eu pra dizer isso, mas acho que há muito tempo não vemos um mundo tão original, ousado e bem construído quanto o de Saga na Cultura Pop como um todo. Os personagens são muito bem construídos, com relacionamentos e desenvolvimentos bastante interessantes de se acompanhar e conflitos críveis e fáceis de se relacionar. É gostoso e divertido ver os caminhos improváveis e imprevisíveis que eles seguem na história, o que torna a despedida de alguns deles ainda mais difícil do que naturalmente é em obras de ficção. O roteiro de Brian K. Vaughan é cativante e sem medo de ousar, e a arte de Fiona Staples é seu par perfeito. O traço da artista é bem simples, mas suas cores adicionam toda uma nova dimensão ao visual da HQ, sem falar nas suas criaturas, que são estranhamente geniais. Quem iria imaginar que um robô humanoide com cabeça de televisão seria uma ideia tão legal?
A palavra "Saga" é o título perfeito para esta série. Há altos e baixos, idas e voltas, aventura, romance, drama, sexo, comédia e ação, em uma história que flui tão bem que pode muito bem continuar para sempre. E eu realmente espero que continue!
——————————————————————————————
Ufa! Creio que isso seja tudo, galerinha.
E aí, o que vocês acharam? Se interessaram por algumas das nossas indicações? Têm alguma recomendação à fazer? Quais foram as suas HQs favoritas neste ano que passou? Se não estiverem tímidos e/ou indispostos, cheguem mais pra perto e venham bater um papo conosco nos comentários!
No mais, agradecemos pela sua atenção até aqui! Agradecemos também às nossas convidadas, Kariny — que sempre topa qualquer empreitada que a convidarmos — e Keullyane — que está participando pela primeira vez, mas que esperamos ter de volta sempre que pudermos!
E por hoje é só, desocupados.
Um abração e até a próxima!
Por Breno Barbosa, Kariny Filgueira e Keullyane Lima.
E aí, o que vocês acharam? Se interessaram por algumas das nossas indicações? Têm alguma recomendação à fazer? Quais foram as suas HQs favoritas neste ano que passou? Se não estiverem tímidos e/ou indispostos, cheguem mais pra perto e venham bater um papo conosco nos comentários!
No mais, agradecemos pela sua atenção até aqui! Agradecemos também às nossas convidadas, Kariny — que sempre topa qualquer empreitada que a convidarmos — e Keullyane — que está participando pela primeira vez, mas que esperamos ter de volta sempre que pudermos!
E por hoje é só, desocupados.
Um abração e até a próxima!
Por Breno Barbosa, Kariny Filgueira e Keullyane Lima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário