O Príncipe Encantado não faz a mínima ideia do que está acontecendo.
Saudações, galerinha desocupada! Tudo tranquilo com vocês?
Acho que todos vocês sabem qual o procedimento padrão deste blog, não é? O quê? O amigo do cachorro do caminhoneiro do irmão do vizinho do seu primo de 4º grau que mora na Ilha de Páscoa ainda não sabe? É bem simples: toda semana, geralmente aos domingos, nós, desocupados de classe A, trazemos à vocês posts quentinhos, recém-tirados do forno (quase literalmente), sempre referentes a Livros, HQs, Séries, Filmes ou Games. E como seu amiguinho desinformado pode ver, esta semana não é exceção!
Hum... quando foi mesmo a última vez que eu falei de livros por aqui, hein, pessoal? Vocês se lembram? Deixa eu dar uma olhada aqui... Minha Santa Aquerupita, o último post sobre livros aqui no Desocupado é de Julho de 2013! Faz, tipo, quase 2 anos! Isso é, tipo, tempo pra caramba!
Pensando nisso, hoje vos trago um pouco de literatura heroica de qualidade! E não há nenhum outro livro, quando o assunto é heroísmo de verdade, melhor que O Guia do Herói para Salvar o seu Reino (ou The Heroes Guide to Saving your Kingdom, no original), do autor Christopher Healy, e com ilustrações de Todd Harris. Publicado em 2013 aqui no Brasil pela Verus Editora, O Guia do Herói para Salvar o seu Reino é o primeiro livro da Trilogia O Guia do Herói, que já foi completada no exterior, mais ainda não tem data para ser fechada aqui em terras brasucas.
Você provavelmente já ouviu falar do Príncipe Encantado, não é? Ora, é claro que ouviu! Ele estava em quase todas as histórias que você leu quando era criança! Foi ele quem casou com a Cinderela, que salvou a Bela Adormecida, que beijou a Branca de Neve e que foi curado pela Rapunzel. O que você provavelmente não sabe é que não foi um único Príncipe Encantado que fez tudo isso. Foi Frederico quem casou com Cinderela, Liam que salvou a Bela Adormecida, Duncan que beijou a Branca de Neve e Gustavo que foi curado pela Rapunzel. E como se esses grandes feitos já não fossem o bastante em suas vidas, agora eles resolveram se unir para combater a ameaça da terrível bruxa Zaubera, que jurou destruir todos os reinos ao seu redor. Será que os Príncipes Encantados unidos conseguiram vencer Zaubera? Todos esperam que sim, mas tudo indica que não...
Ok, antes de tudo, história tem que ser contada sobre a minha experiência com este livro. Não, não é nada trágico ou edificante, é apenas encheção de linguiça uma contextualização para logo logo falarmos sobre o livro em si.
A primeira vez que me deparei com O Guia do Herói foi xeretando em uma livraria de um shopping, há uns 2 anos atrás. Deveria estar esperando algum amigo pra irmos ao cinema ou coisa do tipo, realmente não lembro, mas depois de passar por todas (sim, todas) as seções da livraria, eu me deparo com este livro, que me chamou atenção pela belíssima ilustração da capa (do grandessíssimo Todd Harris), que vocês podem ver aí em cima. Folheei o livro e fiquei super-animado, pois também haviam ilustrações na parte de dentro. E como todo bom idiota, eu não fiz a mínima questão de gravar o nome do livro ou o nome de autor, e acabei "perdendo" o livrinho das ilustrações bacanas. O tempo passa, um monte coisa acontece, eu revejo o livro e guardo o nome e BOOM! Eu o ganho de aniversário (brigadão, Keu)!
Com o livro em mãos, comecei a ler a contra capa e as orelhas — sim, eu faço isso, pois gosto de ler o livro inteiro. Literalmente — e me deparo com coisas como "Eleito um dos melhores Livros Infantis (...)" e "Autor de contos de fadas", e só então percebo que estou diante de um livro infantil. Daí, bate o receio. Será que não estou velhinho demais pra ler livros desse tipo? Será que vou ter uma experiência sequer parecida com a de alguém mais novo? Será que vou gostar mesmo desse livro?
As respostas para essas perguntas você acompanha depois dos nossos comerciai--digo--depois dessa ilustração bacana!
Ok, voltamos do nosso break! Agora, vamos às respostas. Estou velhinho demais para ler livros desse tipo? Provavelmente sim, mas não senti isso enquanto lia O Guia do Herói. Basicamente, o teor da história contada por Christopher Healy é realmente direcionado ao público infantil, mas a narrativa empregada pelo autor e as nuances dos personagens que a circundam a história são bem mais que isso.
Christopher Healy narra sua história como se realmente a estivesse lendo para cada um de nós leitores. Sempre há intervenções — por parte do narrador — para fazer comparações com as qualidades e defeitos dos personagens, ou lembrar de histórias antigas dos mesmos. É como se Healy tivesse assistido tudo o que aconteceu com eles — de certo modo, ele realmente viu. Afinal, foi ele que escreveu a história... — e viesse nos contar depois, numa conversa amigável e bem humorada. E com destaque para o "bem humorada", porque O Guia do Herói esbanja bom humor. Não há um capítulo sequer que não haja alguma trapalhada ou situação constrangedora com algum dos personagens que irá arrancar pelo menos um sorriso seu. De fato, trata-se de um humor bem inocente e rasteiro devido ao público-alvo, mas isso não o torna nem um pouco menos efetivo. Apesar de leves, as piadas e sacadas são realmente bem boladas e engraçadas, e funcionam com leitores de qualquer idade ou tamanho.
Além do bom humor e da narrativa esperta, outro fator que vale a pena ser destacado em O Guia do Herói são os protagonistas da aventura: os Príncipes Encantados. Ops, eu realmente não deveria chama-los disso. Perdão, digo, Frederico, Gustavo, Liam e Duncan. Individualmente, cada um deles é muito bem construído e contextualizado dentro da história. É quase impossível não se relacionar com pelo menos um deles, ou até mesmo com todos eles. Seja com a total insegurança de Frederico, o temperamento explosivo de Gustavo, o egoísmo heroico de Liam ou a estranha solidão de Duncan; os traços humanos dos personagens de Christopher Healy não só são fáceis de compreender e se identifica, como são perfeitamente encaixados dentro do humor que permeia o livro. E quando todos eles se juntam, esses elementos se intensificam ainda mais. É como se cada um deles completassem uns aos outros, resultando numa interação bastante divertida de se acompanhar.
É claro, não dá pra deixar de falar das ilustrações do bacaníssimo Todd Harris. Afinal, foram justamente elas que me atraíram no livro, em primeiro lugar. Claro, com base em tudo que eu falei até agora, O Guia do Herói vai muito além de suas belas ilustrações, mas não é por isso que elas irão deixar de receber nossa atenção. Entre um capítulo e outro, Todd Harris nos dá o ar da graça de suas ilustrações cartunescas e bastante estilizadas, lembrando bastante o traço de animações modernas de estúdios como Disney e Dreamworks. Por menores que sejam, todas as artes presentes no livro são bonitas e carismáticas. Minha única ressalva é que deveriam haver mais delas, mas aí já é algo mais pessoal, já que eu sou totalmente obcecado por desenhos e realmente curti bastante o traço de Todd Harris. Será que isso tem a ver com o fato de eu também desenhar? Hum... realmente não sei.
Saindo um pouco da arte e voltando para as perguntas que fiz a mim mesmo no começo do post... er... qual era a próxima pergunta mesmo? Ah, sim! Será que eu teria uma experiência sequer parecida com alguém mais novo ao ler O Guia do Herói? Bem, por mais que eu goste de me considerar uma "criança de espírito", seria bastante improvável dizer que tive a mesma experiência, ou que minha experiência foi tão boa quanto a de uma pessoa mais nova, que se encaixa melhor no público-alvo da obra, mas definitivamente, eu tive um ótima experiência com O Guia do Herói. Pra falar a verdade, eu sinto até que li esse livro exatamente na hora certa. Posso não ser mais uma criança, mas ainda tenho a mente aberta o bastante para ser cativado por histórias como a de O Guia do Herói. E além disso, eu não tenho certeza se gostaria tanto do humor livro se o lesse quando mais novo. Mas uma coisa é certa: O Guia do Herói para Salvar o seu Reino é o tipo de livro que adoraria ter em mãos quando mais novo, principalmente nos tempos de colégio, onde era forçado a ler os "clássicos". Não que eu esteja os desmerecendo — afinal, não li nenhum deles —, mas um livro do naipe de O Guia do Herói com certeza despertaria muito mais o gosto de jovens e crianças pela leitura — principalmente naqueles que ainda não possuem esse hábito — que os clássicos da literatura brasileira, que são um tanto mais elaborados e, pelo menos na minha opinião, um tanto mais difíceis de se acompanhar.
Bem, acho que já falei demais, não é mesmo? Creio que agora seja aquela hora, tão aguardada por alguns e nem um pouco relevante para outros: a hora da nota!
E aí está ela -> 10 / 10
Criança, jovem ou adulto, não tem como não gostar de O Guia do Herói para Salvar o seu Reino. A narrativa é esperta e cativante, e o humor, apesar de inocente, consegue conquistar a todos os públicas de maneiras bem diferentes. Os personagens que permeiam a história são super-divertidos de se acompanhar e ei, olha só, tem até desenhos maneiros! Um monte deles! Tem como esse livro ficar melhor?! Só se houvessem mais! Opa, peraí...
Lembra da última perguntinha, lá no começo do post? Não? Então deixa eu refrescar sua memória. Foi mais ou menos assim: Será que eu vou gostar mesmo desse livro? Bem, se você leu até aqui, ou pelo menos viu a nota que dei, acho que já tem a resposta para essa pergunta.
E acho que nem preciso dizer que, se você está procurando uma leitura leve, divertida e descompromissada, O Guia do Herói para Salvar o seu Reino é sua melhor pedida!
Bem, isso é tudo, galerinha bonita. Um abraço, e até a próxima!
Por Breno Barbosa
A primeira vez que me deparei com O Guia do Herói foi xeretando em uma livraria de um shopping, há uns 2 anos atrás. Deveria estar esperando algum amigo pra irmos ao cinema ou coisa do tipo, realmente não lembro, mas depois de passar por todas (sim, todas) as seções da livraria, eu me deparo com este livro, que me chamou atenção pela belíssima ilustração da capa (do grandessíssimo Todd Harris), que vocês podem ver aí em cima. Folheei o livro e fiquei super-animado, pois também haviam ilustrações na parte de dentro. E como todo bom idiota, eu não fiz a mínima questão de gravar o nome do livro ou o nome de autor, e acabei "perdendo" o livrinho das ilustrações bacanas. O tempo passa, um monte coisa acontece, eu revejo o livro e guardo o nome e BOOM! Eu o ganho de aniversário (brigadão, Keu)!
Com o livro em mãos, comecei a ler a contra capa e as orelhas — sim, eu faço isso, pois gosto de ler o livro inteiro. Literalmente — e me deparo com coisas como "Eleito um dos melhores Livros Infantis (...)" e "Autor de contos de fadas", e só então percebo que estou diante de um livro infantil. Daí, bate o receio. Será que não estou velhinho demais pra ler livros desse tipo? Será que vou ter uma experiência sequer parecida com a de alguém mais novo? Será que vou gostar mesmo desse livro?
As respostas para essas perguntas você acompanha depois dos nossos comerciai--digo--depois dessa ilustração bacana!
Ok, voltamos do nosso break! Agora, vamos às respostas. Estou velhinho demais para ler livros desse tipo? Provavelmente sim, mas não senti isso enquanto lia O Guia do Herói. Basicamente, o teor da história contada por Christopher Healy é realmente direcionado ao público infantil, mas a narrativa empregada pelo autor e as nuances dos personagens que a circundam a história são bem mais que isso.
Christopher Healy narra sua história como se realmente a estivesse lendo para cada um de nós leitores. Sempre há intervenções — por parte do narrador — para fazer comparações com as qualidades e defeitos dos personagens, ou lembrar de histórias antigas dos mesmos. É como se Healy tivesse assistido tudo o que aconteceu com eles — de certo modo, ele realmente viu. Afinal, foi ele que escreveu a história... — e viesse nos contar depois, numa conversa amigável e bem humorada. E com destaque para o "bem humorada", porque O Guia do Herói esbanja bom humor. Não há um capítulo sequer que não haja alguma trapalhada ou situação constrangedora com algum dos personagens que irá arrancar pelo menos um sorriso seu. De fato, trata-se de um humor bem inocente e rasteiro devido ao público-alvo, mas isso não o torna nem um pouco menos efetivo. Apesar de leves, as piadas e sacadas são realmente bem boladas e engraçadas, e funcionam com leitores de qualquer idade ou tamanho.
Além do bom humor e da narrativa esperta, outro fator que vale a pena ser destacado em O Guia do Herói são os protagonistas da aventura: os Príncipes Encantados. Ops, eu realmente não deveria chama-los disso. Perdão, digo, Frederico, Gustavo, Liam e Duncan. Individualmente, cada um deles é muito bem construído e contextualizado dentro da história. É quase impossível não se relacionar com pelo menos um deles, ou até mesmo com todos eles. Seja com a total insegurança de Frederico, o temperamento explosivo de Gustavo, o egoísmo heroico de Liam ou a estranha solidão de Duncan; os traços humanos dos personagens de Christopher Healy não só são fáceis de compreender e se identifica, como são perfeitamente encaixados dentro do humor que permeia o livro. E quando todos eles se juntam, esses elementos se intensificam ainda mais. É como se cada um deles completassem uns aos outros, resultando numa interação bastante divertida de se acompanhar.
É claro, não dá pra deixar de falar das ilustrações do bacaníssimo Todd Harris. Afinal, foram justamente elas que me atraíram no livro, em primeiro lugar. Claro, com base em tudo que eu falei até agora, O Guia do Herói vai muito além de suas belas ilustrações, mas não é por isso que elas irão deixar de receber nossa atenção. Entre um capítulo e outro, Todd Harris nos dá o ar da graça de suas ilustrações cartunescas e bastante estilizadas, lembrando bastante o traço de animações modernas de estúdios como Disney e Dreamworks. Por menores que sejam, todas as artes presentes no livro são bonitas e carismáticas. Minha única ressalva é que deveriam haver mais delas, mas aí já é algo mais pessoal, já que eu sou totalmente obcecado por desenhos e realmente curti bastante o traço de Todd Harris. Será que isso tem a ver com o fato de eu também desenhar? Hum... realmente não sei.
Saindo um pouco da arte e voltando para as perguntas que fiz a mim mesmo no começo do post... er... qual era a próxima pergunta mesmo? Ah, sim! Será que eu teria uma experiência sequer parecida com alguém mais novo ao ler O Guia do Herói? Bem, por mais que eu goste de me considerar uma "criança de espírito", seria bastante improvável dizer que tive a mesma experiência, ou que minha experiência foi tão boa quanto a de uma pessoa mais nova, que se encaixa melhor no público-alvo da obra, mas definitivamente, eu tive um ótima experiência com O Guia do Herói. Pra falar a verdade, eu sinto até que li esse livro exatamente na hora certa. Posso não ser mais uma criança, mas ainda tenho a mente aberta o bastante para ser cativado por histórias como a de O Guia do Herói. E além disso, eu não tenho certeza se gostaria tanto do humor livro se o lesse quando mais novo. Mas uma coisa é certa: O Guia do Herói para Salvar o seu Reino é o tipo de livro que adoraria ter em mãos quando mais novo, principalmente nos tempos de colégio, onde era forçado a ler os "clássicos". Não que eu esteja os desmerecendo — afinal, não li nenhum deles —, mas um livro do naipe de O Guia do Herói com certeza despertaria muito mais o gosto de jovens e crianças pela leitura — principalmente naqueles que ainda não possuem esse hábito — que os clássicos da literatura brasileira, que são um tanto mais elaborados e, pelo menos na minha opinião, um tanto mais difíceis de se acompanhar.
Bem, acho que já falei demais, não é mesmo? Creio que agora seja aquela hora, tão aguardada por alguns e nem um pouco relevante para outros: a hora da nota!
E aí está ela -> 10 / 10
Criança, jovem ou adulto, não tem como não gostar de O Guia do Herói para Salvar o seu Reino. A narrativa é esperta e cativante, e o humor, apesar de inocente, consegue conquistar a todos os públicas de maneiras bem diferentes. Os personagens que permeiam a história são super-divertidos de se acompanhar e ei, olha só, tem até desenhos maneiros! Um monte deles! Tem como esse livro ficar melhor?! Só se houvessem mais! Opa, peraí...
Lembra da última perguntinha, lá no começo do post? Não? Então deixa eu refrescar sua memória. Foi mais ou menos assim: Será que eu vou gostar mesmo desse livro? Bem, se você leu até aqui, ou pelo menos viu a nota que dei, acho que já tem a resposta para essa pergunta.
E acho que nem preciso dizer que, se você está procurando uma leitura leve, divertida e descompromissada, O Guia do Herói para Salvar o seu Reino é sua melhor pedida!
Bem, isso é tudo, galerinha bonita. Um abraço, e até a próxima!
Por Breno Barbosa
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