Cuidado com quem você chama de feio(a) na 5ª Serie.
Fala, galerinha desocupada! Tudo tranquilo com vocês?
À todos que estão aqui presentes na sala, domingo é dia de quê, desocupados e desocupadas? Acertou quem respondeu que é dia de post novo aqui no blog! Sim, meus queridíssimos e queridíssimas, hoje é dia de falar sobre Games, Livros, Cinema, Quadrinhos, Séries e mais tudo o que há de bom e que nos bater na telha! Todos prontos? Então vamos lá!
Atualmente, não existe marca mais adorada — tanto por fãs de longa data quanto por novatos que caíram de paraquedas — que Pokémon, principalmente depois do boom de Pokémon Go, não é verdade? Então que tal aproveitar essa leva e conversarmos um pouco sobre Pokémon?
Hoje falaremos sobre Pokémon XY (ou Pokémon The Series: XY, na versão norte-americana; ou Pocket Monsters XY, na original japonesa), a atual temporada da adaptação para TV da franquia — sim, aquela com Ash, Pikachu e seus amigos. Pokémon XY estreou originalmente em Outubro de 2013, e continua até os dias presentes — porém sob o título de Pokémon XY&Z. O Netflix brasileiro conta com um bom número de episódios (não todos, vale ressaltar), e o site oficial da série possui todos os episódios da fase XY&Z dublados aqui no Brasil até então, disponíveis para assistir online gratuitamente.
Uma nova aventura está para começar para Ash e Pikachu. Um novo continente, novos companheiros de viagem, novos Pokémon para capturar e batalhar. Ao lado de Clemont, um treinador veterano e inteligente, porém bastante atrapalhado, sua pequena irmã caçula, Bonnie, e a novata Serena, Ash deverá desbravar a novíssima região de Kalos, desafiando seus ginásios e conhecendo suas maravilhas e mistérios.
Uma pequena enquete para todos aqui presentes: quantos de vocês, desocupados e desocupadas, nasceram ou cresceram durante os anos 90? Creio que um número bastante razoável, não é mesmo? Sendo assim, dá pra afirmar com bastante facilidade que muitos de vocês cresceram assistindo à série animada de Pokémon — e acima de tudo, este foi o seu primeiro contato com a franquia.
Sim, os games vieram antes, e ganharam bastante popularidade mundo afora, mas no caso do nosso Brasil baronil, o que reinou de verdade foi a série animada. Quem não lembra daqueles tempos onde sentávamos a tarde só pra assistir Pokémon no programa da Eliana, na Record? Tudo era bastante incrível naquela época. Eu, você, e todo mundo que conhecíamos adorava Pokémon, e até hoje, as primeiras temporadas da série animada são lembradas com carinho e afeição por quem as assistiu.
Não por este aqui vos fala, porém. Depois de crescido, passei a achar as temporadas iniciais de Pokémon bem ruins — até para os padrões da época —, e essa opinião só se solidificou com o passar das temporadas — principalmente depois que tive contato com os games, onde a franquia teve seu início original. Para mim, a série animada de Pokémon foi de "razão da minha alegria" a "puts, por que eles ainda insistem nisso". Até eu tomar conhecimento de XY, mais ou menos lá pela meio deste ano — sim, um tanto atrasado, visto que as novas temporadas começaram no final de 2013.
O que me fez mudar de opinião tão drasticamente? É sobre o que vou falar logo logo, depois desta bela imagem!
E então, o que faz de Pokémon XY uma animação tão boa ao ponto de fazer este vos escreve voltar a ter fé nos monstrinhos animados? Por dois pequenos e curiosos motivos: Pokémon XY é igualzinho aos jogos, ao mesmo tempo que não parece em nada com eles. O que diabos eu quero dizer com isso? Calma que eu vou explicar.
Primeiramente, mais do que qualquer outra temporada, XY segue muitos dos conceitos previamente estabelecidos somente nos games. Vantagens de tipo, limites de quantidade de ataques, Abilities, efeitos de status... Pokémon XY procura retratar todos esses elementos, e faz um ótimo trabalho nisso, apresentando-os de modo que tanto aqueles vindo dos games quanto aqueles que apenas acompanham a animação compreendam perfeitamente. Pra mim, foi bastante chocante — de uma maneira boa, é claro — ver o protagonista Ash adotar estratégias de luta de acordo com as vantagens dos tipos de seus Pokémon. O mesmo Ash que mandava, por exemplo, um Pokémon de Planta enfrentar um de Fogo e, de algum jeito mirabolante, ainda conseguia ganhar. Involuntariamente, esse pequeno detalhe da narrativa nos dá a impressão de que, depois de todos esses anos, Ash aprendeu bastante sobre batalhas Pokémon, e agora é um verdadeiro especialista.
Por outro lado, apesar de adotar bastantes elementos dos games, Pokémon XY parece pouquíssimo com os games dos quais herda seu nome, Pokémon X e Pokémon Y. Particularmente, os dois últimos jogos estão entre os mais entediantes e pouco inspirados da franquia. De modo algum eles chegam a ser ruins — muito pelo contrário, são ótimos jogos —, mas a nova região de Kalos, seus personagens e suas histórias não conseguiram me prender em nenhum momento sequer. Em contrapartida, a série animada conseguiu este feito em alguns poucos episódios. As paisagens e os rostos de Kalos parecem tão interessantes na série que me fazem querer voltar aos jogos, só pra ver se minha antiga opinião mudaria, ou se eu havia perdido algum detalhe importante da trama.
Esta é uma das raras vezes que vejo uma adaptação ser melhor que seu material base. Mesmo assim, não é só a inspiração nos games — e a eventual falta dela — que faz de XY uma temporada tão boa para a série.
Mais do que nunca, a qualidade da animação está excelente, devendo pouquíssimo a outras séries animadas de maior calibre — e até mesmo superando-as, em alguns pontos. Muitos dos episódios de XY não contém muita ação, ou momentos marcantes e grandes batalhas. Mesmo assim, a qualidade mantém-se equilibrada — sem melhorar muito, mas também sem piorar, criando uma unidade bastante bem-vinda às temporadas como um todo. Quando chegam estes grandes momentos, porém, é quando XY brilha de verdade. Cenas supostamente emocionantes realmente emocionam, com fotografias e enquadramentos que se adéquam ao que o roteiro procura mostrar no momento.
Mas é nas batalhas que Pokémon XY mostra a que veio. Até mesmo confrontos ocasionais, com personagens secundários que participam de um ou dois episódios somente, são retratados de maneira competente. A movimentação dos monstrinhos é fluida, e as batalhas possuem um ritmo equilibrado, que te mantém ligado e empolgado durante as reviravoltas e soluções. O melhor exemplo de toda essa excelência são as batalhas contra os Líderes de Ginásio. Ora, foi assistindo a uma delas internet afora que acabei me interessando pela nova temporada da série, em primeiro lugar! Tanto do ponto de vista visual quanto do narrativo, as Batalhas de Ginásio são sempre empolgantes — seja por ver Pokémon trocando porradas como se fosse um anime(de verdade), ou seja pelas estratégias e soluções desenvolvidas pelos personagens.
XY também faz um ótimo trabalho desenvolvendo seus personagens. O próprio protagonista, Ash, é um dos melhores exemplos disso. Como eu disse há alguns parágrafos atrás, Ash parece ser retratado como um treinador mais experiente, com bastante bagagem de suas jornadas anteriores, tornando-o muito mais coerente não só para o roteiro em si, mas para a mitologia estabelecida pela série. Isso o torna — finalmente — um personagem fácil de se gostar e interessante de se acompanhar.
Além disso, os personagens de apoio também são muito bem estabelecidos e desenvolvidos — ou pelo menos boa parte deles. Alguns deles não tem muito pra onde ir — como é o caso da pequena Bonnie, que é a cota de fofura da equipe —, enquanto outros começam de baixo, mas vão ganhando importância com o decorrer da série — o treinador novato Sawyer, por exemplo, que possui um ótimo desenvolvimento durante a trama —; e outros, ainda, acabam sendo apenas tentativas falhas destes últimos — sim, estou falando de você, Alain. Ninguém se importa com você. O que eu quero dizer com isso? Especiais Mega Evolução (Mega Evolution Specials), assistam e comprovem.
No que diz respeito a roteiro, porém, Pokémon XY não oferece muita coisa. Demora quase 100 episódios para que a série estabeleça um objetivo real — uma história onde o protagonista deve evoluir para superar um determinado obstáculo —; e mesmo quando o faz, o resultado acaba não sendo tão interessante quanto o esperado. O que acontece até esse ponto? Bem, não muita coisa. Muitos episódios estão lá apenas para encher linguiça, e outros apenas para estabelecer o palco para o grande acontecimento dos episódios seguintes. Mesmo assim, a maior parte deles é até divertida, com momentos e interações que chegam a arrancar algumas risadas (ou lágrimas). Mas se você quer ir direto ao ponto, não tenha receio em pular episódios. Você dificilmente perderá algo importante para a trama.
Outro elemento que Pokémon XY pega emprestado de seu material base (os games) é a trilha sonora. Grande parte dos temas de batalha ou de ambiente são remixes de faixas da trilha sonora de Pokémon X e Pokémon Y, assim como de outras versões mais antigas também — algo bastante bem-vindo para os fãs de longa data. A versão japonesa também conta com temas de abertura bem bacanas — sendo o melhor deles, definitivamente, o tema de abertura da fase XYZ. Eu sei que não falamos muito dela, mas mesmo assim, vale a pena escutar:
Caramba, é difícil escutar essa musica e não ficar mega-empolgado! Mas enfim, hora daquela boa e velha mega-nota de sempre.
Segura aí -> 8,5 / 10
Com personagens divertidos e bem desenvolvidos, batalhas muito bem animadas e empolgantes e uma trilha sonora vinda diretamente dos games (onde a franquia se originou), Pokémon XY (e Z) representa um novo tempo para se animar de vibrar com a série animada de Pokémon. O roteiro demora bastante para chegar a algum lugar de real relevância — e quando o faz, não o faz com total sucesso —, mas ainda assim Pokémon XY cumpre sua principal missão a cada novo episódio: divertir seus espectadores.
"Entonce", se você anda com algum tempo livre e está procurando uma boa série animada para acompanhar sem compromisso, dê uma chance à Pokémon XY. Você certamente não se arrependerá!
E por hoje é só, meus queridos e queridas.
Um abração, e até mais!
Por Breno Barbosa
Não por este aqui vos fala, porém. Depois de crescido, passei a achar as temporadas iniciais de Pokémon bem ruins — até para os padrões da época —, e essa opinião só se solidificou com o passar das temporadas — principalmente depois que tive contato com os games, onde a franquia teve seu início original. Para mim, a série animada de Pokémon foi de "razão da minha alegria" a "puts, por que eles ainda insistem nisso". Até eu tomar conhecimento de XY, mais ou menos lá pela meio deste ano — sim, um tanto atrasado, visto que as novas temporadas começaram no final de 2013.
O que me fez mudar de opinião tão drasticamente? É sobre o que vou falar logo logo, depois desta bela imagem!
E então, o que faz de Pokémon XY uma animação tão boa ao ponto de fazer este vos escreve voltar a ter fé nos monstrinhos animados? Por dois pequenos e curiosos motivos: Pokémon XY é igualzinho aos jogos, ao mesmo tempo que não parece em nada com eles. O que diabos eu quero dizer com isso? Calma que eu vou explicar.
Primeiramente, mais do que qualquer outra temporada, XY segue muitos dos conceitos previamente estabelecidos somente nos games. Vantagens de tipo, limites de quantidade de ataques, Abilities, efeitos de status... Pokémon XY procura retratar todos esses elementos, e faz um ótimo trabalho nisso, apresentando-os de modo que tanto aqueles vindo dos games quanto aqueles que apenas acompanham a animação compreendam perfeitamente. Pra mim, foi bastante chocante — de uma maneira boa, é claro — ver o protagonista Ash adotar estratégias de luta de acordo com as vantagens dos tipos de seus Pokémon. O mesmo Ash que mandava, por exemplo, um Pokémon de Planta enfrentar um de Fogo e, de algum jeito mirabolante, ainda conseguia ganhar. Involuntariamente, esse pequeno detalhe da narrativa nos dá a impressão de que, depois de todos esses anos, Ash aprendeu bastante sobre batalhas Pokémon, e agora é um verdadeiro especialista.
Por outro lado, apesar de adotar bastantes elementos dos games, Pokémon XY parece pouquíssimo com os games dos quais herda seu nome, Pokémon X e Pokémon Y. Particularmente, os dois últimos jogos estão entre os mais entediantes e pouco inspirados da franquia. De modo algum eles chegam a ser ruins — muito pelo contrário, são ótimos jogos —, mas a nova região de Kalos, seus personagens e suas histórias não conseguiram me prender em nenhum momento sequer. Em contrapartida, a série animada conseguiu este feito em alguns poucos episódios. As paisagens e os rostos de Kalos parecem tão interessantes na série que me fazem querer voltar aos jogos, só pra ver se minha antiga opinião mudaria, ou se eu havia perdido algum detalhe importante da trama.
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| Peraí, esses caras tão no jogo mesmo? |
Esta é uma das raras vezes que vejo uma adaptação ser melhor que seu material base. Mesmo assim, não é só a inspiração nos games — e a eventual falta dela — que faz de XY uma temporada tão boa para a série.
Mais do que nunca, a qualidade da animação está excelente, devendo pouquíssimo a outras séries animadas de maior calibre — e até mesmo superando-as, em alguns pontos. Muitos dos episódios de XY não contém muita ação, ou momentos marcantes e grandes batalhas. Mesmo assim, a qualidade mantém-se equilibrada — sem melhorar muito, mas também sem piorar, criando uma unidade bastante bem-vinda às temporadas como um todo. Quando chegam estes grandes momentos, porém, é quando XY brilha de verdade. Cenas supostamente emocionantes realmente emocionam, com fotografias e enquadramentos que se adéquam ao que o roteiro procura mostrar no momento.
Mas é nas batalhas que Pokémon XY mostra a que veio. Até mesmo confrontos ocasionais, com personagens secundários que participam de um ou dois episódios somente, são retratados de maneira competente. A movimentação dos monstrinhos é fluida, e as batalhas possuem um ritmo equilibrado, que te mantém ligado e empolgado durante as reviravoltas e soluções. O melhor exemplo de toda essa excelência são as batalhas contra os Líderes de Ginásio. Ora, foi assistindo a uma delas internet afora que acabei me interessando pela nova temporada da série, em primeiro lugar! Tanto do ponto de vista visual quanto do narrativo, as Batalhas de Ginásio são sempre empolgantes — seja por ver Pokémon trocando porradas como se fosse um anime
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| Se você é daqueles que chamava o Ash de burro, certamente irá engolir essas palavras em XY. |
XY também faz um ótimo trabalho desenvolvendo seus personagens. O próprio protagonista, Ash, é um dos melhores exemplos disso. Como eu disse há alguns parágrafos atrás, Ash parece ser retratado como um treinador mais experiente, com bastante bagagem de suas jornadas anteriores, tornando-o muito mais coerente não só para o roteiro em si, mas para a mitologia estabelecida pela série. Isso o torna — finalmente — um personagem fácil de se gostar e interessante de se acompanhar.
Além disso, os personagens de apoio também são muito bem estabelecidos e desenvolvidos — ou pelo menos boa parte deles. Alguns deles não tem muito pra onde ir — como é o caso da pequena Bonnie, que é a cota de fofura da equipe —, enquanto outros começam de baixo, mas vão ganhando importância com o decorrer da série — o treinador novato Sawyer, por exemplo, que possui um ótimo desenvolvimento durante a trama —; e outros, ainda, acabam sendo apenas tentativas falhas destes últimos — sim, estou falando de você, Alain. Ninguém se importa com você. O que eu quero dizer com isso? Especiais Mega Evolução (Mega Evolution Specials), assistam e comprovem.
No que diz respeito a roteiro, porém, Pokémon XY não oferece muita coisa. Demora quase 100 episódios para que a série estabeleça um objetivo real — uma história onde o protagonista deve evoluir para superar um determinado obstáculo —; e mesmo quando o faz, o resultado acaba não sendo tão interessante quanto o esperado. O que acontece até esse ponto? Bem, não muita coisa. Muitos episódios estão lá apenas para encher linguiça, e outros apenas para estabelecer o palco para o grande acontecimento dos episódios seguintes. Mesmo assim, a maior parte deles é até divertida, com momentos e interações que chegam a arrancar algumas risadas (ou lágrimas). Mas se você quer ir direto ao ponto, não tenha receio em pular episódios. Você dificilmente perderá algo importante para a trama.
Outro elemento que Pokémon XY pega emprestado de seu material base (os games) é a trilha sonora. Grande parte dos temas de batalha ou de ambiente são remixes de faixas da trilha sonora de Pokémon X e Pokémon Y, assim como de outras versões mais antigas também — algo bastante bem-vindo para os fãs de longa data. A versão japonesa também conta com temas de abertura bem bacanas — sendo o melhor deles, definitivamente, o tema de abertura da fase XYZ. Eu sei que não falamos muito dela, mas mesmo assim, vale a pena escutar:
Caramba, é difícil escutar essa musica e não ficar mega-empolgado! Mas enfim, hora daquela boa e velha mega-nota de sempre.
Segura aí -> 8,5 / 10
Com personagens divertidos e bem desenvolvidos, batalhas muito bem animadas e empolgantes e uma trilha sonora vinda diretamente dos games (onde a franquia se originou), Pokémon XY (e Z) representa um novo tempo para se animar de vibrar com a série animada de Pokémon. O roteiro demora bastante para chegar a algum lugar de real relevância — e quando o faz, não o faz com total sucesso —, mas ainda assim Pokémon XY cumpre sua principal missão a cada novo episódio: divertir seus espectadores.
"Entonce", se você anda com algum tempo livre e está procurando uma boa série animada para acompanhar sem compromisso, dê uma chance à Pokémon XY. Você certamente não se arrependerá!
E por hoje é só, meus queridos e queridas.
Um abração, e até mais!
Por Breno Barbosa
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