domingo, 13 de setembro de 2015

Games - Pokémon Go: Vai ou Não Vai?

Será que o sonho de infância vai mesmo virar realidade?




Salve, galerinha desocupada, tudo belezinha com vocês?

Mais um domingo chega, e com ele aquele friozinho na barriga de decidir sobre o que falar no post da semana. Quê? Vocês não tem isso? Puts, eu tenho quase toda semana! Independente de sobre o quê eu escolha falar, vocês podem ter certeza de que será algo relacionado a Cinema, Games, Livros, Quadrinhos ou Séries. Ou eu posso pregar uma peça em todos vocês e falar de algo completamente diferente, porque eu quero, porque eu posso e porque eu sou "zoeiro"! Ha!

Sobre o que iremos falar hoje? Numa decisão de última hora, resolvi que esta semana teremos mais um daqueles papinhos bacanas sobre Games, onde eu procuro me aprofundar um pouquinho mais sobre assuntos que me vêm ao acaso, ou que eu percebo que andam em voga nos últimos dias. Já falamos sobre Sequências de Abertura nos Jogos, sobre a volta de desenvolvedores veteranos através dos Kickstarters da vida e sobre The Legend of Zelda: Skyward Sword, aquele jogo que eu odeio, mas adoro. Aos que não viram, se eu fosse vocês, daria uma conferida depois, hein. Só dizendo...

A maioria de vocês já deve saber qual é o assunto de hoje, não é? Se você é um daqueles que não sabem, bem, você deveria se envergonhar, pois o título do post já entrega tudo. Ainda assim, vale a pena reiterar: hoje falaremos um pouco sobre Pokémon Go, o game que promete transformar os sonhos de infância de muita gente realidade. Ou será que não?


Pra quem ainda está por fora e não faz a menor ideia de sobre o quê iremos falar hoje, nesta última quinta-feira, dia 10 de Setembro, a nossa querida Big N (ou Nintendo, para os menos íntimos) anunciou que estará desenvolvendo, em pareceria com a Niantic, um game para iOS e Android batizado de Pokémon Go. O game usará do recurso de realidade aumentada, e promete permitir que você capture e batalhe contra Pokémon enquanto passeia pela sua cidade, ou até mesmo viaje pelo mundo, a fim de encontrar os bichinhos que deseja. Acompanhando o game, também será criado um aparelhinho de pulso, chamado de Pokémon Go Plus, que via BlueTooth, avisará ao jogador quado o mesmo estiver próximo de um Pokémon em determinada área. O lançamento do game está previsto para o ínico 2016, porém, versões Beta estarão disponíveis ainda neste ano de 2015.

Segue abaixo o trailer exibido junto ao anúncio:


Ok! Uhul! Eba! Pokémon na vida real! Tudo muito bom! tudo muito bem! Porém, ao mesmo tempo em que levanta muita animação e expectativa, Pokémon Go também faz subir uma densa nuvem de dúvidas, sendo, talvez, a principal entre elas: O quão "Pokémon" Pokémon Go será?

Pergunta um tanto quanto filosófica e complicada, não é mesmo? Pra responde-la, precisamos primeiro definir o quê, exatamente, é Pokémon — qual é o "cerne" da série, qual o seu objetivo e suas características mais importantes. Ironicamente, esta é uma pergunta tão difícil quanto a anterior — talvez até mais, se duvidar. O que é Pokémon? A resposta vai variar de acordo com a pessoa para a qual se pergunta. Se perguntada a um fã da série de games, ele certamente dirá que Pokémon se trata das batalhas, da aventura por um continente fantástico desconhecido e dos Pokémon que o aguardam nele. Se você perguntar a um jogador competitivo, ela provavelmente dirá que Pokémon se trata das estratégias de batalha: Breedings, EVs e IVs, Natures, Abilities, Itens, etc. Se perguntarmos a uma pessoa que não conhece a série de games, ela dirá que se trata de andar por aí com os amigos, capturar bichinhos juntos e criar laços entre si.

As possibilidades de resposta são infinitas, e nenhuma delas se sobressai diante das outras. Pokémon significa algo diferente para cada pessoa, e cada qual tem seus motivos para jogar — ou não jogar, ou assistir, etc. — a série. Particularmente, eu jogo Pokémon pelo prazer da jornada, pra me aventurar pelos diferentes continentes, capturando bichinhos novos, treinando-os e vencendo adversários ao longo do caminho, até a derradeira batalha final. Apesar de entender (por cima) como funciona, eu não gosto muito de me aprofundar no lado competitivo do game. Não o acho tão divertido quanto a aventura principal, mas entendo 100% o por quê o apelo dessa faceta do jogo é tão grande com alguns jogadores.

E são nessas diferentes respostas, nessas diferentes facetas de uma só série, que mora o maior obstáculo no caminho de Pokémon Go: qual será seu "cerne"? Para quem ele será voltado? O nosso papo continua depois dos reclames do "plim-plom" (porque vai que o "plim-plim" tem direitos autorais, né?).

"Ai Meu Deus, um processo! Ops, quer dizer, pika pika!"


Escolher um público para focar os esforços é essencial em qualquer empreendimento que se faz na história do universo, e por mais ridículo que isso possa soar pra alguns, Pokémon não é exceção. Que foi? Pokémon também é um empreendimento, tá, meus queridos? Cada nova versão levanta seus milhões mundo afora, então um pouquinho de respeito, por favor, beleza?

Ok, continuemos. Onde é que eu tava mesmo? Ah, sim! Puxando um pouco para a própria definição da palavra, "escolher", muitas vezes, acaba tendo com consequência a exclusão de uma ou mais opções. Se você escolhe "a" ente "a", "b", "c", "d" e "e", você estará excluindo todas as outras, mas isso não é uma regra imutável, muito menos quando se trata de Pokémon. A própria série de jogos está aí para provar esse ponto. Um mesmo game consegue atingir demografias diferentes: jogadores veteranos; jogadores iniciantes; aqueles que focam na jogabilidade competitiva; aqueles que só querem jogar a campanha principal; aqueles que querem colecionar monstrinhos; aqueles que querem fazer de tudo um pouco... São realmente muitos públicos. Claro, nem todos conseguem ser 100% agradados — essa é uma das consequências de se oferecer um produto com tanta "variedade" —, mas ainda assim, pelo menos uma parte considerável desses públicos consegue ter suas necessidades supridas. Afinal, se não, a série não estaria vendendo tão bem.

Essa "polivalência" da série acaba se traduzindo como expectativa para Pokémon Go. Quem serão os mais beneficiados com o game? Quem se sentirá abandonado? Quem vai preferir ficar nos games para consoles? Quem vai preferir os smartphones? Quem vai ficar com um pouco de cada? Nessa hora, não há um público certo a se escolher. Se o game preferir focar nos novos jogadores, não familiarizados com games, ele pode perder uma grande parcela de prospectos, que são os jogadores veteranos e competitivos; do mesmo modo que o contrário é igualmente válido. Pokémon é uma série que oferece diversão tanto numa camada mais superficial quanto em mais aprofundada, funcionando tanto para os jogadores descompromissados quanto para os mais assíduos, mas ainda assim, não é tão acolhedor para com "não-jogadores". Quem é de fora estranha Pokémon, acha difícil, complicado de se entender, se inserir, mesmo nos níveis mais superficiais do jogo. Essa é uma enorme parcela do público geral do jogo (Pokémon Go) — os usuários de smartphones —, e que não poderá ser ignorada de jeito nenhum.

Como fazer Pokémon acolhedor para esses "não-jogadores" e ao mesmo tempo complexo e desafiador para os jogadores experientes? Esse é o desafio colossal que se prostra na frente da Niantic e da Nintendo com Pokémon Go.

Dezenas de pessoas se juntam na Times Square pra cair no sarrafo com o Mewtwo.
Não é a toa que ele odeia a humanidade...


Além desses, outros questionamentos também vão surgindo no meio do caminho — principalmente depois de assistir e re-assistir o trailer do game algumas vezes. Ou vai dizer que você também não fez isso? Apesar de estar levantando algumas críticas, eu também estou animado com Pokémon Go, assim como muitos de vocês, desocupados, que estão lendo aí! Pensam que eu não sei? Vocês estão loucos pra faltar o trabalho, a escola ou a faculdade pra sair por aí capturando Pokémon a torto e a direito!

Ih, olha só, acabei fazendo um gancho com uma das questões que queria falar sobre! Tô ficando bom nesse negócio de escrever, não tô? Enfim, parece brincadeira, mas é uma questão até bastante relevante: como funcionará a função de realidade aumentada em Pokémon Go? Os bichinhos estarão distribuídos mundo afora, em diferentes países? Ou cada país conta com toda galeria de monstrinhos? Ou cada estado? Cidade? Será que eu vou poder capturar meu Pokémon favorito dentro da cidade onde moro? Ou vou ter que me contentar com aqueles que o sistema resolveu estabelecer aqui? Até onde eu vou ter que ir pra achar o Pokémon que eu quero? Andar com o smartphone à mostra em um país onde a realidade da segurança é tão "duvidosa" quanto no Brasil acaba sendo uma questão bem problemática de se resolver. O game acaba se tornando uma opção de diversão inviável. E se eu tiver que ir prum lugar de difícil acesso, longe da minha casa, com um trânsito horrível, só pra poder capturar um Pokémon lendário? Nessas horas, ficar em casa (ou em qualquer outro local em que você se sinta seguro e confortável) jogando as versões de Pokémon para os consoles portáteis se torna uma opção muito mais conveniente. Nelas, eu não preciso estar em outro bairro/rua/cidade/país/continente para capturar os Pokémon que eu quero. Alguns botões pressionados e eu posso estar trocando bichinhos com pessoas do outro lado do mundo. Será que Pokémon Go vai conseguir oferecer essas comodidades e ainda se manter nos conformes?

Pokémon Go propõe levantar a bunda do sofá, sair de casa, correr atrás dos bichinhos dos seus sonhos, mas será que isso é algo realmente viável? Será que vai valer a pena? Ou será que é melhor se estirar no sofá e fazer tudo isso virtualmente? A segunda opção parece ser bem melhor. Opinião de um preguiçoso nato.

Subir um morro pra ir atrás de um Charizard? Dispenso. Vou no Wonder Trade que é melhor.


Ufa! Acho que já falei bastante, hein!

Eu ainda poderia continuar levantando muitas e muitas outras questões sobre Pokémon Go, mas a leitura de vocês, desocupados, iria se estender por dias e dias a fio, e isso não é lá muito bom e saudável.

Em resumo, Pokémon Go deixou todo mundo animado — e quando eu digo todo mundo, é todo mundo MESMO —, mas também levantou algumas pulguinhas atrás das orelhas de alguns mais chatos, como este que aqui vos fala e outros espalhados internet afora. Será que Vai? Será que Não Vai? Essa resposta só vai aparecer em 2016. Até lá, guardem os seus sonhos e esperanças de se tornarem mestres Pokémon. Sim, só vocês, porque eu já sou um mestre Pokémon! E também porque eu não tenho um smartphone...

Bem, galerinha, isso é tudo por hoje. Achou o papo bacana? Odiou? Tem alguma ideia, expectativa ou opinião interessante? Pois chega mais, vamo continuar essa conversa aqui nesse cantinho de baixo, nos comentários!

Um abração pra todo mundo, e até mais!

Por Breno Barbosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário